6 de agosto de 2019

Há diferença entre amor e paixão?

Inúmeras pessoas se casam iludidas, pensando que o que sentem é amor pelo outro, no entanto, quando chegam as crises, os problemas financeiros ou mesmo quando apenas o tempo passa, vai-se percebendo que aquele escolhido não era exatamente o que se esperava. Aquele amor que parecia lindo, infinito, vai se tornando um peso, uma desilusão, um fardo a ser carregado por toda vida ou até quando não mais se aguentar.

Há um tempo, uma revista de grande circulação nacional informava que 30% dos casamentos terminam ainda no primeiro ano, e 50% terminarão entre o segundo e terceiro anos de casados. É, de fato, uma triste realidade. A verdade é que somos convidados por Deus a refletir o amor d'Ele no mundo, especialmente no convívio entre homem e mulher, pois cada casal, cada família tem sobre si um projeto divino, único e abençoado pelo Pai.

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Foto Ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

O matrimônio, quando vivido junto com Deus, pode ser renovado a cada dia, de forma que não mais vivamos apenas um ao lado do outro, mas sim um para o outro, pois, no seu projeto de felicidade, não casamos com alguém para apenas sermos felizes ou realizarmos nossos desejos, mas sim para fazermos o outro feliz, realizarmos seus desejos, seus sonhos. Até parece que a ordem da frase está invertida, mas é isso mesmo, pois quando Deus faz parte de um relacionamento, o amor toma uma nova dimensão. Dessa forma, uma boa preparação no namoro e no noivado nos ajuda a ter claro que existem diferenças entre a união baseada no amor e a baseada somente na paixão.

A diferença entre o amor e a paixão

O amor, normalmente, surge de maneira tranquila, serena, e tende a ir crescendo aos poucos. Com ele, não temos medo de ser transparentes, mostrando o que pensamos ou sentimos, sem receio de nossos defeitos. No amor, a amizade, a compreensão, a presença do outro é mais importante do que a aparência ou a atração física, pois só o estar juntos basta. O amor é único, verdadeiro e fiel, e sempre é reconhecido pelos outros que percebem que mudamos ou sentem firmeza na relação.

A paixão, pelo contrário, costuma surgir como um relâmpago, fazendo parecer que vamos morrer de amor. É algo fulminante, e apesar de parecer muito forte, é também muito rápido. Nela, procuramos mostrar apenas as qualidades e ser aquilo que acreditamos que agradará o outro. Temos medo de revelar nossos defeitos e falhas. O físico e o visual são fundamentais e há um desejo enorme pelo tocar no corpo do outro. Na paixão, pode-se gostar de mais de uma pessoa ao mesmo tempo, e "ficar" com outros é muito normal. O ciúme é excessivo e a infidelidade é sempre justificável. Normalmente, gera muitas intrigas com a família, com os amigos e muitos percebem que o relacionamento não vai dar certo.


É um verdadeiro perigo estruturar uma relação baseada apenas no fogo da paixão, mas o que fazer se misturarmos as coisas? Os casais devem procurar viver a caridade proposta por São Paulo e já tão repetida em diversas canções: "O amor é paciente, é bondoso. Não tem inveja e não é orgulhoso. Não é arrogante nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita nem guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará" (cf. I Cor 13,4-8)

Os casais devem aprender a caminhar juntos

Os casais, por melhores que sejam, não devem caminhar sozinhos, acreditando que tudo sabem ou podem. Crises sempre existirão, no entanto, é a forma como serão resolvidas que determinará o sucesso ou não do matrimônio. É fundamental possuir um mesmo projeto de vida e sempre buscar a presença de nosso Senhor, acreditando em sua intervenção divina para nos auxiliar na difícil caminhada a dois.

Não é a paixão, mas o verdadeiro amor que nos ensina, a cada dia, a perdoar sempre, compreender-se mutuamente, ter paciência com as limitações e erros do outro, vencendo o ciúme, o orgulho próprio, suportando o sofrimento pelo bem da relação. Recorrer a Deus, por meio da oração, é fundamental para que um relacionamento fragilizado pela simples paixão se transforme em um verdadeiro amor doação.

Marco e Susy


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/ha-diferenca-entre-amor-e-paixao/

30 de julho de 2019

Estar diante da Cruz faz toda diferença

Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos, porque, pela Vossa Santa Cruz, remistes o mundo! Que bela esta oração! Que forte esta oração!

Tenho uma cruz na cabeceira da cama. Ali, é um lugar de refúgio para mim, muitas e muitas vezes. Parar ali, quietinha, só eu e Jesus, olhar para Ele, para Suas chagas e, ali, entregar minhas dores e angústias, meus cansaços e até sentimentos que, às vezes, não sei nem dar nome. Estar ali e dizer para Ele: Estou aqui. Toma-me, Senhor! Ama-me, Senhor, e dá-me a graça de te amar!

Neste lugar, já me refiz muitas vezes, quando tudo parecia perder o controle. Neste lugar, já adorei, já chorei, já agradeci, já entrei em comunhão com o Céu.

Estar diante da Cruz faz toda diferença

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Pela Cruz, podemos enxergar o amor de Jesus por nós

Olhar para Jesus e saber que Ele olha para mim. Ali, só uma pequena imagem, mas é sinal de que Ele mesmo está a me olhar, a cuidar de mim, a tomar para Si tudo que trago, os fardos pesados, e me dar o Seu Jugo, que é leve e suave. Aliás, este é um versículo que já rezei muitas vezes, ali, diante do crucifixo:

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". (Mateus 11,28-30)

Como é bom ser cristã! Como é bom ser católica! Como é bom ter um crucifixo para me lembrar do grande amor de Jesus por mim, e ali reencontrar a razão de viver, de lutar, de seguir sem desistir. Como é bom adorar Cruz de Cristo, sinal da Vitória d'Ele sobre a morte! Sinal também da minha vitória!


Na rotina de mãe, esposa, dona de casa e trabalhadora, saiba: estar diante da Cruz faz toda diferença!

Diante desta Cruz, já rezei assim e partilho com você se quiser fazer o mesmo: "Senhor, suga de mim agora, tudo que não é Teu, tudo que não é bom, tudo que é pecado. Suga minha impaciência, cansaço, ira, descontrole, tristeza; e enche-me da Tua Graça. Eu amo o Senhor, Jesus, mas me ensina a amá-Lo mais!"

Desafio da semana: Amar Jesus na cruz e deixar-se amar por Ele!



Rosení Valdez Oliveira

Rosení Valdez Oliveira é missionária na Comunidade Canção Nova desde 1997. Ela reside na missão de Cachoeira Paulista (SP) e atua no Setor infanto-juvenil com produção de conteúdo para crianças e adolescentes. Rosení também prega encontros para casais junto com seu esposo, Alexandre Oliveira. Semanalmente, o casal comanda uma live oracional no Instagram da @cancaonova. A missionária é colunista, desde 2013, do portal cancaonova.com. Também é organizadora do livro '#Adolescente – de quase tudo um pouco', pela editora Canção Nova, e do DVD 'Um lugar bem legal', pela gravadora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/estar-diante-da-cruz-faz-toda-diferenca/

26 de julho de 2019

Não somos super-heróis, somos humanos!

Fiz questão de conversar com você sobre um assunto muito importante, mas que, muitas vezes, é esquecido: somos seres humanos. Você é ser humano, não é anjo, super-homem nem mulher-maravilha.

Muitos acham que para serem aceitos ou reconhecidos, precisam, de certa forma, negar sua humanidade, assumindo uma caricatura de "super", de "herói". Você sabia que o ser humano é a obra-prima, a pupila dos olhos de Deus? Não somos pouca coisa, por isso não precisamos assumir outra realidade.

Ser humano é ser amor, afinal, Deus é amor. Como filhos d'Ele, só podemos ser amor também. Ser humano é assumir nossas qualidades, que não são poucas, e nossas limitações também. É saber que temos fraquezas, mas que as podemos superar pela graça de Deus. É dizer 'sim', a cada dia, ao desafio de Deus, de sermos plenamente homens e mulheres sarados, curados, livres a ponto de optarmos pelo bem.

Não somos super-heróis, somos humanos!

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Os seres humanos possuem a capacidade de amar

Muitas teorias afirmam que a racionalidade distingue o ser humano dos outros animais. Eu diria que sim, mas não só. Na óptica cristã, o que mais nos distingue é a capacidade de amar a Deus e amar ao próximo.

O  que vem a ser amor no contexto bíblico? Tomemos a Palavra de Deus em 1 Coríntios 13,4-7: "O amor é paciente, é benfazejo, não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho, não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido; não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo".

Acredito que com esses versículos deu para percebermos um pouco do que é o amor. Mas cá entre nós, quem conseguir viver esse amor é ou não mais que super-herói? Esse é o seu chamado, esse é o chamado de cada cristão. Que possamos, com toda alegria, abraçarmos esse chamado de Deus, sabendo que o amor é um dom gratuito que nos é dado se o pedirmos. Deus abençoe nosso bom propósito!

Padre Clóvis A. Melo
Comunidade Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/nao-somos-super-herois-somos-humanos/

24 de julho de 2019

Você sabia que homem sente medo?

Essa afirmação ainda assusta muitas pessoas. Para alguns, dizer que homem tem medo é o mesmo que duvidar de sua masculinidade. Para outros, é dizer que esses homens são fracos, incapazes. No entanto, afirmar que homem também tem medo, pode ser libertador. E mais que isso, pode ajudar a muitos homens que dizem não ter medo de nada, a descobrirem seu verdadeiro papel no mundo: a missão dada a cada um pelo próprio Deus.

Para tanto, basta olharmos para São José, o pai adotivo de Jesus. Se lermos atentamente o Evangelho segundo São Mateus, na passagem sobre o Nascimento de Jesus, veremos que, naquele momento, esse grande santo sentiu medo em virtude de tudo o que estava acontecendo na sua vida. Diz o texto que Maria estava prometida a José, mas antes que coabitassem, ela engravidou por obra do Espírito Santo.

José, por ser homem bom, resolveu rejeitá-la secretamente para não lhe causar mal (Cf. Mt 1,18-19). Ele já tinha se decidido a isso, até que, em sonho, um anjo do Senhor lhe apareceu e disse: "José, filho de Davi, não tenhas medo de acolher Maria como tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo" (Mt 1,20).

Você sabia que homem sente medo?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

José, exemplo de homem de Deus que também sentiu medo

O pai adotivo de Jesus teve medo. Se isso não fosse verdade, o anjo não o teria tranquilizado e dito a frase: "Não tenhas medo". Isso não diminui o heroísmo e as virtudes de tão grande santo. Pelo contrário, mostra que ele não somente teve medo, mas também o enfrentou, confiando na Palavra do Senhor. Com esse impulso divino, assumiu a missão que lhe fora confiada.

O que aconteceu foi algo que precisamos analisar à luz do Antigo Testamento. São José sentiu-se perplexo e sem orientação diante de tão grande mistério, pois sabia que não seria capaz de compreender. Essa reação de fuga diante da presença misteriosa de Deus e, ao mesmo tempo, de medo frente ao chamado divino, nós a vemos repetidas vezes na história de vários profetas e personagens do Antigo Testamento.

Esse ato de José pode, então, significar seu chamamento, sua vocação que, após o assombro frente à tão grande mistério e consequente negativa diante de tamanha responsabilidade, assume a missão que lhe é confiada de proteger a vida do Menino Jesus, Aquele que salva, Deus conosco. Sendo assim, o texto nos apresenta uma dinâmica que deseja chamar a nossa atenção, entre outras coisas, para o chamado e missão do pai adotivo de Jesus.

É preciso transcender o medo

Tudo isso para nos dizer que é normal ter medo. Especialmente, nós, homens, podemos ter medo diante das situações complexas nas quais vivemos, ter medo frente às coisas novas que se nos apresentam, medo do chamado de Deus, medo de assumirmos nosso papel no meio em que vivemos.

Pelo exemplo de São José, não podemos parar no medo. É preciso transcender esse sentimento e captar nesses momentos a doce voz de Deus, que nos chama para a missão e nos conduz pelos Seus caminhos. Para que assim também levemos aos outros, e a nós mesmos, a salvação e a presença de Jesus, o Deus conosco, como o fez o nosso glorioso São José por meio do seu exemplo e, agora, pela sua intercessão.

Na hora da tribulação, o anjo não vos valeu? Valei-nos, São José!



Denis Duarte

Denis Duarte é graduado em letras, especialista em Bíblia e mestre em Ciências da Religião. Professor e vice-diretor da Faculdade Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/afetividade-masculina/voce-sabia-que-homem-sente-medo/

18 de julho de 2019

Os dez atos para o casamento feliz

Para que a família viva bem, é preciso que o casal esteja vivendo bem. Para que uma família seja feliz, é importante que o casal experimente a felicidade. Nesses anos de trabalho como terapeutas familiares, temos atendido casais e, diante dos atendimentos, identificamos alguns atos para um casamento feliz. Muitos autores trataram sobre essa temática, no entanto, para nós, esses atos, comportamentos ou mesmo princípios que abordaremos neste capítulo, serão alguns dos quais identificamos a partir da nossa prática clínica e que julgamos serem de suma importância.

Essas atitudes ou atos dizem respeito a comportamentos que trazem a alegria para dentro da casa, e aqueles casais que os praticam têm menor chance de escolher o divórcio como saída.

Não se vive junto para ser cada vez menos feliz, mas para aprender a ser feliz de maneira nova, a partir das possibilidades que abrem uma nova etapa. (Francisco, 2016, p. 193)

Os dez atos para o casamento feliz

Foto ilustrativa: Andréia Britta/cancaonova.com

O que, na verdade, é ser feliz? O que é ter um casamento feliz?

Será que um casamento feliz é aquele isento de conflitos? Primeiro, é importante entender que não existe casamento sem conflito, pois os relacionamentos geram tensões e, certamente, teremos conflitos no casamento e na família. Mas os conflitos não significam, de forma nenhuma, que somos infelizes ou que o nosso casamento é infeliz. Segundo Ferraz, Tavares e Zilberman (2007),

a felicidade é uma emoção básica, caracterizada por um estado emocional positivo, com sentimentos de bem-estar e de prazer, associados à percepção de sucesso e à compreensão coerente e lúcida do mundo.

Os mesmos autores ressaltam ainda que "a felicidade é uma condição que difere da ausência de infelicidade", ou seja, ser feliz não significa a alegria constante, sem nenhum momento de infelicidade. Esses autores demonstram, com a ajuda de pesquisas, que fatores externos, como riqueza, poder e fama, ou mesmo o fato de nos vestirmos conforme a moda, consumirmos determinados produtos, apresentarmos determinada aparência física e tantos outros elementos são ineficazes na busca da felicidade. O artigo aponta teorias que apresentam o otimismo, a resiliência e, principalmente, a religiosidade como fatores preponderantes para a felicidade. De acordo com o trabalho, as pesquisas atestam que pessoas que se descrevem como religiosas tendem a reportar maiores índices de felicidade e satisfação com a vida.

Isso ocorre, porque a espiritualidade ajuda as pessoas a encontrarem um sentido e um propósito; além disso, ao participar da religião conjuntamente com os demais, os religiosos tendem a se sentir menos sozinhos e, talvez por isso, são mais felizes (Ferraz, Tavares e Zilberman, 2007).

O que é a felicidade?

Para nós, a felicidade, realmente, está no agradecimento e reconhecimento de pequenas situações vividas. A felicidade se encontra nas pequenas manifestações da vida. Se quisermos encontrar a felicidade em grandes acontecimentos, talvez nunca nos reconheçamos felizes. Se olharmos para o nosso casamento com um julgamento minucioso, procurando a tristeza, com certeza a encontraremos, mas se entendermos que a felicidade é simples e que o sofrimento é constitutivo da vida, poderemos perceber a felicidade no nosso cotidiano, mesmo que tenhamos sofrimentos.

Muitas vezes, nós idealizamos um final feliz, mas nos esquecemos de investir na felicidade de cada dia; essa felicidade diária se relaciona a pequenas atitudes, comportamentos simples que nos farão interpretar a vida mais positivamente e, portanto, nos tornarão mais felizes.

Então, para que possamos construir um casamento cada vez mais feliz, nós apontamos alguns atos que poderão nortear a nossa vivência, partindo-se do pressuposto de que a felicidade não se encerra nela mesma, mas no dia a dia, em alguns detalhes. É preciso olhar para o que é bom, para descobrir a felicidade. Somos muitos insatisfeitos. Existe em nós uma dificuldade de reconhecer as boas coisas e de ter um coração grato. Quando não fazemos este exercício de ver o bom e reconhecê-lo, podemos experimentar uma expressão popular que muitos dizem no final da vida: "Eu era feliz e não sabia".

Notadamente, um casamento feliz depende das atitudes tanto do esposo quanto da esposa, uma vez que se trata de um relacionamento e, por esse motivo, claramente, os dois são responsáveis pelo bom andamento do matrimônio. Assim, é indispensável o investimento de ambos os cônjuges, e é preciso que se dediquem para que tudo caminhe para o bem da família. Por isso, entendemos que o investimento deve ser de todos.


A seguir, os dez atos para um casamento feliz:

1. Ter Deus como centro;
2. Buscar a cura pessoal;
3. Estar disposto a não desistir;
4. Perdoar;
5. Ser amigo;
6. Namorar;
7. Dialogar;
8. Priorizar o outro;
9. Ser verdadeiro;
10. Ser tolerante com as diferenças e dificuldades do outro.

Para entender melhor esses mandamentos, adquira o livro "Diagnóstico familiar".

Trecho extraído do livro "Diagnóstico familiar".



Diácono João Carlos e Maria Luiza

João Carlos Medeiros é membro do segundo elo Comunidade Canção Nova. Psicólogo clínico e familiar, Medeiros também é logoterapeuta, sexólogo e mestre em sexologia humana. Casado com Maria Luiza da Silva Medeiros que também é membro do segundo elo Comunidade Canção Nova, é psicóloga clínica e familiar. Ela é pós-graduada em psicoterapias cognitivas e em neuropsicologia.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/os-dez-atos-para-o-casamento-feliz/

15 de julho de 2019

Quando a tribulação vem, como você age?

"É formosa a misericórdia do tempo de tribulação, como nuvem de chuva no tempo de seca" (Eclo 5,26).

Essa palavra é de inquietar o coração de qualquer ser humano, além de despertar um questionamento: como posso enxergar belo o amor do tempo de tribulação?

Muitas vezes, quando estamos passando por alguma tribulação, somos tentados a parar unicamente na dor que ela nos causa. Não enxergamos mais nada, apenas nos lamentarmos por viver aquela tribulação. Aí entra a murmuração e, se deixar, escrevemos até um livro com tanta lamentação.

Por causa disso, perdemos a grande oportunidade de experimentar e perceber o quanto é formosa a misericórdia nos tempos de tribulações de nossa vida… Acostumamos-nos a parar somente no negativo e não sabemos transformar as situações, exatamente por não enxergar a beleza das pequenas coisas, apreciar as situações com outros olhos.

Quando a tribulação vem, como você age?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

A misericórdia age no tempo da tribulação

A mão de Deus, muitas vezes, em meio às tribulações de nossa vida, age devagar, silenciosamente, de um jeito simples, até para nos poupar de coisas piores. Mas como não foi do jeito que planejamos, ou saiu dos nossos projetos, somos tentados a só enxergar o negativo da situação. Não é assim que, muitas vezes, acontece conosco?

Sempre que passarmos por tribulações e pararmos nelas, se ficarmos a olhar somente o sofrimento que nos causa, não perceberemos o que essa Palavra nos traz, nem conseguiremos experienciá-la em nossa vida. Perceber o quanto é formosa a misericórdia no tempo de tribulação, consiste em fitar nossos olhos nos pequenos gestos, pequenos fatos, acontecimentos que, muitas vezes, passam despercebidos. Isto é, ver a "nuvem de chuva" que ainda não é chuva, mas é a certeza de que a chuva virá e, por isso, em meio à tribulação, já refaz nossa esperança e confiança em Deus.

Pergunto a você: hoje, diante das tribulações da sua vida, você consegue perceber a "nuvem de chuva"?


Lembre-se de Jesus ao carregar a cruz: Ele olhou para "nuvem de chuva" (ressurreição), mesmo passando pela grande tribulação do calvário. Então, meu irmão(ã): ALEGRIA! Seja fortalecida a sua esperança! Seja fortalecida sua confiança! Todas as vezes que conseguirmos enxergar a nuvem de chuva, conseguiremos ver a formosura da misericórdia no tempo de tribulação, então, nossa esperança será fortalecida para continuarmos nossa jornada nessa vida.

Diante dessa Palavra, convido você a fazer a essa maravilhosa experiência de passar pelas tribulações da vida, mas fitar seus olhos nas "nuvens de chuva" e, assim, provar da grande alegria de ver o quanto é formosa a misericórdia do tempo de tribulação.

Deus abençoe você!

Cícera Gonçalves


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/quando-tribulacao-vem-como-voce-age/

11 de julho de 2019

Saiba os sintomas da Dependência Tecnológica

Nas mais diferentes culturas, aceitamos plenamente que a realidade em nosso tempo é o uso cada vez mais frequente das tecnologias como forma de comunicação, informação, formação e entretenimento. Embora seja um grande desafio gerenciar a quantidade do tempo que passamos diariamente frente a essas máquinas, muito do nosso trabalho está ligado à equipamentos e softwares que facilitam nossa vida, mas diminuem o contato e o relacionamento humano.

Saiba os sintomas da Dependência Tecnológica

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Há alguns indicadores para saber o quanto uma criança tem um comportamento de dependência à tecnologia

Quando falamos em crianças em plena fase de desenvolvimento, podemos pensar no seguinte: quanto tempo elas ficam on-line, jogando? Qual a frequência de tempo frente ao computador? Já parou para analisar essas questões de família? O tempo é apenas uma forma de "medir" se estamos ou não dependentes, mas há outros fatores a serem considerados.

Há alguns indicadores para saber o quanto uma criança (e até mesmo um jovem) está com dificuldade de trocar o computador [por outra atividade] ou até mesmo tem um comportamento de dependência [do equipamento]:

– Quando o jogo – ou o uso de mídias sociais – torna-se a atividade mais importante da vida da criança, dominando seus pensamentos e comportamentos;

– Modificação de humor/euforia: experiência subjetiva de prazer, euforia ou mesmo alívio da ansiedade quando está no ato de jogar;

– Necessidade de usar o computador por períodos cada vez maiores para atingir a mesma modificação de humor, ou seja, para sentir-se bem;

– Fase de Abstinência: estados emocionais e físicos desconfortáveis quando ocorre descontinuação ou redução súbita do uso do computador (intencional ou forçada);

– Vivência de conflitos: pode ser entre aquele que usa o computador excessivamente e as pessoas próximas (conflito interpessoal), conflito com outras atividades (trabalho, escola, vida social, prática de esportes etc.) ou mesmo do indivíduo com ele mesmo, relacionado ao fato de estar jogando excessivamente (conflito intrapsíquico).

Cuidado com a individualidade gerada no uso da tecnologia

Não podemos negar as maravilhas oferecidas pela tecnologia, a facilidade de acesso, a disponibilidade de informações e a realidade que se encontra com este tipo de acesso e relacionamento, porém, cada vez mais frequente se torna a realidade das famílias dividas pela individualidade gerada no uso de tecnologia. Enquanto um fala ao telefone no quarto fechado, o outro está ligado no computador horas sem falar com ninguém, e a outra prende-se à TV, sem parar.


Quantas vezes as crianças, além do uso em casa, deixam de comprar um lanche para jogar nas lan houses? São capazes de passar dias inteiros, fins de semana longe do relacionamento interpessoal. O uso do computador e seus jogos, que era reservado apenas como lazer, torna-se praticamente a atividade principal delas. O sono é prejudicado, a alimentação também, pois as crianças comem em frente ao computador sem ao menos saber quanto e o quê, gerando obesidade. O isolamento continua, e a irritação, por não usar o computador ou imaginar que vão ficar sem ele, torna-se imensa, com um grande desconforto emocional.

Como família, é muito importante que possamos voltar nossa atenção para esse assunto, a fim de que possamos desenvolver crianças e jovens com uma vida mais saudável, favorecendo as relações humanas mais sadias.



Elaine Ribeiro dos Santos

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica pela USP – Universidade de São Paulo, atuando nas cidade de São Paulo  e Cachoeira Paulista. Neuropsicóloga e Psicóloga Organizacional, é colaboradora da Comunidade Canção Nova.