22 de agosto de 2022

Vocação, escolha amorosa de Deus


Os milagres de Deus acontecem no cotidiano, como aquele grão de mostarda que, lançado na terra, cresce sem que o semeador perceba. O trabalho é lançar a semente. Qualquer que seja a nossa vocação, ela só será permeada da contemplação destes milagres, se tivermos sempre a disposição de lançarmos as sementes.

Ao longo deste crescimento da semente, há longa espera consigo mesmo, com os outros, a espera da ação de Deus. Mas é uma espera marcada pela fecundidade, quando regada pelo temor de Deus e pela certeza de Sua ação redentora. Expectativa e contemplação do milagre. Uma espera ativa, de sacrifício, de oferta, de transformação, que vence as paralisias, os retrocessos, que é marcada pelos avanços, pela superação, pela ação de graças na fé, mesmo nas noites escuras porque é o Senhor que a fecunda e a faz crescer.

Vocação, escolha amorosa de Deus

Foto Ilustrativa: Maria Korneeva by Getty Images / cancaonova.com

Seja um semeador

No meio disso tudo está Aquele que chama. O importante não é propriamente o caminho, mas no caminho estar com Aquele que nos faz caminhar. Ninguém é melhor ou pior do que ninguém, todos temos limitações e realidades a crescer na vivência da nossa vocação. O importante, o essencial, o que vale a pena é perceber que uma vida entregue a Deus é fecunda, se for regada pela constante lembrança do Seu amor que é derramado, que chama cada um de maneira única e escolhe a cada um de maneira única. Todos são chamados a semear!


O Senhor não precisaria de nós para mostrar o Seu amor e Suas obras, mas Ele quer precisar. É também um milagre de Deus promover transformações em instrumentos tão insuficientes e frágeis e através deles.

Desafios sempre existirão, mas peçamos ao Senhor a graça de permanecermos firmes e fiéis à nossa vocação. Ele, o Senhor, caminha conosco! Ele é o próprio caminho!



Tarciana Barreto

Natural de Aracaju (SE), Tarciana Matos Barreto é membro da Comunidade Canção Nova há 20 anos. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Sergipe, a missionária é formada também em Teologia pela Faculdade Dehoniana de Taubaté e mestra em Direito Canônico pelo Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro. Palestrante de cursos de catequese, formação e espiritualidade, ela também escreve artigos para o Portal Canção Nova e para o site do Santuário do Pai das Misericórdias. Na Canção Nova, ela já participou de vários programas da TV, além de pregar em encontros de evangelização. Tarciana é apaixonada pelo estudo da Palavra de Deus, da Doutrina da Igreja, da formação humana, espiritual e catequética.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/vocacao/vida-religiosa/vocacao-escolha-amorosa-de-deus/


19 de agosto de 2022

Como é a vida de quem escolhe a vocação do celibato?


"O seu celibato é uma graça para a comunidade: por ele, o Senhor libera, de maneira singular, o coração da pessoa; por ele, ela pode abrir-se ao amor de Deus e aos irmãos todos sem divisão alguma; por ele, ela pode dedicar-se de maneira muito mais livre aos vários trabalhos e atividades apostólicas nos mais diversos lugares e situações." (Estatuto Semente, art. 109).

Logo que ingressei na Comunidade Canção Nova, no ano 2000, Deus começou por meio das pessoas a mexer comigo, dizendo que eu tinha um "jeitinho" de celibatária. Eu só ouvia e ficava quieta, mas dentro de mim eu não aceitava. Recordo-me que, em 2003, em uma jornada espiritual, o Senhor falou muito forte comigo sobre ser celibatária, mas não dei continuidade. Por várias outras vezes, Deus me fazia experimentar algo que fizesse ressoar dentro de mim a vida celibatária, mas eu sempre desviava desse foco. Eu não tinha dentro de mim a clareza sobre o meu estado de vida e também não buscava mergulhar nesta descoberta, porque, no fundo, eu sabia no que poderia dar.

Assumir a vocação

Em 2011, sentindo um profundo incômodo de não ter ainda definido dentro de mim o meu estado de vida, decidi dar passos para essa definição. Foi então que, por meio da direção espiritual, do acompanhamento formativo da comunidade, na busca por meio das leituras, encontro sobre estado de vida e pregações, consegui mergulhar neste discernimento e tocar na minha verdade e no chamado especial de Deus em minha vida. Fiz a leitura de minha vida e percebi que Deus me separou desde sempre. Deus me preservou, me livrou da morte, me colocou em uma família que soube me conduzir para Ele e me apresentou o Carisma Canção Nova.

Como é a vida de quem escolhe a vocação do celibato

Foto Ilustrativa: Patricio Nahuelhual by GettyImages / cancaonova.com

Em 2013, toquei em minha história, percebendo a voz de Deus que, delicadamente, sinalizava este estado de vida desde sempre. Em 2014, no dia de São José Operário, nas palavras do Frei Josué Pereira, meu primeiro compromisso temporário foi marcado por um "tom" de entrega total, pura e fiel. O segundo compromisso, em 2015, no Dia do Imaculado Coração de Maria, pelas palavras do padre Fabrício Andrade, foi marcado pela experiência
de saber aparecer e desaparecer no momento certo, sendo uma árvore de ponta cabeça que tem as raízes no céu e os frutos na terra.

Castidade, obediência e pobreza

Em 2016, no dia de São João Batista, o meu terceiro compromisso foi marcado pelas palavras do padre Arlon Cristian, que fez a junção das três datas e concluiu dizendo: "São José casto, Nossa Senhora obediente e São João Batista pobre". Algo que que falou muito ao meu coração na vivência do celibato em minha vida, pois a mão providente do Senhor conduziu todas as coisas.


No ano de 2017, em um domingo, 'Dia do Senhor", nas palavras do padre Fabrício Andrade, meu Definitivo  Celibato foi marcado pela importância em que o celibatário tem de ser 'porta', não qualquer porta, mas sim a porta que leva as pessoas ao encontro com Jesus. Isso tudo tornou-se o fio condutor para este tempo que me ajuda a mergulhar de forma especial também na maternidade espiritual, no ser intercessora, na intimidade com Deus e no ocupar-me com os interesses do Senhor. Sobretudo, continuo mergulhando nesta vivência, pois há muito a ser desbravado. Tenho ainda mais clareza que o Celibato é a "memória das origens e a Profecia da eternidade". Esse itinerário em minha história celibatária me faz viver, hoje, uma entrega total e indivisa ao Senhor, que transborda na missão que Ele me chama a cada tempo no Carisma Canção Nova.

A vida celibatária é uma graça que, assumida, gera alegria no coração; e a coerência de vida provoca um transbordamento que contagia os irmãos. Na Comunidade Canção Nova, tomamos como modelo a figura de João Batista, em que encontramos uma existência que foi toda permeada pela alegria de uma consagração de vida. Por tudo que ele sinaliza no Carisma, sobretudo no celibato, enxergamos as características necessárias para que, de
fato, sejamos "um farol que aponta para Deus, alguém que vai ao encontro dos irmãos, que sai de si a fim de levar esperança, alegria e confiança, apontando sempre para o centro que é Jesus"(N.D 1505 pág.367).

Celibato como testemunho

Com a vivência coerente do nosso estado de vida, expressada por uma vida de oração cada vez mais encarnada, pela busca de aprofundar no amadurecimento humano, com uma vida ascética e testemunhal para sermos "um sinal visível da feliz expectativa da vinda do Senhor". Pode-se destacar ainda o que nos diz Antonio-Luis Crespo Prieto: "celibatário pelo Reino de Deus é o batizado que tem na sua vida a experiência profunda de Jesus Ressuscitado. Isso converte-o em evangelizador e testemunha. A consagração do seu celibato ao Reino é o seu testemunho". (CRESPO PIETRO, Antonio-Luis. Celibato pelo reino de Deus: Formação e vivência. Lisboa: Paulus, 1996)

À luz da ressurreição, vamos sendo educados para viver a cruz de cada dia com amor, enfrentando sofrimentos, ora para nossa própria purificação e conversão, ora pela salvação dos pecadores do mundo inteiro. E, com a Virgem Maria, o modelo mais elevado de vida celibatária, encontraremos sempre a inspiração para permanecermos fiéis até o fim.

Priscila Graziela Bergamini Almeida
Núcleo dos Celibatário da Comunidade Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/vocacao/celibato/como-e-a-vida-de-quem-escolhe-a-vocacao-do-celibato/


17 de agosto de 2022

Dom Bosco, educai-nos para a santidade


Dom Bosco nasceu em Becchi, no Piemonte, Itália, a 16 de agosto de 1815. Era filho de uma humilde família de camponeses. Órfão de pai aos dois anos, viveu sua mocidade e fez os primeiros estudos no meio de inumeráveis trabalhos e dificuldades. Desde os mais tenros anos sentiu-se impelido para o apostolado entre os companheiros. Sua mãe, que era analfabeta, mas rica de sabedoria cristã, com a palavra e com o exemplo animava-o no seu desejo de crescer virtuoso aos olhos de Deus e dos homens.

Mesmo diante de todas as dificuldades, João Bosco nunca desistiu. Durante um tempo foi obrigado a mendigar para manter os estudos. Prestou toda a espécie de serviços. Foi costureiro, sapateiro, ferreiro, carpinteiro e, ainda nos tempos livres, estudava música.

Foto Ilustrativa: Bruno Marques / cancaonova.com

Dom Bosco se destaca na história como o grande santo mestre e pai da juventude

Queria vivamente ser sacerdote. Dizia: "Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles". A Divina Providência atendeu os seus anseios. Em 1835 entrou para o seminário de Chieri.

Ordenado sacerdote a 5 de junho de 1841, principiou logo a dar provas do seu zelo apostólico, sob a direção de São José Cafasso, seu confessor. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, iniciou o seu apostolado juvenil em Turim, catequizando um humilde rapaz de nome Bartolomeu Garelli. Começava assim a obra dos Oratórios Festivos, destinada, em tempos difíceis, a preservar da ignorância religiosa e da corrupção, especialmente os filhos do povo.

Em 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco, bairro de Turim, onde fundou o Oratório de São Francisco de Sales. Ao Oratório juntou uma escola profissional, depois um ginásio, um internato etc. Em 1855 deu o nome de salesianos aos seus colaboradores. Em 1859 fundou com os seus jovens salesianos a Sociedade ou Congregação Salesiana.

Com a ajuda de Santa Maria Domingas Mazzarello, fundou em 1872 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. Em 1875 enviou a primeira turma de seus missionários para a América do Sul.

Foi ele quem mandou os salesianos para fundar o Colégio Santa Rosa em Niterói, primeira casa salesiana do Brasil, e o Liceu Coração de Jesus em São Paulo (onde nos anos de 2000 a 2003 se instalou a produtora da TV Canção Nova). Criou ainda a Associação dos Cooperadores Salesianos. Prodígio da Providência Divina, a Obra de Dom Bosco é toda ela um poema de fé e caridade. Consumido pelo trabalho, fechou o ciclo de sua vida terrena aos 72 anos de idade, a 31 de janeiro de 1888, deixando a Congregação Religiosa Salesiana espalhada por diversos países da Europa e da América.

Se em vida foi honrado e admirado, muito mais o foi depois da morte. O seu nome de taumaturgo, de renovador do Sistema Preventivo na educação da juventude, de defensor intrépido da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo inteiro e ganhou o coração dos povos. Pio XI, que o conheceu e gozou da sua amizade, canonizou-o na Páscoa de 1934.

Apesar dos anos que separam os dias de hoje do tempo em que viveu Dom Bosco, seu amor pelos jovens, sua dedicação e sua herança pedagógica vêm sendo transmitidos por homens e mulheres no mundo inteiro.

Dom Bosco e sua devoção a Nossa Senhora Auxiliadora

Hoje Dom Bosco se destaca na história como o grande santo mestre e pai da juventude.
Embora tenha feito repercutir pelo mundo o seu carisma e o sistema preventivo de salesiano, que é baseado na razão, na religião e na bondade, Dom Bosco permaneceu durante toda a sua vida em Turim, na Itália. Dedicou-se como ninguém pelo bem-estar de muitos jovens, na maioria órfãos, que vinham do campo para a cidade em busca de emprego e acabavam sendo explorados por empregadores interessados em mão-de-obra barata ou na rua passando fome e convivendo com o crime.

Com atitudes audaciosas, pontuadas por diversas inovações, Dom Bosco revolucionou no seu tempo o modelo de ser padre, sempre contando com o apoio e a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora. Aliás, o sacerdote sempre considerou como essencial na educação dos jovens a devoção à Maria.


Dom Bosco, exemplo para os mais jovens

Dom Bosco ficou muito famoso pelas frases que usava com os meninos do oratório e com os padres e irmãs que o ajudavam. Embora tenham sido criadas no século passado, essas frases, ainda hoje, são atuais e ricas de sabedoria. Elas demonstram o imenso carinho que Dom Bosco tinha pelos jovens.

Entre alguns exemplos:
"Basta que sejam jovens para que eu vos ame"
"Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens"
"O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele" "Ganhai o coração dos jovens por meio do amor"
"A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos".

São João Bosco, educai-nos para a santidade.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/santos/dom-bosco-educai-nos-para-santidade/


15 de agosto de 2022

Sejamos fiéis na tribulação e confiantes na esperança de Jesus


É a virtude da esperança que nos leva a buscar a Deus sem cessar e sem trocá-lo por nada nesta vida. "É no silêncio e na esperança, que reside a vossa força" (Is 30,15).

O profeta Jeremias exalta esta virtude, dizendo: "Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor; é como a árvore plantada junto às águas, que estende as raízes em busca da umidade, por isso não teme a chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e nunca deixa de dar frutos" (Jer 17,7-8).

É a esperança em Deus que faz a diferença dos que creem: "Ó Senhor, Deus poderoso do universo, feliz quem põe em vós sua esperança!" (Sl 83,13); por isso, São Paulo diz que: "A esperança não decepciona" (Rm 5,5).

Créditos: kieferpix by Getty Images/cancaonova.com

A esperança não nos deixa desanimar, mesmo em meio às aflições e tribulações da vida. Santo Agostinho recomendava: "De nada desesperes enquanto estás vivo. Nada estará perdido enquanto estivermos em busca". Quanto maior a esperança, tanto maior a união com Deus. Nossa esperança não pode ser incerta, pois ela se apoia nas promessas divinas, São Paulo disse: "Na esperança é que fomos salvos" (Rom 8,24). Nessa certeza, São Pedro pedia a seus filhos: "estai preparados para dizer aos outros a razão da nossa esperança" (1 Pe 3,15).

A tribulação vencida na fé e na esperança

Mas a nossa grande esperança é a vida eterna em Deus. São Tomás de Aquino dizia que: "A esperança cristã é a espera certa da felicidade eterna". São Paulo disse aos filipenses: "Nós somos cidadãos do Céu! É de lá que, também, esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará nosso corpo miserável, para que seja conforme o Seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de submeter a si toda a criatura" (Fil 3, 20-21).

São Paulo mostra que é vazia toda esperança colocada apenas nas realizações terrenas: "Se é para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, nós somos – de todos os homens – os mais dignos de compaixão" (1 Cor 15,19). A esperança do Céu e da sua glória fazia o apóstolo dizer: "Os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1 Cor 2,9).

O paciente Jó recomendava: "Crescer na confiança enfrentando as tribulações" (Jó 1,20). Com esperança, as tribulações da vida nos ajudam a crescer na confiança em Deus e nos fortalecem espiritualmente.

Esperança e Fé!

São Paulo mostra os frutos da tribulação vencida na fé e na esperança: "Nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade; e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana" (Rom 5,3-5).

O Apóstolo diz que Deus nos conforta em nossas aflições para que nós também possamos consolar os que sofrem ao nosso lado: "Bendito seja Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia!" (1 Cor 1,3-4)


Deus está conosco em nossas tribulações

São Pedro recomenda: "Lançai sobre Deus todas as vossas preocupações, porque Ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé" (1 Pe 5,7s). Mas São Paulo nos conforta: "O Deus da paz em breve não tardará a esmagar Satanás debaixo dos vossos pés" (Rom 16,20).

E São Pedro diz que com perseverança venceremos as tribulações na paciência: "O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará" (1 Pe 5,7-10).

Não podemos desanimar. A Carta aos hebreus nos diz: "Meu justo viverá da fé. Porém, se ele desfalecer, meu coração já não se agradará dele (Hab 2,3s). Não somos, absolutamente, de perder o ânimo para nossa ruína; somos de manter a fé, para nossa salvação!" (Heb 10,39).

São Paulo mostra que jamais Deus nos abandona no meio das tribulações: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?. Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou" (Rom 8,35-39).

A Providência divina tudo controla; nada escapa de Seus olhos: "Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois!" (Mt 10,30-31). Sabemos que "o salário do pecado é a morte" (Rom 6,23), o sofrimento e as tribulações não são castigos de Deus. Mas Deus transformou o sofrimento em matéria prima de salvação com a Paixão de Cristo. "A morte foi tragada pela vitória (Is 25,8). "Onde está, ó morte, a tua vitória?" (1 Cor 15,55-56).

A oração nos faz vencer

O que nos dá forças para vencer as tribulações é a oração. Na verdade, ela é a mais potente das ações. Ela é a nossa força e a fraqueza de Deus, dizem os santos. É preciso rezar sempre: "orai sem cessar!" (1 Ts 5,17), e rezar com o coração; uma oração que seja humilde, fervorosa e perseverante, sem desanimar. A oração nos dá a consciência da nossa fraqueza. Gandhi, que não era cristão disse: "a oração salvou-me a vida".

A oração é a força da alma e da vontade; ela faz os santos. Alguém disse que "o homem só é grande de joelhos".

É próprio do homem rezar, não dos animais. Tudo pode ser mudado pela oração. Ela é a respiração do espírito e a condição para entender as coisas sobrenaturais. O grande microbiologista da Sorbone, Dr. Louis de Pasteur, dizia: "saio mais humano da oração".

Sem a oração não temos forças!

É com a força da oração que conseguimos arrancar os vícios do jardim de nossa alma e plantar as virtudes. Com ela vencemos a tristeza e aliviamos o sofrimento. Sem oração é impossível caminhar na e fazer a vontade de Deus.

O Senhor Jesus nos manda "orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo". A oração é para a alma o que o ar é para o corpo. Uma alma que não reza é uma alma que não respira; não tem vida. Ninguém pode servir a Deus sem muita oração, pela simples razão de que é Ele, e somente Ele, que realiza todas as coisas; nós somos apenas seus instrumentos. "Sem Mim nada podeis" (Jo 15,5). "Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado" (Mc 11,24).

São Paulo recomenda com insistência: "Orai em todo o tempo" (Ef 6,18), "perseverai na oração" (Col 4,2), "orai sempre e em todo o lugar" (1 Tim 2,8). "Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, petições, ações de graças por todos os homens (…)" (1 Tim 2,1).

Certa vez, o Papa Paulo VI disse: "A Igreja é a sociedade dos homens que oram. Seu principal objetivo é ensinar a rezar".


 


Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/sejamos-fieis-na-tribulacao-e-confiantes-na-esperanca-de-jesus/


12 de agosto de 2022

O sacerdote e a evangelização por meio da internet

Foi nos Estados Unidos, no ano de 1969, que a internet nasceu. No início, tinha a função de interligar laboratórios de pesquisa. Desde então, a internet se expandiu. Hoje, ela alcança bilhões de pessoas em todo o mundo. Nesse gigantesco número de usuários, estão incluídos os católicos, que, diariamente, utilizam a rede mundial de computadores para pesquisas, informações, entretenimento e formação espiritual.

Sabemos, contudo, que nem sempre o uso da internet é maduro. São Paulo, ao escrever à comunidade dos Coríntios, alerta: "'Posso fazer tudo o que quero'. Sim, mas nem tudo me convém. 'Posso fazer tudo o que quero', mas não deixarei que nada me escravize (1 Cor 6,12)". Com o crescente uso da internet, torna-se cada vez mais necessário que busquemos ambientes seguros para não nos perdermos em um emaranhado de informações (muitas vezes, perigosas), que podem nos escravizar e afastar de Deus.

Nesse cenário virtual, entra em cena a pessoa (real) do padre. Papa emérito Bento XVI, em uma homilia, proferida no dia 7 de maio de 2006, assim se expressou sobre o sacerdote como Pastor de almas:

Créditos: shironosov by Getty Images/cancaonova.com

O padre e a tecnologia

"Um sacerdote, um pastor de almas, deve, em primeiro lugar, preocupar-se com aqueles que creem e vivem com a Igreja, que nela procuram o caminho da vida e que, por sua vez, como pedras vivas, constroem a Igreja e, assim, edificam e ao mesmo tempo sustentam também o sacerdote. Todavia, devemos também, sempre de novo, como diz o Senhor, sair "pelas estradas e caminhos (Lc 14,23)" para transmitir o convite de Deus ao seu banquete, também àquelas pessoas que, até então, nunca ouviram falar dele ou ainda não foram tocadas interiormente por ele".

No ministério de pastorear almas, a missão do sacerdote é sublime: conduzir a Nosso Senhor Jesus Cristo as ovelhas que pertencem, em primeiro lugar, ao Seu rebanho. Contudo, essa missão não se fecha em si mesma, mas se abre a todos, principalmente aos afastados, e até mesmo àqueles que nunca ouviram falar de Jesus Cristo.

O Espírito Santo é quem conduz

A internet é um vasto campo ainda a ser explorado de maneira eficaz e madura. O Espírito Santo sempre nos concede novos dons, alargando e ampliando os horizontes da evangelização. Ele é o protagonista da missão, assim nos recorda a carta encíclica Redemptoris Missio sobre a validade permanente do mandato missionário de São João Paulo II: "Verdadeiramente, o Espírito Santo é o protagonista de toda a missão eclesial: a Sua obra brilha esplendorosamente na missão ad gentes, como se vê na Igreja primitiva pela conversão de Cornélio (cf. At 10), pelas decisões acerca dos problemas surgidos (cf. At 15) e pela escolha dos territórios e povos (cf. At 16, 6 s).


O Espírito Santo age por meio dos Apóstolos, mas, ao mesmo tempo, opera nos ouvintes: "Pela Sua ação a Boa Nova ganha corpo nas consciências e nos corações humanos, expandindo-se na história. Em tudo isto, é o Espírito Santo que dá a vida" (RM,21).

O Espírito prepara

É o Espírito Santo quem conduz a missão, até mesmo quando ela ocorre nos territórios virtuais da internet. Antes que o missionário chegue ao coração das ovelhas, o Espírito Santo já está lá, preparando-o para acolher a mensagem evangelizadora. Ele age por meio de quem evangeliza e, ao mesmo tempo, naqueles que serão evangelizados.

A mesma carta encíclica diz: "O Espírito se manifesta, particularmente, na Igreja e nos seus membros, mas a Sua presença e ação são universais, sem limites de espaço ou tempo (RM 28)". A internet é um território sem fronteiras, e até mesmo podemos afirmar, com caminhos sempre novos a serem desvendados todos os dias. Por isso, a presença dos sacerdotes como pastores de almas, nesta imensa rede mundial de comunicação, é fundamental para que o anúncio do amor de Deus alcance muitos corações.

Internet e evangelização

São João Paulo II, em sua mensagem para a celebração do 36º Dia Mundial das Comunicações Sociais, afirma o valor da internet como espaço privilegiado para a evangelização: "A Internet pode oferecer magníficas oportunidades de evangelização, se for usada com competência e uma clara consciência das suas forças e debilidades. Sobretudo, oferecendo informações e suscitando o interesse, ela torna possível um encontro inicial com a mensagem cristã, de maneira especial entre os jovens que, cada vez mais, consideram o espaço cibernético como uma janela para o mundo.

Portanto, é importante que a comunidade cristã descubra formas muito especiais de ajudar aqueles que, pela primeira vez, entram em contato com a Internet, a passar do mundo virtual do espaço cibernético para o mundo real da comunidade cristã. Numa etapa seguinte, a Internet pode oferecer também o tipo de continuidade requerida pela evangelização. Especialmente numa cultura desprovida de fundamentos, a vida cristã exige a instrução e a catequese permanentes e este é, talvez, o campo em que a Internet pode oferecer uma ajuda excelente".

Sempre pronto para evangelizar

Neste espaço privilegiado de evangelização, que é a internet, o sacerdote é convidado a descobrir meios para que o anúncio de salvação alcance o coração de tantos quanto dela se utilizam para crescerem na vida espiritual. Como escrevia São João Maria Vianney (o Cura d'Ars): "O padre deve estar sempre pronto para responder às necessidades das almas".


 


Padre Flávio Sobreiro

Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP e Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG), padre Flávio Sobreiro é pároco da Paróquia São José, em Toledo (MG), e padre da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG). É autor de livros publicados pela Editora Canção Nova, além disso, desde 2011,  é colunista do Portal Canção Nova. Para saber mais sobre o sacerdote e acompanhar outras reflexões, acesse: @peflaviosobreirodacosta.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/tecnologia/o-sacerdote-e-evangelizacao-por-meio-da-internet/

10 de agosto de 2022

Ser pai, uma vocação de companheirismo


Certo dia, ao cair de bicicleta, meu filho de três anos cortou a boca e chorou. Eu o acolhi em um abraço, limpei a ferida e me sentei com ele no meu colo. Ele chorava, mas não havia muito mais que eu poderia fazer, além de acolhê-lo. Uma criança alegre, saudável e feliz brincava e, por um descuido, se machucou. Foi então que meu filho pegou minha mão e colocou na ferida, como se eu pudesse simplesmente fazer parar de doer. Mas eu não podia.

Que pai, diante do sofrimento do filho, nunca pediu a Deus que os trocasse de lugar? Que pai nunca orou: "Deus, me põe no lugar do meu filho com um sofrimento muito maior, se necessário for". Deus entende bem o que desejamos, porque, na condição de Pai misericordioso, viu seus filhos atormentados pelos sofrimentos do pecado e cumpriu esse desejo paterno: Deus se fez homem para Ele mesmo sofrer as dores dos nossos pecados [1].

Seja o melhor companheiro para o seu filho

O profeta Oséias fala sobre o carinho de Deus. A descrição do acolhimento do povo de Israel é assim: "Eu os atraí com laços de bondade, com cordas de amor. Fazia com eles como quem levante até seu rosto uma criança; para dar-lhes de comer, eu me abaixava até eles" [2]. Para demonstrar afeto e companheirismo, é muito comum essa imagem do pai que pega seu filho nos braços e o levanta na altura dos olhos. Esse gesto é uma forma de transmitir o sentimento de amor e acolhimento, de mostrar-se presente, companheiro e atencioso. São tantas outras as formas de nos apresentarmos como companheiros aos nossos filhos que, nesse aspecto, não podemos vacilar. Na companhia do filho, o pai deve expressar verdadeira confiança e disponibilidade para que a criança cresça na certeza de que não está só, não está abandonada, mas tem sempre alguém com quem contar.

Ser pai, uma vocação de companheirismo

Foto Ilustrativa: Liderina by GettyImages / cancaonova.com

O convite do pai ao filho deve ser o mesmo que Jesus faz para nós: "Vinde a mim, vós todos que estais cansados e oprimidos e eu vos darei descanso!" [3]. Essa é a vocação de companheirismo de um pai: cativar a verdadeira confiança do filho. Infelizmente, não nos cabe afastar de nossos filhos todo o sofrimento. Ninguém tem o direito de passar pela vida sem alguma dor. Essa dura realidade realça a tarefa do pai que acolhe o filho, que transmite confiança e a certeza de um descanso, de um amparo. Não é uma vocação que se cumpre apenas com palavras, e sim uma construção ao longo da vida, que se faz com dedicação e companheirismo suficientes para que, na escuridão, sejamos a luz que guia nossos filhos de volta ao lar.


Ser como Deus é

"Eis que estarei contigo até o fim dos tempos" [4] é a promessa de Jesus para nós. E eu estarei sempre com meu filho, essa é a minha vocação de companheirismo. Ainda que surja o medo de errar com ele, de não ser suficiente, de não o compreender, eu sei que, assim como Deus é amoroso e misericordioso comigo, eu serei amoroso e misericordioso com meu filho. Estou certo de que como creio na divina providência, me esforçarei para que meu filho acredite que sempre poderei socorrê-lo. Enquanto meu filho ainda é criança, cabe a ele me pedir autorização para tudo e, na maioria das vezes, apenas na minha companhia ele poderá fazer o que deseja.

Logo, ao tornar-se homem feito, essa autorização não será mais necessária. Quando esse dia chegar, tomara que minha companhia e meu conselho sejam para ele uma opção sincera. Eu quero ser para ele um conselheiro, mesmo quando ele for capaz de decidir por si só. Desejo ser para ele um verdadeiro amigo, além daqueles que a vida irá apresentá-lo. A vocação de companheirismo de um pai é isso: ser uma presença escolhida pela confiança do filho.

Deus viu que seus filhos estavam perdidos e sofriam as dores do pecado. Ele pôde se fazer carne e sofrer a condenação dos pecadores em nosso lugar. Eu não posso ocupar o lugar do meu filho para tomar-lhe os sofrimentos, mas posso transmitir a confiança de que Deus agirá em seu favor sempre que minhas limitações humanas não forem suficientes. É também por isso que eu me empenho na missão evangelizadora, para que a presença de Deus seja sempre constante nos corações das pessoas e que haja sempre alguém disposto a ser instrumento de Deus na vida do meu filho quando, eventualmente, eu não estiver lá.

Que Deus abençoe com sabedoria e ternura todos os pais. Que assim seja!

CITAÇÕES DO TEXTO BÍBLICO

[1] (1Pd 3, 18); [2] (Os 11, 4); [3] (Mt 11, 28); [4] (Mt 28, 20).

REFERÊNCIAS

BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.
FRANCISCO. Meditações matutinas na Santa Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta: Carícia de pai. Vaticano, 10 dez. 2015.
FRANCISCO. Audiência Geral. Vaticano, 19 jan. 2022.
FRANCISCO. Meditações matutinas na Santa Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta: Viver em casa sem se sentir em casa. Vaticano, 14 mar. 2020.



Luis Gustavo Conde

Catequista atuante na evangelização de jovens e adultos; palestrante focado na doutrina cristã; advogado, tecnólogo e professor. Dúvidas e sugestões, fale comigo nas redes sociais: @luisguconde (Facebook, Twitter e Instagram). Agendamento de palestras e cursos: luisguconde@gmail.com


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/paternidade/ser-pai-uma-vocacao-de-companheirismo/


8 de agosto de 2022

O que nos afasta do amor a Deus?

O amor a Deus, ou virtude teologal da caridade, é o hábito que dá forma e estrutura todas as outras virtudes teologais e morais. De fato, vimos que: sem a fé não é possível surgir a esperança e que é essa quem gera a caridade, ou amor a Deus e ao próximo, por causa de Deus. No entanto, à medida que a caridade se desenvolve, ela gera uma fé mais madura e forte e também uma esperança mais profunda.

Santo Tomás de Aquino explica que a caridade gera uma fé e uma esperança informadas, ou seja, colocadas numa nova forma, num novo modelo que as modifica.

Se a caridade é a mais preciosa de todas as virtudes, como vimos no artigo anterior, ela também é a mais frágil. Assim, uma virtude da caridade madura "tudo suporta" (1Cor 13,7), mas ela pode ser minada, descontinuada e suprida rapidamente.

Créditos: ArtistGNDphotography by Getty Images/cancaonova.com

Hábito de caridade

Desse modo, para ser forte, a caridade é um hábito que precisa ser reforçado continuamente direcionando toda a nossa vida para Deus. Ela é a virtude que permite seguirmos os mais importantes mandamentos: "Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo" (Mt 22,37). Inversamente, não vivendo essa dinâmica em todas as situações, nós a estamos fragilizando.

Uma imperfeição, ou seja, não se portar ou fazer algo por total amor a Deus já é uma agressão à virtude da caridade. O que, diremos, então dos pecados? É da própria definição do pecado (erro, tropeço) ser uma falha. Essa falha é, em primeiro lugar, ao amor e reverência amorosa que devemos a Deus. Está na essência do pecado substituir a vontade e condução amorosa de Deus pela própria vontade do homem.

Nas grandes e pequenas coisas, o homem se torna deus de si mesmo, fazendo sua própria vontade. Vontade que contraria a lei ou o conselho de Deus. Dessa nova decisão, que, às vezes, também se torna um hábito, o grau de conhecimento sobre o que se está fazendo, da liberdade com que se faz e da perfeição da advertência sobre o estar fazendo é que diferencia os pecados mortais dos pecados veniais.


Pecados Veniais

Como o próprio nome revela, os pecados veniais abalam a capacidade de amar a Deus, pois, ao cometê-los, o ser humano, como que se autodesculpa ao pecar (vênia = licença). Embora menos graves, os pecados veniais ferem a caridade para com Deus e para com o próximo por causa de Deus.

Aquilo que verdadeiramente destrói a virtude da caridade são os pecados mortais. De qualquer natureza que seja, a violação provocada pelo pecado mortal é um grave atentado à virtude da caridade. Como este tipo de pecado acaba com a união com Deus, é verdadeiramente impossível manter a verdadeira virtude teologal da caridade.

Pecados Mortais

A consequência do pecado mortal é, desse modo, devastadora para as virtudes teologais. Além de destruir a caridade, desinforma a esperança e a , reduzindo-as ao estado de pré-aquisição da virtude da caridade.

Será necessário renascer pela graça e pelo perdão na confissão. A imagem de renascimento é, portanto, bem adequada. Trata-se de um começar de novo. Esse início repete a sequência dada, até aqui, nesta série Virtudes Teologais: Deus infunde uma fé incipiente (ou informada), que se desenvolve e provoca a esperança (também ainda informada). Essa esperança desenvolverá a caridade e a virtude da caridade dará forma ou informará a esperança e a fé.

Se as virtudes teologais são as principais virtudes do ser humano, como vimos anteriormente, percebe-se por que o pecado mortal é tão nocivo: ele quebra o vínculo com Deus, nossa possibilidade de salvação, e se volta constantemente à nossa vida num processo pecado-conversão contínuo, impede a aquisição e progresso nas virtudes.

No próximo artigo, veremos como é possível fazer com que a virtude da caridade cresça cada vez mais, trazendo consigo a própria santidade de vida.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/series/virtudes-teologais/o-que-nos-afasta-amor-deus/