2 de maio de 2024

Você sabe trabalhar e orar ao ritmo da vida?


Conciliar trabalho e oração pode trazer mais equilíbrio para enfrentar tantos desafios em nosso dia a dia. Afinal, harmonizar rotina em casa, contas a pagar, estresse, educação de filhos, não é algo tão simples, e não é mesmo!

A sabedoria cristã ensina que é possível realizar nosso trabalho em sintonia com Deus. Tal abordagem é fundamental. Quando trabalhamos com amor e dedicação, oferecemos nossos projetos, realizações e sacrifícios, estamos sintonizados com o Senhor. Portanto, nosso trabalho torna-se santificado.

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que para alcançar a santificação você não precisa mudar de profissão. Consequentemente, é necessário transformar tudo o que você enfrenta no ambiente de trabalho em matéria-prima para a oração.

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Para qual lado você tem olhado?

Mas como orar se vivo num estresse desde a hora que me levanto? Faço tudo correndo: já acordo cansado porque situações atrapalharam meu sono; preparo café; criança chora; trânsito um caos; salário não dá para pagar as contas. Como tenho buscado levar todas essas situações a Deus? Tenho enfrentado sozinho ou lembro que tenho um Pai no Céu, e Ele prometeu o pão nosso de cada dia? Qual a parte que me cabe?

Temos algumas ferramentas a nossa disposição. A oração é como uma pauta musical onde colocamos a melodia da nossa vida. Um ensinamento de São João Crisóstomo, que viveu no quarto século, parece muito atual: "É possível, mesmo no mercado ou durante um passeio solitário, fazer oração frequente e fervorosa; sentados na vossa loja, a tratar de compras e vendas, até mesmo a cozinhar".


Trabalhar e orar em conjunto

Os desafios tentam nos mostrar o contrário, dando a impressão de que trabalho e oração são opostos, como se trabalhar fosse urgente e a oração perda de tempo. Só que essa separação acaba prejudicando nossa relação com a vida profissional, levando-nos, inclusive, a ver nosso colega não como um irmão, mas como um rival, ou pior ainda, algo descartável, sem valor.

O que temos visto em nossa sociedade são pessoas e famílias que têm se sido arrastadas por uma busca insaciável de realização profissional, porém de maneira desequilibrada. Com isso, os frutos que têm colhido são frustrantes. A boa notícia é que é possível reverter essa situação. É preciso reassumirmos as rédeas de nossa vida, colocando o trabalho em seu devido lugar, enaltecendo-o como lugar de encontro com Deus, de santificação.

Trabalho e oração ao ritmo de vida. Onde você estiver, seja um profissional de Deus, busque ser o melhor no que realiza, ame, seja responsável, dedique-se, ofereça ao Senhor tudo o que vive. Dessa maneira, seus trabalhos sobem ao Céu como um incenso agradável, elevados a um verdadeiro ministério de serviço a Deus e ao próximo.



Rodrigo Luiz dos Santos

Missionário na Canção Nova, Rodrigo Luiz formou-se em Jornalismo pela Faculdade Canção Nova. É casado com Adelita Stoebel, também missionária na mesma comunidade. Autor de livros publicados pela Editora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/sociedade/voce-sabe-trabalhar-e-orar-ao-ritmo-da-vida/


29 de abril de 2024

O que define a dimensão da autenticação do dom pessoal?


Em que consiste a autenticação? É como gravar, marcar de forma definitiva, indelével o que as percepções trouxeram. Existe diferença entre reconhecer e autenticar.

O reconhecimento se dará quando, após cada prática de vida, percebemos os sentimentos, efeitos e causas que se fazem em nós.

Já autenticar é detectar, nas várias experiências de reconhecimento, características que se repetem e verificar de qual característica da nossa humanidade provêm tais traços.

Os dons pessoais

Descobrindo a sua origem é que chegaremos à conclusão dos atributos que estão intrínsecos em nós; a partir daí, tomaremos como particular identidade, assumiremos de si os dons específicos que temos.

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Por exemplo: se uma pessoa gosta de manifestar seu carinho pelas pessoas às quais tem apreço sempre com um presente ou amar com gesto concreto e material, poderá identificar que seu perfil é o de ser provedora. É essa sua personalidade que o impulsiona a proceder em presentear. Por meio do gosto por presentear, que é apenas uma característica do dom, ela poderá chegar à conclusão de que tem um perfil de provedor autenticado em si.

Outro detalhe é que ninguém nunca alcançará a verdadeira autenticação de si julgando ter algo ruim em sua natureza, pois fomos criados todos no bem, tudo em nós tem uma estrutura originariamente vinda da bondade. "E viu (Deus) que tudo era muito bom" (Gn 1,31). São Tomás de Aquino diz que "o homem, ao seguir qualquer desejo natural, tende à semelhança divina, pois todo bem naturalmente desejado é uma certa semelhança com a bondade divina".

Ainda citando São Tomás de Aquino, ele diz: "O pecado é desviar-se da reta apropriação de um bem". Isso significa que todas as nossas faculdades humanas, em princípio, foram criadas no bem, mas se algo em nós é inclinado ao mal, é porque estamos lidando com um traço da nossa personalidade criado para o bem, que, porém, durante a história pessoal, foi habituado na forma de pecado e não de virtude.

Facilidade em comunicação

Um exemplo disso: uma pessoa que tem uma grande habilidade de comunicar-se pode canalizar esse dom para levar a Boa Nova, e então ela desenvolve-a com técnicas de oratória, estudando conteúdos diversos, especializando-se na Sagrada Escritura, ou essa pessoa pode se estagnar, direcionar essa força para a atitude de fofoca, na maledicência e no boato.

Enquanto o indivíduo atribuir à sua natureza algo que seja ruim, ele não chegará à autenticação do dom pessoal, pois os pecados e erros, mesmo os constantes, são condições adquiridas no percurso de vida, e não traços intrínsecos no ser. Essas fragilidades até dão uma pista da grandiosa característica que a pessoa tem, mas, de modo algum, é sua mais profunda realidade.

Ato conjugal é o dom do amor

E o que está na essência do ato conjugal e, ao mesmo tempo, no âmago do ser humano? Qual característica é entranhada, primeiramente, na pessoa e manifesta a sublimação do indivíduo em suas ações e, consequentemente, também na união sexual, como expressão nobre de si? É o dom do amor. "Deus criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação fundamental e inata de todo ser humano. Pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é amor" (CIC, 1604). Portanto, o sexo, sendo entrega do todo do indivíduo, deve estar sempre íntimo e permanentemente ligado ao dom do amor.

Como a pessoa poderá, através da vida ativa sexual com seu cônjuge, autenticar sua identidade mais profunda? Somente por meio do amor. Se o indivíduo se entrega no ato conjugal com amor e por amor, conseguirá identificar em si a capacidade do bem, e só assim alcançará uma boa impressão de si mesmo.

Pela grandiosa força que a união íntima exerce em nós, o marco da presença de amor em nossa alma e coração será de igual modo muito poderoso, confirmando e atualizando tal natureza. Além de tal efeito, a cada união íntima, promove-se o desejo de crescer no amor, numa doação cada vez maior, que se traduz nos outros momentos de romantismo, mas também no cotidiano, em ocasiões em que um necessita ser amparado pelo outro.


Vida sexual

A boa vivência conjugal, incluindo a dimensão sexual, conforme os desígnios do Senhor, dentro da graça, no sacramento do matrimônio, vai convencendo a pessoa de que ela é capaz de produzir o amor e o bem, e de que essas duas virtudes estão impregnadas em seu ser, por isso se faz natural a pessoa acreditar nela mesma em outros âmbitos de sua humanidade. Isso autentica o dom do amor na alma do indivíduo. O lar, a atmosfera que circunda o casal acabam sendo um ambiente regido pelo dom do amor.

Nisso, concluímos que só por atitudes de amor a pessoa pode se reconhecer, e pelo mesmo amor que existe em sua mais pura essência, o indivíduo pode autenticar sua impressão de si como algo real a seu respeito.

E sua dimensão sexual tem uma forte representatividade em sua estrutura humana. Numa relação sexual, quanto mais se busca o bem do cônjuge, quanto maior for a entrega em expressar o melhor de si, não em desempenho, mas em afeto, melhor será esse momento.

A consciência da vida sexual

Por isso mesmo que o sexo tende a não ser canal de tamanha virtude quando praticado por um falso amor ou por pura paixão, quando ainda não é um comprometimento de vidas em totalidade, portanto, lícito só dentro do sacramento do matrimônio.

Sem essa consciência da importância do amor e de que na vida afetiva a pessoa deve se doar por amor, este indivíduo vai se acostumando e impregnando em si outras impressões de si mesmo. Passa a acreditar que seu prazer é sua felicidade, embora, nos momentos de solidão e tristeza, não encontre sentido e busque novamente as satisfações de momento. Não acreditará que no compromisso definitivo existe preenchimento existencial e vai, aos poucos, aliciando seu coração a paixões circunstanciais. Vai esmorecendo, arrefecendo dentro de si o dom do amor.

Notemos que, em tudo que relatamos sobre o ato conjugal, se consumado com amor, edifica os cônjuges, tanto nas dimensões da pessoa para consigo mesma quanto no conhecimento do outro e, ainda, no bom êxito do relacionamento.

O afastamento da essência

Já a busca do prazer como forma de bem próprio, por si só, não eleva a pessoa à sua totalidade, mas a afasta de sua essência e a fragmenta, e como já relatamos antes, em algum momento, esse afastamento do amor será sentido na forma de falta de sentido existencial. Ou seja, na não autenticação de seus valores, a pessoa verá se repetir suas características deturpadas. E se consumado com sentimentos negativos de raiva, indignação ou qualquer tipo de violência, o ato sexual, igualmente, alimentará tais sentimentos.

Contudo, neste modelo que estamos apresentando, em que os esposos entendem a união íntima como dádiva da benevolência existente desde sempre em si mesmos e que é transmitida ao cônjuge, concluímos que a união íntima do casal, de forma alguma, deve estar destituída ou isolada de uma vivência plena e satisfatória de outras práticas de amor e cumplicidade. Veja que, na "Teologia do Corpo", São João Paulo II cita: "o homem e a mulher, unindo-se entre si (no ato conjugal)", ou seja, apesar de se tratar da união íntima dos esposos, o saudoso Papa refere-se à "união" de uma unidade que deve acontecer em tudo na vida.

Quanto mais amarmos, mais donos de nós mesmos seremos, num reconhecimento e autenticação do que em nossa natureza temos de mais elevado. Só o amor confirma e autentica a pessoa.

Trecho extraído do livro "Ato Conjugal – Beleza e transcendência"


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/vida-sexual/o-que-define-a-dimensao-da-autenticacao-do-dom-pessoal/


22 de abril de 2024

Filáucia: conheça a mãe de todas as doenças espirituais


É próprio do homem amar, como é próprio da luz iluminar. Essa verdade ressoa em nossos corações como algo evidente e, ao mesmo tempo, difícil de acreditar. Ao ouvi-la, sentimos um forte apelo para alçar voo na arriscada aventura de amar. Dentro de nós – melhor ainda, diante dos nossos olhos –, encontramos a evidência patente de nossa fragilidade: uma espécie de força que nos leva a chafurdar na lama. A grandeza de nosso chamado contrasta clamorosamente com a miséria de nossa situação.

Desde os séculos mais remotos, a humanidade perplexa percebe essas duas tendências contraditórias, mas não consegue as explicar. Nós, cristãos, no entanto, aprendemos a origem dessa contradição por meio da única realidade que poderia esclarecê-la: a Revelação.

A Revelação nos ensina: o homem é bom, mas está mal, ou seja, o homem não é uma doença, mas está doente. E seu estado de doença espiritual requer uma cura.

Qual seria então a primeira consequência deste estado doentio? Qual é a mãe de todas as nossas doenças espirituais? Segundo os Santos Padres, especialmente São Máximo o Confessor (580-662), na raiz de todos os pecados está uma doença espiritual chamada filáucia.

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Significado da palavra filáucia

De origem grega (philía + autós), a palavra filáucia designa o amor que uma pessoa tem por si mesma, o amor-próprio. A definição etimológica, no entanto, não é suficiente. Ao afirmarmos que a filáucia é sinônimo de amor-próprio, algumas pessoas poderiam ser induzidas a pensar erroneamente que se trata, necessariamente, de uma espécie de egoísmo, mas não é assim.

O significado originário da palavra filáucia é positivo e trata-se de uma virtude. O amor-próprio não é uma invenção
malévola do demônio ou do homem pecador. É isso mesmo: o amor-próprio foi criado por Deus e pertence à natureza sadia do homem, como Deus a sonhou.

Por isso, não é de se espantar que o próprio Jesus (cf. Mt 22,37-39), depois de apresentar o mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas (cf. Dt 6,5), faça questão de acrescentar o preceito de amar ao próximo tendo como medida o amor por si mesmo: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 19,18).

Ora, Nosso Senhor não canonizaria o egoísmo. É verdade que existe uma forma doentia de a pessoa amar a si mesma e é a respeito deste amor desordenado que trataremos neste capítulo. Antes de falarmos da doença do egoísmo, porém, precisamos reconhecer que existe uma forma sadia de o homem se amar.

Filáucia virtuosa

Como então funcionaria o coração de um homem sadio? Como é possível ter um amor-próprio adequado e belo?Antes de tudo, o que se deve constatar é que o amor de si não é o primeiro passo. Se pensarmos em nossa história pessoal, com sinceridade e profundidade, concordaremos com São João: antes de qualquer amor surgir em nosso coração, nós fomos amados (cf. 1Jo 4,10). Deus nos amou primeiro e o nosso amor será sempre uma resposta, um segundo passo. Disso se compreende por que, no coração de um homem sadio, não pode faltar essa resposta. O amor a Deus não é apenas uma das tantas qualidades do coração do homem: é a primeira e mais importante de todas as qualidades, pois é a primeira verdade que Deus revela a nosso respeito. Santo Agostinho (354-430) nos recorda que o ser do homem foi feito para responder ao amor de Deus, quando diz: "Senhor, fizestes-nos para vós e o nosso coração está inquieto, enquanto não repousar em vós".

Por isso, amar a Deus não é um luxo, um acessório dispensável, mas a realização de nosso próprio ser. Assim como é natural que uma videira dê fruto ou que uma abelha produza mel, é natural que um homem saudável ame a Deus. O primeiro mandamento – "amar a Deus sobre todas as coisas […]" – não é uma exigência de um Deus ciumento e caprichoso. É o conselho de um Pai amoroso que nos ensina o caminho da felicidade.

A consequência é lógica: se amarmos a Deus de todo o nosso coração, estaremos, de modo indireto, amando a nós mesmos, visto que não é possível uma pessoa amar a si mesma e odiar a fonte do seu próprio ser. Seria um contra-senso; uma atitude semelhante a meter a enxada nos próprios pés, ou cortar o galho sobre o qual se está sentado. Ao amar a Deus, a pessoa demonstra que ama a si mesma.

Filáucia doente

A partir desse quadro positivo, compreendemos o que há de errado conosco, uma vez que a doença é sempre a desordem de algo positivo, ou seja, uma disfunção do organismo saudável. É muito importante, ao longo de todo esse livro, nunca perdermos de vista o fato de que a doença é sempre uma perversão da saúde. Por trás do pecado sempre existe uma realidade positiva, um dom de Deus, que está sendo usado de forma prejudicial e destruidora. O mal é sempre a perversão de um bem.

O diabo não tem o poder de criar. Ele sabe apenas arremedar o Deus Criador, e, ao perverter as coisas criadas, como uma espécie de "macaco de Deus", imita grotescamente as obras de Nosso Senhor. O egoísmo, a filáucia doentia, é um arremedo da filáucia virtuosa.


O livro do Gênesis nos recorda que, por sedução da serpente, o homem começa a amar a si mesmo de forma desordenada. "Sereis como Deus" – promete o pai da mentira. E a partir do momento em que o homem se deixa enganar por esta falsa promessa, ele entra numa rivalidade invejosa com Deus, como se Ele fosse um inimigo, o obstáculo para sua felicidade. Movido por este amor-próprio equivocado, o homem se revolta contra sua própria fonte. Começa a tratar Deus como seu inimigo e dele se esconde por trás dos arbustos (cf. Gn 3,8).

São Máximo descreve a forma como a filáucia doentia afetou nossos primeiros pais. O homem volta suas costas para Deus, para sua luz, e mergulha na matéria em busca de uma felicidade sem Deus. O primeiro pai, Adão, cego por não ter dirigido o olhar para a luz divina com o olho da alma, afundando as duas mãos na lama da matéria, nas trevas de sua ignorância, voltou-se completamente para as coisas sensíveis e a elas se dedicou inteiramente.

Trecho extraído do livro "Um olhar que cura", de padre Paulo Ricardo.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/filaucia-conheca-mae-de-todas-doencas-espirituais/


15 de abril de 2024

Libertação dos jovens pelo Preciosíssimo Sangue de Jesus


Nossos filhos precisam muito de libertação, nossos jovens precisam do poder do Sangue do Nosso Senhor de Jesus Cristo.

Por isso eu expulso agora:

Todo espírito maligno que ataca covardemente os nossos jovens, trazendo-lhes o desespero. Todo espírito que os faz acreditar que não vão conseguir um bom casamento, que não encontrarão companheiro. Todo espírito que lança sobre os nossos jovens a solidão, a angústia, a tristeza, o desespero e o desânimo.

Sim, em nome de Jesus, eu expulso todo espírito maligno que leva a desesperança ao coração dos nossos jovens, levando-os a se entregarem à luxúria, à devassidão e uma sexualidade desregrada.

Com autoridade de sacerdote, eu proclamo: não tende mais poder algum de atormentar estes jovens, eu os expulso e ordeno que não retorne mais.

Sim, eu proclamo que o Sangue de Jesus tem poder sobre estas regiões diabólicas, o Sangue de Jesus as repele, expulsa-as e as põe longe dos nossos jovens.

Jovem, você venceu o maligno porque acreditou em Cristo Jesus, porque entregou a sua vida ao Senhor!

Créditos: Delmaine Donson por GettyImages.

Reze comigo para a libertação dos jovens:

Eu venci o maligno no poder do Sangue de Jesus. Venci o mundo e vou vencer o pecado, porque acredito que coloquei minha confiança em Jesus. O que está em mim é maior do que aquele que está no mundo.

Eu, agora, peço ao Senhor que venha derramar o Seu Sangue sobre todos esses jovens, fortaleça-os no Seu Sangue contra todo ataque do inimigo, contra toda mentira e falsidade. Sim, Senhor! Defende-os, guarda-os, protege-os com Seu sangue precioso. Amém.

Sim! Aniquilamos todo o orgulho que se levanta contra Deus, que se levanta contra Cristo e contra Suas leis, contra o Seu reino, e reduzimos a obediência a Cristo, pois só Jesus Cristo é o Senhor. Amém!

Diga mais uma vez:

O Sangue de Jesus está sobre mim, está sobre a minha família e sobre a minha casa. O Sangue de Jesus tem o poder sobre todo o mal e sobre todo espírito maligno.

Em nome de Jesus e pelo poder do Seu Sangue, eu me coloco aos pés da Cruz de Jesus e clamo o Seu Sangue sobre a minha família.

Em nome de Jesus, sejam expulsos todos os espíritos enganosos que atingem o nosso coração, com desavenças, com desunião, com inimizades e vinganças. Em nome de Jesus, que toda essa caterva diabólica, a partir dos seus principados, permaneçam adversários e vencidos no Poder do nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Eu proclamo a vitória de Jesus sobre todo mal. Sim, a vitória é de Jesus. Amém!



Padre Alexsandro de Lima Freitas

Biografia

Padre Alexsandro de Lima Freitas é Brasileiro, nasceu no dia 20/10/1986, em Natal, RN. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2006 no modo de compromisso do Núcleo.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/oracao/libertacao-dos-jovens-pelo-preciosissimo-sangue-de-jesus/


12 de abril de 2024

Reflita: O que vale a pena ser postado nas redes sociais?


É interessante pensar que a vida, há 30 anos, acontecia normalmente sem redes sociais, internet e tantas outras realidades virtuais, não é verdade? Pois a relação de dependência ficou tão grande com esse meio, que seria impossível pensar a vida sem esses recursos. Pois então, é possível e saudável ter uma vida off-line. Não que tenhamos que nos desligar do mundo virtual, muito menos que ele seja algo ruim; pelo contrário, se você está lendo este texto, neste momento, é por causa dessa realidade tão importante dos nossos tempos.

A questão é apenas o equilíbrio das coisas. Todos já sabem o quão viciante é para o cérebro esse mundo virtual, por isso não irei falar sobre esse tema aqui, afinal de contas, você já o sabe. O que quero tratar com você, leitor, neste momento, é conduzi-lo a uma reflexão sobre a sua relação com o mundo virtual e as plataformas tecnológicas. Qual lugar as redes sociais ocupam em sua vida? Com que frequência você entra no aplicativo de relacionamento só para olhar se alguém postou algo novo ou se alguém curtiu sua postagem? Quanto tempo do seu dia você passa assistindo a pequenos ou longos vídeos, saltando de plataforma em plataforma, cada uma com um discurso diferente, seja ele para distrair e relaxar ou para estudar e aprender algo novo?

Valorize sua vida off-line

Se for parar para pensar, sempre encontraremos uma desculpa que justifique a postagem ou o tempo gasto no mundo virtual, porém, segue uma nova pergunta: Quanto tempo você tem gastado na vida de verdade? Você se lembra da última vez que saiu com os amigos, que foi a um parque, andou de bicicleta ou foi a uma cachoeira, fazenda, sentiu o ar tocando a sua pele? Qual foi a última vez que foi ao cinema, assistiu a um filme em família ou com os amigos sem ter o celular em mãos?

Créditos: Ivan Pantic / GettyImagens / cancaonova.com

Você se lembra do toque do abraço dado e recebido? Da lágrima que enxugou do amigo, namorado, noivo, esposo ou filho? Do consolo que recebeu ou deu diante de uma frustração vivida? Qual foi a última vez que fez uma refeição completa sem ter o celular na mão ou apoiado na mesa, ao lado do prato? Qual foi a última conversa que você teve e estava inteiro naquela conversa, sem dividir a atenção com o celular? Qual foi a última vez que saiu de casa sem o celular e não surtou por causa disso?

Enfim, quero convidá-lo a uma vida saudável e equilibrada. Sei que, como muitos, você deseja estar ativo na redes, mas qual seria o ponto de equilíbrio? O que postar? Quando postar? Essas duas perguntas precisam caminhar juntas de duas outras: Para quem estou postando? O que estou procurando com essa postagem? Todo tipo de postagem tem um objetivo: ser uma revista de fofoca digital que precisa ficar exibindo o que tenho ou gostaria de ter, criando um mundo de fantasias, ou tem o objetivo de ensinar, educar um público, colocando informações que irão agregar na vida de qualquer um que ler, assistir ao vídeo ou aquilo que a internet se tornou: um grande comércio.

Respeito on-line

Sendo assim, você precisa saber em qual lugar você está para saber o que postar, quando postar, qual a frequência de o fazer e o tempo que vai gastar para estar ali. Agora que encontrou o seu lugar e sabe como deve se comportar, lembre-se de uma coisa: existe uma ética que precisa ser vivida e respeitada no mundo virtual, não é porque é virtual que posso falar o que quero e mostrar o que quero. Haverá fotos de lugares em que você estará, como na casa de uma amiga, e talvez ela não se sinta confortável em você postar, afinal de contas, é a casa dela e pode querer manter a discrição daquele momento com você.


Então, não seja indelicado, mostrando algo que irá gerar desconforto. E tem o óbvio, mas que precisa ser lembrado, que são os comentários desnecessários, agressivos, cheios de mágoa, cujo único objetivo é atacar o outro. Lembre-se!

Esse problema é seu! A mágoa é sua! A chateação ou o ressentimento foi com você, e ninguém precisa saber que o seu coração está ferido ou que você não sabe lidar com aquela situação ou pessoa. A maior exposição não é para quem é atacado, mas para quem ataca com as palavras ou nos vídeos, pois revela muito mais dela. O que era dito ou visto, na vida real, muitas vezes ficou apenas na memória daqueles que estão envolvidos na situação, porém, o que fica 30 segundos na internet, por mais que seja removido, fica marcado para sempre.

Aline Rodrigues
Psicóloga e Missionária da Canção Nova


10 de abril de 2024

A Ressurreição de Jesus é o cerne da Boa Nova anunciada por Seus discípulos


O Catecismo dedica algumas boas páginas para nos fazer mergulhar nesse rico tesouro de nossa fé.  Veja o que diz a Igreja.

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Boa notícia! O efeito emocional de uma notícia costuma ser proporcional ao que é noticiado, bem como o grau de anseio que ela se propõe a suprir. A primeira grande boa nova relatada nos evangelhos, foi o anúncio do anjo de Deus a Nossa Senhora, sobre a encarnação de Jesus Cristo (cf. Lc 1,31-38). Tudo o que o Filho de Deus realizou em Sua vida pública teve como prelúdio o anúncio do anjo e o sim generoso de Sua Mãe.  Porém, como Deus nunca deixa de surpreender, o evento da Ressurreição foi outra grande manifestação de Seu poder salvador. O Catecismo dedica, então, algumas boas páginas para nos fazer mergulhar nesse rico tesouro de nossa fé.  Veja o que diz a Igreja: 

"'Nós vos anunciamos a Boa-Nova de que a promessa feita aos nossos pais, a cumpriu Deus para nós, seus filhos, ao ressuscitar Jesus' (At 13,32-33). A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo, acreditada e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada como parte essencial do mistério pascal, ao mesmo tempo que a cruz: 'Cristo ressuscitou dos mortos. Pela sua morte venceu a morte, e aos mortos deu a vida'" (CIC 638).

Testemunhas da Ressurreição

Uma das grandes testemunhas dessa boa notícia foi São Paulo, o apóstolo dos gentios. Em seus discursos orais ou escritos, não se cansava de declarar que anunciava Cristo crucificado. Noticia essa que para os judeus era um escândalo, para os pagãos uma grande loucura, mas tanto um povo, quanto outro, ao realizar a experiência com o mistério da Ressurreição, poderiam constatar que esse Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus (cf. 1Cor 15,12-20). 

Nas narrativas em torno do evento da Ressurreição, uma imagem que está sempre presente é a do túmulo vazio: "Ali, os discípulos são alvos de uma grande e fundamental interrogação, feita por um enviado de Deus: 'Porque procuram entre os mortos Aquele que está vivo? Ele não está mais aqui; ressuscitou' (Lc 24,5-6)." O Catecismo continua então dizendo:  

"A ressurreição de Cristo não foi um regresso à vida terrena, como no caso das ressurreições que Ele tinha realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e Lázaro. Esses fatos eram acontecimentos milagrosos, mas as pessoas miraculadas reencontravam, pelo poder de Jesus, uma vida terrena 'normal': em dado momento, voltariam a morrer. A ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. No seu corpo ressuscitado, Ele passa do estado de morte a uma outra vida, para além do tempo e do espaço. O corpo de Cristo é, na ressurreição, cheio do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no estado da sua glória, de tal modo que São Paulo pode dizer de Cristo que Ele é o 'homem celeste'" (CIC 646). 

A Ressurreição nos aponta o céu

A Ressurreição de Cristo tem apelo transcendente, nos aponta o céu. Foi algo tão extraordinário, que nenhum evangelista tentou descrevê-la em pormenores. É algo que experimentamos e que nos transforma e purifica, mesmo não conseguindo ser explicada:  

"Quanto ao Filho, Ele opera a sua própria ressurreição em virtude do seu poder divino. Jesus anuncia que o Filho do Homem deverá sofrer muito, e depois ressuscitar (no sentido ativo da palavra). Aliás, é d'Ele esta afirmação explícita: 'Eu dou a minha vida para retomá-la […] Tenho o poder de a dar e o poder de a retomar' (Jo 10,17-18). 'Nós cremos que Jesus morreu e depois ressuscitou' (1Ts 4,14)" (CIC 649). 

Essa compreensão madura da Igreja foi resultante da experiência dos primeiros discípulos, entre eles, o grande apóstolo Paulo: "'Se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é vã e também é vã a vossa fé' (1Cor 15,14). A ressurreição constitui, antes de mais, a confirmação de tudo quanto Cristo em pessoa fez e ensinou. Todas as verdades, mesmo as mais inacessíveis ao espírito humano, encontram a sua justificação se, ressuscitando, Cristo deu a prova definitiva, que tinha prometido, da sua autoridade divina" (CIC 651).  

Que essa bendita notícia esteja sempre em nossos lábios e coração. De modo que sejamos testemunhas da Ressurreição para os homens de nosso tempo!


Fonte: https://comshalom.org/a-ressurreicao-de-jesus-e-o-cerne-da-boa-nova-anunciada-por-seus-discipulos/


8 de abril de 2024

Entenda a temperança, virtude para combater o pecado da gula


Nessa semana, vamos tratar da quarta virtude cardeal, a temperança. Trata-se de uma virtude moral sobrenatural, que modera a atração para o prazer sensível, sobretudo para os prazeres do gosto e do tato, e o contém nos limites da honestidade.

O seu objetivo é moderar todo prazer sensível, sobretudo o que anda anexo às duas grandes funções da vida orgânica: o comer e beber, que conservam a vida do indivíduo, e os atos que tem por fim a conservação da espécie. E, precisamente, porque o prazer é atraente e nos arrasta facilmente para além dos justos limites, a temperança leva-nos à mortificação, ainda mesmo em certas coisas permitidas, a fim de que a razão prevaleça sobre a paixão.

A gula é um mal

A gula é o amor desordenado dos prazeres da mesa, da bebida ou da comida. A desordem consiste em procurar o prazer do alimento, por si mesmo, considerando-o explícita ou implicitamente como um fim. Ou em procurar com excesso, sem respeitar as regras que dita a sobriedade, algumas vezes, até com prejuízo da saúde.

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Existem quatro modos de queda pela gula:

O primeiro seria comer antes de sentir necessidade, fora das horas marcadas para as refeições, e isso sem motivo legítimo, só para satisfazer a vontade de comer, que é diferente da fome.

O segundo modo é buscar iguarias esquisitas ou preparadas com demasiado apuro, para gozar delas. É um modo de comer sem necessidade, para satisfazer o prazer, ou até mesmo um vício.

A terceira forma de pecado pela gula é ultrapassar os limites do apetite ou da necessidade, enfartar-se de comida ou bebida com risco de arruinar a saúde.

Por fim, o quarto modo seria o de comer com avidez, com sofreguidão, quase sem mastigar, com tanta rapidez, que o corpo não tem tempo de indicar a saciedade, somente pelo prazer de estar comendo.

Quais são os prejuízos da gula?

Para determinar com precisão os males da gula importa fazer uma distinção.

A) A gula é falta grave: quando resulta em excessos, tais que nos torna incapazes, por longo tempo, de cumprir os nossos deveres de estado ou obedecer às leis divinas ou eclesiásticas; por exemplo, quando prejudica a saúde, quando dá origem a despesas loucas, que põem em risco os interesses da família, quando leva a faltar as leis da abstinência ou do jejum.

Pode ser grave também quando ela abre portas de intemperanças, tais como a incontinência dos olhos e dos ouvidos, que criam o interesse em notícias pecaminosas; incontinência nos pensamentos, que busca prazeres nas recordações maliciosas; e quando cria maus pensamentos eróticos, leva o coração a aspirar afeições carnais, que arrastam a vontade em busca de prazeres nos sentidos.


A intemperança da mesa leva à intemperança da língua: comentamos os segredos que havíamos prometido guardar, morais, profissionais, onde expomos colegas, amigos, familiares à maledicência.

Outros males que a gula traz para a vida

Quando a gula abre as portas para as faltas contra a justiça e a caridade: maledicência, calúnia, detração que se comenta com uma liberdade maligna;

E quando gera faltas contra a prudência: tomam-se compromissos que não serão possíveis guardar sem ofender as leis morais.

B) A gula não passa de falta venial, quando alguém come demais, mas sem cair em excessos graves, sem se expor a infringir qualquer preceito importante.

C) Sob o aspecto da perfeição, a gula é um obstáculo sério: deixa-nos moles para fazer mortificações, cedendo aos prazeres carnais, os quais, pouco a pouco, vão nos conduzir aos prazeres de pecado grave; no beber excessivo, leva-nos à dissipação, alegria excessiva, brincadeiras de mau gosto, falta de recato e modéstia, abrindo assim a alma à ação do demônio.

Como vencer a gula?

Para lutar contra a gula é preciso ter, no coração, que o prazer não é o fim, senão um meio, e, sendo assim, deve ser subordinado à reta razão iluminada pela fé.

Com intenção reta e sobrenatural, que nos faz perceber que não fomos feitos para nos lançar por sobre os alimentos como um animal, irracionalmente, mas sim com humildade, percebendo que em nosso estado decaído e miserável, não seríamos dignos de ter o pão de cada dia, mas, ainda assim, o Senhor nos ajuda. Que nos alimentemos para dar glórias a Deus e para nos pormos a trabalho.

Com essa pureza de intenção, poderemos guardar a sobriedade ou a justa medida. Se comemos somente para cumprir nossos deveres de estado, vamos evitar assim todo o excesso que pode nos prejudicar a saúde. Se comemos para viver, comamos então para sadiamente viver. Devemos nos levantar da mesa com a sensação de leveza e vigor, seguindo sempre as orientações médicas particulares.

Ao buscar a sobriedade, temos mais força para as práticas de mortificação, pois estas nos ajudam a desembaraçar o espírito da servidão dos sentidos, dando-lhes mais liberdade para a oração e para o estudo, e evitam-se muitas tentações perigosas.

Faça mortificações

Outra excelente prática é a de fazer pequenas mortificações em cada refeição, abstendo-se de comer algo apetitoso ou forçando-se a comer algo que não goste. As almas boas animam essas mortificações com um motivo de caridade. Deixam um pouquinho para os pobres, sempre o mais apetitoso e, por conseguinte, para Jesus, que vive nos pobres.

Entre as mortificações mais úteis, ressaltamos a que se referem às bebidas alcoólicas. Em si, o uso moderado do álcool ou dos licores espirituosos (vinho, bebidas alcoólicas à base de frutas) não é pecaminoso. Abster-se dessas bebidas, por espírito de mortificação ou para dar bom exemplo é indubitavelmente digníssimo de elogio. Por isso, muitos que são exemplos de espiritualidade deixam de usá-los para levar outros a não usar álcool também.

Há casos em que é preciso a abstinência devido à propensão hereditária, como também os casos de alcoolismo inveterados.

Nossa jornada ainda não acabou. Temos outras virtudes ligadas à temperança, que vamos tratar uma a uma.

Roger de Carvalho –  missionário da Comunidade Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/series/virtudes-morais-cardeais/entenda-a-temperanca-virtude-para-combater-o-pecado-da-gula/