25 de fevereiro de 2015

Por que ir à igreja se eu posso rezar em casa?

A igreja, por mais simples que seja, exala Cristo

É muito comum os católicos "praticantes", ao convidarem alguém para ir à igreja, ouvirem coisas como: "Por que ir à igreja se posso rezar em casa?" ou "Rezo em casa mesmo! Não preciso ir à igreja".

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A verdade é que precisamos, sim, ir à igreja. Tudo bem que podemos e devemos rezar em casa. Aliás, devemos rezar em todos os momentos. O próprio São Paulo nos diz:" "Orai sem cessar, porque essa é a vontade de Deus a vosso respeito"" (cf. I Ts 5,17-18). Porém, a igreja é um lugar especial, é a Casa de Deus. É ali que Ele habita. Ali, a cada Santa Missa, Jesus renova Seu Santo Sacrifício e se faz Corpo e Sangue para nos dar a vida. Ali, Jesus fica no Sacrário esperando a nossa visita.

Moisés, quando viu a sarça que ardia, recebeu a seguinte ordem: "Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa" (Ex 3,5).

A morada de Deus é um lugar santo, é um lugar diferente, separado. O ato de sair de casa para ir ao encontro do Senhor é semelhante ao que fez Moisés quando tirou as sandálias para entrar no território santo. Quando visitamos a Casa de Deus, saímos do nosso orgulho, e por que não dizer do nosso comodismo espiritual para encontrar o Deus que nos acolhe?

Antigamente, não nos era permitido ver o que acontecia nos altares. Até hoje a Igreja Católica Ortodoxa é assim. O altar fica por trás de um grande ícone e os fiéis apenas participam aguardando, contemplando o que acontece, numa mistura de expectativa e zelo, tamanho é o zelo e o respeito pelo Santo Mistério da Eucaristia e, consequentemente, do tempo de Deus.

Hoje, para nós católicos, é permitido não apenas ver, mas contemplar e participar do Santo Sacrifício. E por causa do Sacrifício de Cristo podemos adorá-lo na Eucaristia. Estando na casa de Deus, podemos experimentar a graça de, através do visível, tocar no invisível. Quando você entra na igreja, imediatamente acontece o encontro de dois corações: o seu, do jeito que está, com o de Jesus, do jeito que é. Ainda que você não sinta nada, só o ar que você respira é diferente. O solo é santo. A igreja, por mais simples que seja, exala Cristo. As graças acontecem quando você tem consciência disso. E não precisa de sentimentos. Se tomarmos consciência disso, nós podemos dizer como o Salmista:

"Que alegria quando me disseram: Vamos subir à casa do Senhor" (Sl 121,1).

Por isso devemos ir à igreja sempre, com alegria e respeito. Para aprendermos o que é um templo, devemos frequentá-lo sempre, pois São Paulo também nos ensina: "Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (I Cor 3,16).

Sim, somos, de fato, Templo de Deus. O Espírito Santo habita em nós. Mas para saber como "ser" templo do Senhor temos de aprender com o Templo Igreja. Como disse antes: por meio do visível, tocamos o invisível. Só frequentando, com zelo e respeito, o templo que vemos, aprenderemos e tomaremos consciência do templo que nós somos.

Proponho a você, que há muito tempo não entra numa igreja, fazer, ainda que por alguns minutos, uma visita à capela, sabendo que lá habita Deus. Sente-se, respire e perceba que ali algo maior o envolve. Esse algo maior é Deus, que se faz presente com Sua santidade. Não peça nem fale nada. Experimente a graça de estar na Casa do Pai. Eu lhe garanto que, depois disso, você voltará muitas e muitas vezes!

Léo Rabelo
Fundador, vocalista e líder da Banda Dominus


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/por-que-ir-a-igreja-se-eu-posso-rezar-em-casa/

23 de fevereiro de 2015

Sou uma pessoa afetivamente madura?

A nossa afetividade necessita alcançar nossa maturidade

Todos nós precisamos de cura. Para sermos curados em nossa sexualidade e em nossa afetividade, precisamos nos abrir ao amor de Deus.

Sou uma pessoa afetivamente madura

Comecei a trilhar esse caminho por meio de um grande amigo que nunca conheci pessoalmente, João Mohana, sacerdote, médico e psicólogo, um santo de Deus. Ao ficar viúva com vinte e três anos, deram-me de presente um de seus livros: "Sofrer e amar", o qual me ajudou a dar os primeiros passos no conhecimento do meu grau de maturidade afetiva. Foi com ele que percebi a necessidade de crescer nesse aspecto, a ponto de equipará-lo à minha maturidade cronológica.

João Mohana explica: "Hoje, sabe-se que todo indivíduo, homem e mulher, possui uma idade afetiva e uma idade cronológica, e que ambas podem coincidir ou não. Quando a idade afetiva é inferior à idade cronológica, estamos diante de um caso de imaturidade afetiva. Quando iguala ou supera, estamos diante de um caso de maturidade".

Algumas pessoas, que parecem adultas por fora, têm o coração imaturo. Não é sadia a imaturidade psicológica no adulto. É um fenômeno anormal. Normal é que o psiquismo vá se desenvolvendo, passo a passo, com o corpo, amadurecendo à proporção que o corpo amadurece.

Jesus Cristo deixou um programa para a nossa afetividade. E este está expresso no novo mandamento: "Dou-vos um novo mandamento. Que vos ameis como eu vos tenho amado" (Jo 15,12). "Amai-vos" no estilo d'Ele, ou seja, no estilo maduro para o coração humano. Esse programa supõe que nossa afetividade alcance a maturidade.

Para nós cristãos a maturidade humana não é tudo, nela está incluída a santidade. Além da maturidade humana, somos chamados por Jesus Cristo a ser uma "nova criatura", a fazer com que o Filho de Deus venha à tona em nós. É um processo que leva tempo, pois consiste em pegar a pessoa machucada, sofrida, marcada, amarrada, bloqueada e trazê-la para fora como Jesus fez com Lázaro: "Lázaro, vem para fora!". É preciso que a criatura nova em nós venha para fora. É preciso deixar a cura e a libertação acontecerem.

Todos nós sabemos que a maneira como nos comportamos e nos expressamos na nossa afetividade está intimamente ligada à nossa infância. Especialmente o relacionamento com nosso pai, nossa mãe, nossos irmãos que foram modelo para nós. Gandhi dizia que a "a gente imita o que admira", afirmando que o ser humano aprende por imitação.

Meu pai era muito afetuoso, não só nos seus gestos – em fazer um "cafuné", dar um abraço, colocar no colo –, mas também com ternura, dizendo: "Eu te amo!". Passei a minha vida inteira presenciando o afeto entre meus pais e o carinho que tinham com cada filho. Suas expressões de afeto entre um e outro e conosco, seus seis filhos, fizeram de nós uma família amorosa, unida e feliz.

Numa família pode haver segurança econômica, financeira, boa moradia, mas se não houver a segurança afetiva entre os pais, expressões de afetos, o resultado será, na maioria das vezes, um adulto reprimido nos seus sentimentos de afetos, emoções de carinho, de ternura. Se ficar doente, terá tudo, menos afeto. João Mohana chama isso de "subnutrição da afetividade na infância". Mas também ele diz: "O excesso de afeto pode levar à imaturidade, por vir a exigir um estilo de convívio com os outros semelhante ao que se habituou a ter na infância. Serão os insaciáveis nos grupos e nas famílias. Tanto excesso de carência e afeto na infância podem gerar as seguintes expressões de imaturidade na idade adulta: desconfiança, insegurança, agressividade, dependência, hermetismo, complexos, inibições, fugas, desajustamento e até perda de sentido da vida".

É por isso que para o cristão é tão importante o sobrenatural integrado ao natural, à sua maturidade afetiva. É o que expressa São Paulo:

"Assim, ele capacitou os santos para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo até chegarmos, todos juntos, à unidade na fé no conhecimento do Filho de Deus, ao estado de adultos, à estatura do Cristo em sua plenitude. Então, não seremos mais como crianças, entregues ao sabor das ondas. Ao contrário, vivendo segundo a verdade, no amor, cresceremos sob todos os aspectos em relação a Cristo, que é a cabeça" (Ef 4,12-14a.15).

Este é o trabalho da graça de Deus em nós, e todos nós devemos colaborar. Pelo Espírito Santo que nos santifica, vamos rumo à nossa maturidade humana e cristã.

Trecho extraído do livro "A cura da nossa afetividade e sexualidade" de Luzia Santiago.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/sou-uma-pessoa-afetivamente-madura/

20 de fevereiro de 2015

Transtorno Bipolar: a verdade atrás dos mitos

Existem muitos mitos sobre o transtorno bipolar, inclusive o fato de que a pessoa será fadada à tristeza

Atualmente, ouve-se falar muito de transtorno bipolar. Há inúmeros artigos não especializados sobre esse tema na imprensa. Em certo sentido, parece ser a doença dos famosos, já que muitos deles afirmam ser bipolares. A história da doença, porém, não tem glamour ou brilho. Ao contrário, traz enormes prejuízos e sofrimentos aos pacientes, familiares e cuidadores, se não for bem tratada.

Transtorno bipolar: a verdade por detras dos mitos

Há um pensamento comum de que o bipolar é a pessoa que "uma hora está triste e, logo depois, alegre, animada". No entanto, o transtorno bipolar de humor ou espectro bipolar é caracterizado por períodos de depressão, manifestados por tristeza sem motivo, desânimo, perda do prazer nas atividades, lentificação da fala e dos movimentos, alterações do sono, pensamento negativo, ideia suicida entre outros sintomas. Os sintomas também podem ser alternados com períodos de mania (não alegria), isso é, presença de ansiedade, agitação psicomotora, discurso e pensamentos acelerados, fuga de ideias, sentimento de poder, grandeza, irritabilidade e ações impulsivas como comprar vários carros, dar dinheiro, pular de um prédio… Esse estado justifica o aumento de risco de suicídio nesses pacientes, como também o abuso de álcool e outras drogas, o que piora um quadro já bastante ruim.

Há muitos mitos sobre esse transtorno. Aqui não poderei citar todos, mas escolhi três que acredito serem essenciais.

1º – A pessoa bipolar vive alternando de um humor para outro?
Não! Na maioria desses pacientes, o período de depressão se prolonga, exceto nos "cicladores rápidos", que geralmente são mais refratários ao tratamento.

2º – O transtorno bipolar só afeta o humor?
Isso é falso! A doença tem origem no cérebro, nas conexões entre neurônios e afeta tudo o que se faz, o que se pensa e, definitivamente, o que se é!

3º – Como não há tratamento eficaz, o bipolar está fadado a ter uma vida infeliz?

Também isso não é verdadeiro. Há tratamentos eficazes, unindo-se medicamentos, psicoterapia e educação familiar. Há bipolares que são um sucesso no trabalho e têm bom relacionamento familiar, embora não deixem de estar em constante estado de combate.

Você conhece alguém assim? Já presenciou o sofrimento dos que convivem com essa doença? Quer saber como ajudar? Deseja combater junto com eles?

Então, aguardem. No próximo artigo, conheceremos as armas mais atuais e as melhores estratégias para sairmos vitoriosos dessa batalha. Não nos esquecendo de ver, em cada bipolar que busca tratamento, o cumprimento da palavra: mesmo enfermo eu sou guerreiro!

Érika Vilela

Mineira de Montes Claros (MG), Érika Vilela é fundadora e moderadora geral da comunidade 'Filhos de Maria'. Cursou Medicina pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas e, atualmente, faz especialização em Psiquiatria pelo Centro Brasileiro de Pós-graduações.

Érika atua como pregadora, articulista, missionária pela Casa Mãe de Misericórdia e médica na Estratégia Saúde da Família e na Clínica Home-Med. Evangelizadora com fé e ciência, duas asas que nos elevam para o céu, ela tem a bela missão de encontrar, na união mística com a dor salvífica de Cristo, a força para seguir em frente, sabendo que Deus opera sempre as Suas maravilhas!


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/saude-atualidade/transtorno-bipolar-a-verdade-atras-dos-mitos/

18 de fevereiro de 2015

Terço Vicentino

Conselho Nacional do Brasil da SSVP

DECOM- Assessoria Espiritual

Recitação do Terço Vicentino

 

Os Mistérios do Terço:

Ø Mistérios Gozosos - Segunda-feira e Sábado.

Ø Mistérios Dolorosos - Terça e Sexta-feira.

Ø Mistérios Gloriosos - Quarta-feira e Domingo.

Ø Mistérios Luminosos - Quinta-Feira.

 

MISTÉRIOS GOZOSOS: Nascimento e crescimento de Jesus.

1º MISTÉRIO: Contemplamos a anunciação do anjo Gabriel a Maria e a encarnação do verbo de Deus em seu ventre.   "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra".

Meditação: Rezemos por todos os Confrades e Consocias que disseram o Sim ao Chamado de Deus para a Sociedade de São Vicente de Paulo.

 

2º MISTÉRIO: Contemplamos a visitação de Maria a Santa Isabel.  "E partindo às pressas foi às montanhas ficar com sua prima que já de idade avançada estava grávida".

Meditação: Rezemos pelas Visitas aos assistidos que acontecem diariamente em todo Brasil.

 

3º MISTÉRIO: Contemplamos o nascimento do Menino Jesus na gruta de Belém.

Meditação: Rezemos por tantas crianças que nascem em situação de abandono e pobreza.

 

4º MISTÉRIO: Contemplamos a apresentação do Menino Jesus no Templo.

Meditação: Rezemos por todos os Vicentinos que foram e ainda serão Proclamados neste ano nas Conferências.

 

5º MISTÉRIO: Contemplamos a perda e o reencontro do Menino Jesus no templo de Jerusalém.

Meditação: Rezemos por todas as pessoas que são acolhidas nas Obras Unidas da Sociedade de São Vicente de Paulo.

 

 

MISTÉRIOS DOLOROSOS: Sofrimento e morte de Jesus.

1º MISTÉRIO: Contemplamos a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.

Meditação: Rezemos por todas as pessoas que estão em situação de sofrimento, sobretudo pela discriminação e exclusão social.

 

2º MISTÉRIO: Contemplamos a flagelação de Jesus.

Meditação: Rezemos por todos aqueles que são flagelados pela fome e violência.

 

3º MISTÉRIO: Contemplamos a coroação de espinhos de Jesus Cristo.

Meditação: Rezemos por tantos pobres que ainda continuam sendo vítimas da injustiça social e do descaso dos governantes.

 

4º MISTÉRIO: Contemplamos a subida dolorosa de Jesus carregando a Cruz para o Calvário.

Meditação: Rezemos pelas cruzes diárias que os pobres carregam e também por muitos Vicentinos que aliviam o peso da cruz dos pobres.

        

5º MISTÉRIO: Contemplamos a crucificação e a morte de Jesus.

Meditação: Rezemos por todos os Confrades e Consocias falecidos da Sociedade de São Vicente de Paulo. e pelos pobres que continuam sendo crucificados hoje e morrem vítimas da injustiça social.

 

 

MISTÉRIOS GLORIOSOS: Vitória e Salvação.

1º MISTÉRIO: Contemplamos a Ressurreição de Jesus.

Meditação: Rezemos por todo trabalho da Caridade na Sociedade de São Vicente de Paulo, capaz de reerguer muitos que estão caídos, mostrando que a Vida supera a Morte!

 

2º MISTÉRIO: Contemplamos a ascensão Jesus Cristo ao Céu.

Meditação: Rezemos para que a Sociedade de São Vicente de Paulo possa sempre resgatar, através da Mudança de Estruturas, todas as pessoas que estão em condição de risco social.

 

3º MISTÉRIO: Contemplamos a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos Maria em Jerusalém.

Meditação: Rezemos para que a Sociedade de São Vicente de Paulo seja sempre fiel ao seu espírito primitivo, suscitado no coração do Bem-Aventurado Antônio Frederico e seus companheiros no século XIX.

 

4º MISTÉRIO: Contemplamos a assunção de Maria ao Céu.

Meditação: Rezemos pelo testemunho de luta e resistência de tantas Mães assistidas pelas Conferências Vicentinas.

 

5º MISTÉRIO: Contemplamos a coroação de Maria como Rainha de todos os anjos e santos.

Meditação: Rezemos pelas 7 regiões  da Sociedade de São Vicente de Paulo no Brasil, pedindo a intercessão de suas respectivas padroeiras:

 

Região I – Nossa Senhora de Fátima, Região II – Nossa Senhora da Rosa Mística, Região III – Nossa Senhora das Graças, Região IV – Nossa Senhora Aparecida, Região V – Nossa Senhora do Carmo, Região VI – Nossa Senhora da Conceição e Região VII – Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.


MISTÉRIOS DA LUZ (Luminosos): A humildade, os milagres e o eterno Amor de Jesus.

1º MISTÉRIO: Contemplamos o Batismo de Jesus no rio Jordão.

Meditação: O Batismo de Jesus ajuda-nos a rezar a prática das 5 Virtudes Vicentinas em nossa Vida. Peçamos neste mistério que sejamos iluminados pela Simplicidade, Humildade, Mansidão, Zelo e Mortificação.

 

2º MISTÉRIO: Contemplamos a auto-revelação de Jesus nas Bodas de Caná, quando transformou a água em vinho novo.  Atendendo ao pedido de Maria, Jesus inicia sua missão com o seu primeiro milagre.

Meditação: Rezemos para que as Unidades Vicentinas e todos os Departamentos da Sociedade de São Vicente de Paulo: Comissões de Jovens, Conferências de Crianças e Adolescentes, Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam, Departamento de Comunicação, Departamento Missionário e Departamento de Normatização e Orientação, tornem-se o Vinho Novo para os pobres.  

                          

3º MISTÉRIO: Contemplamos o anúncio do Reino de Deus que traz a esperança de um mundo melhor para todas as pessoas.

Meditação: Rezemos para que os Confrades e Consocias nunca percam a esperança na construção do Reino de Deus e enfrentem os desafios da missão vicentina com sabedoria, coragem e fé.

 

4º MISTÉRIO: Contemplamos a transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Meditação: Rezemos para que saibamos encontrar o rosto transfigurado de Jesus Cristo no rosto dos pobres.

                          

5º MISTÉRIO: Contemplamos a instituição da Eucaristia.

Meditação: Rezemos para que sejamos hóstias vivas para os pobres, cujo culto espiritual é minha própria existência na forma de ser plasmada pelo próprio Jesus Cristo!

16 de fevereiro de 2015

A preciosa bênção dos pais

A Sagrada Escritura nos alerta sobre a necessidade dessa bênção

Quando eu era criança, estava acostumado a pedir a bênção aos meus pais a qualquer hora que saísse ou chegasse em casa. Era um apressado "bênça, pai!", bênça, mãe!"," tão apressado que quase não se ouvia a resposta. Todos nós, quando crianças, estávamos tão acostumados a pedir a bênção dos pais que, quando saíamos sem ela, parecia-nos que faltava algo à nossa segurança ou ao sucesso de nossos planos.… Ao menos quatro vezes por dia eu e meus oito irmãos pedíamos a bênção a nossos pais: ao acordarmos, ao irmos para a escola, ao voltarmos da escola e ao nos deitarmos.

A preciosa bênção dos pais

Hoje, passados os anos, tenho profunda consciência da importância da bênção dos pais na vida dos filhos. É a Sagrada Escritura que nos alerta sobre a necessidade dessa bênção. Toda a Bíblia está repleta de passagens indicando a importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos. Os pais são os cooperadores de Deus na criação dos filhos e, dessa forma, são também um canal aberto para que a bênção divina chegue a eles [filhos].

O livro do Deuteronômio registra o quarto mandamento: ""Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus"" (Dt 5,16). Dessa forma, o Senhor promete vida longa e prosperidade àqueles que honram os pais. São Paulo disse que esse é "o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa de Deus" (Ef 6,2).

Os livros dos Provérbios e do Eclesiástico estão cheios de versículos que trazem a marca da presença dos pais. Eis um deles: ""A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces"" (Eclo 3,11). Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição!) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, a Sagrada Escritura nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio que Deus escolheu para agraciar os filhos. O Senhor quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer a Sua bênção chegar aos filhos. É a forma que Deus usou para deixar clara a importância dos genitores. Analisemos estas passagens marcantes:

"Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos, pois Deus quis honrar os pais pelos filhos e, cuidadosamente, fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles. Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia. Pois um homem adquire glória com a honra de seu pai, e um pai sem honra é a vergonha do filho. Como é infame aquele que abandona seu pai, como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe!" (Eclo 3, 2-3.5-6.9-10.13.18).

Todos esses versículos do capítulo 3 do Eclesiástico mostram claramente a grande importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos e, de modo especial, à bênção paterna e materna. Infelizmente, muitos pais já não sentem a prerrogativa de que Deus lhes deu para educar formar e abençoar os filhos. Muitos já não acreditam no poder da bênção paterna e nem mesmo ensinam os filhos a pedi-la.

Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas divinas. Não importa qual seja a idade do filho, ele sempre deve pedir a bênção de seus pais. E também não importa se o velho pai é um doutor ou um analfabeto, o filho não deve perder a oportunidade de ser abençoado por ele, se possível todos os dias, mesmo já adulto.

Se você ainda tem seus pais (ou apenas um deles) não perca a oportunidade que Deus lhe dá de lhes beijar as mãos e lhes pedir a bênção, para que Deus o abençoe, guiando seus passos e protegendo sua vida. Importa jamais nos esquecermos de que, enquanto "a bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces" (Eclo 3,11).

 

Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/a-preciosa-bencao-dos-pais/

13 de fevereiro de 2015

Quem tem medo de sexta-feira 13?

Há quem sinta calafrios ao verificar que, no amanhecer do novo dia, o calendário marca sexta-feira 13

A superstição faz parte do folclore e existem muitas acerca desta data. Como ingrediente folclórico, tais superstições foram ricamente utilizadas para ilustrar as histórias contadas por nossos avós.

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Algumas pessoas têm medo de gato preto, de passar debaixo de escadas, sair da cama pisando com o pé esquerdo e, há outras ainda que acreditam que uma pata de coelho possa lhes trazer sorte. Se isso fosse verdade, o coelho seria o animal de mais sorte na face da terra! Afinal, se uma pata de coelho trouxesse sorte, imaginemos quão "afortunado" deveria ser este animal tendo quatro delas!

Alguns tentam, a partir de seus apegos exagerados, projetar o futuro fundamentado em eventos ou em sinais casuais. Para aqueles que, temendo o desconhecido, buscam personagens folclóricos, podem correr o risco de encontrar sacis-pererês no centro dos rodamoinhos ou sair numa caça sem precedente aos gatos pretos.

Falamos de um dia específico, em que a crença do mau agouro o teria escolhido para habitar. Muitas situações de dificuldades foram vividas e tampouco foram marcadas pela sexta-feira 13. Dentro dessa perspectiva, teria este "dia de azar" se confundido na matemática dos cálculos, quando aconteceram os ataques de 11 de setembro contra o World Trade Center? Estaria ainda o gato preto atordoado ou perdido, que ainda circula nas regiões de conflitos no Oriente?

Buscamos por dias melhores, protegidos de todos as maldades e dificuldades que nos rodeiam, mas cremos não em uma proteção depositada em amuletos, mas na confiança da certeza de que "como Jerusalém está toda cercada de montanhas, assim o Senhor envolve Seu povo, agora e sempre" (Salmo 125:2).

Assim, a sexta-feira 13 poderá, no máximo, continuar contribuindo para a elaboração de cenários das histórias que, embalados pelo brilho da "lua cheia", fluirão nas imaginações de alguns contadores de fantásticas fantasias.

Que Deus abençoe todos os seus dias!

Por Dado Moura – Missionário da Comunidade Canção Nova 2º elo.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/quem-tem-medo-de-sexta-feira-13/

11 de fevereiro de 2015

Os animais de estimação vão para o céu?

São Francisco de Assis é mundialmente conhecido pelo amor que nutriu por toda a criação

Nestes tempos em que o cuidado com a natureza se faz essencialmente necessário para a preservação de nosso habitat, uma questão recente tem gerado polêmica: os animais de estimação vão para o céu? Essa dúvida veio à tona em uma recente declaração atribuída ao Papa Francisco, quando ele consolava um menino que havia perdido seu cachorro: "O paraíso está aberto a todas as criaturas do Senhor". Essa notícia, segundo relatos, foi desmentida pelo próprio repórter que a divulgou em um veículo de comunicação americano, mas se espalhou pelo mundo.

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Essa pergunta tem gerado polêmica e dividido muitas opiniões, mas o que a Igreja Católica Apostólica Romana fala sobre essa questão? Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica:

"O sétimo mandamento exige o respeito pela integridade da criação. Os animais, tal como as plantas e os seres inanimados, são naturalmente destinados ao bem comum da humanidade. O uso dos recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser desvinculado do respeito pelas exigências morais. O domínio concedido pelo Criador ao homem sobre os seres inanimados e os outros seres vivos não é absoluto, mas regulado pela preocupação com a qualidade de vida do próximo, inclusive das gerações futuras; exige respeito religioso pela integridade da criação.

Os animais são criaturas de Deus. Ele os envolve na sua solicitude providencial. Pelo simples fato de existirem, eles O bendizem e Lhe dão glória. Por isso, os homens devem estimá-los. É importante lembrar com que delicadeza os santos, como São Francisco de Assis ou São Filipe de Néri, tratavam os animais.

Deus confiou os animais ao governo daquele que foi criado à Sua imagem. É, portanto, legítimo nos servirmos deles para a alimentação e para a confecção do vestuário. Podemos domesticá-los para que sirvam ao homem nos seus trabalhos e lazeres. As experiências médicas e científicas em animais são práticas moralmente admissíveis, desde que não ultrapassem os limites do razoável e contribuam para curar ou poupar vidas humanas.

É contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor indiscriminadamente da vida deles. É igualmente indigno gastar com eles somas que deveriam, prioritariamente, aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais, mas não se deve desviar para eles o afeto só devido às pessoas" (Catecismo da Igreja Católica, 2415-2418).

O que o Catecismo afirma é isso: "Os animais são criaturas de Deus. Simplesmente pelo fato de existirem, eles O bendizem e Lhe dão glória". O presente documento, em momento algum, afirma que os animais irão para o céu após o término de sua vida terrestre. Nem mesmo encontramos declarações oficiais de algum Sumo Pontífice a esse respeito.

O que difere o homem dos animais é que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. Somente o homem tem uma alma transcendente, imortal. Os animais não possuem uma alma imortal.

Somos chamados a cuidar da criação de Deus, e isso inclui os animais. No entanto, é preciso discernimento diante dessa questão. Não é raro encontrarmos pessoas que gastam uma verdadeira fortuna com seus animais e não ajudam o pobre que passa fome. Outros ainda valorizam mais seus animais de estimação que os próprios familiares de sua casa. Muitos pais não deixam seus filhos colocarem os pés no sofá, mas deixam o gatinho de estimação passar o dia todo dormindo em cima do móvel.

Cuidemos da criação sem nos descuidarmos dos nossos irmãos e irmãs que sofrem ao nosso lado e clamam por nossa ajuda e misericórdia.

Padre Flávio Sobreiro

Padre Flávio Sobreiro Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre – MG. Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre – MG. Página pessoal do padre Flávio na internet. Perfil no Facebook


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/os-animais-de-estimacao-vao-para-o-ceu/