30 de junho de 2014

Povo brasileiro, campeão?

A conquista do hexa não será, obviamente, a garantia de que o povo brasileiro se tornará campeão. É preciso muito mais para que o Brasil saia vitorioso. 

O futebol do Brasil é o único que se fez representar em todas as Copas do Mundo e, nesta história, pela primeira vez, o povo brasileiro tem a oportunidade para dar um tratamento diferente ao megaevento esportivo, justamente quando é realizado aqui. Em outras ocasiões, comentava-se o risco de manipulação governamental em proveito próprio e de interesses partidários. Mas, neste Mundial de 2014, cresce a esperança de que a sociedade avançará em suas análises políticas e avaliações de impactos sociais. Nesse exercício, devem ser incluídas as reflexões sobre gastos bilionários em detrimento de necessidades básicas urgentes na infraestrutura. Também é importante saber separar a euforia do torcedor das avaliações sobre os políticos e a política partidária. Afinal, a conquista do hexa não será, obviamente, a garantia de que o povo brasileiro se tornará campeão.

A competitividade esportiva, além do divertimento e do entusiasmo da festa, por sua força educativa própria, é metáfora rica com indicações para o comportamento cidadão que almeja uma condição campeã. Há, pois, sinalização concreta de amadurecimento popular nessa etapa nova dos desdobramentos políticos e sociais no Brasil. A Copa do Mundo tem data fixada para acabar e, evidentemente, a vitória brasileira será motivo de alegria para o povo. Contudo, não garante os mais significativos avanços na busca das vitórias necessárias e urgentes, quando se considera os enormes desafios a serem vencidos para mudar cenários desoladores que mancham a pátria amada.

Terminada a Copa, o povo brasileiro tem ainda um longo caminho a percorrer em busca de sua indispensável condição campeã no tratamento dos pobres, na superação da exclusão social vergonhosa, na grande concentração das riquezas e do dinheiro nas mãos de uma minoria, entre outros desafios. Encontrar um novo modo de se fazer política no Brasil, de maneira mais civilizada, lúcida, propositiva, sem demagogias, em diálogo com a população, também é meta a ser alcançada. E esse caminho não será percorrido sem que a sociedade brasileira paute suas ações a partir de inequívoca reciprocidade, baseada em princípios e valores que reconhecem o bem moral como condição indispensável para a estruturação da vida social e política.

Percebe-se que a batalha é grande. A corrupção endêmica que tempera funcionamentos institucionais, governamentais, condutas individuais, precisa de um tratamento extremamente incidente. As eleições de 2014 precisam ser marcadas pelo exercício cidadão de buscar corrigir os rumos do país. Na contramão desse caminho, a oportunidade de mudanças mais profundas será entregue de "mão beijada" aos produtores de uma política inócua. É fundamental uma reeducação a partir do gosto pela verdade, capaz de promover uma grande mudança cultural. Deste modo, será possível até mesmo o enfrentamento da postura irônica de considerar serem politicamente corretas as falsas posturas, que objetivam captar a simpatia do cidadão para se alcançar certos objetivos e, em seguida, após conquistá-los, ignorar completamente os anseios do povo.

Gostar da verdade ainda é um enorme desafio na configuração da sociedade. Trata-se de imprescindível condição para se formar um tecido cultural mais consistente e, consequentemente, uma capacidade para lidar de modo mais nobre com a liberdade e com a justiça. Só a plena verdade sobre o homem, vivida no tratamento da vida cotidiana, permite a superação de uma visão distorcida do que é justo, abrindo o horizonte daqueles que estão nas cortes, instâncias governamentais, nos diversos campos profissionais, nas relações familiares e interpessoais, para a solidariedade e o amor.

Os elogios à receptividade brasileira aos visitantes estrangeiros é o sinal de que as praças esportivas, embora chamadas de "arenas", as ruas e todos os lugares devem ser espaços de acolhida, ambientes para o intercâmbio civilizado e construtivo. Permanecerá o desafio de, terminado o Mundial, conservar no coração do povo brasileiro essa abertura para o encontro, impulsionando um caminho novo de solidariedades e revisões profundas das desigualdades. Enquanto não se conseguir eliminar a exclusão social, vergonhosa entre nós, não se vencerá a violência crescente. O sistema social em que vivemos é injusto na sua raiz. É indispensável continuar a luta contra a idolatria do dinheiro e outros males para que a cultura da vida com seus valores e tradições seja salva. Com ou sem o hexa, conta é que seja o povo brasileiro campeão.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália). http://www.arquidiocesebh.org.br


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/sociedade/povo-brasileiro-campeao/

26 de junho de 2014

Como fazer do seu cônjuge o seu amigo

Seja o melhor amigo do seu cônjuge

Ser amigo é criar laços. A amizade é uma fonte que não retém a água para si, mas a compartilha espontaneamente. É a descoberta dos corações. Nós não nascemos para viver só. Quis Deus que o homem fosse um ser social; logo, deveria conviver com pessoas, criar laços, oferecer espontaneamente a água da amizade que jamais deveria ser retida. Essa circunstância torna-se uma necessidade no relacionamento a dois, em especial na preservação do casamento.

Fortalecer os laços de amizade deveria ser um dos principais compromissos para quem está namorando. É no relacionamento a dois que os pares aprendem a construir uma relação de confiança, guardar segredos um do outro, estar disponível para ele, exortá-lo(a) se for preciso,  exercer habilidades necessárias para sentir-se e ser amigo. Assim sendo, é muito mais fácil chegar ao noivado e ao casamento acompanhado de um amigo(a).

Como fazer do seu cônjuge o seu amigo


Quando o relacionamento a dois alcança a dimensão da amizade, de ser um para o outro, o ombro amigo já está dentro de casa, não está fora. Os parceiros, mesmo ainda na fase do namoro, não precisam buscar tanto em outros colegas alguém que os escute, os aconselhe e oriente.

É importante chegar ao altar com alguém que vai dividir despesas, honrar compromissos, enfrentar chuva e sol, porém com leveza, apoiados na amizade um do outro. A Palavra de Deus nos diz: "Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro". Imagine esse tesouro dentro do próprio casamento. "Amigo fiel é poderosa proteção; quem o encontrou, encontrou um tesouro. Ao amigo fiel não há nada que se compare, pois nada equivale ao bem que ele é" (Eclesiástico 6,14-15). O casamento para manter-se precisa que o laço existente entre o marido e a mulher já estejam criados e fortalecidos. Se não, será como folha no deserto, que o vento espalha.

A sexualidade não é suficiente para estimular o matrimônio a produzir o diálogo, as partilhas até de madrugada, a deixar o seu coração ansioso para chegar em casa, porque sabe que lá você tem alguém em quem confia e é seu amigo. Portanto, assim como o Dia dos Namorados deveria ser todos os dias no matrimônio, o Dia do Amigo também.

"Amizade", em latim, é amicus; amigo que, possivelmente, derivou de amore, "amar", uma relação entre duas pessoas. O nosso cônjuge pode ser, sim, nosso amigo; contudo, trata-se de um assunto delicado.

Há casamentos que se distanciam do seu propósito e se tornam puramente uma relação de amigos ou vizinhos quando se encontram no elevador ou na Igreja. Não é bem sobre isso que estamos refletindo; estamos nos referindo ao relacionamento a dois e, nele, permanecer marido e mulher amigos. Seria tão necessário que todos os casais aprendessem que "o verdadeiro amigo é aquele que chega quando o resto do mundo já se foi".

Nós cônjuges podemos ser amigo um para o outro. Costumo dizer ao meu esposo: "Escute-me, pois só você pode dizer para mim o que não tenho coragem de ouvir dos outros e vice-versa". Na medida certa, sem mudar a função nem os papéis, sempre será possível ao nosso cônjuge ser o nosso grande amigo.

Respeito a privacidade do outro, a lealdade dele, a sua verdade, cumplicidade e disponibilidade. Respeito o seu amor, o seu prazer e seu lazer, seu reconhecimento, elogio, sua motivação, fé e oração.

O que mais seria preciso em nosso relacionamento? Apenas a certeza de que todas essas habilidades bem exercidas no namoro, no noivado e, consequentemente, no casamento produzirão uma boa amizade entre os parceiros. Para isso, reserve, ainda hoje, um tempo para cuidar dessa área do seu casamento.

Judinara Braz

Administradora de Empresa com Habilitação em Marketing. Psicóloga especializada em Abordagem e Análise do Comportamento Autora do Livro Sala de Aula, a vida como ela é. Diretora Pedagógica da Escola João Paulo I – Feira de Santana (BA).


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/amizade/como-fazer-do-seu-conjuge-o-seu-amigo/

24 de junho de 2014

O que a Igreja diz sobre casais em segunda união

Os casais em segunda união e o acesso aos sacramentos

Na Exortação Apostólica Familiaris Consortio (Sobre a família), o Papa João Paulo II deixou a posição da Igreja sobre os casais em segunda união; e o Catecismo da Igreja registra a mesma posição.

Casais-segunda-uniao

O Papa disse que, por motivos diversos, como incompreensões recíprocas, dolorosamente alguns matrimônios válidos sofrem uma fratura, muitas vezes, irreparável. A comunidade, diz o Papa, deve ajudar o cônjuge abandonado, com estima, solidariedade e compreensão, de modo que lhe seja possível conservar a fidelidade e a disponibilidade para retomar, eventualmente, a vida conjugal anterior.

É também o caso do cônjuge vítima de divórcio. Conhecendo bem a indissolubilidade do vínculo matrimonial válido, ele não se deixa arrastar para uma nova união, empenhando-se, ao contrário, unicamente no cumprimento dos deveres familiares e na responsabilidade da vida cristã.

João Paulo II diz que a Igreja, instituída para conduzir à salvação todos os homens, não pode abandonar aqueles que, unidos já pelo vínculo matrimonial sacramental, procuraram passar a novas núpcias.

O Papa pediu que a comunidade de fiéis ajude os divorciados, para que eles não se considerem separados da Igreja, podendo, ou melhor, devendo, enquanto batizados, participar da vida dela. "Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para, assim, implorar, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a Igreja, encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança".

O Santo Padre disse também: "A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir a comunhão eucarística aos divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, no momento em que o seu estado e condição de vida contradigam objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se essas pessoas forem admitidas à Eucaristia, os fiéis serão induzidos ao erro e à confusão acerca da Doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio.

A reconciliação pelo sacramento da penitência, que abriria o caminho ao sacramento eucarístico, pode ser concedida só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da aliança com Cristo e da fidelidade a Ele, estejam sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimônio. Isso tem como consequência, concretamente, que quando o homem e a mulher, por motivos sérios – por exemplo, a educação dos filhos – não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos atos próprios dos cônjuges».

O Catecismo da Igreja diz que:

"A Igreja, por fidelidade à Palavra de Jesus Cristo – "Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério" (Mc 10,11-12) –, afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornarem a casar-se no civil, ficarão numa situação que contrariará objetivamente a lei de Deus; portanto, não poderão ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar essa situação. Pela mesma razão, não poderão exercer certas responsabilidades eclesiais" (n.1651).

A Igreja sabe que é grande o sofrimento desses casais. Há, no entanto, a possibilidade de se verificar, nos  Tribunais da Igreja, se o primeiro casamento rompido foi válido ou não.

Felipe Aquino

Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/segunda-uniao/o-que-a-igreja-diz-sobre-casais-em-segunda-uniao/

20 de junho de 2014

Nós não inventamos a Missa. Ela é tesouro da Igreja!

Desde os primeiros tempos da vida da Igreja, os cristãos se reúnem para celebrar o Mistério Pascal de Cristo, na Eucaristia.

"Aleluia! Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Seja bendito o nome do Senhor, desde agora e para sempre. Do nascer ao pôr do sol seja louvado o nome do Senhor" (Sl 112, 1-3). O louvor perene visto pelo salmista se realiza na Igreja, na celebração da Eucaristia. "Na verdade, vós sois santo, ó Deus do universo, e tudo o que criastes proclama o vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr do sol, um sacrifício perfeito" (Liturgia da Missa, Oração Eucrística III). Assim reza a Igreja na Oração Eucarística, recordando que o mesmo mistério de Cristo, em sua Morte e Ressurreição, torna-se presente e é proclamado, para a vida e a salvação de todos os homens e mulheres, pelos quais o Sangue de Cristo foi derramado. De fato, em qualquer tempo e em toda parte do mundo, a Santa Missa é celebrada e o único Sacrifício Redentor se renova. A fonte aberta do lado de Cristo na Cruz nunca se fechou!

Desde os primeiros tempos da vida da Igreja, os cristãos se reúnem para celebrar o Mistério Pascal de Cristo, na Eucaristia. Os Atos dos Apóstolos já testemunharam, nos sumários a respeito da vida cristã primitiva, a fidelidade na "Fração do Pão", o primeiro nome da Missa (Cf. At 2, 42-47). Outros textos do Novo Testamento (Cf. At 20, 7-12; I Cor 11, 17-34) se referem à Eucaristia celebrada. Até hoje e enquanto esperamos a vinda do Senhor, o mesmo mistério é celebrado na Igreja.

Não inventamos a Missa

Escritores dos primeiros séculos relatam a prática dos cristãos. São Justino assim descreve de forma magnífica: "No dia chamado do Sol, isto é, domingo, todos aqueles que moram nas cidades e nos campos se reúnem no mesmo lugar e então são lidas as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, enquanto o tempo o permite. Depois que o leitor termina, aquele que preside à assembleia toma a palavra, admoestando e exortando a colocar em prática estes bons exemplos. Em seguida, todos juntos nos levantamos e elevamos preces aos céus. Terminadas as orações, nós nos abraçamos com um ósculo recíproco. Em seguida, são levados àquele que preside os irmãos um pão e uma taça de vinho com água. Ele os recebe e louva e glorifica o Pai de todos, em nome do Filho e do Espírito Santo; depois pronuncia uma longa ação de graças porque fomos tornados dignos desses dons. Terminadas as orações e o agradecimento eucarístico, o povo aclama Amém! Depois, aqueles que chamamos diáconos distribuem a cada um dos presentes o pão e o vinho com água eucaristizados e os levam aos ausentes" (Justino, cerca do ano 155, Apologia I, 67. 65). Suscita uma grande alegria saber que a prática da celebração eucarística já se configurava assim nos primeiros tempos! De fato, nós não inventamos a Missa. Ela é tesouro da Igreja!

O dia mais expressivo para a participação na Santa Missa é o Domingo, Páscoa Semanal dos cristãos. Trata-se de um direito de todos os batizados a Missa Dominical, antes de ser um dever. Torna-se, sim, um compromisso de honra ir à missa no domingo, acolher a Palavra de Deus proclamada e unir a própria vida à Morte e Ressurreição de Cristo, comungando seu Corpo e seu Sangue. Aliás, o Domingo, na frente do justo repouso que o caracteriza, é o dia da Assembleia Eucarística. Não pode o cristão viver sem o Domingo! A mesma Páscoa anual celebrada torna-se Páscoa semanal no dia ao Senhor e pode ser Páscoa diária, todas as vezes que comemos deste Pão e bebemos deste vinho, anunciando a Morte do Senhor e proclamando a sua Ressurreição.

Como participar da Missa, que é o coração da vida da Igreja? Priorizar no dia de Domingo a Missa, de preferência em sua própria Comunidade Paroquial. Vale ainda sugerir que se revalorize o costume de participar como família, pais e filhos juntos. A devida disposição interior para participar da Missa é alcançada com um outro Sacramento, a Penitência ou Reconciliação. A confissão frequente abre o coração para o acolhimento da graça da Eucaristia. Para que "nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso" (Liturgia da Missa), haja em nós aquelas atitudes propostas pelo profeta Isaías ao povo eleito: buscar o Senhor cada dia, através da prática da justiça, da observância da Lei, do jejum, da honestidade, do empenho pela fraternidade, pela mortificação dos costumes perversos, pela prática diária da caridade fraterna, mediante o acolhimento dos pobres, dos órfãos, das viúvas, dos peregrinos (Cf. Is 58, 1-9). Outra proposta para a Missa Dominical é prepará-la com antecedência, especialmente com a leitura dos textos da Escritura que são proclamados. Nas várias edições da Bíblia Sagrada se encontra a lista das leituras para as Missas.

A Igreja ensina (Cf. Constituição Sacrosanctum Concilium 10-14) que a participação na Santa Missa deve ser ativa, pois envolve a pessoa inteira, interna e externamente: espírito, mente, sentidos, gestos, palavras, liberdade, criatividade, silêncio. Há de ser uma participação consciente, buscando o conhecimento do mistério de Cristo, com a mente, para poder se identificar com ele com o coração. Nossa participação na Eucaristia é chamada a ainda a ser plena, completa, pelo acolhimento da fé, com verdadeira experiência de plenitude da presença de Deus, um culto em espírito e em verdade. Desejamos ainda os frutos da participação na Eucaristia, que tem por finalidade a glorificação de Deus e a santificação da humanidade em Cristo. A participação frutuosa acontece quando são alcançadas essas dimensões. Na Santa Missa, cada pessoa faça aquilo que lhe cabe, pela missão que lhe foi dada, valorize os serviços das outras pessoas, envolva-se no mistério celebrado, para que se multipliquem depois os frutos de sua participação ativa e verdadeira.

Tudo conduza assim cada fiel à Comunhão Eucarística, que há de ser sempre o Pão Vivo para a vida cristã neste mundo. Quem comunga pelo menos aos Domingos, alimenta-se para ser comunhão com os outros, reconhecer o valor da vida comunitária na Igreja e ser fermento de comunhão na sociedade.

Como o Mistério é muito grande e seu valor é infinito, prolonga-se no Culto Eucarístico fora da Missa o louvor a Deus e a oração fervorosa. Este é o sentido da presença do Senhor no Tabernáculo de nossas Igrejas. Cada Sacrário seja princípio de um incêndio positivo de amor, cultivado na Visita frequente a Jesus Sacramentado. Enfim, aqui também encontra seu valor a celebração do Triunfo Eucarístico, com a Procissão de Corpus Christi, na Solenidade do Corpo e do Sangue do Senhor, celebrada com alegria pela Igreja nestes dias, com a qual clamamos "graças e louvores sejam dados a todo momento, ao Santíssimo e Digníssimo Sacramento". Em toda parte, do nascer ao pôr do sol!

Dom Alberto Taveira Corrêa

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/nos-nao-inventamos-a-missa-ela-e-tesouro-da-igreja/

18 de junho de 2014

Deus é meu amigo!

O Espírito não é simplesmente algo de Deus inanimado em nós, mas é a Pessoa de Deus que pode ser um amigo

São Paulo, ao se dirigir à comunidade dos colossenses, fala do amor com que o Espírito os animava (cf. Cl 1, 8b). O que chama à atenção é que Paulo não somente fala da animação do Espírito, mas do amor, da ternura com que o Ele os animava.

Saiba, Ele é uma pessoa

O Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, embora figure como força de Deus, vento animado – a palavra "espírito", em hebraico "ruah", traz a ideia de vento – é Pessoa de Deus, que fala, ouve, movimenta e, sobretudo, ama. Portanto, o Espírito não é simplesmente algo de Deus inanimado em nós, mas é Pessoa d'Ele que habita nossa intimidade. O Espírito Santo é Paráclito, Advogado, sobretudo amigo íntimo. São Paulo, profundamente íntimo do Espírito Santo, ao falar da animação do Espírito àquela comunidade, não a resume a um ato mecânico, impessoal, mas fala de uma ação amorosa de alguém que ama.

Deus é meu amigo

É interessante o profundo senso da pessoalidade do Espírito que tinham os apóstolos. No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos relatada inúmeras vezes essa pessoalidade íntima do Espírito na Igreja. Em Atos 13,2, o Espírito é quem separa Barnabé e Paulo para uma missão específica; em Atos 13,4, esses mesmos missionários são enviados pelo Paráclito a Selêucia; em Atos 21, 11, o Espírito diz, por meio de Ágapo, os acontecimentos que viriam a Paulo em Jerusalém. Mas é impressionante o relato de Atos 16,6-8 em que o Espírito impede Paulo e Timóteo de anunciar a Palavra de Deus na província da Ásia e não permite que eles sigam de Mísia para Bitínia. A Igreja primitiva entendeu muito bem quem era Aquele que, um dia, o próprio Mestre, ao se despedir, enchendo de tristeza o coração dos apóstolos, colocara em Seu lugar (cf. Jo 16). Eles entenderam quem era aquele outro Amigo (cf Jo 14,16) que, de tão importante que seria para a Igreja, viria no lugar do Senhor.

Ele, o Consolador, é amigo fiel que habita em nós (cf. I Cor 3,16-19). Com Ele jamais estamos sozinhos, pois Ele fica eternamente conosco (cf Jo 14,16). Com Deus jamais estamos desamparados, pois permanece conosco, está em nós e nos protege contra os adversários com palavras de sabedoria, à qual ninguém pode resistir ou contradizer. Por Ele conhecemos a verdade e temos acesso ao Pai. N'Ele somos fortes, pois Ele é a força do alto que nos reveste, pois somos poderosamente robustecidos pelo Espírito. Ele vem em auxílio à nossa fraqueza. Pelo Espírito, somos livres, pois onde Ele está aí há liberdade (cf. II Cor 3,17). Por Ele, o amor de Deus é derramado em nós, pois o Amor foi derramado em nosso coração pelo Espírito que nos foi dado (cf Rm 5,5). Enfim, por Ele nos tornamos filhos de Deus, pois todos os que são conduzidos pelo Paráclito são filhos do Senhor. O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8, 14.16).

Para quem deseja o amor

O Espírito Santo é a personificação do amor entre o Pai e o Filho, conforme o II Concílio Ecumênico da Igreja em Constantinopla I, em 381. Ele é o amor com que se amam o Pai e o Filho. Por isso, diz São Bernardo: "O que é o Espírito Santo, senão o beijo que trocam entre Si o Pai e o Filho?". Ele é o amor entre o Pai e o Filho, portanto, entre Deus e Deus! Que coisa maravilhosa se pensarmos que o amor entre Deus e Deus habita em nós! O que há de comparável com tal dádiva de Deus para nós? Se realmente entendermos isso, entenderemos tudo. A percepção clara do mistério no qual o Amor personificado habita em nós faz mudar tudo, e tudo o que desejamos é ser amados e amar. Se, do fundo do coração, entendêssemos que o próprio Amor nos ama e ama em nós, deixaríamos de mendigar amor. O que mais querer, o que mais almejar, o que mais sonhar do que a certeza de que o Amor nos ama e ama em nós para sempre? Tendo o Amor tão perto e tão certo, somos verdadeiramente livres para viver e amar. Aí, somos livres para responder aos mais loucos chamados de Deus, somos livres para o perdão, para a humilhação, para a paciência e para o serviço. Somos livres de tudo o que foi e de tudo o que será, pois a felicidade é certa e habita dentro de nós.

Cuidai da Promessa em vós

"Eu vim lançar fogo sobre a terra, e quanto eu desejaria que já estivesse aceso!" (Lc 12, 49). Sem dúvida, Jesus se referia ao Espírito Santo, o fogo que desceu em Pentecostes. Desde quando o Pai tirou Abraão de sua terra para constituir um povo, Ele sonhava com a descida do Espírito ao homem. Por isso, Jesus, o Filho de Deus, tanto desejou o Pentecostes e Seu ministério não foi senão a missão de nos dar o Espírito Santo, o fogo do Céu (cf. Lc 12, 49). Por isso, o Paráclito é o prometido do Pai (cf. Lc 24,49a; At 1,4.2, 23-39). Ele é a grande promessa feita desde a antiga aliança pelos profetas e realizada por Cristo no dia de Pentecostes.

Promessa de Deus, riqueza dos homens. Saiba, Ele está em você e o chama a abrir-se à Sua amizade. Ele está em você, na sua intimidade. Ele conhece tudo e pode tudo. Ele cura, liberta, ensina, ama, é vida em abundância. Converse com Deus, Adore-O em você, conte a Ele suas dores, peça a Ele Sua proteção. A única coisa que o Senhor no pede: não o contristeis (cf. Ef 4, 30a).

Cristão, em tudo, lembre-se de que Ele está em você. Quão grande mal faz o cristão que não responde a essa terna amizade com amor. Cuidai do Espírito que habita em vós. Prestai atenção aos lugares, aos programas, aos lazeres, às palavras, às conversas, às músicas que entristecem o Espírito em vós. Aqui está algo de absolutamente importante: ou amamos o Espírito em nós e descobrimos quão libertador é Seu poder, quão curadora é Sua força e tão sublime e maravilhosa é Sua amizade, ou, embora O possuamos em nós, continuaremos a ser estraçalhados pelo mundo a mendigar qualquer amor por aí.

Já se passaram dois mil anos do cumprimento da promessa em Pentecostes. Porém, muitos são os que continuam aguardando, dizendo que as coisas não são bem assim. O Espírito mesmo é que clama: "Não espere mais; a graça é para todos, abra-se à Minha amizade e conhecerá a verdadeira liberdade de ser filho de Deus."

André L. Botelho de Andrade

André L. Botelho de Andrade Casado, pai de três filhos. Com formação em teologia e filosofia Tomista, Fundador e Moderador Geral da Comunidade Católica Pantokrator, onde vive em comunidade de vida e dedica-se integralmente à sua obra de evangelização. Contato: facebook.com/andreluisbotelhodeandrade


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/deus-e-meu-amigo/

16 de junho de 2014

O uso da tecnologia por crianças e adolescentes e seus riscos

Estudos mostram que o cérebro superexposto a essas tecnologias pode ter um déficit em seu funcionamento.

Todos os extremos costumam fazer mal a quem adota tais hábitos, como o excesso ou a falta de alimentos e de água, o excesso de velocidade com o carro. Com a evolução da tecnologia e a facilidade de acesso a ela, um novo questionamento surge em casa: "Qual o risco dessa crescente exposição aos dispositivos de mídia?". Tablets, notebooks, TVs, celulares… Todos os equipamentos são parte da nossa vida, mas podem e precisam ser melhor utilizados por nossas famílias.

O uso da tecnologia por crianças e adolescentes e seus riscos

Crianças têm facilidade de adaptação e aprendizado; na verdade, elas interagem mais rapidamente com a tecnologia, porque, muitas vezes, encontram os adultos fazendo uso desses equipamentos e aprendem por observação.

Pesquisas científicas mostram um aumento no risco de vários problemas emocionais e neurológicos frente ao uso superior a quatro horas diárias dessas tecnologias. Quanto menor a idade, menos tempo é indicado para o uso de tecnologias. Mas o que encontramos é uma realidade bem diferente dessa.

Quais os riscos envolvidos? Tais pesquisas revelam que os principais prejuízos são: sensação de solidão, depressão, obesidade, ansiedade, baixa autoestima e aumento de agressividade. As pesquisas, em diversas universidades de renome, indicam que boa parte dos adolescentes que costumam passar muito tempo conectados sentem desânimo, tristeza ou depressão pelo menos uma vez por semana. Este sentimento de vazio pode ser potencializado em uma casa onde todos, nos momentos de possível convivência, encontram-se "conectados" e "isolados" em seu "mundo".

Todos, em casa, estão com seus celulares, tablets e computadores, muitas vezes, num mesmo ambiente, mas com "zero interação". Não existem jantares e conversas à mesa. Pouco se fala. Eles não contam suas histórias de vida, não falam sobre o que se passou com eles naquela semana e coisas do tipo.

Existe, então, um risco físico? Estudos mostram que o cérebro superexposto a essas tecnologias pode ter um déficit em seu funcionamento tanto em execução quanto em atenção, pode sofrer com atrasos no aprendizado, raiva expressiva, maior impulsividade, dificuldade de concentração dentre outros. (Small 2008, Pagini 2010). Questões de concentração e memória (sem concentração é mais complicado armazenar dados em nosso cérebro) acontecem, porque o cérebro toma atalhos até o córtex frontal para lidar com tal rapidez de informações. (Christakis 2004, Small 2008). Logo, se uma criança tem dificuldade na concentração, também terá dificuldade em aprender. Nesse sentido, podemos pensar que essa seja uma das causas do aumento de casos de déficit de atenção e hiperatividade entre crianças, especialmente.

O caminho não é a proibição do uso, mas a consciência dele e sua adequação para cada faixa de idade, lembrando que o apego ao uso de tecnologia pode levar a prejuízos desnecessários. Carinho, amor, interação social, contato e outras atividades fazem parte do nosso desenvolvimento saudável.

Como a tecnologia tem sido usada por você e por sua família? Pense nisso!

Elaine Ribeiro

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova. Blog: temasempsicologia.wordpress.com Twitter: @elaineribeirosp


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/tecnologia/o-uso-da-tecnologia-por-criancas-e-adolescentes-e-seus-riscos/

13 de junho de 2014

Como preparar-se para a Comunhão?

"A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra", por isso devemos nos preparar para recebê-la.
Jesus, na noite de Sua Paixão, instituiu o sacramento da Eucaristia, a comunhão. Este é o sacramento dos sacramentos, por meio do qual estamos sempre em profunda comunhão com o Corpo e o Sangue de Cristo.
Para meditar sobre esse grande mistério da fé [a Eucaristia] e saber como podemos nos preparar para recebê-Lo, gostaria de apresentar alguns textos do Magistério da Igreja que nos serão de grande proveito:
A Eucaristia é "fonte e ápice de toda a vida cristã". "Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e todas as tarefas apostólicas ligam-se à Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam, pois a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa" (Catecismo da Igreja Católica, 1324).
Como-se-preparar-para-comunhao
"A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho" (Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II, § 19).
O Senhor nos convida, insistentemente, a recebê-Lo no sacramento da Eucaristia: "Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós" (Jo 6,53). Para responder o convite, devemos nos preparar para este momento tão grande e tão santo. São Paulo nos exorta a um exame de consciência: "Todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor, indignamente, será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação" (1Cor 11,27-29). Quem está consciente de um pecado grave deve receber o sacramento da reconciliação antes de receber a comunhão" (Catecismo, 1384-1385).
"Conforme o mandamento da Igreja, 'todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência, pelo menos uma vez por ano'. Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve receber a Sagrada Comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor" (Catecismo, 1457).
"Diante da grandeza desse sacramento, o fiel só pode repetir humildemente e com fé ardente a palavra do centurião: 'Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo' (Mt 8,8)" (Catecismo, 1386).
"A Igreja obriga os fiéis 'a participar da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos' e a receber a Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal, preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas recomenda vivamente aos fiéis que recebam a Santa Eucaristia nos domingos e dias festivos, ou ainda com maior frequência, e até todos os dias" (Catecismo, 1389).
"A fim de se preparar convenientemente para receber esse sacramento, os fiéis observarão o jejum prescrito em sua Igreja" (Catecismo, 1387). "Quem vai receber a Santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excetuando-se somente água e remédio, no espaço de, ao menos, uma hora antes da sagrada comunhão" (Cân. 919, § 1). "Pessoas idosas e enfermas, bem como as que cuidam delas, podem receber a Santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede" (Cân. 919, § 3).
Com relação aos divorciados novamente casados, o Magistério da Igreja afirma que "são numerosos, hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e contraem civilmente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à Palavra de Jesus Cristo ('Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério': Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar essa situação" (Catecismo, 1650). Esses cristãos, no entanto, mesmo não tendo acesso aos sacramentos, não devem se considerar separados da Igreja, "pois, como batizados, podem e devem participar da vida dela" (cf. Catecismo, 1651).
"A atitude corporal (gestos e roupas) há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede" (Catecismo, 1387).
Outro conselho de grande valor é chegarmos à Santa Missa com alguns minutos de antecedência, para depositarmos aos pés de Nosso Senhor as nossas intenções e preocupações, e, assim, estar mais atentos e participar com maior fruto da Liturgia da Palavra e da Liturgia Eucarística. Após a comunhão, é importante também termos um tempo de ação de graças, para agradecermos a Jesus por Seu Corpo e Sangue, que recebemos, e por todas as graças que nos são dadas por meio dessa comunhão. A cada Eucaristia, Jesus vem habitar em nós para nos santificar, curar e salvar. Temos, pois, muito para agradecer cada vez que O recebemos.
Não existe sobre a terra momento mais intenso de comunhão com Jesus do que quando recebemos Seu Corpo e Seu Sangue. Por isso, cada vez que vamos participar da Santa Missa, queremos nos preparar para esse encontro com Cristo, para que Ele nos conduza a uma amizade cada vez mais íntima e intensa com Ele. O nosso amor por Jesus e a observância de tudo aquilo que o Magistério da Igreja nos pede será sempre a melhor maneira de nos prepararmos para receber Cristo com dignidade. Procuremos, pois, fortalecer, cada vez mais, os nossos laços de amizade com Jesus, pois é Ele quem nos conduz com alegria em meio às muitas provações da nossa vida.