29 de abril de 2016

Como ter uma boa convivência com a sogra

Dicas para lidar com sogras: nunca entre em competição com sua sogra

Fala-se muito das interferências da sogra na vida conjugal, pois nem sempre as opiniões dela caem em boa hora ou são aceitas com naturalidade. Já ouvimos, muitas vezes, o ditado: ""Em briga de marido e mulher, ninguém põe a colher"". Se tal advertência é válida para todos os demais parentes, muito especialmente o será para as sogras.

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Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Uma boa convivência com a sogra

Há sogras de todos os tipos. Algumas agem como conhecedoras de todas as situações e, não contentes em apenas opinar, fazem mil e uma recomendações ao filho, criticam a educação dos netos como se fossem seus filhos. Outras chegam a intrometer-se no gosto da decoração da casa ou em outras coisas particulares do casal.

Grandes são as crises estabelecidas entre nora e sogra, especialmente quando esta insiste em querer agir como mãe não somente do filho, mas fazer as vezes de mãe também da nora. Muitas acreditam que a melhor atitude, diante de uma situação particular do casal, é fazer aquilo que elas próprias orientam.

É evidente que a experiência de vida de nossa sogra é superior à nossa, mas, assim como a vida nos foi capacitando para superarmos os obstáculos, também na vida conjugal aprenderemos a resolver outras questões; agora assumidas e resolvidas entre marido e mulher.

O problema será maior quando a mãe do esposo perder a noção de que o "seu menino" cresceu, sem respeitar o momento ou mesmo o lugar, der palpites, esquecendo que o casal agora já constitui uma nova família; e que uma nova história será contada.

Entretanto, nem sempre a sogra é a grande vilã ou a "pedra no sapato" na vida da nora. Assim como pode acontecer de sogras perderem a noção de que o filho cresceu, há também filhos que não conseguem se desligar do cordão umbilical que os une às genitoras. Nesse caso, seja por uma dependência financeira, seja por mimos ou falta de maturidade, o filho recorre ao "colo" da mãe diante de qualquer pequena dificuldade. Acostumado com os "amparos" da mamãe, isso, por sua vez, abre precedentes para que a sogra também dê seus palpites na vida do casal.

A importância da presença na casa dos pais

O fato de sermos casados não significa que devemos deixar de visitar a casa de nossos pais ou desconsiderar as opiniões deles. Contudo, não podemos fazer dessas visitas um pretexto para apresentar um relatório das experiências e das dificuldades da vida a dois. Caso contrário, o almoço e as festas, que deveriam ser momentos de confraternização, serão aproveitados para que os parentes se "alfinetem" ou transformem o encontro em ocasião para "lavarem a roupa suja", num território em que a nora poderá se sentir humilhada diante do assunto trazido em pauta.


É interessante considerarmos que cada família estabelece suas próprias regras e normas, em comum acordo, entre os cônjuges. Uma vez detectado o possível problema, cabe ao casal aproveitar essa oportunidade para expor, entre si, a situação que não lhe agrada, no sentido de juntos se adequarem ao impasse. Se ele não consegue ainda se separar da mãe, mesmo depois de casado, talvez seja um bom começo equilibrar o tempo de permanência na casa materna.

Por outro lado, a interferência da mãe do esposo na relação conjugal do filho, entre essas e outras situações citadas acima, pode ser um indicador de que comentários (os quais deveriam permanecer estritamente entre os muros da vida do casal) estejam sendo ventilados em conversas, mais para se ter o que falar do que para oferecer ajuda.

Para que as sogras possam sair das margens dos relacionamentos, basta que elas se lembrem de que seus filhos agora têm vida própria e de que seus conselhos, quando não forem impostos, poderão ser úteis quando solicitados.

De maneira geral, todos nós aprendemos alguma coisa com outras pessoas, assim, também será proveitoso para a sogra aprender com aquilo que a nova geração, da qual faz parte a nora, tem a ensinar.

Um abraço.


Dado Moura

Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova. Autor de 3 livros, todos direcionados a boa vivência em nossos relacionamentos. Outros temas do autor: www.meurelacionamento.net twitter: @dadomoura facebook: www.facebook.com/reflexoes


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/como-ter-uma-boa-convivencia-com-a-sogra/

27 de abril de 2016

Oração pela necessidade de um emprego

Com confiança, apresente ao Senhor a sua necessidade de um emprego

Oração pela necessidade de um emprego
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com 

O Senhor nos ensina: "Viverás do trabalho de tuas mãos, viverás feliz e satisfeito".

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! Pai querido, preciso sustentar a mim mesmo e a minha família. Antes mesmo de pedirmos, o Senhor, como vemos no Salmo, já sabes que temos necessidade de um emprego. Sei que é de Tua vontade que trabalhemos, e hoje preciso de um emprego para cumprir essa Tua vontade.

Encontro-me desempregado e em uma péssima situação financeira. Isso traz muitos aborrecimentos: incompreensões, revoltas, mal-estar e ofensas. Sinto-me desvalorizado, sem vontade de rezar nem de fazer outras coisas.

Agora, percebo quantas vezes reclamei do meu emprego, do meu empregador, dos meus chefes, colegas de trabalhos e de meu salário! Quantas vezes não fui exemplar em minhas tarefas! Fazia-a com raiva e desprezo, sem me preocupar com o resultado. Falei mal das pessoas, inventei fofocas, caluniei, difamei, mas agora percebo quanto mal eu fiz! Eu não era pago para isso, mas sim para executar meu serviço com responsabilidade e para ser digno da confiança de meus chefes. Hoje, estou arrependido e peço perdão, Senhor, por esse mal que causei.

Quero pedir perdão também pelos atestados falsos, pelas mentiras contadas nos atrasos, pelo mau uso do salário recebido, pelas vezes que levei objetos para minha casa – o que configura roubo –, pelas vezes em que encobri os meus erros e os dos outros, prejudicando o meu empregador, pelas vezes em que usei o meu tempo, sendo negligente e deixando a preguiça me dominar.

Perdoa-me, Senhor, não quero ser mais assim.

Quantas vezes tive a oportunidade de rezar e agradecer pelo meu emprego e não o fiz; preferi reclamar, deixei-me dominar pelo mal. Quantas vezes acreditei mais na inveja, na perseguição, na macumba, em feitiços do que nas graças e no poder de Deus!

Hoje, estou arrependido, Senhor, e quero me libertar de tudo o que me aprisiona e bloqueia meu novo trabalho.

Sei que o mercado de trabalho está difícil, com poucas vagas disponíveis. Mas sei que o Senhor vai me conduzir com as minhas necessidades e capacidades físicas, mentais e espirituais.

Eu peço, desde já, por meus empregadores: que suas necessidades possam ser supridas pelas minhas qualificações e associação com eles. Ajuda-me a ser uma bênção nesse trabalho que tens em mente para mim.

Em Tua providência, reserva para mim um posto no qual eu possa crescer, prosperar financeiramente e, ao mesmo tempo, realizar meu potencial, viver minha vida em conformidade à Tua vontade.

Quando as portas se abrirem, orienta-me por qual delas devo entrar. Confiram Tua providência, conduzindo-me ao cargo e local de trabalho ideias, sabendo que, a cada dia, devo viver como um operário da vinha do Senhor, um homem de Deus que quer cuidar de sua família.

Desde já, agradeço-Te por esse novo emprego. Louvado seja Teu nome para sempre. Amém!

Pe. Vagner Baia 


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/oracao/oracao-pela-necessidade-de-um-emprego/

25 de abril de 2016

Como superar as brigas por herança nas famílias

O amor sempre será mais valioso que os bens que precisam ser divididos

Nada pode ofuscar o brilho da paz que a família é convidada a irradiar no mundo. Contudo, essa afirmação nem sempre é vivida com total intensidade dentro dos lares. Muitas são as situações que roubam a paz dentro das famílias, e uma dessas tantas causas é o rompimento dos laços afetivos entre irmãos.

Como superar as brigas por herança nas famílias - 1600x1200Foto: Skynesher, iStock.by Getty Images

Gerados no mesmo amor paterno, muitos irmãos encontram-se separados por situações que poderiam ser resolvidas com um pedido de desculpas ou com o perdão.

Brigas entre irmãos

Não são raras as situações nas quais irmãos estão separados afetivamente por brigas que tiveram origem na divisão de uma herança. Os pais morreram e os bens precisavam ser divididos. Quando se fala em partilha de heranças, a maldita ganância entra em cena; e quando essa vilã se infiltra dentro dos lares, provoca a ruína de relações construídas há décadas.

Por causa de meio metro de terra, há irmãos que não conversam há muitos anos! Por causa daquela casa que precisava ser vendida, para que o valor fosse dividido entre partes iguais, a soberba ocasionou separações e feridas, as quais ainda sagram mesmo após anos.

Infelizmente, encontramos situações nas quais famílias foram destruídas por uma herança que causou a ruína dos laços de sangue. O dinheiro foi mais forte que as décadas de amor e amizade. O meio metro de terra obstruiu os laços de sangue que unia os irmãos daquela família.

Divisão da herança

Em meio a tantas situações de herança em que o dinheiro está envolvido e assume o controle das situações, deparamo-nos com a pobreza de espírito daqueles que vendem seus laços de família por meio metro de terra. O amor sempre será mais valioso que os bens que precisam ser divididos.



Quando irmãos se deixam corromper pela divisão de uma herança, demonstram publicamente que o dinheiro é muito mais forte em suas vidas que o amor de uma família. Quem se vende e deixa-se corromper por uma herança, precisa rever seus princípios e buscar em Deus a misericórdia como princípio de vida.


Quando a morte chegar, não mais adiantará chorar pelo tempo perdido na briga por causa do meio metro de terra deixado na divisão dos bens. Sete palmos de terra vão selar o arrependimento do perdão não concedido há tempo.Hoje, é o tempo de olhar para sua história é saber que o perdão não pode esperar o amanhã para ser concedido. O amor familiar é muito maior que as divisões causadas pelo dinheiro. E nenhuma herança poderá comprar a verdadeira herança dos laços de sangue um dia gerados no ventre de um lar.


Padre Flávio Sobreiro

Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP e Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG), padre Flávio Sobreiro é vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Santa Rita do Sapucaí (MG), e padre da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG).

Para saber mais sobre o sacerdote e acompanhar outras reflexões, acesse: www.facebook.com/peflaviosobreiro


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/como-superar-as-brigas-por-heranca-nas-familias/

22 de abril de 2016

Quais alimentos usar no lanche do meu filho?

A alimentação é muito importante para garantir o desenvolvimento do corpo e da mente de uma criança

Hoje, vamos falar um pouco sobre a alimentação escolar dos nossos pequenos, já que uma boa alimentação é muito importante para garantir o desenvolvimento do corpo e da mente de uma criança. O alimento certo é capaz de garantir energia e nutrientes para o período de aula, proporcionando às crianças maior capacidade de concentração e memória, além de ajudá-las no alcance das necessidades nutricionais ao longo do dia. Os pais e outros educadores têm fundamental importância também neste momento, pois vão ajudar os pequenos a formar seus hábitos alimentares.

Quais alimentos usar no lanche do meu filho - 1600x1200Foto: Daniel Mafra

Uma alimentação balanceada

Para isso, é importante lembrar que sempre precisamos partir do princípio do equilíbrio entre quantidade e qualidade para o lanche escolar, que precisa ser simples, pois representa uma refeição intermediária, já que, logo que a criança chegar em casa, contará com uma grande refeição (almoço ou jantar).

O desafio para montarmos um lanche saudável é que precisaremos ofertar alimentos de qualidade e de forma prática, mas nem sempre o prático é o mais saudável. Abaixo, listo alguns pontos para os quais precisamos estar atentos, a fim de planejarmos lanches saudáveis para as crianças:

Varie sempre as combinações e evite repetições de alimentos. Isso garantirá ao seu filho nutrientes variados, e ele não vai "enjoar" daquilo que está sendo ofertado a ele.

Nunca envie pacotes inteiros de biscoitos. Procure criar porções pequenas de quatro a cinco unidades, para não correr o risco de a criança comer além do necessário.

Não podemos esquecer que o fato de colocarmos suco no lanche não substituiu a necessidade que a criança tem de consumir água. Portanto, mande sempre à parte a garrafinha de água na lancheira.

20A quantidade que cada criança precisa consumir depende da faixa etária dela. Para isso, consulte um profissional da área para ter o valor/quantidade correta para seu filho.
Outro ponto importante é na inclusão de chocolates, balas e doces nos lanches. Eles não são proibidos na alimentação da criança, mas devem ser evitado o consumo diário e em excesso, já que, normalmente, são ricos em açúcares e gordura, podendo ser os culpados pelo excesso de peso tão comum atualmente. O que deve ser evitado são alimentos como biscoitos recheados, bolos de pacotinhos, salgadinhos de pacotes e salgados fritos.

Dicas de como combinar os alimentos

Para combinarmos bem os alimentos, precisamos ter como base para o lanche o uso de três pontos:

– Um líquido: sucos variados de frutas, iogurte, leite fermentado ou achocolatado.
– Uma fruta: mandar frutas que já estejam em pedaços como mamão, melão e abacaxi; mexerica e laranja, que devem estar descascadas; ou as frutas secas/desidratadas como ameixas e damascos.
– Uma boa opção de carboidrato para repor as energias são biscoitinhos integrais, barrinhas de frutas e/ou cereais, pãezinhos tipo bisnaguinha, bolos, pão de queijo e torradinhas.

Exemplos:

1) Cinco biscoitos de aveia e mel, 1 potinho de leite fermentado e 1 mexerica.
2) 2 mini-sanduíches de pão integral com queijo tipo minas + 1 garrafinha de suco de fruta + 1 fruta
3) 1 barrinha de cereais de frutas com chocolate, 1 potinho de iogurte + 1 fruta.

Nunca deixe de conversar com a criança para ajudá-la a aceitar novos alimentos e também para perceber se ela está conseguindo consumir aquele cardápio proposto. O diálogo é muito importante entre pais e filhos também aqui.

Seguindo essas dicas, seu filho estará seguro, com um lanche saudável e equilibrado.


Cristiane Zandim

Cristiane Pereira Zandim nasceu em Brasília / DF. É missionária na comunidade Canção Nova desde 2011. Cursou Nutrição na Universidade Universidade Federal Dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/quais-alimentos-usar-no-lanche-do-meu-filho/

20 de abril de 2016

A mentira de estimação

A mentira serve para encobrir os fracassos

Que mal faz uma mentira? "Foi por uma boa causa! "Eu não tinha outra escolha. "Foi para proteger a pessoa. "Teria sido muito pior se tivesse contado a verdade".

A mentira de estimação -1600x1200Foto: Wesley ALmeida

Quantas desculpas são apresentadas para sustentar as pequenas mentiras do dia a dia! Diante de tantas justificativas, talvez nos convençamos de que, afinal, mentir não é algo tão grave assim. Não existem aqueles que 'mentem e nem sentem'? Esse é o resultado de nos acostumarmos com as mentiras, esse "pecado de estimação". Mas se acreditarmos que Jesus é o caminho, a verdade e a vida", o que nos impedirá de agir conforme aquilo que dizemos acreditar?

Você já mentiu hoje? Seja honesto. Já passou alguma informação distorcida, exagerada ou enganosa pela internet ou no meio em que convive? Já assinou o ponto fora de hora? Quantas desculpas você já deu de atrasos e pequenas infrações? E quando a mentira tem a finalidade de evitar que alguém se decepcione ou fique magoado com você?

Como aprendemos a mentir

Como a mentira entra em nossa vida? Como aprendemos a mentir? Algumas questões são úteis para você deixar definitivamente a mentira de lado. Na sua família, existe o hábito de justificar as coisas com pequenas mentiras? Quando alguém telefona para sua mãe e ela não quer atender, como você responde a quem ligou? O que você é orientada a falar? Pois é, são essas pequenas mentiras, muitas vezes aprendidas em família, na orientação dos pais para os filhos ou em seu modelo, que formam a base do hábito de mentir. Um hábito que os próprios pais estabelecem, mesmo não querendo.


Talvez, seja possível perceber, com um pouco de honestidade e ao avaliar as situações em que mentimos, que isso acontece por não sabermos como fazer o certo. Será que essa é uma desculpa para não nos empenharmos em melhorar? Se nos propusermos a ser melhores, o caminho será um só: aprender a falar sempre a verdade, por mais difícil que seja! Ouvi, certa vez, uma senhora dizer que "a verdade, quando dita com ternura, nunca prejudica ninguém".

Mentira: uma forma de encobrir os fracassos

A mentira serve para encobrir os fracassos que experimentamos quando erramos, quando optamos pelo 'mal', quando justificamos nossas incoerências, quando não conseguimos fazer o bem que gostaríamos (Rm 7,19) nem conseguimos expressar, de forma clara, objetiva e direta o que sentimos, o que pensamos, o que esperamos, o que gostaríamos. Quantas vezes fugimos de situações constrangedoras, dizendo estar ocupados, cansados ou doentes? Quantas vezes foi necessário recorrer às mentiras para esconder nossa dificuldade em dizer ''não''?


Ser sincero parece ser mais difícil, porque nos expõe mais. Se você conhece a alegria de uma relação transparente, com certeza vai optar por assumir suas fraquezas e dificuldades. Mentiras 'brancas' ou 'pretas', 'leves' ou 'pesadas'. Não importa! Se você quer buscar a vida, é preciso buscar a verdade. Essa é a busca que nos abre as portas para descobrirmos o que há de melhor em nós, mas que, muitas vezes, desconhecemos: os dons que nos foram agraciados para, com eles, lidarmos com todas as dificuldades (ternura, paciência, brandura). Não podemos mais ser coniventes com a mentira.

Reconhecer-se mentiroso


O principal problema para o mentiroso é a recusa em reconhecer-se um mentiroso. Por isso, talvez seja o momento de rever as perguntas iniciais, identificar as mentiras na sua vida, as mentiras que você vive e conta para si mesmo, pensar nas causas e, principalmente, assumir sua responsabilidade por uma conversão, por uma mudança. Observe-se. Identifique as mentiras. Analise o motivo, a dificuldade em se comprometer com a verdade naquela situação. Proponha-se, então, a enfrentar essa dificuldade.

A alegria consiste em viver reconciliado com sua realidade, sem fugas, sem esquivas, sem desculpas, portanto, sem mentiras. Ser livre consiste em assumir as consequências dos nossos atos. Por pior que seja a realidade, as verdadeiras ervas daninhas são aquelas que você cultiva no seu coração quando foge de viver o que sua realidade lhe oferece.

Só para finalizar: aquela história de ""no dia que ele mudar, eu mudo"," muitas vezes é um tipo de mentira também. Portanto, não olhe para o outro, mas para aquilo que hoje em você precisa encontrar a verdade.

Cláudia May Philippi – Psicóloga Clínica – CRP 2357/1
Endereço eletrônico: c.may@tvcancaonova.com
Kleuton Izidio Brandão e Silva – Psicólogo Clínico – CRP 6089/1
Endereço eletrônico: kleuton@abordo.com.br


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/a-mentira-de-estimacao/

18 de abril de 2016

Como dominar os impulsos sexuais?

Controlar os impulsos não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível

Novelas, músicas, propagandas, outdoors, um passeio no shopping. Cenas, fatos, situações e momentos que, muitas vezes, estão recheados de um estímulo "mega-power-sexappeal", ou seja, estímulo sexual para todos os gostos! Somos provocados a ver sexo em tudo!

Sobreviver a esse cenário torna-se, de fato, uma "odisseia no espaço", uma "guerra nas estrelas", pois parece que, a todo momento, somos chamados a uma espécie de sombra do mal, a nos transformarmos de Anakin para Darth Vader! Oh, meu Deus, como controlar tantos impulsos sexuais se, a todo momento, somos estimulados a colocá-los para fora?

Alguns passos para sobrevivermos a este cenário tão louco.

Como dominar os impulsos sexuais - 1600x1200Foto: Daniel Mafra


Primeiro passo: controlar e não dominar

Não gosto muito da palavra "dominar", soa como algo ruim, que precisa ser contido, reprimido, e não creio que Deus seja tão injusto a ponto de colocar, dentro de nós, os impulsos sexuais e exigir de nós a repressão deles. Também não acredito que Ele nos peça para os dominar como se fossem uma "força do mal" a ser exorcizada.

Prefiro a palavra "controle", ou seja, como controlar os impulsos sexuais? Controle é o mecanismo pelo qual medimos o resultado de um processo comparando-o a um valor desejado. Então, controlar os impulsos sexuais é ser capaz de viver os desejos, as vontades a partir do valor que temos e do valor que damos ao outro. Quando partimos da relação de valor, conseguimos controlar os impulsos e, assim, dar a eles um destino mais pleno e prazeroso.

Segundo passo: canalizar os desejos

Somos homens e mulheres com desejos. Os impulsos sexuais não estão em nós como algo desconexo, mas dizem de nossa identidade. Vou além: eles dizem de nossa identidade de filhos de Deus.

O Senhor nos criou homens e mulheres. Não tem essa de "Deus, tire de mim os desejos sexuais!". Não! Sinto muito lhe dizer, mas Ele não os tirará! Eles estão aí para serem canalizados. São os desejos que levam um homem a se encontrar com uma mulher, são impulsos, forças que nos levam a viver uma relação. O que precisamos pedir é: "Deus, ajude-nos a canalizar esses desejos sexuais para uma vida mais plena e saudável. Ensine-nos a canalizar o que sentimos, baseando-nos no valor que temos e possuímos". Se temos bem claro, na cabeça e no coração, que somos chamados a viver um amor total, fiel, livre e fecundo, daremos conta de canalizar nossos impulsos para relações totais, fiéis, livres e fecundas. Quando vier o impulso sexual, de querer o outro para nós, podemos, nessa hora, usar essa força para termos o outro dentro de nós, como alguém que merece nosso amor, nosso valor!

Diante de uma linda mulher, que chame sua atenção – sexualmente falando – você pode:

a) olhar, desejar e trazer para sua mente como uma possibilidade de tocar, manipular e obter prazer! Ou:

b) olhar, apreciar e trazer para sua mente como uma realidade de amar, valorizar e promover.


Você escolhe (a) ou (b), ou seja, ao ver uma mulher muito bonita, você teve o impulso sexual, a atração, o desejo por ela, mas, nessa hora, escolhendo a alternativa (b), canalizou esse impulso e o enobreceu, não o reprimindo. Deu a ele um lugar de nobreza! Sabe aquela passagem da Bíblia que diz: "É do coração humano que saem coisas boas e ruins?" Então, você vê e, no coração, dá destino ao impulso que surgiu! Escolha (a) ou (b).

Terceiro passo: Conhecer a força da força!

Todos temos impulsos sexuais. Isso é inerente ao nosso ser! Mas precisamos conhecer esses impulsos, saber a força que eles têm, ou seja, saber quando surgem, quando é mais ou menos intenso, o que faz dentro de nós, o que fazer quando eles vêm. Conhecê-los é a melhor maneira de controlá-los e identificá-los, é o jeito de melhor encontrar um destino para eles. As pessoas perdem essa batalha quanto querem lutar contra algo que não conhecem. Não se trata de uma luta contra algo do mal, mas sim para integrar isso que faz parte de você. É uma luta para juntar: impulso sexual+valor+amor+Deus. Por aí vai! Sem autoconhecimento não há vitória.

Quarto passo: Fugir ou encarar?

Quando conhecemos nossos impulsos sexuais, a força que eles têm, o lugar e as situações para onde querem nos levar, podemos ficar em uma encruzilhada: encarar ou fugir? Na verdade, os dois. Encarar, tomar conhecimento ou fugir, ou seja, viver esse processo que acontece depois do "encarar", isto é, perceber e, depois, por saber que não daremos conta, fugir. Mas sabendo do que está fugindo.

Muitas vezes, não escutamos o movimento que rola em nosso interior e ficamos mais presos às relações por medo de nós mesmos. Fugir, conhecendo e buscando compreender do que estamos fugindo, para ficar mais fortes para o próximo combate. Pois ele virá! Nessa hora, é preciso se perguntar: Quais meus pontos fracos? Onde sou mais vulnerável? O que me desordena afetivamente? Mais uma vez, conhecer-se é a arte de se controlar!

Quinto passo: Retornando ao estado de Jedi

No epsisódio 'O Retorno de Jedi', podemos ver como Luke acredita na bondade existente ainda em Darth Vader; e por acreditar nisso, assistimos, numa cena fantástica, a "redenção de Vader". Enquando o Imperador Palpatine estava para matar Luke com uma rajada final, Darth Vader, com o seu braço, ou melhor, com o que restou dele, agarra Palpatine e o lança no poço do reator principal da Estrela da Morte, destruindo, definitivamente, o diabólico Senhor dos Sith, assim concluindo a profecia na qual os Sith são exterminados.

Vader torna-se, novamente, Anakin Skywalker. Sim, ele volta a ser o que era! E o que isso tem a ver o com controle dos nossos impulsos sexuais? Tudo! Muitas vezes, somos como o jovem Anakin, que se deixa levar pela corrupção do mal. Nós, às vezes, nos deixamos levar pela corrupção da pornografia, do sexo fora do casamento; enfim, por uma vida sexual sem a marca do amor verdadeiro como Deus pensou; consequentemente, passamos a viver como Darth Vader, escravos de nossos impulsos e não senhores deles!

Assim, quero lhe dizer: sempre podemos recomeçar. Há, em nosso coração, um profundo desejo de amar de verdade e viver a plenitude do que somos. Nossos afetos, desejos e vontades, ordenados para o amor verdadeiro, sempre nos fazem retornar ao que de melhor nós temos e somos. O sacramento da confissão, a Eucaristia, uma vida de oração sincera e um bom diretor espiritual são nossas armas para vencer. Mesmo quem ao ler este texto você se sinta incapaz de dar uma resposta mais cristã perante uma vida de erros, eu quero lhe dizer que foi com o que restou de um braço que Darth Vader venceu o imperador do mal. Acredito que, dentro de você, restou muito mais que um braço, restou a vontade de ser feliz e amar de verdade. Então, não perca tempo e recomece!

Esteja aberto para conquistar o Céu!


Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Cursou Filosofia no Instituto da Comunidade e é acadêmico de Psicologia na Unisal (Lorena). Atua na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Mais que um programa, o Revolução Jesus é uma missão que desafia o jovem a ser santo sem deixar de ser jovem. Dessa forma, propõe uma nova geração: a geração dos Santos de Calça Jeans. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!" e "Quero um Amor Maior"


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/castidade/como-dominar-os-impulsos-sexuais/

15 de abril de 2016

Papa alerta sobre três perigos nas famílias

Exortação Amoris Laetitia: a alegria do amor na família

Amoris Laetitia (A alegria do amor) é o título da Exortação Apostólica Pós-sinodal do Papa Francisco. O documento, que tem nove capítulos, reúne os resultados dos dois Sínodos sobre a Família realizados em 2014 e 2015.

Neste artigo, destacamos três alertas que nos é apresentado, na Amoris Laetitia, sobre os perigos nas famílias.

papa-alerta-sobre-tres-perigos-nas-familiasFoto: Daniel Mafra /CN

Individualismo

O individualismo exagerado desvirtua os laços familiares e acaba por considerar cada membro da família como uma ilha, fazendo prevalecer, em certos casos, a ideia de um sujeito que se constrói segundo os seus próprios desejos assumidos com caráter absoluto.

As tensões causadas por uma cultura individualista exagerada da posse e fruição geram, no seio das famílias, dinâmicas de impaciência e agressividade.

Independência

A liberdade de escolher permite projetar a própria vida e cultivar o melhor de si mesmo, mas, se não se tiver objetivos nobres e disciplina pessoal, degenera numa incapacidade de se dar generosamente.

Se estes riscos se transpõem para o modo de compreender a família, esta pode transformar-se num lugar de passagem, onde uma pessoa vai quando parecer conveniente para si mesma ou para reclamar direitos, enquanto os vínculos são deixados à precariedade volúvel dos desejos e das circunstâncias.


Amor provisório

Refiro-me à rapidez com que as pessoas passam duma relação afetiva para outra. Creem que o amor, como acontece nas redes sociais, possa-se conectar ou desconectar ao gosto do consumidor, inclusive bloquear rapidamente.

Penso também no medo que desperta a perspectiva de um compromisso permanente, na obsessão pelo tempo livre, nas relações que medem custos e benefícios e mantêm-se apenas se forem um meio para remediar a solidão, ter proteção ou receber algum serviço.

Faz impressão ver que as rupturas ocorrem, frequentemente, entre adultos já de meia-idade, que buscam uma espécie de « autonomia » e rejeitam o ideal de envelhecer juntos cuidando-se e apoiando-se.

Correndo o risco de simplificar, poderemos dizer que vivemos numa cultura que impele os jovens a não formarem uma família, porque nos privam de possibilidades para o futuro.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/papa-alerta-sobre-tres-perigos-nas-familias/