18 de fevereiro de 2022

Que pecados nos impedem de comungar?


A Igreja nos ensina que não podemos comungar em pecado mortal sem antes nos confessarmos. Pecado mortal é aquele que é grave, normalmente contra um dos Dez Mandamentos de Deus: matar, roubar, adulterar, prostituir, blasfemar, prejudicar os outros, ódio etc. É algo que nos deixa incomodados.

§1856 – O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação:

"Quando a vontade se volta para uma coisa em si contrária à caridade pela qual estamos ordenados ao fim último, há no pecado, pelo seu próprio objeto, matéria para ser mortal (…) quer seja contra o amor de Deus, como a blasfêmia, o perjúrio etc., ou contra o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério etc. Por outro lado, quando a vontade do pecador se dirige, às vezes, a um objeto que contém em si uma desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como, por exemplo, palavra ociosa, riso supérfluo etc., tais pecados são veniais" (S. Tomás, S. Th. I-II,88,2).

Que pecados nos impedem de comungar

Foto ilustrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

Quais as condições e matéria para que o pecado seja mortal?

§1857 – Para que um pecado seja mortal, requerem-se três condições ao mesmo tempo: "É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave e que é cometido com plena consciência e deliberadamente" (RP 17).

§1858 – A matéria grave é precisada pelos Dez Mandamentos segundo a resposta de Jesus ao jovem rico: "Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe" (Mc 10,19). A gravidade dos pecados é maior ou menor; um assassinato é mais grave do que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas entra também em consideração. A violência exercida contra os pais é em si mais grave do que contra um estrangeiro.


Conhecimento e consentimento

§1859 – O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância afetada e o endurecimento do coração (cf. Mc 3,5-6; Lc 16,19-31) não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado.

§1860 – A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignore os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.

§1861 – O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. Acarreta a perda da caridade e a privação da graça santificante, isto é, do estado de graça. Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso. No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.

§1862 – Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/que-pecados-nos-impedem-de-comungar/


16 de fevereiro de 2022

Para não falar mal dos outros


Uma pessoa muito desejosa para mudar de vida – se esforçava para não cometer os mesmos defeitos e pecados – me segredou: "Padre, o que faço para me controlar, não julgar nem falar mal das pessoas?".

Como essa nossa irmã, temos muitos pequenos defeitos e vícios que precisam ser controlados através de uma firme e consciente luta interior. Por exemplo: falar mal dos outros revela o quanto somos inseguros, invejosos e temos muita imaturidade para trabalhar os relacionamentos e conflitos interiores.

Um segredo para crescer nas virtudes é a perseverança nas suas práticas, e isso requer sempre esforço, renúncia e oração, contando sempre com o auxílio do Divino Espírito Santo, nosso mestre de santidade. Eu lembrei desta história. Ela nos ajuda a fazer uma revisão dos nossos costumes:

Para não falar mal dos outros

Foto ilustrativa: skynesher by Getty Images

O que faço para me controlar, não julgar e falar mal das pessoas?

Certa pessoa encontrou-se com o filósofo Sócrates e lhe disse: "Tenho algo a lhe dizer sobre um amigo seu".

Sócrates respondeu: "Permita-me lhe propor passar pelo filtro triplo para aceitar seu comentário".

A pessoa disse: Claro que sim! O que é esse tal de filtro triplo?".

E o filósofo esclarece: "Para que eu o ouça falar algo de alguém, mesmo que não fosse meu amigo, teria que passar por um filtro de três condições. A primeira é a verdade. Você tem absoluta certeza de que o que vai me falar é verdadeiro?".

O camarada respondeu: "Não… Ouvi outra pessoa falar isso sobre seu amigo".

Sócrates disse: "Então, não tenho dever nenhum em ouvi-lo, já que não tens a veracidade do que vais me falar, mesmo que a pessoa em questão não fosse digna de respeito".

E continuou Sócrates: "Vou lhe revelar o segundo filtro para que eu pudesse ouvi-lo, já que a verdade seria suficiente para eu não o escutar. É o filtro da bondade. É bom para mim saber o que tens a me dizer sobre meu amigo?".

O homem respondeu: "Não é algo bom, é desagradável".

Retrucou Sócrates: "Se não é verdadeiro e muito pior, para que me interessaria saber algo que poderia estragar o meu dia, não sendo verdadeiro nem bom? Mas vou lhe falar sobre o terceiro filtro para que as nossas conversas não sejam vazias e nada construtivas. É o filtro da utilidade. Será para mim e para você algo útil? Vai me servir para aumentar minha sabedoria e meu crédito sobre meu amigo?".

O homem coçou a cabeça e disse: "Não acho que seja útil nem para mim nem para ti".

"Pois bem – disse Sócrates – a nossa conversa acaba por aqui, sabendo que o que devemos acumular nesta vida é a sabedoria".

A caridade é o mais precioso filtro

Como seria bom se todas as nossas conversas passassem por esses filtros! Isso sem falar que falta um filtro preciosíssimo ao nosso caro filósofo Sócrates: o filtro da caridade, ou seja, o amor fraterno que nos foi ensinado por Jesus Cristo, o Mestre dos mestres. Seu ensinamento foi simples, mas capaz de mudar o mundo.

Vejamos o que nos diz São João: "Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Aí está o critério para saber que somos da verdade; e com isto tranquilizaremos na presença dele o nosso coração" (I João 3,18-19).


Mais do que uma filosofia, o amor é um princípio de vida. Todas as outras práticas – respeito, verdade, bondade e utilidade – têm no amor o seu alicerce principal. Antes de tudo, faltam a nós esses passos do filtro triplo, porque nos falta o amor, a compaixão. Ele é uma conquista, exige tempo, suor e, muitas vezes, lágrimas. É preciso saber perder para ganhar, pois amar, muitas vezes, é renunciar, é esquecer de si para que o outro venha para fora. É aprender a promover o outro, e, porque não dizer, morrer para que o outro viva.

Isso tudo nos ensinou Jesus. Não um filósofo, mas um Mestre da vida, do comportamento, do respeito humano, da qualidade de vida, da dignidade da pessoa, porque, antes de tudo, nos ensinou que o AMOR é a única maneira de mudarmos o mundo a partir das pessoas. Faltam verdade, bondade e utilidade, porque, antes de tudo, falta-nos o amor, e todas as pessoas são capazes de amar.

Podemos usar o filtro triplo de Sócrates, mas acrescentemos a ele a vida de Jesus, o amor.

Minha benção fraterna.



Padre Luizinho

Padre Luizinho, natural de Feira de Santana (BA). Ordenado em 22 de dezembro de 2000, cujo lema sacerdotal é "Tudo posso naquele que me dá força".


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/para-nao-falar-mal-dos-outros/


14 de fevereiro de 2022

Ter filhos é reconhecer a vida de Deus que habita em nós

Quando não se conhece o futuro, ter filhos é uma loucura, não é? Atualmente, muitas pessoas se interrogam sobre essa questão. Chegamos a compreendê-las quando nos deparamos com os grandes problemas do nosso mundo: a crise econômica, a deterioração ecológica, o subdesenvolvimento etc.

Porém, essa questão não se resume nisso. De certa forma, ter filhos é sempre uma loucura, é um salto no desconhecido. Será que vamos ser capazes de os educar, de lhes dar o necessário — material, mas também espiritual — para viverem? Eles nos darão os meios de sermos felizes? Entre outras. Ora, de fato, essas interrogações voltam-se para nós mesmos. Seremos nós felizes? A nossa vida tem algum sentido? Se não, como poderemos dar a outros a vida da qual nós próprios não gostamos?

Ter filhos é reconhecer a vida de Deus que habita em nós

Foto Ilustrativa: StefaNikolic by Getty Images / cancaonova.com

Dar a vida para a eternidade

Se dar a vida é sempre uma loucura, é também — e talvez acima de tudo — um ato de confiança. De confiança no homem que é capaz do melhor. De confiança na vida; e, para o cristão, na Vida que é o próprio Deus. De fato, a partir do momento em que um homem e uma mulher dão origem a uma nova vida, o próprio Deus está ali implicado. A partir desse instante, esse novo ser é objeto da Sua atenção, do Seu amor.


O homem e a mulher dão a vida para a eternidade! Ora, se isso é verdadeiramente assim, dar a vida não é uma loucura, e sim o mais belo presente que podemos imaginar!

Comunidade Shalom


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/ter-filhos-e-reconhecer-a-vida-de-deus-que-habita-em-nos/

10 de fevereiro de 2022

3 passos para saber se você precisa de cura interior


A cura interior não é só importante, é também necessária. Precisamos ser curados! Deus quer nos curar plenamente e, por meio dessa cura, somos restaurados na nossa personalidade. A cura interior é a chave para a cura plena da pessoa. Cada dia é um dia de surpresas que o Senhor nos reserva. Podemos confiar e nos abrir sem medo à ação do Espírito Santo.

Foto Ilustrativa: by Getty Images /ozgurdonmaz

A cura interior é a cura da mente e do coração

Como saber se eu preciso de cura interior? Onde eu preciso de cura interior? Questionamentos fundamentais que, nós, sob luz do Espírito Santo, precisamos fazer e buscar o discernimento, o diagnóstico. Se um médico é cuidadoso em fazer um diagnóstico ao seu paciente, quanto mais nós precisaremos ter cuidado com o diagnóstico das nossas emoções e as das pessoas. Precisamos nos abrir ao Espírito Santo, agir em nome de Jesus, agir para o bem, porque Deus trabalha para o bem e para todos aqueles que O amam. Para seguir o exemplo de Jesus, que passou pela Terra fazendo o bem e libertando as pessoas do poder de satanás, é preciso concluir esse trabalho, é preciso ter fé e compaixão.

Passos práticos para responder aos questionamentos: eu preciso de cura interior? Onde eu preciso de cura interior?

1º passo

Saber o que está acontecendo com você. Isso se chama observação. Olhar os sintomas e anotar. Observar tudo: sintomas físicos, doenças físicas que você traz e que se passam com você. Tomar nota de tudo o que acontece no seu corpo. Fazer muitas perguntas a si mesmo, anotar cada detalhe, enfim, tomar nota dos sintomas físicos. É preciso fazer bem feito. Depois de anotar todos os sintomas emocionais, lembre-se de que eles são espelhos do que você vive interiormente (Exemplo: quando você está sozinho, o que você sente?). Ficar atento aos sentimentos.

Além disso, tome nota das atitudes de vida, porque elas refletem o que você vive interiormente. Como você se comporta? (Exemplo: dizer uma mentira é sintoma de um problema muito mais profundo). Não podemos rezar somente pelos sintomas, porque assim a cura não acontece.

2º passo

Descobrir a doença, dar nome ao seu diagnóstico. Orar por cura profunda. Quais são os problemas emocionais profundos?

Rejeição

Como ela vem? Vem quando eu sinto que não sou amado e querido pelas pessoas que me são importantes e próximas. Não é que elas não me amem, eu que me sinto assim. Sentimentos que podem existir: raiva, amargura, tristeza, ódio, inveja dos amigos, suspeita, falta de confiança nas pessoas. Rejeição é a mais importante ferida emocional, a grande dor que Jesus sentiu foi a da rejeição.

Sentimento de Culpa

Ele entrou quando eu fui criado em uma família muito religiosa, onde alguns conceitos são passados de maneira errada. Exemplo: "Papai do Céu vai castigá-lo"; "Papai do Céu está vendo tudo que você está fazendo de errado". A culpa saudável nos leva à conversão, mas a culpa errada nos leva a ter medo de Deus, medo do castigo eterno.

Sentimento de Inferioridade

Quando a criança nasce, ela está cheia de sentimentos de superioridade, porque todos olham para ela, tornando-a centro de tudo; porém, conforme a criança cresce, as pessoas se cansam e ela deixa de ser o centro. Talvez, ainda, ela escute dos pais expressões do tipo: "Como você é ruim, você é mal!". Forma-se nela uma imagem pobre de si mesma, vinda de palavras negativas que chegam a ela. Nasce, com isso, um sentimento de autopiedade, de ódio de si mesma, depois vem a autodestruição, chegando, muitas vezes, ao suicídio.

Medos

Não são os medos pequenos, são os medos grandes que paralisam a pessoa, que a fazem fechar-se nelas mesmas, como o medo da morte, de ficar sozinho, do diabo, do escuro etc.

3º passo

É o mais importante: encontrar as causas profundas pelas quais você tem esses problemas emocionais, as fontes dos problemas profundos das pessoas. Como está escrito no início: não basta rezar pelos sintomas, é preciso rezar pelas causas.


Deus abençoe você!



Vera Lúcia Reis

Missionária na Canção Nova, Vera Lúcia Reis é atualmente a Formadora Geral da Comunidade. Formada em Teologia, a missionária também possui pós-graduação em Gestão Eclesial.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/3-passos-para-saber-se-voce-precisa-de-cura-interior/


8 de fevereiro de 2022

A amizade verdadeira leva você a conhecer a alma do outro


Na amizade, assim como em nossa vida, nós passamos por momentos que nos marcam, nos transformam, nos comovem, nos ensinam e, muitas vezes, nos machucam profundamente.

As pessoas quando entram em nossa vida, entram por alguma razão, algum sentido, e até aquelas que aparentemente nos pareçam não terem nada a nos oferecer, não estão passando por nós apenas por passar.

A amizade verdadeira leva você a conhecer a alma do outro

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

A amizade como um dom de Deus

Deus permite que as pessoas se encontrem e resgatem entre elas alguma coisa. Discutir o que cada um nos trará será perda de tempo, desperdiçando a oportunidade de conhecer a alma dessas pessoas.

Conhecer a alma significa conhecer o que as pessoas sentem, o que elas realmente desejam ou o que elas buscam no mundo, pois só assim poderemos tê-las por inteiro em nossa vida. A amizade é muito importante na vida do ser humano.

Reconhecer-se no outro

Precisamos de amigos para trocar experiências, nos ensinar, nos conduzir, nos alegrar e também para cumprirmos nossa missão na terra. Essas pessoas entram em nossa vida, às vezes, de maneira tão estranha que até nos intrigam. Mas são especiais e têm algo a nos dizer e, mesmo que o momento seja breve, com certeza elas deixarão algo para nós.

Observe a sua vida, comece a recordar todas as pessoas que já passaram por você e o que cada um deixou. Você estará buscando a sua própria identidade, que foi sendo construída aos poucos, de momentos que aconteceram na sua vida e que até hoje interferem em seu caminho.


Aproveite para conquistar uma pessoa a cada dia, dar a ela a sua maior atenção e fazer com que você também seja algo muito importante na vida dessa pessoa.

Equipe Formação Portal Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/amizade/a-amizade-verdadeira-leva-voce-a-conhecer-a-alma-do-outro/


31 de janeiro de 2022

A figura do padrinho na vida da criança


Muito se fala sobre a escolha de madrinha, mas poucos textos nos remetem ao tema da seleção do padrinho. Parece ser uma tarefa fácil, porque normalmente os pais se lembram de alguém conhecido, ou do núcleo familiar ou de
importância na vida socioeconômica da família, entretanto, deve investir tempo em escolher que testemunhe uma vida cristã, vivendo os sacramentos recebidos e estão decidido a assumir um compromisso para a vida inteira do afilhado. Essas, às vezes, são mais características nas mulheres do que nos homens; ea procura se torna maior e, às vezes, mais difícil de encontrar um padrinho.

Outra dificuldade é que alguns pais não conhecem o verdadeiro papel de um padrinho, e este, ao aceitar também o convite, desconhece os compromissos a serem assumidos. Na escolha do batismo de criança, esse padrinho deve se tornar a vida de cristão acompanhando todo o ciclo de vida cristã, ensinando a palavra de Deus e testemunhando a fé professada, auxiliando pais na religiosa da educação.

A figura do padrinho na vida da criança

Foto Ilustrativa: por Getty Images / FG Trade

Qual é o papel do padrinho?

O padrinho de consagração assume rezar e estar junto como Maria . Na triagem do padrinho de crisma, deve ser direcionada a uma pessoa que vai ajudar no amadurecimento da fé do seu afilhado, normalmente o jovem ou adulto participa dessa definição. Na eleição do padrinho de alguém, os noivos devem pensar em casamento de casamento que vai ajudar-los horas de casamentos de armonia e dificuldades que surgem no decorrer do matrimônio. Como pai espiritual vai assumir uma responsabilidade na vida real do – commônio, pais – seja participar como um exemplo vivo, um padrinho cristão verdadeiro que transmite valores morais e.

A Igreja apresenta os pré-requisitos para essa seleção: alguém que aceite exercícios esse encargo; idade a partir de dezasseis anos, católico que tenha recebido os sacramentos e vida em conformidade com a fé; não é passível de punição canônica legalmente imposta ou declarada e que não seja o pai ou a mãe.


Criar um elo com as crianças

Aos paise afilhados cabe a escolha, ao padrinho a reflexão antes de aceitar, se é capaz de assumir essa responsabilidade, auxiliar e substituir os pais se estes virem a faltar. Buscar criar vínculos com o afilhado, os irmãos, ser parceiro e cotidiano dos pais no decorrer das situações, buscar momentos de intimidade para ouvir, brincar e compartilhar sua vivência com Deus. A proximidade vínculo e abertura para desenvolver uma amizade, um elo de confiança e certeza no afilhado de que pode contar com uma pessoa criada que pode contar com uma pessoa criada. Alguns padrinhos focam nos presentes, mas o mais importante é estar presente na rotina e nos dados importantes que maisrem o carinho e o amor que lembram os afilhados. Estar junto dos momentos de conquistas e derrotas, mesmo que seja de forma virtual.

A missão mais importante é lembrar de rezar pelo afilhado sempre, todos os dias, para que possa encontrar a salvação, andar lado a lado oferecendo apoio espiritual.

No mundo atual, poucos querem assumir esses compromissos, é mais fácil testemunhar no dia em que o sacramento será administrado ou convite por não querer acompanhá-los no seu crescimento humano e cristão. Mas quem é chamado para essa responsabilidade exerce um papel valioso e importante na vida de um cristão, pois oferece um apoio e uma inspiração para um modelo de vida cristã. Caso não se sinta capaz, tenha a confiança de reconhecer que não está preparado para assumir tal responsabilidade devido ao seu modelo de vida e sua participação na Igreja. É preferível recusado antes a não cumprir depois com suas obrigações.



Angela Abdo

Mestre em Ciências Contábeis pela Fucape, pós-graduada em Gestão de Pessoas pela FGV, Gestão de Pessoas pela Faesa, graduada em Serviço Social pela Ufes e psicanalista. Consultora e Executiva na área de RH e empresa hospitalar. Foi coordenadora do grupo fundador do Movimento Mães que Oram pelos Filhos da Paróquia São Camilo de Lellis, em Vitória (ES) e do grupo de Amigos da Canção Nova de Vitória. Atualmente, é coordenadora nacional e internacional do Movimento Mães que Oram pelos Filhos. Escritora dos livros "La Salette, o grito de uma Mãe!" (2018), "Superação x Rejeição: Aprendendo a ser livre" (2017), "Ser Mulher À Luz da Bíblia: Porque Deus Pode Tudo!" (2016) e "Mães que Oram pelos Filhos" (2016). Participa do programa "Papo de Mãe que Ora", no canal Mães que Oram pelos Filhos Oficial, e do "Mães que Oram pelos Filhos", na Rádio América.  Autora de livros publicados pela Editora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/figura-padrinho-na-vida-da-crianca/ 


28 de janeiro de 2022

O pecado da gula


Gula é comer além do necessário para se alimentar. Para alguns, o prazer de comer passou a ser um fim em si mesmo, mas isso é um erro. E se frustram quando a refeição não é suculenta e variada.

Escrevendo aos filipenses, São Paulo se refere àqueles cujo "deus é o ventre" (cf. Fl 3,19), isto é, o alimento. Se a Igreja nos aponta a gula como um vício capital, é porque ela gera outros males: preguiça, comodismo, paixões, doenças etc. Podemos comer e beber com moderação e gosto, mas não podemos fazer da comida um meio só de prazer, porque isso desvirtua a alimentação.

O pecado da gula

Foto Ilustrativa: by Getty images / bymuratdeniz

A gula gera em nós outros males, por isso é um pecado capital que precisa ser combatido

Um corpo pesado debilita o espírito. Santo Agostinho dizia que temia não a impureza da comida, mas a do apetite. Ele escreve uma página sábia sobre isso: "Vós me ensinastes a ingerir os alimentos como se tratasse de remédios". Santa Catarina de Sena dizia que "o estômago cheio prejudica a mente". E Santo Ambrósio afirmava: "Aquele que submete o seu próprio corpo e governa sua alma, sem se deixar submergir pelas paixões, é seu próprio senhor: pode ser chamado rei, porque é capaz de reger a sua própria pessoa". E o líder pacifista indiano Gandhi afirmava que "a verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem o rigoroso controle da gula. Todos os demais sentidos estarão, automaticamente, sujeitos ao controle quando a gula estiver sob controle".

Temperança: virtude para combater a gula

A virtude oposta à gula é a temperança: evitar todos os excessos no comer e no beber. Para destruir as raízes da gula é preciso submeter o corpo à mortificação. E esta haverá de ser sob a ação do Espírito Santo, nosso Santificador. São Paulo ensinou aos Gálatas e aos Romanos que somente o Espírito pode destruir em nós as paixões. "Conduzi-vos pelo Espírito Santo e não satisfareis o desejo da carne" (Gl 5,16). "Se viverdes segundo a carne, morrereis, mas se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do corpo, vivereis" (Rm 8,12). A ação poderosa do Espírito Santo, aliada à nossa vontade, vem em auxílio da nossa fraqueza e nos dá a graça de superar os vícios.


Como remédio contra a gula, a Igreja propõe também o jejum; não como um valor em si mesmo, mas como um instrumento para dominar a paixão. Mas Santa Catarina de Sena ensina que a mortificação deve ser feita de acordo com a necessidade e na exata medida das forças pessoais. Visto que não se pode impor a todos a mesma mortificação como uma norma rígida, já que nem todos são iguais.

Não é possível querer levar uma vida pura sem sacrifício. O corpo foi nos dado para servir e não para gozar; o prazer egoísta passa e deixa gosto de morte; o sacrifício gera a vida. Não foi à toa que Cristo jejuou quarenta dias, no deserto da Judeia, antes de enfrentar as ciladas terríveis do tentador, que queria afastá-Lo do caminho traçado por Deus para Ele seguir a fim de salvar a humanidade.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-pecado-da-gula/