7 de agosto de 2020

Por que o "Evangelho de Judas" não faz parte da Bíblia?


A toda hora, surgem notícias sobre os evangelhos apócrifos. A tradução do Evangelho de Judas, que na verdade já era conhecido de Santo Irineu, por volta do ano 180, nada traz de novo para a Igreja.

Excluídos da Bíblia

Os apócrifos são livros do Antigo e do Novo Testamento que a Igreja rejeitou por não serem inspirados pelo Espírito Santo, e assim não os colocou na Bíblia. A Igreja definiu o cânon da Bíblia (índice) desde o ano 200 com o Cânon de Muratori e outros concílios como o de Cartago III e IV.

Foto Ilustrativa: by Getty / Sergio Yoneda

 

Os apócrifos foram excluídos da Bíblia por serem fantasiosos sobre a pessoa de Jesus e outros personagens bíblicos, ou por possuírem heresias, especialmente os evangelhos gnósticos. Esses foram encontrados numa caverna da cidade egípcia de Nag Hammadi em 1945. Alguns levam os nomes dos apóstolos e outros personagens bíblicos, mas não foram escritos por eles.

Livros apócrifos no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, temos os seguintes apócrifos: Jubileus; A Vida de Adão e Eva; 1 Henoque; 2 Henoque; Apocalipse de Abraão; Testamento de Abraão; Testamento de Isaac; Testamento de Jacó; Escada de Jacó; José e Asenet; Testamento dos Doze Patriarcas; Assunção de Moisés; Testamento de Jó; Salmos de Salomão; Odes de Salomão; Testamento de Salomão; Apocalipse de Elias; Ascensão de Isaías; Paralipômenos de Jeremias; Apocalipse Siríaco de Baruc; Apocalipse de Sofonias; Apocalipse de Esdras; Apocalipse de Sedrac; 3 Esdras; 4 Esdras; Sibilinos; Pseudo-Filon; 3 Macabeus; 4 Macabeus; Salmos 151-155; Oração de Manasses; Carta de Aristeu; As Dezoito Bênçãos; Ahigar; Vida dos Profetas; Recabitas.

Livros apócrifos no Novo Testamento

Os apócrifos do Novo Testamento são: Evangelho segundo os Hebreus (gnóstico) – fim do séc I.; Proto-Evangelho de Tiago (História do nascimento de Maria); Evangelho do Pseudo Tomé; O Evangelho de Pedro (gnóstico) – meados do séc II.; O Evangelho de Nicodemos; Evangelho dos Ebionitas ou dos Doze Apóstolos – meados do séc II; Evangelho segundo os Egípcios – meados do séc II; Evangelho de André – séc II/III; Evangelho de Filipe – séc II/III; Evangelho de Bartolomeu – séc II/III; Evangelho de Barnabé – séc II/III; O Evangelho de Judas (gnóstico).

Outros Assuntos: O drama de Pilatos; A morte e Assunção de Maria; A Paixão de Jesus; Descida de Jesus aos Infernos; Declaração de José de Arimateia; História de José o carpinteiro. Atos: Atos de Pedro; Atos de Paulo; Atos de André; Atos de João; Atos de Tomé; Atos de Felipe; Atos de Tadeu. Epístolas: Epístolas de Barnabé; Terceira Epístola aos Coríntios – séc II dC; Epístola aos Laodicenses – fim do séc II dC; Carta dos Apóstolos – 180 dC; Correspondência entre Sêneca e São Paulo – séc IV dC. Apocalipses: Apocalipse de Pedro – meados do século II; Apocalipse de Paulo – 380 dC; Sibila Cristã – século III.


Isso mostra que a Igreja foi muito criteriosa na seleção dos livros que formariam a Bíblia, isto é, revelados, Palavra de Deus. Por meio de sua tradição, interpretada pelo Magistério, a Igreja nos deu a Bíblia como a temos hoje. Portanto, sem a autoridade da Igreja ela não pode ser interpretada, pois não existiria a Bíblia como a temos hoje.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/biblia/estudo-biblico/por-que-o-evangelho-de-judas-nao-faz-parte-da-biblia/

5 de agosto de 2020

É preciso mudar de vida

São João Maria Vianney, o cura D'Ars, tinha um carisma muito especial no Sacramento da Confissão; ele era um grande confessor.

Conta-se que: uma senhora, que se confessava com ele, todas as vezes dizia o mesmo pecado: falava mal das pessoas. Ele a aconselhava, lhe dava penitência e absolvição. Mas como ela voltou a confessar tantas vezes o mesmo pecado, um dia, ele lhe deu uma penitência especial: "Hoje, a senhora pegará uma galinha viva e sairá pela cidade depenando-a e jogando as penas pela cidade".

A mulher ficou envergonhada, mas como era penitência, fez o que o padre lhe pediu. Todos acharam muito estranha a atitude dela, andando pela cidade e depenando a galinha, muitos pensaram que ela havia enlouquecido.

Foto Ilustrativa: by Getty Images / martin-dm

Depois que terminou, ela voltou à casa de São João Maria Vianney e mostrou-lhe a galinha depenada. Ele, então, lhe disse: "Ótimo, a senhora fez a primeira parte da penitência. A segunda é a seguinte: volte e reúna todas as penas".

Para mudar de vida, é preciso mudar as atitudes

É impossível juntar as penas! E ainda mais recolocá-las. Depois que você falou mal de alguém, e até o difamou, não dá mais para reconstruir a imagem dessa pessoa. Mesmo que o irmão tenha errado, ele é "santo" porque pertence ao Senhor, foi Ele quem o escolheu. Santo quer dizer "escolhido". Não duvide: o Senhor escolheu um por um dos nossos irmãos. Eles são santos, são intocáveis; não pertencem a nós: pertencem ao Senhor. Não somos seus juízes: o juiz deles é unicamente o Senhor. A nós cabe somente a misericórdia. Jesus os resgatou ao preço do sangue d'Ele.

O Espírito Santo é perdão

Depois que você "jogou pelos ares" a eleição do irmão, não dá mais para ajuntar as "penas". Temos, infelizmente, agido dessa maneira na Igreja, na comunidade, em nosso grupo de oração. Esse, porém, não é o procedimento coerente de pessoas que têm o Espírito Santo, que receberam os dons e foram batizadas n'Ele.

É preciso mudar de vida. Não pode se dizer batizado no Espírito quem procede assim, porque o Espírito Santo de Deus é amor. Ele é misericórdia e perdão.

Todos nós temos falhas e defeitos; mas não se pode jogar no lixo a honra, o nome, o chamado, a eleição e a escolha do irmão. Não se pode fixar o olhar somente nos erros e defeitos dele. Ainda mais quando esse irmão é nosso companheiro de caminhada, companheiro de batalha. Estamos no mesmo combate; na mesma "tropa de elite"… E não estamos prontos. Todos estamos em fase de "treinamento". O Senhor está nos "adestrando" para sermos seus valentes guerreiros.


Temos de mudar nossa vida para que possamos dar à Igreja a contribuição de que ela precisa. (…) "Não tenhais nenhuma dívida para com quem quer que seja, a não ser a de vos amardes uns aos outros; pois aquele que ama o seu próximo cumpriu plenamente a lei" (Rm 13:8).



Mons. Jonas Abib

Fundador da Comunidade Canção Nova e Presidente da Fundação João Paulo II. É autor de diversos livros, milhares de palestras em audio e vídeo, viajando o Brasil e o mundo em encontros de evangelização. Acesse: http://www.padrejonas.com


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/e-preciso-mudar-de-vida/

3 de agosto de 2020

Temos muitas diferenças e está tudo bem!

É bastante comum, numa conversa entre namorados, noivos ou casados, que o tema das diferenças entre em cena. Via de regra, alguém diz, referindo-se ao seu parceiro: "Nós somos muito diferentes, você nem imagina!" A verdade é que imaginamos sim. Todos nós, casados, noivos ou namorados, sabemos bem o quanto somos diferentes da pessoa que escolhemos para viver até o fim da nossa vida. O que ocorre é que muitos casais, especialmente namorados, prestam atenção apenas a uma dimensão da diferença, aquela que mais chama a atenção no exterior: o  temperamento. "Nossa, fulano e eu somos muito diferentes! Eu sou totalmente sanguínea, ele é melancólico. É um desafio, mas a gente acaba se entendendo." Os temperamentos, contudo, são apenas uma pequena parte daquilo que forma uma pessoa em sua inteireza. De início, pode parecer que eles definem o seu namorado ou definem as  diferenças no seu namoro, mas há muito mais que isso.

Quem já tem muitos anos de casado tem atrás de si diversas histórias, um sem número de pequenos embates e desafios com seu cônjuge. Se for alguém que busca a Deus, essa pessoa certamente soube tirar de cada embate e desafio um aprendizado. Uma lição importante nesse sentido é: todas as diferenças importam, mesmo as menores. Ao longo da vida conjugal, pequenas coisas vão se repetir muitas vezes diariamente por muitos anos. No namoro, você pode olhar para seu namorado ou namorada e dizer: "Ele é um pouco bagunçado, mas isso eu tiro de letra." Ou: "Pela manhã, ela sempre está de mau humor, só melhora depois das dez, mas isso é fichinha perto do amor que tenho por ela."

Temos muitas diferenças e está tudo bem!

Foto ilustrativa: PeopleImages by Getty Images

Sim, no namoro, situações assim podem parecer insignificantes, mas se você só gosta das coisas muito bem organizadas e todos os dias vê seu marido deixando a toalha de qualquer jeito no banheiro ou a caixa de remédios fora do lugar, isso vai gerando tensão entre vocês, e essa "pequena" diferença passa a ter bem mais relevância. A mesma coisa acontece se você já acorda a mil por hora, animado, cheio de energia, querendo sair ou participar da missa aos domingos às sete da manhã, por exemplo, e sua esposa acorda sempre de cara fechada e nunca topa fazer nenhum programa logo cedo.


As diferenças, mesmo que pequenas, contam?

Toda diferença conta e, tendo você percebido ou não, você e seu(ua) namorado(a) são bastante diferentes. Examine-se além dos seus temperamentos. Pense na educação e nos costumes que cada um de vocês recebeu da família. Pode ser que um tenha vindo de uma família mais abastada, outro de uma família mais simples. Ou ainda um veio de uma
família bem estruturada, outro não conheceu o pai ou a mãe… Um pode ter recebido uma educação mais rígida nos costumes, outro viveu solto, sem rédeas, enfim, há muitas combinações possíveis que podem explicar diferenças significativas entre vocês só olhando para a família. Mas não para por aí. Pense também na questão cultural, que pode ser afetada por tanta coisa: a) a região onde nasceram – se um é do Nordeste e o outro é do Sul, por exemplo, quanta diferença cultural cada um traz na bagagem! b) o porte da cidade – se um cresceu numa grande capital, como São Paulo, Recife ou Belo Horizonte, e o outro cresceu na zona rural de uma pequena cidade do interior, que diferença de mundos! c) o acesso à educação que cada um teve – se um tem nível superior e é alguém que sempre valorizou os estudos e o outro teve uma vida mais distante do mundo acadêmico, por exemplo. Você poderia continuar a sua investigação em diversas direções e continuaria a encontrar contextos que evidenciariam a existência de diferenças entre vocês: gostos adquiridos, sejam culinários, políticos, de lazer; história pessoal de vida – de um lado, alguém que viveu vícios, pecados ou que sofreu muitas desilusões amorosas, e do outro lado alguém com uma vida vivida no recato, longe do mundo.

Sim, temos muitas diferenças, mas está tudo bem! Como católicos, somos todos convidados a buscarmos Deus, perseguirmos uma vida de santidade. Por conta disso, devemos olhar essas diferenças como oportunidades para crescermos no amor a Deus e no amor pelo outro. Quando o casal vive em sintonia com Deus, o próprio Espírito Santo vai ensinando, de maneira bem lenta, natural, ao longo dos anos, por meio da própria vida, onde cada um terá que ceder, precisará mudar, onde fica o limite do outro. Naquele exemplo da esposa que acorda de mau humor, pode ser que seja muito difícil para ela superar isso e acordar todos os dias bem, mas ela consegue dar um passo de amor ao decidir participar da missa dos domingos pela manhã, e o esposo, compreendendo a luta de sua esposa, aceita esse passo com alegria. No caso do marido desorganizado, muito possivelmente o passo terá que ser duplo: ele se converte e ordena a própria vida, mas a esposa também tolerará mais as limitações dele, que nem sempre conseguirá alcançar o nível de organização dela.

Diante de tudo isso, olhe para o seu relacionamento e dê um passo além no conhecimento de si próprio e do outro. Essa é uma aventura na qual vale muito a pena embarcar. São sementes plantadas no namoro e no noivado que renderão belos frutos se você chegar a se casar com essa pessoa.



José Leonardo Nascimento

José Leonardo Ribeiro Nascimento é casado, pai de quatro filhos e membro do segundo elo da Comunidade Canção Nova desde 2007. Natural de Paripiranga (BA), cursou Ciências Contábeis na Universidade Federal de Sergipe e fez pós-graduação em economia por meio do Minerva Program, na George Washington University, nos Estados Unidos. Trabalha, há 18 anos, como Auditor Federal na Controladoria-Geral da União em Aracaju (SE). Ele e sua esposa trabalham, há muitos anos, com a evangelização de casais e de famílias, coordenando grupos e pregando em retiros e encontros.
Instagram: @leonardonascimentocn | Facebook: @leonardonascimentocn


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/namoro/formacao-para-namorados-e-noivos-temos-muitas-diferencas-e-esta-tudo-bem/

29 de julho de 2020

Como podemos encontrar a verdadeira felicidade?

Podemos passar pelos momentos de dor e sofrimento sem perder a alegria e a felicidade. O ser humano vive uma contínua busca pela felicidade, entretanto, como encontra-la é o que todos se perguntam. Victor Frankl é um psiquiatra vienense, judeu, fundador da Logoterapia, uma abordagem psicológica que se concentra no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por esse sentido. Ele afirma que: felicidade não é algo que deve ser buscado ou perseguido, porque ela é uma consequência da realização do sentido da vida. Para Frankl, não se visa à felicidade, pois ela, por si mesma, não acontece.

Ele acredita que o caminho concreto para a realização do ser humano e, consequentemente, a felicidade está na autotranscendência. O que deve ser visado é uma tarefa, uma causa ou uma pessoa, e quanto mais alguém se esquece de querer ser feliz dedicando-se a uma causa ou a outras pessoas, mais essa pessoa poderá ser feliz. A nossa existência sempre se refere a algo ou a alguém e não a ela mesma. Isso significa que precisamos ter um objetivo a ser alcançado na nossa vida e uma causa pela qual podemos sair de nós mesmos e ir além de nós.

Foto Ilustrativa: by Getty Images / evgenyatamanenko

Ir além de si é caminho para a felicidade

Para o fundador da Logoterapia, o homem só se torna homem e é completamente ele mesmo quando fica absorvido pela dedicação a uma tarefa, quando se esquece de si mesmo no serviço a uma causa ou no amor a uma outra pessoa. Ou seja, somente quando o ser humano transcende a si mesmo, indo além de si próprio, é que se torna verdadeiramente homem e encontra o sentido de sua vida. Dessa forma, torna-se possível encontrar finalmente a tão sonhada felicidade.

Você pode estar pensando assim: e quando nos encontramos envolvidos em situações que não escolhemos, seja ela uma doença, dificuldades financeiras e tantas outras que nos prendem? Como sair de situações assim e ir além de nós mesmos? Como não buscar a felicidade se o que enfrentamos é dor, sofrimento e dificuldade? Frankl também nos ensina que não somos livres de nossas limitações, mas temos liberdade para nos posicionar diante delas.


Somos livres "para" algo e não "de" algo. Somos livres independentemente da situação a qual vivemos e enfrentamos; livres para dar uma resposta diferente e não ficar presos em nossas próprias limitações, indo além de nós mesmos, dedicando-nos para uma causa ou alguém. Isso não quer dizer que devamos fugir das situações, e sim enfrentá-las e não ficarmos presos nelas.

O segredo dos santos

Podemos ver o exemplo dos santos; aliás, não será esse o segredo deles? Vejamos Madre Teresa de Calcutá: nasceu numa família católica albanesa na qual nada lhe faltava. O pai faleceu quando ela tinha 9 anos; e, a partir daí, a situação financeira da família mudou drasticamente. Ao completar 18 anos, saiu de sua casa para o convento e nunca mais pôde rever a família por questões políticas.

Mas ela não parou nisso, na saudade, nos problemas familiares, na proibição de voltar para a sua terra natal e rever a mãe e irmãos. Com 17 anos de vida religiosa, sentiu o chamado de Deus para se entregar ao serviço dos pobres, vivendo com eles. Enfrentou inúmeras dificuldades e perseguições. No entanto, não parou nelas. E alguém pode dizer que ela não era feliz ou realizada?

Um outro exemplo é José Antonio Meléndez Rodríguez, conhecido como Tony Meléndez. Ele nasceu na Nicarágua com uma deformidade física: sem os dois braços. Porém, sua limitação não o parou. Hoje, ele é músico consagrado nos Estados Unidos, toca guitarra com os pés, é cantor e compositor. No ano de 1987, teve a oportunidade de tocar e cantar para milhares de jovens na presença do saudoso Papa João Paulo II, em Los Angeles. É casado e pai de dois filhos adotados, músico consagrado, feliz e realizado em sua vida pessoal e profissional.

Podemos passar pelos momentos de dor e sofrimento sem perder a alegria e a felicidade. Porque a verdadeira alegria, a verdadeira felicidade acontece quando vamos ao encontro do outro, quando nos gastamos por uma causa, por alguém que amamos e, principalmente, quando nos gastamos para Deus, servindo-O.



Manuela Melo

Neuropsicóloga e Psicóloga Clínica, Manuela Melo cursou MBA em Gestão de Pessoas. Membro da Comunidade Canção Nova por 20 anos, hoje a psicóloga atua em Recife e Surubim, ambas cidades do Estado de Pernambuco, onde ela reside atualmente. Contato: manuelamelocn@gmail.com


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/como-podemos-encontrar-verdadeira-felicidade/

27 de julho de 2020

Como sentir a presença de Deus?

Muitos se questionam em como sentir a presença de Deus e muitos outros não sabem nem como encontrá-Lo. Sabem que Ele existe, mas, por vezes, fica difícil encontrá-Lo ou senti-Lo! Sabemos que a maturidade na fé, por vezes ou na maioria das vezes, nos ausenta de emoções, sentimentos e, por vezes, muitos entram em crise quando percebem a mudança no seu relacionamento com Deus.

Acredito que devemos procurar e encontrar nosso meio de fazer crescer a nossa intimidade com Deus. Há pessoas que se encontram com Deus observando a natureza, outras ouvindo a música ou assistindo aos filmes; e ainda há quem encontre-O lendo ou escrevendo.

como-sentir-a-presença-de-Deus

Foto Ilustrativa: DedMityay by Getty Images

Para nos relacionarmos e sentirmos Deus mais perto, devemos ter a consciência de que cada um de nós é único, irrepetível, logo, a minha necessidade não será a mesma para os outros. Devo me olhar, me observar e alimentar esse meio pelo qual sinto Deus mais perto.

Buscando Deus

Então, para melhor nos relacionarmos com Deus, necessitamos dessa consciência, desse conhecimento sobre nós;
Bento XVI diz: "Cristo revela o homem ao próprio homem". E, nesse caminho de busca de Deus, encontro-me também. Talvez, Deus esteja querendo encontrar você nesse seu "castelo interior", pois, esse lugar (eu diria) é o lugar preferido de "Deus se esconder": o coração humano.


Então, use os meios que a Igreja oferece, mas busque seu meio de encontrar a Deus! Busque seu cantinho sem ninguém, como nos diz Monsenhor Jonas Abib. "Seja criativo!".



Brigite Cortez

Brigite Cortez, natural de Portugal, é missionária na Comunidade Canção Nova onde atua na Casa de Missão da França.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/como-sentir-presenca-de-deus/

23 de julho de 2020

Existe receita para ser uma mulher feliz?

"Posso fazer tudo que quero, mas nem tudo me convém. Posso fazer tudo que quero, mas não deixarei que nada me escravize" (1 Cor 6,12). Muita gente já escreveu sobre como a mulher deve ser. Há uma infinidade de guias na internet e nas bancas de jornal com regras para isso e normas para aquilo: "Fique magra e linda em 10 dias" ou "Seja a melhor profissional em cinco passos", bem como "30 dias para ser a melhor mãe do bairro" e até "Como agarrar o seu homem'' etc. Em alguns casos, até nas falas de nossas mães e avós, existem comentários como "Faz assim que é batata!", na hora de dar conselhos sobre a vida.

Se você crê em Deus e busca viver de fé, lamento decepcioná-lo, mas essas "receitas de bolo" estão longe de dar certo na sua vida.

Sofremos grande opressão social em meio a uma ditadura de costumes, modas, ideias e valores que propõem a liberdade feminina, mas, na verdade, aprisionam as mulheres que, forçadas a  'se enquadrarem' em um padrão inatingível, martirizam-se e frustram-se em busca da tal felicidade em cápsulas. Todas precisam necessariamente serem casadas, magras, loiras, mães perfeitas, com estudos e carreira construídos só de acertos, com direito a muitas selfies dessa vida feliz nas redes sociais? Quem disse?

Existe receita para ser uma mulher feliz

Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Mulher Maravilha existe?

As convenções sociais, a modernidade (ou a tradição), esse blá-blá-blá autoritário não leva em conta que cada pessoa é única, criada e moldada de modo singular, com um dia a dia que pode ou não conter esses parâmetros sociais para trazer uma vida plena e feliz.

Daí, diante de tanta pressão, aumentam os conglomerados de mulheres infelizes, pois se adequar a todos os requisitos ditados pela sociedade é tarefa hercúlea; afinal, cá pra nós, Mulher Maravilha é só no filme.

As mulheres de fé precisam lembrar de que, como filhas de Deus, são livres para sonhar e fazer escolhas sempre, e isso não pode ser um problema, mas devem fugir daquilo que não edifica; ao contrário, escraviza.

Santa Teresinha dizia que Deus não coloca em nosso coração um sonho irrealizável. Porém, antes de se lamuriar, porque sua vida não está como você sempre sonhou e ficar correndo atrás das modinhas de "como ser uma mulher perfeita" (que tem uma validade muito curta, o que aumenta ainda mais a pressão social), já parou para pensar se os sonhos do seu coração foram plantados em Deus ou baseados na ficção, na vida dos outros e nos delírios midiáticos com os quais somos bombardeados diariamente?


O que fazer?

Aproveite para trocar o consumo de conteúdos vazios por alguma leitura que edifique suas ideias e sua alma. A oração pessoal e os sacramentos são vivências de fé que aumentam nossa intimidade com Deus e ajudam a tomar decisões com mais discernimento e atitude cristã.

Uma dose de bom senso, com pés no chão e coração em Deus, que pode tudo, não custa nada e fará com que nós, mulheres, percebamos que somos protagonistas de nossa história. Talvez, a sua vida se adeque a algum dos padrões atuais mencionados ou a outros, mas a mulher que vive de fé deposita sua felicidade em Deus, não na busca desenfreada por seguir uma convenção social.

Gosto de lembrar de Nossa Senhora, tão à frente do seu tempo, que aceitou ser a Mãe do Menino Jesus, sem se preocupar com o que os outros iriam pensar ou se era adequado aos padrões da época. Disse 'sim' aos planos de Deus, que não estavam em nenhum script social, e é para nós exemplo de uma mulher de fé. Que possamos pedir a intercessão d'Ela, a fim de nos livrarmos de tudo que escraviza nossa vida. Que possamos ser mulheres de fé que sabem fazer escolhas livres e de acordo com a vontade de Deus.



Mariella Silva de Oliveira Costa

Mineira, esposa, católica, feliz e amante de uma boa prosa. Jornalista, pesquisadora, professora e empreendedora digital. Mariella também é doutora em Saúde Coletiva (UnB), mestre em Tocoginecologia (Unicamp), especialista em Jornalismo Científico (Unicamp) e graduada em Comunicação Social (UFV). Idealizadora de muitasmarias.com
Contatos: mariellajornalista@gmail.com Twitter/Instagram : @_mari_ella_ www.youtube.com/mariellaoficial

20 de julho de 2020

Dicas para viver bem o matrimônio

A crise no matrimônio pode se originar, às vezes, por uma comunicação defeituosa. A crise em si supõe uma ruptura de comunicação. Essa ruptura se manifesta de forma aberta quando o contato e o diálogo deixam de existir, ou pode aparecer de forma velada quando se mantém a relação à base de monossílabos. Em todo caso, o que se pretende é que esses momentos de desacordo conjugal (normais na convivência matrimonial) sejam transitórios e leves, graças à boa vontade dos cônjuges.

Dicas para viver bem o matrimônio

Foto Ilustrativa: by getty Images / Aja Koska

Dicas para viver bem o matrimônio

1. Tempo de ouro:
Dedique tempo ao outro, porém, não confunda quantidade com qualidade.

2. Saídas frequentes:
Saia com seu cônjuge com alguma frequência. Não se limite a "tirar" a sua mulher de casa, preocupe-se em "sair com ela" como algo que a agrade.

3. Ouvir e escutar:
Quando ele(a) falar com você, não se limite a ouvir, deixa de trabalhar ou deixe o jornal de lado, olhe-o (a) nos olhos. Ele(a) se dará conta de que está sendo ouvido(a).

4. Como namorados:
Mantenha viva a ilusão do primeiro dia de namoro. Conquiste-o(a) diariamente. Preocupe-se em estar bem arrumado pessoalmente.

5. Boas recordações:
Recorde com frequência os momentos felizes compartilhados por vocês.

6. Sonhos de apaixonados:
Sonhe como os apaixonados, porém, mantenha os pés no chão como os esposos.

7. De cara com futuro:
Faça planos para o futuro que te ajudem a melhorar o presente.

8. Não há outro como você:
Faça com que o outro se sinta importante na relação conjugal. Busque sua companhia.

9. A importância das comemorações:

Recorde as datas importantes. Se as comemorarem juntos, melhor!

10. "Ajude-me!":
Peça ao seu cônjuge soluções práticas para seus problemas: isso pode te ajudar muito e, além disso, servirá para os unir.

11. Elogie sempre:
Não o (a) critique perante os(as) amigos, menos ainda quando ele(a) não estiver presente.

12. É uma surpresa:
Surpreenda-a(o) com pequenos detalhes inesperados: um presente, um jantar especial, uma notícia agradável, com flores, com a roupa que lhe agrade.

13. "Vinha pensando em você":
Busque-o(a) ao chegar em casa. Ele(a) ficará muito feliz em saber que você está pensando nele(a).

14. Um beijo ao despedir-se:
Não esqueça de despedir-se antes de sair. Um beijo todos os dias é uma prática muito recomendável.

15. Com a verdade à frente:
Seja sempre sincero, porém, não se manifeste de forma desagradável.

16. "Quero estar contigo":
Prefira estar com o seu cônjuge do que estar com os amigos, demonstre isso sempre.

Gloria Elena Franco


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/dicas-para-viver-bem-o-matrimonio/