6 de janeiro de 2020

Confie no Espírito Santo que está em você

Hoje, o Senhor mesmo lhe diz: "Vida no Espírito é vida de fé". Você precisa confiar no Espírito Santo que está em você. Confiar na terra, no solo maravilhoso que é você, solo de Deus. Confie nesse solo e na semente que em você foi semeada por Jesus, e dê tempo ao tempo.

Não seja injusto consigo mesmo e com o Espírito Santo. O diabo gosta dessa injustiça. Ele quer maltratar você com a autocondenação. Você se atormenta, condena-se achando que não presta, que sua conversão não foi verdadeira, que suas raízes são péssimas, que você continua a mesma pessoa, que não tem jeito, não tem solução, que continua com seu mau gênio, suas manias, seus pecados de sempre.

Acredite sem ver. Quando se vê, não é mais fé. Como a adoração ao Santíssimo Sacramento, você não vê nada, a não ser aquela hóstia no ostensório. Acontece o mesmo com a nossa vida, você não vê mais nada… Nunca estamos satisfeitos com nosso caminho de santidade. Graças a Deus! Quanto mais santos, mais santos queremos ser.

Confie no Espírito Santo que está em você

Foto ilustrativa: Anastasiia Stiahailo by Getty Images

Estar impaciente consigo mesmo é bom, mas não compre mais o subproduto do diabo, que atormenta sua cabeça e seu coração com acusações e cobranças. Pelo contrário, confie! Semente nenhuma frutifica se não houver terra, água e calor.

Vida no Espírito é vida de oração

Há alguns anos, tive a oportunidade de estar na Holanda. O mês era fevereiro, estava terminando o mais inclemente inverno. Eu vi aquelas terras sendo aradas. Eles me explicaram: a terra passará vários meses enregelada, agora estava revolvida, oxigenada. Eles me disseram também que se aquela terra não fosse revolvida, se não esquentasse, não adiantaria plantar. Terra fria não faz germinar semente nenhuma.

É preciso terra, água e calor. Calor que vem de Deus e que é o próprio Espírito Santo. Esse calor chega até nós pela oração. Portanto, vida no Espírito é vida de oração.

É o que Nossa Senhora vem dizendo, insistindo em nossos ouvidos como mãe. Começou muito tempo atrás, em La Salete, em Lourdes; em Fátima e agora, em suas aparições diárias em Medjugore. É a mãe insistindo; sua insistência é a oração. A situação do mundo e da Igreja exigem oração, muita oração.


O grande derramamento do Espírito Santo, esse grande sopro do Espírito Santo na Igreja e no mundo, só pode germinar, florescer e frutificar se houver calor, o calor da oração.

Texto extraído do livro "O Espírito sopra onde quer", de Monsenhor Jonas Abib.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/confie-no-espirito-santo-que-esta-em-voce/

2 de janeiro de 2020

Como lidar com as crises e conflitos que vivemos diariamente?

As crises e os conflitos fazem parte da existência humana. Deparamo-nos com essas situações, muitas vezes, em nossa vida, como no período da adolescência, por exemplo, em função das mudanças que acontecem em nosso corpo, as quais, na maioria das vezes, não entendemos, mas que geram sofrimento. Na verdade, os conflitos existem desde o início da humanidade e fazem parte do processo de evolução humana. Eles são necessários para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e organizacional. São fonte de ideias novas, podendo criar oportunidades de discussão sobre determinados assuntos, revelando o positivo e permitindo a expressão e a exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores.

Com isso, entendemos que, em alguns momentos e em determinados níveis, o conflito pode ser considerado necessário para não entrarmos num processo de estagnação. Precisamos entender que essas fases conflituosas, as quais, muitas vezes, nos parecem anormais e intoleráveis, são inseparáveis da existência humana, e não configuram algo exclusivamente negativo. Portanto, a nossa primeira atitude é encarar esses momentos difíceis como acontecimentos normais da nossa condição humana e buscar passar por eles da forma mais positiva possível. Para isso, vamos entender melhor o que significa a palavra "crise".

Como lidar com as crises e conflitos que vivemos diariamente

Foto Ilustrativa: by Getty Images: Rawpixel

As crises podem ser grandes oportunidades

A palavra "crise" se origina da palavra grega krísis, e significa "manifestação violenta e repentina de ruptura de equilíbrio", também definida como fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos fatos, das ideias, é também um estado de dúvidas e incertezas; momento perigoso ou decisivo; ponto de transição entre um período de prosperidade e outro de depressão; tensão, conflito.

A Bíblia apresenta a palavra "crisol", que leva à interpretação da palavra "crise" como purificação. Crisol é definido como um cadinho, um recipiente das máquinas fundidoras, onde se derrete o metal e os materiais diferentes são separados. Além disso, no dicionário, também há o significado de servir para evidenciar as boas qualidades do indivíduo. Enquanto que essa palavra em chinês é representada pelo mesmo símbolo que oportunidade.

Podemos dizer, então, que esses momentos críticos e conflituosos não são, necessariamente, negativos, mas sim a maneira como lidamos com eles, que pode gerar algumas reações. A questão, portanto, é como lidamos com essas fases adversas. Podemos agir de diversas formas: ignorá-las, abafá-las, resolvê-las ou transformá-las numa oportunidade de crescimento. A maneira como lidamos com nossos afetos e emoções são determinantes na forma como nos relacionamos com os outros e com as crises.

Dicas práticas de como lidar com a crise

Vamos então para algumas dicas práticas de como lidar com as crises e os conflitos:

1º) Precisamos nos conhecer, isto é, entender como lidamos com os nossos afetos e emoções, pois quanto mais nos conhecemos, tanto mais facilmente podemos trabalhar com as dificuldades de forma positiva e como fonte de crescimento pessoal;

2º) Mesmo que o problema não parta de nós, precisamos começar o trabalho conosco. Procurar um culpado pela situação pode apenas retardar e até mesmo aumentar o problema;

3º) Precisamos analisar a situação para entender o que, realmente, está acontecendo, para assim buscar alternativas de solução e escolher aquela alternativa que julgarmos mais plausível;


4º) Precisamos aperfeiçoar nossa capacidade de ouvir e falar. Com essa postura, silenciamos nossa voz interna e deixamos crescer a voz do outro, permitindo que esta soe clara dentro de nós. O desejo mais profundo do coração humano é o de ser compreendido: perceber isso é possibilitar um processo eficaz de comunicação, o que é um facilitador para a resolução dos momentos conflituosos;

5º) Quando estamos errados, precisamos reconhecer os nossos erros e até mesmo ter a coragem de buscar ajuda quando necessário.

O que podemos concluir com isso é que as crises não apresentam apenas um sentido pejorativo; ao contrário, elas podem ser grandes oportunidades. Quando uma adversidade acontece, é o momento ideal para separarmos o que temos de bom do que temos de ruim, fazendo dela a oportunidade de que os chineses falam e aproveitando para sermos melhores e crescer.

 



Manuela Melo

Neuropsicóloga e Psicóloga Clínica, Manuela Melo cursou MBA em Gestão de Pessoas. Membro da Comunidade Canção Nova por 20 anos, hoje a psicóloga atua em Recife e Surubim, ambas cidades do Estado de Pernambuco, onde ela reside atualmente. Contato: manuelamelocn@gmail.com


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/como-lidar-com-as-crises-e-conflitos-que-vivemos-diariamente/

26 de dezembro de 2019

Mais um ano chega ao fim. O que você fez?

O tempo é um dos aspectos mais fascinantes da vida e, por incrível que pareça, é único para cada pessoa, mesmo que os relógios sejam iguais e o ano tenha 365 dias para todos. Pois, como cada um lida com ele de um jeito diferente, as experiências também são exclusivas. A Palavra de Deus afirma, em Ecle 3: "que cada coisa é boa e proveitosa quando vivida no seu devido tempo"; e eu acredito nisso. Mas o que fazer quando o tempo passa tão veloz, que nem sequer conseguimos pensar no que seria bom viver naquele momento?

Pensando no ano que termina, podemos analisar o que conseguimos viver e, pelos frutos, elegermos o que devemos cultivar ou lançarmos fora para não perdermos tempo na vida. Aliás, tenho aprendido que o tempo não mudou. Nós é que temos nos ocupado demais, e isso nos dá a impressão de que o tempo é insuficiente para tudo o que queremos realizar. A afirmativa fica ainda mais clara quando, por exemplo, estamos de férias e praticamente nos obrigamos a desacelerar o ritmo das atividades.

Mais um ano chega ao fim. O que você fez?

Foto Ilustrativa: MicroStockHub by GettyImages

No início, podemos até continuar agitados como se estivéssemos fora de órbita, mas, depois de alguns dias, vamos achando nosso lugar e percebemos que, finalmente, voltamos a viver. Já no caso contrário, quando nos colocamos como a pessoa mais indispensável do mundo e tentamos resolver dez situações no mesmo instante, o tempo parece voar. Aí, batemos na conhecida tecla: "A vida é feita de escolhas!". Portanto, ao analisar sua vida nos últimos doze meses, você tem a sensação é de que "o ano passou voando" e não deu tempo para fazer tudo que havia planejado, pode ser um sinal de que tenha cumprido muitas tarefas e vivido pouco. Por exemplo, se os planos que você tinha em viajar de férias, optar pelo amor em vez do sucesso, visitar amigos e serem pacientes foram substituídos por tarefas e horas extras no trabalho, é preciso "recalcular a rota".

O ano passou rápido e, talvez, você nem tenha percebido. Então, pare e faça uma reflexão

Já foi dito que a felicidade é um dom que não se encontra no fim da estrada, mas está distribuída pelo caminho e costuma se esconder nas coisas mais simples. Por isso, se passarmos pela vida sempre com pressa, correremos o risco de não encontrar a felicidade e chegar ao fim da jornada com as mãos vazias e a sensação de ter sido desleal com o próprio coração; e isso, com certeza, não é a vontade de Deus para nenhum de nós. Portanto, a dica é: tenha calma! Por mais difícil que seja, é preciso desacelerar um pouco para não se perder no tempo que é nosso amigo ou nosso rival, dependendo das escolhas que fazemos em relação a ele. Ter calma não é deixar de fazer o que se deve, mas conciliar as possibilidades, respeitar os limites e eleger o essencial a cada instante. Quando começamos a pensar assim, podemos perceber que, muitas vezes, gastamos nosso precioso tempo, que seria dedicado ao descanso, com o uso das redes sociais que nos fazem ficar cada vez mais cansados e sem tempo, simplesmente por falta de disciplina.


Em todo caso, ao pensarmos no ano que passou, podemos rever nossas escolhas e aprendermos algumas lições. O que foi bom deve perpetuar e o que não foi já é passado, temos uma nova chance para acertar. A cada amanhecer recebemos do Criador a capacidade de levarmos ao mundo um sopro de vida, esperança, paz e amor em tudo que fazemos, só é preciso manter o coração unido ao d'Ele, sabendo que tudo o que fazemos é graças à Sua misericórdia.

O Senhor nos enviou ao mundo não apenas para cumprirmos tarefas, e sim, antes de tudo, para sermos canais do Seu amor na vida daqueles que, por um motivo ou outro, entram na nossa história. Desejo que, ao pensar no ano que passou, você possa fazer escolhas que favoreçam sua vida, pois é vivendo cada instante com sentido que experimentamos a ação concreta de Deus. A propósito, Ele está entre nós agora, revela-se a mim enquanto escrevo, e a você enquanto lê. Demos graças a Ele pelo ano que termina!



Dijanira Silva

Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação. Diariamente, apresenta programas na Rádio América CN. Às sextas-feiras, está à frente do programa "Florescer", que apresenta às 18h30 na TV Canção Nova. É colunista desde 2000 do portal cancaonova.com. Também é autora do livro "Por onde andam seus sonhos? Descubra e volte a sonhar" pela Editora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/ano-novo/mais-um-ano-chega-ao-fim-o-que-voce-fez/

23 de dezembro de 2019

Viva bem o Natal que se aproxima

Caro internauta, todos os anos, quando da aproximação do Natal, um movimento novo e bem característico começa a tomar forma e se fazer presente em nossa vida. Nalgumas pessoas, ele gera alegria, esperança; noutras, nostalgia e até certo grau de tristeza. A história de vida de cada um influencia muito na maneira como é percebido o tempo natalino. O fato é que, dificilmente, alguém poderia afirmar, verdadeiramente, que o tempo do Natal é um período como qualquer outro. Enfim, o espírito natalino atinge positiva ou negativamente quase a totalidade das pessoas.

Quando as árvores de Natal, recheadas com bolas coloridas, dão às caras nos shoppings, quando os papais-noéis de diversos tipos e tamanhos invadem as prateleiras das lojas, e os contornos das casas ganham metros e mais metros de luzes cintilantes, a nossa consciência é despertada quase que num inesperado chacoalhão e, geralmente, leva-nos à semelhantes exclamações: "Já estamos no final do ano!".

Passado o susto inicial, normalmente, nosso olhar se volta hipnoticamente para as espetaculares e onipresentes decorações natalinas com seus brilhos e cores. Claro que isso não deixa de ter a sua importância, e até faz parte deste período. Afirmarmos o contrário seria, talvez, uma tentativa inútil de evadirmos da realidade que nos cerca.

Viva bem o Natal que se aproxima

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Como afirmei, todo esse movimento é até importante, porém, não essencial. Somente buscando o que é essencial viveremos bem o Natal. Um dos perigos deste tempo é o despertar dos desejos. Não me refiro àquele desejo natural que todos nós possuímos, mas daquele desejo irracional e compulsivo, o desejar pelo desejar. Promoções, liquidações, "bota fora", "pague um e leve cinco" (…), tudo isso alimenta os nossos desejos mais irracionais, ocupam o nosso pensamento, abrevia o nosso precioso tempo e nos faz cativos das ilusões. Tudo isso é gerador de fadiga, preocupações e cansaço. O essencial vai ficando cada vez mais distante dos nossos olhos.

Busque o essencial e você viverá bem o Natal

Certa vez, um grande pensador francês chamado Louis Lavelle afirmou: "O mundo só se torna um espetáculo para nós, porque buscamos nele o desabrochar dos nossos desejos". Diante de tudo isso, posso afirmar: o período natalino também é tempo de permanecermos em constante estado de vigília, afinal, a tendência de todo homem é seguir com os olhos cravados nos espetáculos que o mundo, abundantemente, nos oferece, especialmente neste período.

Caro internauta, viva bem o Natal! Foque no essencial. Estando você feliz ou triste, num ambiente colorido ou acinzentado, com muito dinheiro ou totalmente sem ele, repleto de amigos ou completamente solitário, na pizzaria ruidosa ou numa cama de hospital ouvindo os sinais sonoros dos aparelhos hospitalares, busque o essencial, e você viverá bem o Natal.

No ditado popular, a ocasião pode até fazer o ladrão, mas jamais fará o cristão. O verdadeiro cristão não vive de ocasiões, senão da fé. Portanto, o que faz do cristão um verdadeiro cristão é a consciência de que existe um Deus que está para além de qualquer ocasião. É esse Deus que nascerá nos próximos dias e, dessa forma, é esse Deus que devemos esperar. Existe uma dimensão sobrenatural nesse maravilhoso tempo natalino, tempo que comporta graças excepcionais.


Enfim, celebre este Natal como quem celebra o nascimento de um Deus, o Deus menino, o Deus da promessa. Volte o olhar do seu coração para "aquele que vem" (cf. Ap 1, 4). Nas suas orações até o dia 24 de dezembro, não deixe de clamar: "Maranatha! Vem, Senhor Jesus!" (cf. Ap 22, 20). Saiba que todas as coisas vão passar, mas aquele a quem esperamos jamais passará.

Deus abençoe você. Até a próxima!



Gleidson Carvalho

Gleidson de Souza Carvalho é natural de Valença (RJ), mas viveu parte de sua vida em Piraúba (MG). Hoje, ele é missionário da Comunidade Canção Nova, candidato às ordens sacras, licenciado em Filosofia e bacharelando em Teologia, ambos pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP). Atua no Departamento de Internet da Canção Nova, na Liturgia do Santuário do Pai das Misericórdias e nos Confessionários. Apresenta, com os demais seminaristas, o "Terço em Família" pela Rádio Canção Nova AM. (Instagram: @cngleidson)


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/natal/viva-bem-o-natal-que-se-aproxima/

18 de dezembro de 2019

Fim de ano ou fim do mundo?

Dezembro chegou, e com ele algo surpreendente nos avassala: a "crise do fim do mundo". Como assim "fim do mundo"? Você já deve ter tido a impressão de que dezembro chega com um desespero quase inerente, ou seja, parece que as pessoas ficam mais agitadas, que o tempo se apressa, tudo é para ontem e o mundo tem um dia certo para acabar: 31/12/2019.

No comércio, há um desespero pelo consumo. Com a vinda das parcelas do 13° salário, a economia parece se agitar e se instala a pressão pela compra dos presentes. Existe uma corrida maluca que nos agita a todo tempo: nossa agenda fica tomada de confraternizações, surgem quase que obrigações familiares de visitar todas as pessoas que não conseguimos ver o ano todo.

Faço, porém, uma reflexão: será que todas as visitas, compras, amizades, dietas frustradas, relações quebradas e planos incompletos conseguirão ser cumpridos em 30 dias? Será que nosso planejamento, talvez falho, nos permitirá conseguir tudo isso em tão pouco tempo?

Fim de ano ou fim do mundo?

Foto ilustrativa: jokerpro by Getty Images

Não é o fim do mundo!

Estamos, sim, no último mês do ano, mas precisamos rever como conduzimos nossa vida durante todo o ano, e não apenas em um mês, fato este que traz essa agitação e confusão em nossa vida.

Dezembro parece que leva as pessoas a notarem que têm amigos, vida, saúde ou falta dela, atividade física ou falta dela, necessidade de revisão de hábitos alimentares, e assim por diante. Penso que se dar conta de todas as suas faltas e deslizes durante o ano é muito bom, mas que seja, então, para iniciar um ano com melhor qualidade de vida, sem o desespero, sem o consumismo e dando até um tempo.

Claro que as campanhas publicitárias vão nos empurrar várias promoções, mas não é possível esperar janeiro para consumir? Está aí um bom tempo para revisar hábitos e começar a fazer o novo desde já. Não espere a segunda-feira ou o dia 1º de janeiro para uma "vida nova".

Um corpo agitado e uma mente ansiosa são campos perfeitos para tropeços, desatinos e ações impensadas. Pare um pouco, respire, preste atenção ao seu redor e preste atenção em como você está: vivemos ansiosos por não conseguirmos fazer essas pausas estratégicas e necessárias para a qualidade de nossa saúde física e emocional.

Tivemos 364 dias até início de dezembro para resolver muitas coisas e, por vários motivos, algumas não puderam ser concretizadas. Tente fazer uma pausa: olhe para os prazos possíveis e necessários e para aqueles que serão praticamente impossíveis de serem concretizados.

Muitas vezes, pegamo-nos avaliando o que traçamos para o ano, e, muitas vezes, os resultados não são os esperados. Nessa hora, vale uma avaliação: temos traçados metas realistas ou impossíveis? Se traçamos uma meta, temos dados passos firmes em busca do que desejamos? É mais ou menos como se quiséssemos perder vários quilos ou economizássemos muito dinheiro sem mudar hábitos alimentares ou sem parar de comprar. Não fica impossível? Se eu economizo 100 reais ao mês ou foco em emagrecer 2 quilos ao mês, aí sim será possível guardar 1200 reais no final do ano ou emagrecer 24 quilos durante um ano todo?

Para um fim de ano mais tranquilo, organize-se:

Diga não a alguns convites, mantenha a rotina com relação aos seus horários, observe seu orçamento para não ultrapassar seus limites de compras e, então, ganhar uma dor de cabeça no início do ano. Não coma como se fosse o último dia de sua vida, pois todas as comidas de Natal – como panetone, por exemplo – são vendidas o ano todo. Avalie os compromissos que você possui, como organizará eventuais festas familiares e encontros. Não tenha a necessidade de presentear todos. Seja realista com suas possibilidades, e você aproveitará ainda mais seu Natal. Faça pausas para poder, efetivamente, respirar e sair dessa loucura quase que imposta pelo fim do ano.

Lembre-se: se o que foi planejado não foi concretizado, observe se não houve um exagero nas metas quase que impossíveis, se houve pouco tempo ou ainda muitas coisas. Planos existem para serem revistos, e a rota da vida refeita.


Um feliz 2020 com um sentido real, um Natal cheio da presença de Jesus, e não dos excessos mercadológicos. A presença física certamente será muito mais rica do que qualquer presente que foge das suas possibilidades. Estamos apenas encerrando o ano. Pense nisso!



Elaine Ribeiro dos Santos

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica pela USP – Universidade de São Paulo, atuando nas cidade de São Paulo  e Cachoeira Paulista. Neuropsicóloga e Psicóloga Organizacional, é colaboradora da Comunidade Canção Nova.


16 de dezembro de 2019

O Senhor nos acompanha em nossos sofrimentos

Jesus nos diz: "O meu Pai até agora está trabalhando e eu também estou trabalhando" (Jo 5,17). Deus não está dormindo. Ele trabalha sempre e está em constante atividade. Ele vê e acompanha os nossos sofrimentos; nos ama e trabalha por nossa causa. Creia: sua necessidade está sob os olhos do Senhor. Nosso Pai e Jesus não cessam de trabalhar por nós.

Exponha-se diante d'Ele. Seja sua causa pessoal ou familiar; seja sua doença física ou espiritual; apresente-se agora para o Senhor. Nada pode impedir a ação de Deus em sua vida. Nada pode roubar sua alegria de ter alguém constantemente trabalhando por sua causa: o Pai e Jesus. Eles não terão descanso enquanto não lhe der o Reino dos Céus. Deus é por nós; somos d'Ele e, por isso, sabemos que: "Tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu desígnio" (Rm 8,28)

O Senhor nos acompanha em nossos sofrimentos

Foto ilustrativa: Andréia Britta/cancaonova.com

Jesus disse: "Enquanto é dia, devo realizar as obras daqu'Ele que me enviou" (Jo 9,4b). Como num dia inteiro de trabalho, o Senhor age em nosso meio, salvando nossas vidas, curando nossos corações, sarando nossos doentes, libertando nossos oprimidos e arrancando da opressão do maligno os que se encontram nas trevas. Se abrirmos o coração e O deixamos trabalhar, veremos aqui, nesta vida, os prodígios do Senhor. Que Ele nos liberte de toda a incredulidade e ação do mal que quer abalar nossa fé!

Proclame a todo instante: "Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé!". Comece agora! Apresente a Jesus o seu problema; diga a Ele que você confia que tudo se resolverá a seu tempo, isto é, no tempo de Deus. Queira ver as situações mudadas de acordo com a hora da providência divina e do jeito de Deus.


Diga a Jesus que você confia n'Ele e, por isso, vai trabalhar por essa causa com determinação e perseverança, como se tudo dependesse de você, mas sabendo que quem realiza tudo é Ele. Não desanime; creia! A vitória já é de Deus.

Texto extraído do livro "Sofrer sem nunca deixar de amar", de Luzia Santiago.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/o-senhor-nos-acompanha-em-nossos-sofrimentos/

13 de dezembro de 2019

Exame de consciência, o roteiro de uma boa confissão

Homens e mulheres são chamados à salvação pela fé em Jesus Cristo, que é "a luz verdadeira" e "a todos ilumina" (Jo 1,9). Àquele que responde ao chamado se torna "luz no Senhor" (Ef 5,8) e "filhos da luz" (Ef 5,9). A fraqueza da carne nos leva a pecar contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos. Daí surge o arrependimento e o pesar da alma. Perde-se a inocência e a pureza; e se "não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus" (Mt 18,3). Um exame de consciência sincero e profundo é essencial para uma boa confissão.

O roteiro a seguir servirá de orientação no momento de confessar os pecados. É preciso observar, em especial, os pecados cometidos contra Deus, contra o próximo e contra si mesmo.

Exame de consciência, o roteiro de uma boa confissão

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Antes de se confessar, faça um exame de consciência

Pecados contra Deus: Disse o nome de Deus em vão? Desrespeitei algum santo, bispo ou sacerdote? Recusei-me a defender os ensinamos do Cristo? Pratiquei algum ato de superstição? Faltei com respeito com lugares ou coisas santas? Afastei alguém da Igreja por palavras ou exemplo? Faltei com respeito com o Espírito Santo?

Pecados contra o próximo: Fui impaciente? Agi com raiva? Tive inveja? Desencorajei a fé ou a caridade do outro? Proferi ou compartilhei discurso de ódio? Neguei ajuda voluntariamente? Desprezei o mais necessitado? Fui egoísta? Menti? Roubei ou furtei?

Pecados contra mim: Neguei minha fé? Faltei à Santa Missa por preguiça? Recebi a comunhão com pensamentos fúteis? Abusei de bebidas alcoólicas? Usei drogas? Vi vídeos ou sites pornográficos? Faltei com amor para minha família (pais, esposa, marido ou filhos)? Gastei dinheiro com luxo excessivo e esqueci do próximo necessitado? Fui negligente no meu trabalho ou estudos?


No momento da confissão, essa tripartição (contra Deus, contra o próximo e contra mim), além de trazer à memória os pecados que se deseja confessar, ainda facilita que outros surjam pela espontaneidade da alma. Em verdade, o cristão traído pelo pecado percebe a santidade fugir-lhe como água entre os dedos. Perde também a alegria, como um sorriso que se desfaz no rosto. Com efeito, é a partir desse sentimento que se busca a confissão.

Que todos possamos realizar uma confissão autêntica e sincera para regressar ao caminho da salvação. Que assim seja!

Referências:

BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.

JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Veritatis Splendor. Roma, 6 ago. 1993.



Luis Gustavo Conde

Advogado com atuação na área de Direito de Família e Direito Bancário. Tecnólogo em Gestão Empresarial. Professor de cursos técnicos-profissionalizantes. Catequista atuante na evangelização de jovens e adultos. Palestrante focado na doutrina cristã. Contato: lg.conde@icloud.com Twitter: @luisguconde


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/exame-de-consciencia-o-roteiro-de-uma-boa-confissao/