29 de maio de 2008

Eucaristia: fonte de milagres, sinais e prodígios

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Podemos viver a experiência dos discípulos de Emaús

Tenho apenas um ano e cinco meses de sacerdócio, mas confesso a você que sempre fui um apaixonado pela Eucaristia. Desde quando tive meu encontro pessoal com Jesus, há mais ou menos 14 anos, nunca deixei de ir à Missa diária, fazendo todo esforço para vivenciar a maior manifestação de Deus na nossa terra: a Eucaristia!

Foram poucas as vezes em que não participei da Celebração Eucarística nesses anos todos. E agora como padre, luto bravamente para celebrá-la todos os dias, pois "O Altar de Deus é a alegria da minha juventude". Realizo-me plenamente no altar, a Eucaristia é o presente de Deus que acontece todos os dias na minha vida de sacerdote.

Na narrativa de São Lucas que fala dos Discípulos de Emaús, podemos contemplar a experiência que eles tiveram: "Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: Não estava ardendo o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" (Lc 24, 30-32).

Podemos fazer a mesma experiência que esses discípulos viveram. O segredo é estar atentos a cada instante ao milagre que se renova no altar em cada Eucaristia, pois temos a presença real do Senhor e essa experiência também pode acontecer conosco: o coração arder, os olhos se abrirem, e o reconhecimento – com toda a força e fé do coração – que Jesus é o Senhor: estamos diante d'Aquele que pode todas as coisas. É o Deus do impossível que acontece diante dos nossos olhos, por isso, tudo aquilo que, com fé, pedirmos a Ele, nesta hora, Ele faz, Ele realiza.

Tenho experimentado esse poder em cada Eucaristia que celebro e em cada adoração que conduzo. O Senhor tem me permitido ver pessoas sendo curadas de câncer; pessoas que não andavam voltarem a andar; cegos têm começado a enxergar; pessoas oprimidas por satanás estão sendo libertas; pessoas em depressão têm encontrado a perfeita e duradoura alegria, e tantos outros milagres, sinais e prodígios, que me fazem afirmar: A EUCARISTIA É FONTE DE MILAGRES, SINAIS E PRODÍGIOS!

Muitos estão participando da comunhão indignamente, não se confessam mais, não se preparam devidamente para o dom e a força que cada comunhão traz em si. Outros freqüentam a igreja trajando roupas muito decotadas, bermudas ou outros trajes que não condizem com o momento que estamos vivendo: a Santa Missa.

Os que vivem com intensidade, com zelo, com profundidade cada Eucaristia, experimentam no corpo e na alma as graças do momento sublime, único e eterno de cada Missa. Porém, São Paulo diz aos relaxados, aos que não dão o devido valor ao mistério do qual participam: "É por isso que há entre vós muitos enfermos e doentes, e não poucos têm morrido" (1 Cor 11,30).

Afirmo: A EUCARISTIA É FONTE DE MILAGRES, SINAIS E PRODIGIOS! Por isso, ainda é tempo de nos auto-avaliar sobre a nossa participação no Santo Sacrifício da Missa e usufruirmos de toda bênção que cada Eucaristia pode nos oferecer.

Deus o abençoe!

Pe. Roger Luis

O Senhor nos aguarda para o banquete


O Senhor nos aguarda para o banquete "Chamem os coxos, os cegos, os mancos, os pobres, os esfarrapados, os doentes... Chamem a todos, sem exceção". E até disse: "Chamem a todos, bons e maus" (cf. Lucas 14,21-23; Mateus 22,8-10).

Isso nos causa espanto, pois ele mandou chamar bons e maus. E os servos assim fizeram. Vendo que ainda havia lugar, o senhor ainda mandou seus servos uma segunda vez, e inclusive disse: Obriguem-nos a entrar. Nós entendemos essa expressão como "forcem-nos a entrar": os servos foram e insistiram tanto que todos acabaram entrando na sala do banquete.

É isso que Deus está fazendo, hoje, conosco. Nós não fomos os primeiros convidados; pelo contrário, fomos tirados da sarjeta, da rua. O Senhor nos buscou, retirou, purificou, deu-nos "vestes novas", derramou sobre nós o Espírito Santo. Portanto, se hoje seguimos por Seu caminho é porque Ele teve misericórdia de nós.

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

27 de maio de 2008

Amar tem poder de renovação

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Como posso amar o próximo se ainda não me amo?

Se quiser ser de Deus, terá que viver as duas vias do Senhor: 'Amarás ao Senhor teu Deus e ao próximo como a ti mesmo'.

O que você entende por esta palavra 'amor'?

É impressionante o quanto o amor de Deus nos toca. Os poetas sempre tentaram decifrar esse sentimento, mas nunca conseguiram. Assim como Luiz de Camões em seu célebre poema: 'O amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer'.

O amor não se poetiza. Quantas vezes o sentimos e não sabemos onde realmente dói. O amor é revelação, inauguração, tem o poder de ser novo com aquilo que estava velho.

Jesus sabe da capacidade de olhar as coisas miúdas da vida, as que não damos valor e aquelas que ninguém havia visto antes. Colocando os pés no seguimento de Cristo, ouvimos a Palavra para olhar a vida diferente: 'Amar a Deus sobre todas as coisas'. E o que significa amar o meu próximo? O que significa olhar para o meu irmão e saber que nele tem uma sacralidade que não posso violar?

Como posso descobrir esse convite de Deus de abrir os olhos às pessoas? No dia de hoje, eu lhe proponho que acabe com os 'achismos' do amor. A primeira coisa que Deus precisa curar é o que nós achamos do amor. Pois, muitas vezes, em nome dele [amor], nós fazemos absurdos: seqüestramos, matamos, fazemos guerra, criamos divisões.

O amor nos dá uma força que nem nós mesmos sabíamos que tínhamos. É a capacidade que ele tem de nos costurar. Quantas vezes olhamos para a objetividade do outro que nos motiva a ser melhores. É o amor com suas clarezas e suas confusões...

Muitas vezes, em nome do amor tratamos as pessoas como 'coisas'.

Quando Deus entra em nossa vida e entramos na vida de outras pessoas, temos de entrar como Ele: agregando valores. Caso contrário é melhor que fiquemos de fora, porque você é um território que merece respeito.

Na passagem da sarça ardente (cf. Ex 3,2ss ) Deus se manifesta em uma árvore que pega fogo, mas não é consumida. Esse é o amor de Deus: Quanto mais nós amamos, mais somos consumimos; e se estamos esgotados é porque amamos 'de menos'. Vamos ficando sem o vigor; mas a sarça queima sem se consumir. O fogo do amor não queima, pois é um fogo que faz outro fogo, e a experiência do amor de Deus é feita pelo amor de um para o outro. Quantas vezes você passou noites inteiras acordado pelo seu filho? Quanto sono perdido? Isso é por amor... Amar o outro é levar prejuízo.

Você vai saber o que é o verdadeiro amor quando você se consome, mas não se esgota. Você nunca vai dizer que está cansado de amar o seu filho. Você está cansada dos problemas causados por ele, mas não de amá-lo.

Quantas pessoas que procuram e estão necessitadas do amor, mas em sua busca correm atrás das micaretas e baladas? A busca do amor está aguçada. Todos estão querendo saber o que é o amor e todos estão precisando de cura. Quantas pessoas foram amadas erroneamente, trazendo as marcas de um amor estragado.

Tenha coragem de tirar as histórias do passado que doem e que você as carrega até o dia de hoje. Nenhuma pessoa pode amar a Deus se não se ama. Nenhuma pessoa pode ter uma experiência com Deus se não for pelo amor a si própria, pelo respeito por si mesma. O amor a Deus passa o tempo todo pelo cuidado que eu tenho com a minha vida, com a minha história. Como sou capaz de amar o próximo como a mim mesmo se ainda não me amo?

Faça caridade a você primeiro. Os seus amigos irão agradecer por você se amar. Quando o amor nos atinge, somos mais felizes. Um povo que se ama é um povo que sabe aonde vai. Eu ainda acredito no que Deus pode em mim. Volte a gostar de você!

Foto Padre Fábio de Melo

Padre Fábio de Melo é professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.

Abandonar a ociosidade

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Um mau trabalhador é também um mau cristão

"O trabalho é pois um dever: 'Quem não trabalhar , também não há de comer'(2Ts3,10). O trabalho honra os dons do Criador e os talentos recebidos. Suportando a pena do trabalho, unido a Jesus, o artesão de Nazaré e o crucificado do Calvário. O homem colabora de certa maneira com o Filho de Deus na sua obra redentora. Mostra-se discípulo de Cristo carregando a cruz de cada dia, na atividade que está chamado a realizar.

O trabalho pode ser um meio de santificação e uma animação das realidades terrestres no Espírito de Cristo" (Catecismo da Igreja Católica, n. 2427). Esse ensinamento da Igreja mostra bem o valor sobrenatural do trabalho do homem; e portanto, diz aos pais o quanto é importante introduzir os filhos no mundo do trabalho com uma correta mentalidade que lhes acompanhe a vida toda. O mundo da oficina deve ser tão sagrado quanto o seio da igreja onde entramos para celebrar o Santo Sacrifício.

Não podemos dividir a nossa vida numa parte profana e outra religiosa; o mesmo Deus é o autor da fé e do trabalho, e quer, que através de ambos cheguemos à santidade. São Domingos Sávio, modelo de santidade jovem, dizia que ser santo "é cumprir bem os deveres e ser alegre". Que receita simples, nascida no coração de uma criança santa!

Nós leigos somos chamados a santificar o mundo através do trabalho. Um mau trabalhador, preguiçoso, negligente, displicente, é também um mau cristão.

Temos de ensinar aos nossos filhos que o trabalho não deve ser bem realizado só quando o patrão está perto, ou quando o salário é gratificante. Em qualquer circunstância ele deve ser bem feito, para a maior glória de Deus. São Paulo, ao escrever aos colossenses, disse: "Tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai" (Col 3,17). "Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens. Sabeis que recebereis como recompensa a herança das mãos do Senhor. Servi ao Senhor Jesus Cristo" (Col 3,21).

Esses ensinamentos do Apóstolo mostram que "tudo" o que fazemos deve ser bem feito, por amor a Deus e para Deus; e, é d'Ele, de Suas Mãos que vamos receber o prêmio da fidelidade de ter trabalhado bem, por mais simples que seja o nosso ofício. Portanto, é preciso ensinar o filho a trabalhar como se o Senhor fosse o Patrão; e, na verdade, Ele é o grande Chefe desta oficina que é o mundo.

Não permitam que os filhos caminhem na ociosidade, para que não cheguem às moradas dos vícios.

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Conheça mais em www.cleofas.com.br

17 de maio de 2008

Namorados que nasceram para ser amigos

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Namoros não são muletas para evitar solidão

Muitos namoros, por terem assumido propósitos diferentes, não conseguem fluir ou atingir o amadurecimento que deveriam ao longo dos anos, conforme o desejado. Talvez, sem perceber ou por falta de coragem em admitir a insatisfação diante do outro, alguns casais, no tempo em que estão juntos, limitam-se a poucas palavras ou até mesmo mal manifestam interesse pelo outro.

A insatisfação gera descontentamento e este pode ser refletido nas atitudes de grosseria, rispidez nas palavras e até de isolamento por parte dessas pessoas que não conseguem se encontrar no relacionamento. Quando isso acontece, como se costuma dizer, quem "paga o pato" são as pessoas mais próximas, neste caso: familiares e amigos.

Diante de alguma dificuldade ou quando os nossos projetos não estão se desenvolvendo como gostaríamos, pouco a pouco, a falta de estímulo e o ardor para assumir novas atitudes desaparece. Pode-se até admitir que foi diferente a maneira como se iniciou o relacionamento ou que a pessoa não seja tão romântico(a) como se gostaria que ele(a) fosse.

Quando os namoros começam a patinar, entrando numa rotina sem progresso, muitos acabam se limitando à superficialidade de uma amizade. Muitas vezes, seja por comodismo ou por alguma liberdade que se acredita ter adquirido no convívio, os namorados podem correr o risco de preferir continuar arrastando o relacionamento em vez de definir a situação, mesmo que os sinais vitais deste indiquem "falências múltiplas". Ainda que os casais se esforcem em simular uma alegria com este relacionamento, o olhar contesta com a falta do brilho de vigor. A situação se agrava ainda mais quando ambos caem na tentação de buscar a frieza do isolamento, evitando partilhar com alguém que possa oferecer ajuda sensata sobre aquilo que estão vivendo. Talvez a falta de coragem para definir o rompimento dessa relação débil é adiada pelo medo de não encontrarem outra pessoa por quem possam novamente se apaixonar.

Infelizmente, muitas pessoas tentando remediar a situação – e por julgarem que o sexo poderia mudar alguma coisa na relação –, acabam se complicando ainda mais com uma gravidez. Se o namoro já manifestava sinais de fraqueza, poderia o casal ser forte o bastante para suportar uma responsabilidade que o acompanhará por toda uma vida? Ou se a pessoa com quem estamos nos relacionando não parece ser o homem ou a mulher ideal, que se esperava encontrar, poderia ser agora uma muleta somente para não se ficar sozinho(a)?

Se entendemos que a nossa vida é composta de etapas, as quais vamos vencendo e aprendendo com cada uma delas, não podemos insistir na direção errada ao percebermos que as placas de nossa "estrada" indicam outra direção. Da mesma forma, se depois de algum tempo, percebemos que o namoro não corresponde com o que desejávamos, por que então insistir em "malhar em ferro frio"?

Deixar de acreditar na sua própria capacidade de decisão e escolha é fechar as portas das oportunidades para a felicidade que se almejava alcançar.

Que o Espírito Santo venha em auxílio de nossas fraquezas, e abrindo nossos olhos não corramos o risco de subestimar os toques d'Aquele que caminha conosco.


Foto José Eduardo Moura
webenglish@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, trabalhando atualmente na na Fundação João Paulo II no Portal Canção Nova.
Ouça comentários em MP3 de outros artigos em meu podcast

16 de maio de 2008

A Missa explicada por padre Pio

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Do sinal da cruz inicial até o ofertório, é preciso encontrar Jesus

Padre Pio era o modelo de cada padre... Não se podia assistir "à sua Missa", sem que nos tornássemos, quase sem perceber, "participantes" desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a Paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois lhe ajudava, na Missa.

Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: "Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração, tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós".(27 de julho 1917).

Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que, durante a celebração da Eucaristia, era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata-se, antes de tudo, de compreender e de realizar que o Padre no altar É Jesus Cristo. Desde então, Jesus, em seu Padre, revive indefinidamente a mesma Paixão.

Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste "mar de lama" do pecado. É preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem bem nem mal. E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente .

O Ofertório: É a prisão, chegou a hora...

O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta "Hora".

Desde o início da oração Eucarística até a Consagração : Nós nos unimos (rapidamente!...) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no "Memento", olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos especialmente.

A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste momento da Missa.

Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue imediatamente à consagração.

"Por Cristo com Cristo e em Cristo" corresponde ao grito de Jesus: "Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!" Desde então, o sacrifício é consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos: "Pai Nosso...".

A fração da hóstia indica a Morte de Jesus...

A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte...), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar.

A Bênção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno...

Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho... o que eu fazia cada dia... E com que alegria!

Pe. Jean Derobert

Palavras do padre Pio

Jesus me consolou. Em 18 de abril de 1912, depois de uma luta terrível contra o inferno, a consolação do Senhor me veio depois da Missa: "Ao final da missa, conversei com Jesus para a ação de graças. Oh quanto foi suave o colóquio mantido com o paraíso nessa manhã!... O coração de Jesus e o meu se fundiram. Não eram mais dois que batiam, mas um só. Meu coração tinha desaparecido como uma gota de água se dissolve no mar... - Padre Pio chorava de alegria.- Quando o paraíso invade um coração, esse coração aflito, exilado, fraco e mortal não pode suporta-lo sem chorar...".

Ao Pe Agostinho, 18/04/1912, em "Padre Pio, Transparent de Dieu", J.Derobert.

Confidências a seus filhos espirituais

"Minha missa é uma mistura sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo", disse ele chorando.

"Na Paixão de Jesus, encontrarão também a minha".

"Não desejo o sofrimento por ele mesmo, não; mas pelos frutos que me dá. Ele dá glória a Deus e salva meus irmãos, que mais posso desejar?".

"A que momento do Divino Sacrifício mais sofreis?". - Da consagração à comunhão." "Durante o ofertório?. - É neste momento que a alma é separada das coisas profanas."

"A consagração?". - É verdadeiramente aí que advém uma nova admirável destruição e criação."

"A Comunhão? Na comunhão, sofreis a morte? - Misticamente, sim. - Por veemência de amor ou de dor? - Por uma e outra: mas mais por amor."

"Sofreis toda e sempre a Paixão de Jesus?". - Sim, por Sua bondade e Sua condescendência, tanto quanto é possível a uma criatura humana. - E como podeis trabalhar com tanta dor? - Encontro o meu repouso sobre a cruz."

"Como nós devemos ouvir a Santa Missa?". - Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrificio sangrento da cruz "". Pe. Tarcísio, Congresso de Udine, 1972.

Filhos são sempre uma bênção

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...e quando a vida sexual se inicia irresponsavelmente na adolescência

A cada dia mais é freqüente vermos jovens grávidas e pais muito jovens. A meu ver, isso nega a lógica das campanhas ministeriais de prevenção da gravidez, as quais, muitas vezes, estão a favor do sexo livre. Com isso, constatamos que o que falta não é informação, como muitos defendem, mas maturidade psicológica dos jovens que iniciam sua vida sexual muito precocemente, sem se dar conta das conseqüências de seus atos. Possuem informações sim, mas não sabem aplicá-las para suas vidas, pois com uma visão centrada neles mesmos e nos prazeres imediatistas, acham que nada vai acontecer com eles: é a visão mágica de ser imune a toda conseqüência negativa de seus atos.

A gravidez faz com que a jovem e também o jovem pai façam de maneira brusca a passagem de filho/a para pai/mãe. Muitas vezes pulando a etapa esposo/esposa. Seu mundo adolescente se rompe e vem a obrigação de adulto. Obrigações estas, que a meu ver, não devem ser transferidas e assumidas pelos pais deles. Os progenitores, muitas vezes, caem no erro de ficar com pena dos filhos por estes terem de assumir precocemente uma família, e por se sentirem culpados ou por terem vivido a mesma situação, acabam os superprotegendo mais uma vez, não permitindo que façam essa passagem, mesmo que de forma abrupta e precoce. Dessa forma, eles os condenam a ser eternamente adolescentes inconseqüentes.

Vejo que o adequado seria tratarmos os assuntos de forma preventiva em nossas famílias e na sociedade, formando nossos jovens para viver cada etapa de seu desenvolvimento: a criança brinca e aprende a ser sociável; o adolescente dedica-se aos estudos e à prática das relações sociais, preparando-se para assumir a vida a dois e a família; e o adulto, sim, pode viver plenamente sua sexualidade de forma responsável. Mas quando isso não acontece e a vida sexual se inicia irresponsavelmente na adolescência, o bom seria que a gravidez indesejada fosse motivo para se repensar no proceder de todos os envolvidos e se chegasse à conclusão de que esta criança é a coisa mais importante no momento, pois é uma vida que está chegando, é uma bênção e a bem-vinda. Pois um filho é sempre uma bênção, é fonte de alegria e prazer, venha ele quando e como vier.

Foto Mara S. Martins Lourenço
maralourenco@geracaophn.com
Psicóloga e Membro da Comunidade de Aliança Canção Nova