29 de janeiro de 2024

Saúde mental, esperança e recomeço: sempre há tempo de fazer diferente


Um dos elementos que faz o diferencial quando falamos dos quadros relacionados à saúde e bem-estar emocional chama-se esperança. Esperança é o motor que nos diz que, por mais difícil ou custoso que seja um quadro emocional, quando reconhecemos a crise, tornamo-nos capazes de dar passos ousados e criar esperança.

Quando temos uma dificuldade no campo emocional, a abertura a essa realidade cria um caminho para a esperança; ao passo que a esquiva, ou seja, quando fugimos do assunto, aumenta sua dificuldade e desespero.

Os seres humanos são excelentes na resolução de problemas, mas não podemos resolver o que nos recusamos a enxergar. Portanto, por mais difícil que seja para você aceitar uma realidade como a depressão, o transtorno do pânico, o burnout e outras enfermidades emocionais, devemos sempre olhar essa situação, que aparentemente sugere ser uma crise, com honestidade e com a nossa verdade, que é o que temos. A partir disso, devemos considerar o que podemos fazer e ajudar a mudar nossa realidade.

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Está bem. Mas, a partir dessa aceitação, o que fazer?

Entenda o que você tem: um diagnóstico médico, uma avaliação clínica e um atendimento psicológico; todos esses passos podem ajudá-lo a compreender o que está acontecendo. É físico, é o corpo sentido? É emocional? Tem ambas situações?

Se foi orientado, que seja medicado: comece o acompanhamento necessário, mas não use medicamentos por conta própria ou porque alguém usou e deu certo. Até um chá que parece inocente pode ser um problema se combinado com remédios e oferecer efeitos colaterais.

Busque pessoas que possam apoiá-lo: seja amigos ou familiares, amigos da igreja, enfim, tenha alguém por perto com quem você possa partilhar e seja um ponto de apoio. Pessoas que ativem sua esperança ajudarão você nessa caminhada.


Espiritualidade, resiliência e reconhecimento

Sua espiritualidade: doenças emocionais não são castigos, nem falta de oração, nem ao menos falta de fé, mas podem sim abalar sua disposição, inclusive, das suas práticas espirituais. Reconectar-se como Deus, com o que você gosta de fazer é um caminho. Nem sempre você conseguirá estar totalmente ativo em sua paróquia ou comunidade, mas faça aos poucos. Não tenha medo dos julgamentos: muitas vezes, quem julga não consegue ter ideia do que você está vivendo. Por vezes, quer até mesmo ajudar, mas não tem ideia do que você esteja passando.

Um passo de cada vez: alguns dias serão mais fáceis e outros mais difíceis. Muitas vezes, parece que você deu um passo para trás, mas, na verdade, nossa vida tem altos e baixos. Não abandone seus tratamentos, sua psicoterapia, seus medicamentos. Compartilhe o que você está vivendo, converse com os profissionais de saúde que o acompanham. Eles são companheiros nessa caminhada de recomeço.

Reconhecer nossas dificuldades é o primeiro passo: não é fracasso, não é perda. É uma fase que vai passar, que terá sim momentos melhores. Podemos melhorar muitas situações em nossa vida, inclusive em nossa saúde emocional, mas apenas se olharmos para a situação e adotarmos uma nova postura, um novo comportamento. Não tenha medo, busque ajuda!

Um abraço fraterno!



Elaine Ribeiro dos Santos

Elaine Ribeiro dos Santos é Psicóloga Clínica pela Universidade de São Paulo (USP). Colaboradora da Comunidade Canção Nova, reúne 20 anos de experiência profissional, atuando nas cidades de São Paulo, Lorena e Cachoeira Paulista, além do atendimento on-line para o Brasil e o Exterior. Dentre suas especializações estão Terapia Cognitivo-Comportamental, Neuropsicologia e Psicologia Organizacional. Instagram:  @elaineribeiro_psicologa 


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/saude-atualidade/saude-mental-esperanca-e-recomeco-sempre-ha-tempo-de-fazer-diferente/


24 de janeiro de 2024

Busque alguém para compartilhar o seu sofrimento


O ano é 2024, mas, mesmo frente a tanta exposição da mídia, de possibilidades, de tratamentos e de uma liberdade de expressão, parece que ainda temos dificuldade de partilhar questões que envolvem a nossa saúde mental.

Talvez porque não consigamos expressar ou porque as pessoas não estejam preparadas ou porque pode ser que seja difícil compreender algo que se sente, mas não se vê: como uma fratura ou uma queimadura no corpo.

Da mesma forma, tais situações são sim, dolorosas, não menos importantes ou incapacitantes, e podem acontecer com qualquer pessoa, seja ela uma pessoa jovem ou idosa que tenha ou não a prática da espiritualidade, um trabalhador, um padre, uma freira, enfim, não existe uma pessoa escolhida ou algo como se fosse um castigo para aqueles que vivem essas situações.

Seja acolhedor

Muitas vezes, nossa fala no sentido de confortar ou apaziguar o outro é que diretamente acaba calando aquele que busca ajuda. Digo isso porque frases como "isso vai passar", "será que você não precisa rezar mais", "mas também, olha o que você faz; deveria fazer isso" acabam culpando mais a pessoa adoecida do que ajudando. Alguém que sofre as dores da alma necessita de acolhimento, de escuta empática, até mesmo de um apoio para buscar ajuda médica e psicológica.

Créditos: SDI Productions / GettyImagens / cancaonova.com

Quando falo ajuda especializada, falo de psicólogos e psiquiatras, profissionais especializados na ajuda técnica àqueles que trazem situações no campo emocional, tal como depressão, ansiedade, pânico, vícios. Até usamos frases como: "viajar é uma terapia, sair com amigos é uma terapia, fazer compras é terapia"; na verdade, tudo isso são formas de alívio do cansaço, de estar com pessoas, mas não substitui escuta e atendimento técnico especializado.


Pontos de apoio e confiança

É importante que sua família saiba o que você está vivendo, mas talvez você não encontre apoio nela. Amigos também são um ponto de apoio. Um sacerdote amigo, alguém do seu grupo de oração, enfim, alguma pessoa com a qual você tem confiança e possa se abrir, pode ser o primeiro passo a ser dado na busca de ajuda, mesmo que você acredite não ser capaz de lidar com suas dificuldades. Pode ajudar-lhe a escolher um médico ou psicólogo; e até mesmo lhe acompanhar.

Algo é certo: não tenha medo de assumir que algo não vai bem. Claro que você, assim como eu, tem responsabilidades; e não é fraqueza admitir que algo não vai bem, mas é tempo, sim, de buscar apoio.

O custo deste tipo de sofrimento é maior do que calar-se. Claro que muitas questões pessoais podem estar envolvidas nesta descoberta e realidade de assumir, mas lembre-se que: para ajudar aqueles que dependem de você, também é necessário que você busque ajuda para estar bem.

Estejamos atentos a nós e àqueles que convivem conosco e podem necessitar de uma palavra, um apoio, um sustento emocional neste momento.



Elaine Ribeiro dos Santos

Elaine Ribeiro dos Santos é Psicóloga Clínica pela Universidade de São Paulo (USP). Colaboradora da Comunidade Canção Nova, reúne 20 anos de experiência profissional, atuando nas cidades de São Paulo, Lorena e Cachoeira Paulista, além do atendimento on-line para o Brasil e o Exterior. Dentre suas especializações estão Terapia Cognitivo-Comportamental, Neuropsicologia e Psicologia Organizacional. Instagram:  @elaineribeiro_psicologa 


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/busque-alguem-para-compartilhar-o-seu-sofrimento/


19 de janeiro de 2024

Transtornos mentais: quais são e como identificar?


As doenças mentais, ou transtornos mentais como são denominados, são manifestos, principalmente, pelas mudanças de personalidade e comportamento. Porém, nem toda mudança pode ser decorrente de um transtorno. Uso de medicamentos e drogas, incluindo o que chamamos de abstinência e efeitos colaterais, doenças, alterações hormonais, infecções, situações sociais (perdas, lutos etc.) podem trazer alterações. Por exemplo, muitos confundem a ansiedade — que é apenas uma emoção momentânea e necessária em nossa vida — com transtorno de ansiedade, caracterizado por um distúrbio patológico. Assim também é com o sentimento de melancolia ou tristeza, que pode ser confundido com doenças mais graves como a depressão.

Sinais de um diagnóstico de doença mental

A identificação das doenças mentais se dá por diagnóstico clínico, sendo observadas alterações que podem envolver:
• Confusão mental, febre ou dor de cabeça, ou pessoas que sofreram um traumatismo craniano recentemente e com pessoas que querem ferir a si próprias ou a outros;
• Doenças clínicas que podem afetar as emoções (tumores cerebrais, esclerose múltipla, Parkinson, Alzheimer, transtornos convulsivos, meningite, encefalite, grandes cirurgias como transplantes e cirurgias cardíacas);
• Intensidade e tempo dos sintomas emocionais;
• Outras condições clínicas incapacitantes e que possam gerar impactos na saúde emocional.

Segundo o DSM 5 Tr (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), os transtornos mentais são divididos num sistema de classificação que busca separar as doenças mentais em categorias diagnósticas com base na descrição dos sintomas, ou seja, o que dizem e fazem as pessoas como reflexo do que pensam e sentem e no curso da doença.

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Os principais transtornos mentais e sintomas incluem:

• Transtornos de ansiedade: dores no pescoço, na nuca e na cabeça; sensação de desconforto físico; formigamento nas extremidades; tremores nas extremidades; pânico, tensão e medo; mau pressentimento; dores no peito; falta de ar; palpitação; sudorese;
• Transtorno bipolar: pode ter todos sintomas da depressão, ter tristeza, irritabilidade ou felicidade extrema em períodos muito curtos, desânimo ou muita energia em pouco espaço de tempo, impulsividade ou apatia;
• Depressão: com tristeza intensa, alteração do sono e apetite, irritabilidade, apatia, insegurança, dificuldade de concentração;
• Transtornos dissociativos: quando a pessoa se sente desconectada de si própria ou do mundo ao seu redor;
• Transtornos obsessivo-compulsivos: os pacientes têm comportamentos muito exagerados em relação à rotina, conferência, limpeza, acumulação, superstição;
• Transtornos de personalidade: são padrões generalizados e persistentes de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo ou comprometimento funcional;
• Esquizofrenia: alucinações visuais, auditivas ou do tato, sensação constante de estar sendo perseguido, pensamento desorganizado e fora da realidade, problemas afetivos e de relacionamento social, episódios de delírio;
• Transtornos somáticos: quando fatores mentais são expressos na forma de sintomas físicos;
• Transtornos relacionados a trauma e a estresse: relacionados à exposição a um evento traumático ou estressante, resultando em sofrimento psicológico relevante, prejuízo áreas importantes.


Pessoas saudáveis diferem significativamente em geral na sua personalidade, humor e comportamento. Cada pessoa também varia de dia para dia, dependendo das circunstâncias. Entretanto, uma mudança importante e repentina na personalidade e/ou comportamento, especialmente se não estiver relacionada a um evento óbvio (como tomar um medicamento ou perder uma pessoa amada), em geral indica um problema. Mas não é possível definir uma só causa para esse tipo de distúrbio, pois há várias situações que podem ser fatores desencadeadores:

• Fatores Psicossociais: situações de estresse; vida familiar; ambiente escolar e outros;
• Genéticos: ligados aos transtornos mentais relacionados ao histórico familiar da pessoa;
• Ambientais: relacionados a problemas enfrentados onde mora e tipos de possíveis abusos (físico, psicológico e sexual);
• Biológicos: situações de anormalidades do sistema nervoso central.

O mais importante é saber que nem tudo é um diagnóstico ou uma doença, mas que alterações no humor e comportamento devem ser avaliadas, especialmente no quanto esses problemas possam afetar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas, e seja tanto diagnosticado como tratado de forma adequada.



Elaine Ribeiro dos Santos

Elaine Ribeiro dos Santos é Psicóloga Clínica pela Universidade de São Paulo (USP). Colaboradora da Comunidade Canção Nova, reúne 20 anos de experiência profissional, atuando nas cidades de São Paulo, Lorena e Cachoeira Paulista, além do atendimento on-line para o Brasil e o Exterior. Dentre suas especializações estão Terapia Cognitivo-Comportamental, Neuropsicologia e Psicologia Organizacional. Instagram:  @elaineribeiro_psicologa 


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/saude-atualidade/transtornos-mentais-quais-sao-e-como-identificar/


18 de janeiro de 2024

Direito de Nascer

Não matarás! Escreve-nos o autor sagrado do Livro do Êxodo 20,13, e o próprio Jesus disse no Sermão da Montanha o mesmo, citando o autor sagrado: "Ouvistes o que foi dito aos antigos: "Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal" (Mt 5,21-22). Essa palavra atesta para nós que aquele que retira uma vida humana terá que responder diante de Deus pelos seus atos, pois a vida é Sagrada!


Perante a fé nós aprendemos que a vida humana deve ser respeitada desde a concepção até a morte natural. É com essas palavras que o Catecismo da Igreja nos ensina nos parágrafos 2258 e 2270, reforçando a doutrina que recebemos de Jesus. E perante a lei dos homens citamos nossa Lei Magna, a Constituição Brasileira de 1988 no artigo 5º, que nos garante o direito a vida, que ela é inviolável.


Infelizmente, nem diante das comprovações de fé e da lei os grupos organizados feministas e abortistas não desistem de violar a vida, tentando aprovar a todo custo o aborto pelo serviço público. Já existem no mundo inúmeras clinicas de aborto clandestinas, e infelizmente dentro dos hospitais ocorrerem abortos também, mas o que querem é liberá-lo de forma massiva, e o pior, até 12 semanas de gestação.


Esses grupos utilizam de mentiras, desde pesquisas alteradas sobre o número de abortos no país, até a burlar a própria ciência que comprova que uma vida é vida desde a concepção. Pois segundo a ciência, logo após a fecundação do espermatozoide com o óvulo, o embrião já é um ser vivo, e não um "amontoado de células" como dizem. Ele carrega um patrimônio genético humano, e desde já tem o seu sexo definido. Após a fecundação inicia-se a divisão celular de forma organizada, com 2 dias; 4 células, 4 dias; 10 a 30 células, e entre 6 e 7 dias o embrião fixa na parede do útero da mulher para ali receber os nutrientes necessários para o crescimento de todos os seus membros e órgãos. Com 5 semanas o coração já bate, com 7 se formam os membros, com 8 passamos a chamá-lo de feto, pois já temos o cérebro e órgãos individualizados e com 11 já mexe os pés e as mãos. Isso é ciência! E não há como contrapor aquilo que é ciência, que é natural.


O aborto é um atentado há um ser indefeso, e um atentado a própria mulher, pois a mesma quando o comete tem o seu psicológico totalmente abalado. Nenhuma feminista ou fundação abortista se interessa por isso, ninguém oferece o apoio à mulher, que fica destruída, sentindo um vazio dentro de si, uma culpa, pois ela não "desengravida", ela torna sim, mãe de uma criança morta.


Outro ponto importante citar é que, mesmo que o bebê tenha sido concebido por estrupo, que sabemos bem que é um ato grave contra a pessoa, não justifica atentar contra o ser humano que está sendo gestado. Eu particularmente conheço pessoas que são frutos de estrupo, e é claro, não é fácil uma situação assim, mas curadas, são felizes pela mãe ter lhes dado o direito de nascer.


Madre Teresa disse uma vez: "Eis porque o aborto é tão grave. Não somente mata a vida, mas nos colocamos mais altos que Deus: os homens decidem quem deve viver e quem deve morrer." Portanto ninguém pode matar a vida que o próprio Deus deu. O aborto é um crime, e todos tem o direito de nascer!


Daiane C. Matos

Consagrada da Com. Deus Existe (Mãe do pequeno Lucas)


Fonte: https://soucatolico.com.br/direito-de-nascer/

15 de janeiro de 2024

Testemunho do dia a dia de cuidados com os pacientes


Quando estamos doentes, tornamo-nos vulneráveis, carentes, e nos deparamos com a necessidade do cuidado e da compreensão do que está acontecendo. Trabalhar na área da saúde fez eu me rever muitas vezes, pois também já estive doente, e me fez entender como eu gostaria de ser cuidada. Então, foi necessário sair de mim para enxergar o outro, não só como profissional, mas entender o que está acontecendo com aquela pessoa.

Tudo começa a partir do momento que chamamos o paciente, e iniciamos o primeiro cuidado, pois não podemos chamá-la de qualquer jeito, não podemos recebê-la de qualquer jeito. Sendo eu uma profissional de saúde, isso requer de mim um olhar atento e uma atitude acolhedora que vai me aproximar do outro para que o cuidado aconteça de forma especial.

Créditos by Getty Images -Sewcream/cancaonova.com

Tratar as pessoas além das enfermidades

Este trabalho diário me fez compreender que há muito mais a enxergar, pois, quando saímos de nós para entender o que está acontecendo com o outro, conseguimos ir além. Muito mais que tratar doenças, instalar medicações, realizar curativos, alcançamos corações, tocamos em pessoas.


Muitas vezes, quando realizo algum procedimento, a minha atitude faz toda diferença. Assim, uma simples afirmação de "vai ficar tudo bem" desperta no outro um choro, um sorriso e até mesmo silêncio; outras vezes, atitudes e palavras duras. Mas entendemos que a doença gera dor, medo, preocupações, mas, aliada a outros problemas, gera solidão, tristezas, angústias, opressões; e indo além, nasce a compaixão, e me deparo com um cuidado maior que vai além de mim mesma.

Cuidado e amor

E tem aqueles com os quais quando me deparo, de inúmeras formas e necessidades, costumo dizer, que Jesus os trouxe para cuidarmos. Ser somente uma boa profissional não me completa; ser uma profissional que consegue ver além, me faz ver a real necessidade do outro, isso me completa. Então, compreendo que cuidado é só uma parte, e amar é a outra parte.

Eu sou feliz fazendo o que faço e vendo cada enfermo se recuperando, as feridas cicatrizando, o corpo reagindo, mesmo que nem todos os dias não sejam só alegrias. Sou grata a Deus pela minha vocação e peço força para fazer a diferença.

Camila Gonçalves – técnica de enfermagem do posto médico Padre Pio. 


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/testemunhos/testemunho-do-dia-a-dia-de-cuidados-com-os-pacientes/


2 de janeiro de 2024

A Sagrada Família, o matrimônio e a família


A Sagrada Família de Nazaré e o desígnio de Deus para o matrimônio e a família

A Festa da Sagrada Família, celebrada no domingo que se segue à Solenidade do Natal do Senhor Jesus Cristo, tem muito a dizer para nós, especialmente às famílias, no contexto em que vivemos. Em primeiro lugar, celebrar a Sagrada Família de Nazaré em nossos dias significa valorizar a instituição que Deus escolheu, em sua divina sabedoria, para se revelar ao mundo. O Verbo de Deus, Jesus Cristo, veio ao mundo, encarnando-se no ventre da Santíssima Virgem Maria (cf. Lc 1,31-32).

A Sagrada Família, o matrimônio e a família

O Filho Deus teve São José como seu pai aqui na Terra, como aquele que ampara, protege, defende, como seu verdadeiro guardião. Na Família de Nazaré, o Menino Jesus foi gerado e formado. De modo semelhante, na família, Cristo é gerado e formado em cada um de seus membros. A família, por sua vez, tem a missão de gerar e formar o Senhor na sociedade. Nesta missão, Maria e José são "os primeiros modelos daquele belo amor, que a Igreja não cessa de implorar para a juventude, para os cônjuges e para as famílias"1.

A profecia de Irmã Lúcia a respeito do matrimônio e da família

No dia 16 de fevereiro de 2008, o Cardeal Carlo Caffarra, Arcebispo de Bolonha, na Itália, celebrou a Santa Missa junto ao túmulo de São Pio de Pietrelcina. Logo após a celebração da Eucaristia, o Prelado concedeu uma entrevista para a "Tele Radio Padre Pio", na qual explicou que entrou em contato com a Irmã Lúcia dos Santos devido ao encargo que lhe deu o Papa João Paulo II, de planejar e estabelecer o "Instituto Pontifício para os Estudos do Matrimônio e da Família". No início deste trabalho, o Caffarra escreveu uma carta à Irmã Lúcia através de seu Bispo, pois não pôde fazê-lo diretamente. O Arcebispo italiano não esperava uma resposta da Religiosa, pois, na carta somente lhe pediu suas orações. Inesperadamente, Caffarra recebeu uma longa carta, assinada por Lúcia, que está guardada nos arquivos do Instituto.

Na carta, Irmã Lúcia fez uma revelação surpreendente e deixou uma mensagem de esperança para nós:

A batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás será a respeito do Matrimônio e da Família. Não temam, acrescentou, porque qualquer pessoa que atue a favor da santidade do Matrimônio e da Família sempre será combatida e enfrentada em todas as formas, porque este é o ponto decisivo. [Depois concluiu:] Entretanto, Nossa Senhora já esmagou sua cabeça2.

O Cardeal Caffarra disse que, em suas conversas com o Papa João Paulo II, a família ocupava um lugar de destaque, pois esta é o fundamento da criação e a verdade a respeito da relação entre o homem e a mulher nos desígnios de Deus. "Se o pilar fundamental é transtornado, todo o edifício fica paralisado, e agora vemos isso, porque estamos justamente neste ponto e sabemos"3, afirmou o Arcebispo. Na ocasião, confidenciou que fica comovido quando lê as melhores biografias de Padre Pio, que contam como o Santo era zeloso quanto à dignidade do Matrimônio e a santidade dos esposos, inclusive, com justificável rigor em algumas ocasiões.


Matrimônio: sinal do amor de Cristo pela Igreja

Se um dos campos de batalha entre Deus e Satanás é o matrimônio, sem dúvida devemos unir forças para que seja respeitada a indissolubilidade do sacramento do matrimônio. A Igreja Católica reconhece que "pode parecer difícil, e até impossível, ligar-se por toda a vida a um ser humano"4. Todavia, juntamente com toda a Igreja, não podemos renunciar à nossa missão de acordar a consciência das pessoas e apresentar-lhes a verdade acerca do matrimônio.

A teologia deste sacramento está intimamente ligada ao amor esponsal de Jesus Cristo pela Santa Igreja, demonstrado no sacrifício da Cruz, como explica o Apóstolo dos gentios: "Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela" (Ef 5, 25). A aliança de amor, firmada entre um homem e uma mulher pelo sacramento do matrimônio com a intenção de gerar e educar os filhos, não pode ser quebrada, pois os esposos estão unidos ao sacrifício de Cristo.

Vencer o egoísmo

Não podemos deixar-nos levar pelo egoísmo dos estilos de vida e pensamentos mundanos ou pelas legislações jurídicas, que hoje em dia admitem facilmente a separação e o divórcio de um casal. Quando o Filho de Deus falou a respeito da indissolubilidade do Matrimônio, não deixou margem para negociações: "não separe o homem o que Deus uniu" (Mt 19, 6). Por isso, a Igreja não pode simplesmente alterar esta ordem divina ou ensinar outra doutrina. Da mesma forma, nós católicos devemos ser fiéis e ensinar desde cedo aos nossos filhos a obedecer a Deus, para que não o traiam no futuro, rompendo os sagrados laços do matrimônio. Nesse sentido, o Papa Bento XVI disse: "o Matrimônio contraído na fé é indissolúvel. É uma palavra que não pode ser manipulada: devemos mantê-la intacta, mesmo que contradiga os estilos de vida dominantes hoje"5.

O feminismo, o aborto

Em nossos dias, o feminismo, o aborto e a ideologia de gênero estão cada vez mais presente em nossa sociedade. O feminismo é um movimento filosófico, social e político que surgiu no século XIX e defende a igualdade de direitos entre mulheres e homens. Este movimento fez com que as mulheres se tornassem mais independentes e se engajassem mais no mercado do trabalho. Tais mudanças fizeram com que elas passassem a olhar para o matrimônio e a família como algo secundário. Muitas mulheres passaram a adiar o casamento ou até optaram por não se casar.

Quando se casam, evitam ter filhos para poder competir em pé de igualdade com os homens. Quantas e quantas mulheres usam métodos contraceptivos não naturais (preservativos, anticoncepcionais, pílula do dia seguinte, DIU) ou recorrem a laqueadura, que são proibidos pela Igreja sob pena pecado grave, para evitar filhos.

Quando acontece uma gravidez, muitas passaram a recorrer à prática hedionda do aborto, que é um pecado gravíssimo e um crime canônico, punido com excomunhão automática (latae sententiae). Consequentemente, à medida que a mulher foi ganhando cada vez mais independência, o matrimônio e a família perderam gradativamente a sua força na sociedade.

Ideologia de gênero

No final do século XX, surgiu a ideologia de gênero, que é uma teoria antropológica, defendida por feministas como Shulamith Firestone e Judtih Butler, que afirma que as pessoas não nascem homem ou mulher. Em outras palavras, a biologia não determina nada, mas sim a decisão de cada um de ser o que preferir. LGBTQIA+ se tornou um acrônimo para aquelas pessoas que se dizem: lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer. O sinal "+" serve para reconhecer as orientações sexuais ilimitadas e identidades de gênero usadas pelos membros dessa comunidade. Com o surgimento da ideologia de gênero, surgiu também a ideia das "famílias alternativas", com configurações ilimitadas.

O Papa São João Paulo II dizia que: "A família constitui a 'célula' fundamental da sociedade"6. Por isso, devido às mudanças causadas pelo feminismo, pelo aborto, pela ideologia de gênero, o matrimônio e família estão em crise e a sociedade corre o risco de entrar em um processo de autodestruição.

O campo de batalha contra o matrimônio e a família

A batalha espiritual contra o matrimônio e a família se dá principalmente no campo espiritual, mas se manifesta também em realidades muito concretas de nossas vidas. O principal campo de batalha, a imoralidade sexual, tem início: no modo de vestir, com roupas cada vez mais sensuais e mundanas; em lugares como bares, danceterias, boates e até mesmo escolas, faculdades e universidades, que deveriam ser locais de formação intelectual e moral, mas infelizmente muitas destas instituições estão deformando as mentalidades dos jovens; naquilo que vemos, nos programas de televisão, nos computadores, tabletes e smartphones, nos filmes, séries, vídeos e shorts, pelos quais facilmente se tem acesso à pornografia e à outros vícios.

Em consequência de tudo isso, começam as bebedeiras, as drogas, o sexo desregrado, a prostituição. A imoralidade sexual faz com que aconteçam a promiscuidade sexual, as doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez indesejada, o aborto, o adultério, a separação, o divórcio e tantos outros males.

Fortalecendo o matrimônio

Esta é a parte negativa, aquilo que devemos evitar, mas há também a parte positiva, que devemos fazer para fortalecer o matrimônio e a família. Primeiramente, se faz necessária uma profunda conversão, uma metanoia ou mudança de mentalidade. Nas palavras de São Paulo, "não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito" (Rm 12, 2). Nosso modelo não pode ser as famílias e as pessoas mundanas, com suas modas e máximas, mas as famílias tradicionais, numerosas e virtuosas, como a de São Luís e Santa Zélia.

Este santo casal teve 9 filhos, dos quais quatro não chegaram à vida adulta. Mas, as outras cinco filhas foram muito bem formadas, dentre elas Santa Teresinha, e se tornaram religiosas. Outra família numerosa, a de Jacopo Benincasa e Lapa Piacenti, tinha 25 filhos, dos quais Santa Catarina de Sena foi uma das últimas filhas. Se o casal não fosse tão generosamente aberto à vida, não teríamos esta grande Santa mística, Virgem, Doutora da Igreja.

Pedagogia cristã na educação dos filhos

Além da abertura à vida, outra mudança fundamental é passar a priorizar a educação dos filhos na Lei de Deus e da Igreja. Por causa da mentalidade do mundo, muitos casais se preocupam em dar coisas para os filhos: celular, computador, vídeo game, carro, motocicleta, casa, apartamento. Por isso, têm poucos filhos, trabalham muito e, consequentemente, têm pouco tempo para eles e negligenciam a sua educação cristã. Além disso, eles gastam o que têm e o que não têm para pagar escola e faculdade para os filhos. Há aqueles filhos que aproveitam bem o esforço de seus pais.

Mas, muito jovens, que no mais das vezes não foram evangelizados pelos pais, são formados pela mentalidade do mundo e acabam se perdendo numa vida de pecado, vazia e sem sentido. Em contrapartida, uma vida simples e austera, mas com a presença dos pais e uma educação sólida na fé e na moral da Igreja faz toda a diferença para a formação de bons cristãos, das famílias e, consequentemente, da sociedade.

As armas certas para a batalha espiritual

Hoje, talvez muito mais do que em outros tempos, o resgate da dignidade do sacramento do matrimônio e da família seja um desafio quase que insuperável. Entretanto, não nos esqueçamos do que Irmã Lúcia nos alertou: "A batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás será sobre o matrimônio e a família"7. Não tenhamos medo, já que Deus está conosco nesta batalha espiritual. Todavia, não nos descuidemos, pois a Religiosa também disse que, qualquer pessoa que atue a favor da santidade do matrimônio e da família, sempre será combatida e enfrentada em todas as formas, porque este é o ponto decisivo da batalha entre Deus e Satanás, a primitiva serpente, à qual Nossa Senhora já esmagou a cabeça.

Nesta batalha, Deus está conosco, mas precisamos buscá-lo sempre, todos os dias, a todo momento. Esta busca pelo Senhor se dá principalmente através dos sacramentos da Confissão e da Eucaristia. Mais do que nunca, a frequência a esses sacramentos é fundamental. Além disso, a devoção filial a Virgem Maria e a oração do Santo Rosário são armas espirituais que os esposos e as famílias devem usar constantemente no combate contra o Inimigo.

Por fim o meu Imaculado Coração triunfará

Nossa Senhora de Fátima pediu aos três Pastorinhos, Lúcia, São Francisco e Santa Jacinta Marto: "De tudo que puderdes, oferecei um sacrifício em ato de reparação, pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores"8. Assim, podemos fazer orações, penitências e sacrifícios em reparação dos pecados cometidos contra Deus e pela conversão dos pecadores. Por mais que a batalha pareça difícil e às vezes até perdida, não tenhamos medo, pois Nossa Senhora nos garantiu a vitória: "por fim o meu Imaculado Coração triunfará"9.


Sagrada Família, Jesus, Maria e José, nossa família vossa é!

Natalino Ueda, sou sacerdote incardinado na Arquidiocese de Cuiabá-MT. Fui ordenado no dia 12 de Dezembro de 2020, por Dom Milton Antônio dos Santos, então Arcebispo de Cuiabá. "Eu sou todo teu, e tudo o que é meu te pertence".

1 PAPA JOÃO PAULO II, Carta às Famílias, 20.

3 Idem, ibidem.

4 PAPA JOÃO PAULO II. Catecismo da Igreja Católica, 1648.

5 PAPA BENTO XVI. Luz do mundo: o Papa, a Igreja e os sinais dos tempos: uma conversa com Peter Seewald – São Paulo: Paulinas, 2011.

6 PAPA JOÃO PAULO II. Carta às Famílias, 13.

8 PADRE LUÍS KONDOR. Memórias da Irmã Lúcia, p. 168.


28 de dezembro de 2023

As crianças martirizadas em nome de Cristo


Dentro da Oitava de Natal, a Igreja celebra, no dia 28 de dezembro, a Festa dos Santos Inocentes. Ela os considera os primeiros mártires por, ainda meninos, terem derramado o sangue por causa de Cristo. O objetivo foi de colocar as vítimas inocentes entre os companheiros de Cristo para circundar o berço de Jesus Menino de um coro gracioso de crianças, vestidas com as puras vestes da inocência, pequeno exército de mártires que testemunharão com o sangue o seu pertencer a Cristo.

Os primeiros mártires de Cristo

Quando os Magos chegaram à Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-no e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-lhe presentes – ouro (para o Rei Menino), incenso (para o Deus Menino) e mirra (para o Cordeiro que um dia seria imolado). E, tendo recebido aviso em sonhos para não retornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para suas terras. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: "Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar. E ele, levantando-se, de noite, tomou o Menino e sua Mãe e retirou-se para o Egito. E lá esteve até a morte de Herodes" (Mt 2, 11-15).

mártires

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Esse acontecimento foi narrado somente pelo evangelista São Mateus, que escreveu principalmente aos hebreus com o objetivo de demonstrar que, de fato, Jesus era o Messias anunciado pelos profetas, como previam as antigas profecias: "Então, Herodes, percebendo-se enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém e no seu território, todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que havia se certificado com os magos. Então, cumpriu-se o que fora dito pelo profeta Jeremias: "Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos, e não quer consolação porque não existem mais" (Jer 31,15; Mt 2,16-18).

Glória eterna!

Quanto ao número dos assassinados, os gregos e o jesuíta Salmeron, em 1612, falavam em 14.000; os sírios em 64.000 e o martirológio de Haguenau falava em 144.000. Mas, com os estudos mais avançados e precisos, calcula-se, hoje, que foram apenas cerca de 20 (vinte) ao todo. Foram muitas as igrejas que queriam ter relíquias deles.

A Igreja honra como mártires essas crianças, vítimas do terrível e sanguinário rei Herodes, arrancadas dos braços de suas mães para escrever com seu próprio sangue a primeira página do martirológio cristão. Elas merecem a glória eterna, segundo a promessa de Jesus: "Quem perder a vida por amor de mim a encontrará". Para eles, a liturgia repete, hoje, as palavras do poeta Prudêncio: "Salve, ó flores dos mártires, que na alvorada do cristianismo fostes massacrados pelo perseguidor de Jesus, como um violento furacão arranca as rosas apenas desabrochadas. Vós fostes as primeiras vítimas, a tenra grei imolada, num mesmo altar recebestes a palma e a coroa".


A Festa dos meninos do coro e do serviço do altar

Esta celebração dos Santos Inocentes é muito antiga: já, no século IV, acontecia no calendário da Igreja de Cartago, e cem anos mais tarde em Roma, no Sacramentário de São Leão. Hoje, com a reforma litúrgica feita pelo Concílio Vaticano II, a festa passou a ter um caráter de júbilo, e não mais de luto como era antes, como a "festa dos meninos do coro e do serviço do altar", que se celebrava antigamente.

Nesta celebração, os meninos, revestidos das vestes dos cônegos, dirigiam todo o ofício do dia. Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a Festa dos Inocentes ficou sendo a festa deles. Começava na véspera de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte.

Tendo escolhido entre si um "bispo", esses cantorezinhos, com as vestes dos cônegos, cantavam no lugar deles. A esse bispo improvisado competia presidir os ofícios, entoar o Invitatório e o "Te Deum" e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo da Magníficat: "Derrubou os poderosos do trono", no fim das segundas Vésperas. Depois o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, às custas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta celebração foi elevada ao grau de festa por são Pio V (1566-1572), muito próxima da festa do Natal.

 



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/santos/as-criancas-martirizadas-em-nome-de-cristo/