15 de novembro de 2021

Sempre alerta: a vigilância do cristão diante de Deus


A Solenidade de Todos os Santos e a Comemoração dos Fiéis falecidos me trouxe à mente a experiência de escoteiro, na infância e adolescência, em tempos de Seminário Menor. Aproveito para reconhecer o valor do escotismo, o Grupo Escoteiro católico conduzido em Icoaraci pela Comunidade Sementes do Verbo, além dos demais grupos desse Movimento que suscita excelentes frutos na sociedade, assim como o Escotismo Católico Brasileiro, cuja coordenação nacional mantém contatos comigo. O escoteiro deve estar sempre pronto para cumprir os seus deveres para com Deus, a Pátria e o Próximo.

Entretanto, justamente a saudação dos escoteiros – Sempre Alerta! – pareceu-me adequada para ilustrar as consequências do Evangelho do Domingo que estamos para celebrar (Mc 13, 24-32). A Igreja nos propõe o tema da vigilância para as semanas finais do Ano Litúrgico. De fato, a Liturgia faz reconhecer o Senhor sempre vivo e atuante na Igreja e é também a lei da vida cristã, pois a fé professada se traduz em virtudes praticadas e coerentes com o que cremos.

O sinal de alerta do cristão é o sinal da Cruz

Os textos da Escrituras em linguagem apocalíptica, segundo sábia orientação da Igreja e a prática dos bons biblistas, nunca sejam lidos "ao pé da letra", mas levados em conta o tempo em que foram redigidos, o contexto cultural, a língua e outros detalhes, a fim de que estes não sejam compreendidos como ameaças às pessoas e eventuais anúncios de vinda iminente do juízo final, que chegará quando aprouver a Deus, pelo que ninguém precisa apavorar-se ou perder sono!

Sempre alerta a vigilância do cristão diante de Deus

Foto Ilustrativa: dangrytsku by GettyImages/ cancaonova.com

A vigilância nos remete ao fato de que Deus é Criador, cuja providência nos conduz e há de ser levada em conta. Primeiro dever é o amor a Deus com todas as forças, o coração e a inteligência. A oração é expressão ao amor a Deus, a ser vivida com simplicidade, humildade e confiança. Vale para a oração litúrgica, cuja maior expressão é a Santa Missa, a leitura orante da Palavra de Deus, as fórmulas, como o Pai-Nosso, ensinado por Jesus. Cumpri-lo significa não andar ao léu pela vida afora.

Vale como sinal iniciar o dia "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", o que significa uma escolha de viver não em nome de nossas decisões egoístas ou, quem sabe, optar por buscar apenas o dinheiro, fechar-se aos interesses do próximo e da comunidade, mas para amar a Deus e os irmãos. E muitas outras vezes, durante o dia, poderemos fazer nosso sinal de alerta, o sinal da Cruz.


Vigilância pede estar atentos às presenças de Deus no dia a dia. Ele está no mais íntimo de nós. Visitar esta presença nos fará encontrar a voz suave e firme do Espírito Santo, e fará bem ouvir aquela voz. Depois, cada próximo encontrado pode ser uma visita àquele que garantiu estar "escondido" e ao mesmo tempo exuberante, de forma que os gestos feitos a ele nos irmãos, até um copo d'água dado por amor, serão lembrados. Quando as pessoas se reúnem, ou numa família unida para uma festa ou um passeio, também a vida cotidiana junto com os outros expressa a presença do Senhor. É vigilância nossa certeza de que onde dois ou mais estão reunidos em seu nome, ali está ele (Cf. Mt 18, 20).

Como se não bastasse, aos seus apóstolos garantiu que quem os ouvisse encontraria sua própria voz e presença (Cf. Lc 10, 16), e estes continuam sua missão através de seus sucessores, o Papa e os Bispos. E vivemos num tempo privilegiado, no qual a palavra e o ensinamento diário nos chegam cotidianamente com incrível rapidez. No Evangelho (Cf. Mc 13, 14-32), o Senhor nos alerta para os sinais dos tempos, diante dos quais devemos tomar decisões, também com a certeza de que suas palavras, que são de vida eterna, não passarão. As atitudes do cristão, diante do Evangelho, serão sempre de sadio otimismo, identificando nos fatos os apelos do Senhor, sempre resumidos no amor a Deus e ao próximo.

Vigiai a vinda do Senhor

Com a certeza de que Jesus Cristo é o mesmo, ontem e sempre, podemos sim, cantar com serenidade a música de Antônio Carlos Santini e gravada de forma magnífica e ungida por Monsenhor Jonas Abib: "Vigia, esperando a aurora, qual noiva esperando o amor, é assim que o servo espera a vinda do seu Senhor. Ao longe, um galo vai cantar seu canto; o Sol, no céu, vai estender seu manto; na madrugada, eu estarei desperto que já vem perto o dia do Senhor. Vigia esperando a aurora, qual noiva esperando o amor, é assim que o servo espera a vinda do seu Senhor. A minha voz vai acordar meu povo, louvando a Deus que faz um mundo novo, não vou ligar se a madrugada é fria, que um novo dia logo vai chegar.

Vigia esperando a aurora, qual noiva esperando o amor, é assim que o servo espera a vinda do seu Senhor. Se é noite escura, acendo a minha tocha, dentro do peito o Sol já desabrocha. Filho da luz, não vou dormir: Vigio! Ao mundo frio vou levar o amor! Vigia, esperando a aurora, qual noiva esperando o amor. É assim que o servo espera a vinda do seu Senhor."

E em cada Eucaristia, presença maior e certa da presença do Senhor, aclamaremos felizes: "Anunciamos, Senhor, a vossa Morte e proclamamos a vossa Ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!". Na comunhão podemos dizer "Amém" ao receber o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo! Nele e com Ele já estamos no final dos tempos, no tempo completo, o tempo, desde que Ele veio!



Dom Alberto Taveira Corrêa

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/liturgia/ano-liturgico/sempre-alerta-a-vigilancia-do-cristao-diante-de-deus/


12 de novembro de 2021

Conheça as três palavras-chave da vida em família


Com licença, obrigado e desculpe-me: três palavras-chave da vida em família. Por sua simplicidade, elas podem despertar risadas em quem as ouve, mas, quando esquecidas, as consequências não são nada boas. A correria do dia a dia despreza essas palavras; daí, já percebemos para onde a sociedade tem caminhado. Atento aos novos desafios, o Papa Francisco prepara a Igreja para o Sínodo dos Bispos, que discutirá a missão e a vocação da família no mundo atual.

Alegria, unidade, doação, paciência, crescimento… Muitas são as palavras que podem definir a convivência familiar. Porém, uma estudante universitária, ao ser provocada a encontrar palavras que expressassem o que representa a família, disparou que "confusão" era o melhor sinônimo. Realmente, podemos dizer que a família é uma espécie de espelho da vida. "A família é bela, porque não é harmoniosa", escreveu o inglês Gilbert Keith Chesterton, conhecido como G. K. Chesterton. De acordo com esse escritor cristão, a sanidade familiar resulta das discrepâncias e diversidades próprias que enfrenta. Diante de tantos desafios impostos por novos modelos à família cristã, torna-se cada vez mais necessária a promoção do protótipo de família formado por pai, mãe e filhos.

Conheça as três palavras-chave da vida em família

Foto Ilustrativa: Larissa Ferreira/cancaonova.com

A vida em família é bela e é uma espécie de espelho da vida

Em 10 de dezembro de 2014, o Santo Padre apresentou o ciclo de Catequeses sobre a família e explicou como aconteceu o Sínodo intitulado "Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização" e os frutos que produziu. O Papa direcionou sua explicação aos profissionais da comunicação que buscaram noticiar o Sínodo, porém, talvez por não estarem acostumados com coberturas de notícias religiosas, muitos jornalistas abordaram o assunto com um viés político ou esportivo, sugerindo que, na Igreja, há partidos ou times rivais. "Falava-se, muitas vezes, de dois times: prós e contras, conservadores e progressistas etc", afirmou Francisco.

Com seu jeito bem próprio, Papa Francisco desenvolveu as catequeses de maneira muita espontânea e sem medo de fazer esclarecimentos. Disse que pediu aos padres sinodais (assim são chamados os bispos e cardeais convocados para participar do Sínodo) para falarem de maneira franca, corajosa e humildade o que pensavam. Como bom jesuíta, Jorge Bergoglio tem um dom de discernimento apurado. Sabe que, "quando se procura a vontade de Deus (…), há diversos pontos de vista e discussão, e isso não é uma coisa ruim!". Mas se há uma coisa que o Papa teme é censurar os outros, isso para ele não tem cabimento. "Seria uma coisa ruim a censura prévia. Não, não. Cada um deveria dizer aquilo que pensa", afirmou.


Censura prévia

No confronto, permaneceu e fortaleceu-se na convicção de verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio, como indissolubilidade, unidade, fidelidade e abertura à vida. "Esse foi o desenvolvimento da assembleia sinodal. Alguns de vocês podem me perguntar: 'Os padres brigaram?'. Não sei se brigaram, mas que falaram forte, sim, é verdade. E essa é a liberdade, é justamente a liberdade que há na Igreja. Tudo aconteceu "cum Petro et sub Petro", isso é, com a presença do Papa, que é garantia para todos de liberdade e de confiança, garantia da ortodoxia. E, no fim, com a minha intervenção, dei uma leitura sintética da experiência sinodal".

Sínodo é uma palavra grega que significa "fazer juntos o caminho" ou "caminhar juntos". O Papa Francisco completou dizendo que o Sínodo é um espaço onde o Espírito Santo tem liberdade de agir. "Devemos saber que o Sínodo não é um parlamento, vem o representante desta Igreja, daquela Igreja, de outra Igreja… Não, não é isso. Vem o representante, sim, mas a estrutura não é parlamentar, é totalmente diferente". No Sínodo, os bispos têm a oportunidade de confrontar ideias para o bem das famílias, da Igreja e da sociedade.

O amor é a nossa missão

A Sagrada Família nos inspire para que, com nosso testemunho, possamos contribuir com a Instituição Familiar, que possa ser colocada no lugar correto: no nosso coração, na nossa casa e também na nossa convivência civil. O ambiente familiar é muito rico e constitui uma vocação para o ser humano, mas também um grande desafio.

 



Rodrigo Luiz dos Santos

Missionário na Canção Nova, Rodrigo é, atualmente, responsável de missão da Canção Nova em São Paulo (SP). Apresentador da TV Canção Nova, estudou Filosofia e formou-se em Jornalismo pela Faculdade Canção Nova. É casado com Adelita Stoebel, também missionária na mesma comunidade. Autor de livros publicados pela Editora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/conheca-as-tres-palavras-chave-da-vida-em-familia/


10 de novembro de 2021

Tecnologia sem limites: os riscos para jovens e crianças


A cena se repete em todas as famílias: filhos, sobrinhos ou netos com um aparelho de celular nas mãos, conectados à internet, assistindo a vídeos ou jogando games. Acontece com pessoas próximas a mim e com certeza a você também. A tecnologia está presente em nossas vidas de uma forma ou de outra, e os celulares são nossas extensões. O hábito dos adultos é transferido para os mais novos num simples tocar de telas. Experimente ficar um dia sem se conectar a um smartphone… Praticamente impossível. A grande questão é o quanto das nossas horas gastamos conectados e como isso pode ser prejudicial aos que possuem pouca idade.

De quem é o lucro do uso da tecnologia?

Se por um lado temos uma procura por acessos, novidades, vídeos e comentários; na outra ponta temos as empresas de tecnologia cegas por lucros, preocupadas em gerar engajamentos e tráfego nas redes, pouco se importando com as consequências da saúde mental de seus usuários.

Tecnologia sem limites os riscos para jovens e crianças

Foto Ilustrativa: DisobeyArt by GettyImages/ cancaonova.com

O Brasil tem 152 milhões de pessoas conectadas à Internet, o que corresponde a 81% da população do país com 10 anos ou mais. A estimativa é da pesquisa TIC Domicílios 2020, promovida pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) divulgada em agosto deste ano.


A palavra não é nova: NOMOFOBIA. Segundo a Academia Brasileira de Letras, significa "Medo patológico de ficar sem acesso ao telefone celular (internet, redes sociais, aplicativos contatos, fotos e funções em geral) ou dispositivos eletrônicos semelhantes, como o computador ou o tablet". Desconectar-se passou a ser algo difícil para as pessoas, pode representar a perda de um trabalho, de um compromisso importante, de uma informação familiar entre outros motivos.

Atenção com os jovens

Com os jovens a situação é ainda mais alarmante. A dependência das redes sociais tem causado depressão, suicídio, ansiedade, alteração do padrão do sono, falta de aceitação com a própria imagem. A busca desenfreada por curtidas e compartilhamentos, a dificuldade em lidar com as críticas, ataques e comentários raivosos levam os jovens aos extremos de seus comportamentos. Como os pais podem ajudar?

O uso não é tido como totalmente prejudicial por parte dos especialistas. O que implica dependência é o exagero, a falta de restrições e monitoramento do adulto. Controlar a quantidade de horas de acessos ajuda a impor limites. Conectar-se todo dia é permitido, mas não o dia todo! Se este tema ainda é um desafio na sua família, pense que ainda dá tempo de mudar a rota e fazer diferente, tentando deixar as telas de lado e aproveitar o que há de melhor junto daqueles que amamos. Pense nisso!



Ioná Piva

Atualmente é professora da Faculdade Canção Nova (Jornalismo e Rádio e Televisão). Mestre  em Comunicação Social pela  linha de pesquisa  Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/tecnologia/tecnologia-sem-limites-os-riscos-para-jovens-e-criancas/


8 de novembro de 2021

Aprenda a alcançar a cura da sua árvore genealógica


Amados irmãos e irmãs, quero refletir, neste artigo, sobre os caminhos para encontrarmos a cura de todas as maldições e doenças hereditárias que trazemos na nossa vida. A Palavra de Deus nos diz, no Antigo Testamento, que carregamos a maldição da primeira, segunda, terceira e até a quarta geração da nossa árvore genealógica. Se essas maldições não forem quebradas, carregaremos esses males por muitos e muitos anos, até que se tome um levante profético sobre aquele mal, para que a fonte dele seja destruída.

Passo a passo para atingir a cura da árvore genealógica

Encontramos muitas ações na Bíblia que nos explicam, mas quero, de uma maneira simples, traçar alguns pontos que nos levam a encontrar a cura de todas as doenças hereditárias.

Seja capaz de perdoar

O primeiro passo é perdoarmos as pessoas da nossa árvore genealógica, fazer com que elas também tenham direito à misericórdia, a fim de que também possam estar no paraíso. Devemos perdoar aqueles que praticaram o mal e dizer todos os dias: "Eu perdoo e abençoo todos aqueles que, de alguma forma, prejudicaram ou talvez tenham lançado alguma maldição contra minha linhagem familiar".

Aprenda a alcançar a cura da sua árvore genealógica

Foto Ilustrativa: Lokibaho by GettyImages/ cancaonova.com

Peçamos ao Senhor essa graça e renunciemos a todo rancor, mágoa, ressentimento e ódio que estejam instalados na sua árvore genealógica, tornando-se uma fonte de doença. Devemos perdoar todos os nossos ancestrais, mas precisamos fazer isso de coração e com a alma.

Após vivermos esse sentimento de perdão, já começamos a ver os sinais da cura dessas doenças hereditárias.

Renuncie ao mal

Nós precisamos dar um segundo passo, que é o desagravo a Santíssima Trindade. Geralmente, em um pacto ou consagração feita a demônios, são repetidas três vezes palavras para ofender o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Devemos renunciar a todo mal presente em nossa vida e na nossa árvore genealógica, assumindo a nossa posição de batizado.

Elevemos nossa mão direita e, em nome de Jesus, ordenemos que sejam quebradas todas as maldições de doenças, destruições de morte e falência, amarração, divisão ou de qualquer outro mal que estejam presentes na sua vida e família. Peçamos ao Senhor para quebrar essas maldições feitas, em nome de demônios, para prejudicar o meu relacionamento com Deus Pai, Filho e Espírito Santo, por isso precisamos estar próximos de Jesus para receber a cura.

Não nos esqueçamos de agradecer a Jesus pela Sua paz e pelo Seu amor, pois, nesse ato de fé, reparamos toda a ação do mal que causa essas doenças hereditárias, portanto, aprendamos a manifestar nosso amor a Deus Pai, porque nós somos filhos d'Ele. Jesus Cristo é o nosso Senhor, e o Espírito Santo é a nossa luz.

Ore pela cura

Precisamos pedir, em nome de Jesus, a cura de todas as enfermidades. Façamos uma oração simples, pedindo a Jesus que nos conceda essa cura pelos nossos antepassados que não acreditavam em Deus e pela falta de conversão destes, pela falta de vontade de viver a verdade da fé, a dureza do coração, os padrões errados de comportamento e toda moralidade deturpada, quebrando todos males presentes na nossa vida.

"Senhor, eu peço a cura da minha vida, família e árvore genealógica. Cura, bondoso Senhor, todas as doenças do corpo, os problemas hormonais, digestivos, os problemas no sangue, nas células e todas espécie de câncer, toda central de distribuição de células cancerígenas herdadas pelos antepassados, minha genética e corrente sanguínea. Que todo mal físico seja destruído. A diabetes, o cérebro, a corrente sanguínea, os problemas dos ossos e cardíacos. Senhor, cure todo mal psicológico, afetivo, emocional, mental e esquizofrenia que possa estar na minha família, na minha árvore genealógica e os que vieram de maldições."

Seja batizado no Espírito Santo

O caminho é pedirmos o batismo no Espírito Santo, porque sem ele ficamos expostos ao mal. O demônio nos ataca para ferir o coração de Deus, portanto, precisamos pedir o batismo no Espírito Santo. Façamos a experiência de dizer todos os dias: "Bom dia, Espírito Santo! O que vamos fazer juntos hoje?

O batismo no Espírito Santo significa renascimento, ou seja, não mais da carne, mas agora do Espírito de Deus. Peçamos para o Senhor vir, porque, em Sua presença ninguém poderá desfazer essa consagração. Não podemos buscar a cura somente para nós, mas também para aqueles que amamos e que estão mais próximos de nós. Quem são essas pessoas? É a nossa família. Então, temos de pedir essa graça e consagrar a nossa vida e família todos os dias ao Senhor e dizer: "Eu e toda minha casa queremos servir ao Senhor, nosso único Deus".

Louve a Deus

Para que haja a cura interior, precisamos que haja um louvor ao Senhor. Quando nós blasfemamos, murmuramos e ficamos proclamando palavras negativas, estamos louvando o inferno e a ação do mal na nossa vida. Retiremos as palavras negativas da nossa vida, porque esse caminho é tão importante quanto aos outros, para que haja a cura. É no louvor a Deus que Ele habita, age, cura e liberta. Portanto, se nós não proclamarmos este louvor, nós não obteremos a cura.

 


Ironi Spuldaro

Ironi Spuldaro é Membro do CAE (Comissão de Ação Evangelizadora) da diocese de Guarapuava. Membro do conselho diocesano, estadual e nacional da RCC (Renovação Carismática Católica) movimento do qual participa desde 1987. Ironi exerce o ministério de pregação em todo o Brasil e em outros países, como Argentina, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Itália, Coréia do Sul, Inglaterra e Suiça. Fundador da Missão Há Poder de Deus, escritor e apresentador do Programa Há Poder de Deus.

Site: www.ironispuldaro.com.br


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/aprenda-a-alcancar-a-cura-da-sua-arvore-genealogica/


5 de novembro de 2021

O celular pode desconectar o meu relacionamento?


– Amor, você ouviu o que eu disse?
– Anh?
– O que você acha sobre isso?
– Uhun…
– Uhun o que, amor? Você entendeu?
– Peraí amor, só preciso responder umas mensagens aqui.

WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat são parte das inúmeras ferramentas que possibilitam encontros virtuais entre as pessoas por meio do celular. Elas facilitam muito a vida, são usadas até no trabalho, atualizam-nos sobre o cotidiano de quem não vemos todo dia, reaproxima quem passou pela nossa infância, quem tem as mesmas necessidades que nós, enfim, muitas possibilidades de relação aparecem nessa vida conectada. Contudo, em que medida temos nos refugiado nessas conexões virtuais e nos desligado das pessoas que convivem conosco?

A realidade sem wi-fi nem sempre é tão maravilhosa e deslumbrante como as pessoas postam freneticamente nessas mídias sociais virtuais, mas é a realidade na qual se vive e é onde Deus nos plantou para que florescêssemos. E não é justo que nós negligenciemos nossos relacionamentos com quem está ao nosso lado, à espera da resposta no "zapzap", do comentário naquela foto ou forjando um cenário para o próximo selfie.

Você vive no mundo "real" ou "virtual"?

Quer estragar um momento romântico, divertido e espontâneo? Pare tudo o que está fazendo e prepare a cena para a foto, montada para que apareçam no melhor ângulo. E repita isso várias vezes, a cada paisagem. Lá se foram minutos preciosos da viagem, do almoço e do passeio. Do que a gente estava falando mesmo? Nem importa, afinal, a foto já teve dezenas de curtidas! Ou ignore completamente quem está à sua volta, porque, afinal, você precisa se manifestar, agora, na internet, sobre esse tema que está todo mundo comentando, e comentar também, nem que seja um KKKKK, mesmo que discorde da situação, só para se mostrar engajado.

O-celular-pode-desconectar-o-meu-relacionamento

Foto Ilustrativa: Obradovic by Getty Images/ cancaonova.com

Eu não sou contra tecnologia, de jeito nenhum, sou casada com um esposo que trabalha nessa área, e lá em casa a gente está em todas essas redes e muito mais, mas me preocupa a dose diária de virtualidade que a vida vem adquirindo. Quando se percebe, é muito natural deixar as pessoas falando sozinhas enquanto você fita a tela do celular. "Desculpa! Pode repetir? Eu não estava prestando atenção…".


Será que não estamos preterindo quem está ao nosso lado em busca de um ativismo virtual? Há famílias na qual todos os membros se comunicam pelo WhatsApp. Bacana, desde que isso não substitua a convivência fraterna dessas pessoas, o carinho mútuo, o amor, o afeto, o cuidado e também o compartilhamento, ao vivo, de tristezas, dores e dificuldades. Para provocar uma guerra, basta esquecer o carregador do celular.

Minha gente, vivemos bem sem isso, não é? Não precisamos nos fazer escravos do mundo conectado!

Fique um tempo sem celular

Eu já fiz um teste e recomendo: passe um dia completamente desconectado. Inicialmente, parecerá uma tortura, mas, ao fim do dia, você perceberá o quanto pôde cuidar das pessoas e das situações que estavam ao seu lado no dia a dia. Depois, teste ficar dois ou três dias, talvez até uma semana, longe das redes virtuais. Você verá como seu tempo foi empregado em observar e agir na realidade mais próxima a você.

Ao dar um tempo nesse ambiente conectado, você voltará a ele com mais senso crítico, menos afetado pelas opiniões extremadas, e poderá dosar mais o seu tempo on-line, para que tenha também tempo de qualidade desconectado. Já percebeu como os nossos sentimentos ficam mais aflorados e acalorados na internet? Nós nos sentimos até mais corajosos para nos manifestar, dizer o que bem queremos e entender os demais a nossa maneira, levando tudo ao pé da letra e a ferro e fogo, combatendo as opiniões contrárias como se estivéssemos em guerra, como se não houvesse amanhã e, muitas vezes, magoando quem está dentro e fora do mundo virtual.

Estar on-line não é problema, o problema é o exagero que nos faz escravos da conexão virtual, negligenciando nossos relacionamentos.

Se estiver difícil vencer essa escravidão em casa, desligue a internet e pratique a frase que um restaurante divulgou bastante nas redes sociais: "Não temos wi-fi. Conversem entre vocês".


Mariella Silva de Oliveira Costa

Além de professora, pesquisadora e jornalista, é Doutora com pós-doutorado em Saúde Coletiva (UnB), Mestra em Tocoginecologia (Unicamp), especialista em Jornalismo Científico (Unicamp) e graduada em Comunicação Social (UFV). Servidora pública federal e idealizadora de muitasmarias.com
Instagram : @marielladeoliveiracostawww.youtube.com/mariellaoficial


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/o-celular-pode-desconectar-o-meu-relacionamento/


3 de novembro de 2021

É conveniente para um cristão consultar horóscopo?


A astrologia pretende definir a vida humana a partir da posição ocupada pelos astros no dia do nascimento da pessoa. A astrologia e o horóscopo são cultivados desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C. Nessa época, os estudiosos pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em geral.

É conveniente para um cristão consultar horóscopo?

Foto ilustrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

O cristão pode consultar horóscopo?

Segundo o grande mestre D. Estevão Bettencourt, tal "ciência" é falsa por diversos motivos:

1 – Baseia-se na cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas, entre os quais é enumerado o Sol;
2 – A existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal;
3 – Os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhece-se interferências deles no espaço que outrora se ignorava. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição no espaço. Por que, então, a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?;
4 – A astrologia incute uma mentalidade fatalista e alienante, que deve ser combatida, pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem. Registram-se erros flagrantes de astrólogos. (Revista PR, Nº 266 – Ano 1983 – Pág. 49).

O que dizem os estudos

Uma pesquisa realizada nos EUA mostra que seguir os horóscopos "pode fazer mal à saúde mental". O estudo foi publicado na revista "Journal of Consumer Research" e descobriu que pessoas que leem o horóscopo diariamente são mais propensas a um comportamento impulsivo ou a serem mais tolerantes com seus "desvios" quando a previsão do zodíaco é negativa. Cientistas das universidades Johns Hopkins e da Carolina do Norte recrutaram 188 indivíduos, que leram um horóscopo desfavorável.

Os resultados mostraram que para as pessoas que acreditam que podem mudar o seu destino, um horóscopo desfavorável aumentou a probabilidade delas caírem em alguma "tentação". "Acreditava-se que, para uma pessoa que julga poder mudar o seu destino, o horóscopo deveria fazê-la tentar modificar alguma coisa em seu futuro", disseram os autores da pesquisa. No entanto, viu-se o oposto: aqueles que acreditam no horóscopo, quando veem que a previsão é negativa, acabam cedendo às suas "tentações", levando-os a um comportamento impulsivo e, eventualmente, irresponsável.
(Fonte: O Globo)

Prova do erro

Uma prova do erro da astrologia é a desigualdade de sortes de crianças nascidas no mesmo lugar e no mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Veja, por exemplo, o caso de Esaú e Jacó (Gen 25). Se os astros regem a vida dos homens, como não a regem uniformemente nos casos citados? Quem conhece os gêmeos sabem muito bem disso.

Santo Agostinho, já no século IV, combatia veementemente as superstições e a astrologia. No seu livro 'A doutrina cristã' escreve: "Todo homem livre vai consultar os tais astrólogos, paga-lhes para sair escravo de Marte, de Vênus ou quiçá de outros astros".


O cristão deve repudiar

Querer predizer os costumes, os atos e os eventos baseando-se sobre esse tipo de observação é grande erro e desvario. O cristão deve repudiar e fugir completamente das artes dessa superstição malsã e nociva, baseada sobre maléfico acordo entre homens e demônios. Essas artes não são notoriamente instituídas para o amor de Deus e do próximo; fundamentam-se no desejo privado dos bens temporais e arruínam assim o coração.

Em doutrinas desse gênero, portanto, deve-se temer e evitar a sociedade com os demônios que, juntamente com seu príncipe, o diabo, não buscam outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus."

"Os astrólogos dizem: a causa inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são os responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as culpas ao Criador, àquele que rege os céus e os astros" (Confissões I, IV, c. 3).

Cuidado para não prestar culto que não seja a Deus

"Um astrólogo não pode ter o privilégio de se enganar sempre", dizia o sarcástico Voltaire.

"O interesse pelo horóscopo como também por Tarô, I Ching, Numerologia, Cabala, jogo de búzios, cartas etc. é alimentado por mentalidade que se pode dizer "mágica". Quem se entrega à prática de tais processos de adivinhação, de certo modo, acredita estar subordinado às forças cegas e misteriosas; o cliente de tais instâncias se amedronta e dobra diante de poderes fictícios, o que não é cristão." (D. Estevão)

São Tomás de Aquino, em sua obra "Exposição do Credo", afirma que o demônio quer ser adorado, por isso, se esconde atrás dos ídolos. E São Paulo diz que "as coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam aos demônios e não a Deus" (1 Cor 10,21). Então, é preciso cuidado para não prestar um culto que não seja a Deus.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/e-conveniente-para-um-cristao-consultar-horoscopo/


1 de novembro de 2021

Você sabe o segredo para superar os traumas da morte?


Diante do mistério da morte, especialmente a partir da dor da perda de um ente querido, sempre vem à tona o questionamento acerca da vontade de Deus. O argumento é muito simples: se tudo que acontece é com o consentimento de Deus, por que Ele não impede a morte de alguém? Se até nosso cabelo está contado, se, na oração do Pai-Nosso, aprendemos a rezar: "Seja feita a Vossa vontade", por que a morte não é a vontade de Deus? Por que Ele não protege um filho cuja mãe reza tanto por sua proteção, mesmo sabendo da imprudência dele? Se Deus é tão bom, por que não impede a morte de uma pessoa? Por que permite o sofrimento? É pecado revoltar-se contra Deus?

Tente responder, serenamente, a cada uma dessas perguntas. Esse é um segredo para a cura dos traumas de morte. A própria notícia a respeito do falecimento de alguém pode ser uma fonte permanente de traumas, além das dificuldades relacionadas com a morte: solidão, saudade, aceitação, sentimento de perda, ausência, medo de morrer, sofrimento.

Muitas vezes, pela dor da perda e pela dificuldade de aceitação, a pessoa cria mecanismos psicológicos como tentativa de defesa. Conforme a intensidade da relação com o falecido, chega-se a sentir, quase que fisicamente, a presença da pessoa. Na verdade, isso é uma projeção do inconsciente. A pessoa morta jamais entrará em contato com o mundo dos vivos. A morte cria-lhe uma barreira eterna. A única comunhão possível é da parte dos vivos.

Você sabe o segredo para superar os traumas da morte

Texto Ilustrativa: by Getty Images / PeopleImages / cancaonova.com

Devemos rezar pelos mortos

Sentir a presença de quem já morreu é uma tentativa do inconsciente de amenizar a dor da perda e, também, de resolver problemas que não foram resolvidos em vida. Essa sensação é infantil e muito perigosa, já que ajuda a criar falsas doutrinas sobre a morte e sobre a vida eterna.

Só existe uma coisa que podemos fazer pelos nossos falecidos: oração! E essa pode ser pessoal, comunitária, litúrgica, na igreja ou no cemitério. Fora isso, qualquer coisa que se fale é "inspiração encardida", que precisa ser eliminada. A oração ajuda os vivos e os mortos. A certeza da vida eterna nos torna mais responsáveis pela consequência de todos os nossos atos. A fruta caída do pé da árvore morre, mas deixa sua semente. Assim acontece conosco.


A sociedade capitalista do Ocidente tenta negar não só a morte, mas tudo que possa lembrar nossa situação de finitude e fraqueza. A ideia falsa da eterna juventude, os ideais dos progressos científicos, a acumulação dos bens e o apelo ao consumismo são tentativas de negar o que todo mundo sabe. O presente perpétuo e imediato é sonho estragado que nasce no coração de todos aqueles que não assumem a morte como uma amiga, que nos revela quem verdadeiramente somos. Conforme se vive, morre-se.

Segundo a fé cristã, a morte não é o fim, e sim o novo começo; é o encontro definitivo com Deus e a entrada numa dimensão plena junto a Ele. O cristão jamais pode falar de morte sem falar em ressurreição. Todos seremos ressuscitados por Deus, do mesmo jeito como Ele ressuscitou Jesus.

Texto extraído do livro: Cura dos Traumas da Morte

Padre Léo, scj


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/voce-sabe-o-segredo-para-superar-os-traumas-da-morte/