28 de novembro de 2018

Que pecados podem matar a fé?

O mais grave dos pecados contra a fé é a infidelidade

Vimos, no artigo anterior, que a Virtude da Fé é chamada de Teologal por se orientar a Deus e ser dado por Ele para o ser humano. Embora essa virtude seja dada em semente por Deus, é dever do homem permanecer unido a Deus e trabalhar pelo seu crescimento. Desse modo, a fé cresce do perfeito para o imperfeito, ou seja, pelo estímulo de Deus para o ser humano e do imperfeito para o perfeito, isto é, do esforço do homem para chegar a Deus. No entanto, embora Deus dê a fé gratuitamente, o ser humano pode negá-la em si mesmo e, até mesmo, destruí-la. Como aquilo que se opõe a Deus é o pecado, quais são os pecados que destroem a fé?

Que pecados podem matar a fé?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

O mais grave pecado contra a fé é a infidelidade (ST II-II Q10A3). Por ele o homem voluntariamente resiste a fé, não querendo recebê-la, crescer nela ou a distorce. Assim, aquele que procura não conhecer melhor a fé professada pela Igreja, com medo de ser cobrado por esse conhecimento em alusão à palavra "a quem muito for dado, muito será cobrado" (Lc 12,48), peca contra a fé. Essa infidelidade é uma cegueira voluntária, que corrompe e destrói a virtude da fé. A fé deve ser estimulada a crescer e não ser combatida ou cerceada.

Heresia e a apostasia

Dentre os modos do pecado da infidelidade estão a heresia e a apostasia. A heresia, que vem do grego "eleição", tem esse nome porque o herege escolhe ou elege a doutrina que julga ser melhor ou mais adequada para si mesmo. Nega-se, assim, que existe uma doutrina verdadeira que deve ser seguida e defendida, não importando a opinião pessoal que tem-se sobre ela. A partir do momento que se arbitra sobre o que se deve ou se quer crer, escolhendo no que acreditar e no que não acreditar da fé ensinada pela Igreja, adota-se a postura do herege e se destrói a fé. Aquele que já ouviu a expressão: "- Sou católico, mas não concordo com isso e aquilo que a Igreja diz", conheceu um herege de perto. Pode ser um herege que não entrará para os livros de história mas, fatalmente, destruirá a própria fé (e de quem der ouvidos às suas "opiniões" ou "eleições").

A apostasia, por outro lado, é uma forma de infidelidade de quem se afasta completamente da fé em Deus (ST II-II Q12A1). Aquele que teve uma formação católica, foi introduzido nos sacramentos e abandona a Igreja e a fé, é um apóstata. A consequência da apostasia é a morte da fé de um modo mais rápido e eficaz do que a heresia, pois, essa ainda procura conservar alguma coisa da fé, embora a distorça. O apóstata, no entanto, tem como objetivo (e consegue) destruir a própria fé.

Como a fé exige um aplicar-se, conscientemente, no aprendizado das coisas de Deus para se desenvolver, a cegueira ou embotamento da mente é outro vício que destrói a fé. Ou seja, aquele que se aplica a entender, usufruir e aperfeiçoar-se nas coisas terrestres ou materiais, deixando de lado o aprendizado da fé, comete um erro que mata a sua fé. Afinal, acumular títulos acadêmicos após décadas de estudo e permanecer no "jardim de infância" da fé é uma distorção intelectual extraordinária. O conhecimento e aprofundamento em relação à fé tem de caminhar no mesmo tom e qualidade dos outros aprendizados intelectuais. Quando, por negligência, deixa-se de se aprender e aprofundar as verdades de fé, cria-se o pecado da cegueira intelectual que faz a fé ficar débil até morrer.


Entre os inúmeros dons recebidos de Deus, a inteligência é um dos maiores

Por outro lado, o embotamento da mente, causado por uma falta de vivência intelectual em qualquer área, não é menos danoso ou menos problemático. Se aquele que desenvolve toda sua capacidade intelectual em várias áreas, menos no conhecimento da fé, peca; aquele que não desenvolve, também, peca. Entre os inúmeros dons recebidos de Deus, a inteligência é um dos maiores. Ela nos dá a capacidade de ver e compreender o mundo, além de receber e entender a revelação de Deus que contém as verdades de fé. Aquele que embota (debilita, insensibiliza) a sua própria inteligência, não só destrói suas capacidades de viver melhor em sociedade como, também, se priva de aprender a revelação de Deus.

Procurando corrigir-se desses erros voluntários, isto é, os pecados; e dos involuntários, que são os vícios adquiridos por maus hábitos, conseguimos preservar a fé dada, gratuitamente, por Deus. Mas, como se pode aumentar a nossa fé? No próximo artigo nos deteremos nos passos que podemos dar, conscientemente, para aumentar a nossa virtude da fé.



Flávio Crepaldi

Flavio Crepaldi é casado e pai de 3 filhas. Especialista em Gestão Estratégica de Negócios, graduado em Produção Publicitária e com formação em Artes Cênicas. É colaborador na TV Canção Nova desde 2006 e atualmente cursa uma nova graduação em Teologia com ênfase em Doutrina Católica.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/que-pecados-podem-matar-fe/

26 de novembro de 2018

Será que o casamento está fora de moda?

O casamento precisa ser uma relação de troca e cumplicidade vivida pelo casal

Vivemos o que muitos sociólogos dizem: uma pós-modernidade, caracterizada por mudanças drásticas no modo de se colocar no mundo. E, nisso, o homem pós-moderno não é o mesmo que o de antes, ele é fortemente influenciado por essas mudanças caracterizadas pela desconstrução de certezas como relativismo, pluralismo, falta de referências, crises afetivas, consumismo desenfreado, superficialidade, culto ao corpo, perda total de sentido entre outras coisas; porém, o individualismo parece assumir um lugar de destaque.

O que essa aula de sociologia tem a ver com o verdadeiro amor? Tudo, pois ele também sofre com tais mudanças. Percebemos esse resultado na dinâmica do casamento. Casar-se é ter disposição de viver a conjugalidade, porém, essa tem sido ameaçada pela valorização da possível liberdade, a satisfação de cada cônjuge em detrimento do outro, a perda de uma zona de interação entre eles e, assim, uma consequente dependência doentia.

Será que o casamento está fora de moda

Foto ilsutrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

O desafio do casamento

Se a pós-modernidade favorece ao indivíduo o relativismo no pensar, cada um pode agir como lhe convém, o que leva cada um a criar sua ideia e regra a respeito do amor, do homem, da mulher, da família e da fidelidade; entre outras ideias, a própria ideia sobre o casamento. Se podemos ser tudo, acabamos não sendo nada; e o nada é vazio, por isso, acompanhamos tantos casamentos vazios.

Estamos, de tal forma, vivendo esse vazio do pensamento, de que tudo pode, que acabamos vivendo a vida da forma que convém, não nos prontificando a viver as exigências de uma vida a dois. Dessa forma, corremos o risco de valorizar o casamento, somente quando ele nos proporciona uma sensação de bem-estar. Não possuindo a força interior para enfrentar as experiências difíceis que fazem parte do estar a dois sendo um.

Sei que casar é bom demais, mas como tudo que é bom tem seu valor, logo, haverá um preço a ser pago! Como é doloroso acompanharmos casais que se casam, mas, infelizmente, continuam com a cabeça de solteiros. São casais que não são casais. Os homens querem continuar com a vida como era antes e as mulheres reivindicam o direito de ser o que querem e fazer o que lhe "der na telha". Não conseguem harmonizar a individualidade e a conjugalidade e acabam por viver o individualismo.


Ser um só sem perder a essência

O individualismo é destrutivo ao amor verdadeiro, pois, faz com que olhemos somente para nosso umbigo, enquanto a individualidade nos leva a sermos nós mesmos para o outro.

Quando estou no individualismo, busco caminhos fáceis, torno-me imaturo e infantil, não permito que o outro apareça, pois isso é me tornar "não visto" e, logo, se instala o conflito conjugal. Nem de longe há lugar para a belíssima experiência de conjugalidade. O casamento é utilizado para satisfazer somente necessidades individuais, sem compromissos duradouros, tendo como resultado pessoas fragmentadas.

O casamento é fonte de integração. Quando há amor verdadeiro, duas pessoas inteiras podem ser elas mesmas, são livres e autênticas no que têm de bom e não tão bom, mas ambas saem enriquecidas com essa relação. A construção da conjugalidade torna-se fonte de sustento para o amor e jamais um campo minado onde, a qualquer momento, acontecerá uma mega explosão!

Como ser dois sendo um, e um sendo dois? Eis o desafio! Eis a aventura a se viver, rimar individualidade com conjugalidade.

Obs: Quer saber mais sobre esse assunto? Adquira o livro 'Agora e para sempre', de Adriano e Letícia Gonçalves.




Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Formado em filosofia e Psicologia. Atuou na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Hoje atua no Núcleo de Psicologia que faz parte da Formação Geral da Canção Nova. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!", "Quero um Amor Maior" e " Agora e Para Sempre: como viver o amor verdadeiro".


Fonte: 

23 de novembro de 2018

Luz da Fé: Anjos, mensageiros da Salvação de Deus

Como temos nos relacionado com nosso anjo da guarda?

O Catecismo da Igreja Católica, do número 328 ao número 336, traz-nos o seguinte ensinamento de Santo Agostinho: "Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz". Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam "constantemente a face de meu Pai que está nos céus" (Mt 18,10), são "poderosos executores de sua palavra, obedientes ao som de sua palavra" (Sl 103,20).

Como criaturas puramente espirituais, eles são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. Disto dá testemunho o fulgor de sua glória […]. A vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos. Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. "Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida" (São Basílio).

Foto ilustrativa: Andréia Britta / cancaonova.com

A partir desse ensinamento fica claro que: todos nós temos um anjo, o chamado anjo da guarda.

Padre Pio e seu anjo da guarda

Monsenhor Jonas Abib escreveu um livro a respeito dos anjos intitulado "Anjos, companheiros no dia a dia". Nessa obra, ele escreve, também, a respeito de alguns santos da nossa Igreja que viveram uma profunda intimidade com os anjos. Um exemplo disso é o Padre Pio que viveu um relacionamento com o seu anjo da guarda, mesmo trazendo consigo um temperamento muito forte. Durante sua vida, Padre Pio foi, por diversas vezes, atacado pelo demônio, chegando ao ponto de ser até mesmo agredido fisicamente pelo inimigo.

Monsenhor Jonas escreve o que aconteceu numa dessas ocasiões: Quando o anjo demorava a intervir, Padre Pio, confidencialmente, sabia dirigir-lhe uma reprovação áspera e fraterna: Nem imaginam como aqueles infelizes têm me machucado. Algumas vezes tenho a impressão de que vou morrer. Sábado, pareceu que queriam acabar comigo. Não sabia nem qual santo invocar. Volto-me para meu anjo. Depois de esperar algum tempo, ei-lo enfim a voar ao meu redor e, com sua voz angelical, cantar hinos à divina Majestade. Então, eu o repreendi duramente por ter demorado tanto, enquanto eu não me esquecera de chamá-lo em meu socorro. Para castigá-lo, recusei-me a olhar seu rosto, queria afastar-me dele, queria evitá-lo, mas ele, coitadinho, alcançou-me quase chorando, até que, elevando o olhar, vi seu rosto e o encontrei todo desgostoso. "Estou sempre perto de você" ele disse, "nunca o abandono, esta minha afeição por você não terminará nem mesmo com a vida".

Como temos nos relacionado com nosso anjo da guarda?

Quero dizer a você, meu irmão, que o nosso anjo da guarda age conosco do mesmo jeito que o anjo da guarda do Padre Pio agia com ele, ou seja, o nosso anjo da guarda está sempre ao nosso lado. Diante disso, vamos refletir: Como temos nos relacionado com nosso anjo da guarda? Será que apenas nos lembramos de que ele existe quando "nosso calo aperta", na hora da dificuldade ou nos momentos de combate espiritual?

O Catecismo da Igreja e, também, monsenhor Jonas, no seu livro, nos convidam a um relacionamento com o nosso anjo da guarda, gerando, assim, uma intimidade com ele. E "intimidade" não é algo que surge da noite para o dia… Requer que seja trabalhada diariamente. Então, comece agora!


Se, até hoje, você não cultivou um relacionamento com o seu anjo da guarda, não se desespere. Comece a partir desse momento! E, cultive esse relacionamento com seu anjo, dia após dia.

Convido você a rezar comigo essa simples oração, suplicando o poderoso auxílio e proteção desse nosso bom amigo que vem do Céu, oração essa que, muitos de nós, aprendemos com os nossos pais e avós: Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe e me ilumine. Amém.

Um forte abraço!

Assista ao programa:


Alexandre Oliveira

Membro da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Alexandre é natural da cidade de Santos (SP). Casado, ele é pai de dois filhos. O missionário também é pregador, apresentador e produtor de conteúdo no canal 'Formação' do Portal Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/series/luz-da-fe/luz-da-fe-anjos-mensageiros-da-salvacao-de-deus/

20 de novembro de 2018

A Eucaristia é o início de uma vida de comunhão com Deus

Deus nos ensina que comungar bem é a primeira chave para a castidade

Em nossa série de textos sobre a confissão, apontamos alguns erros que estão velados, mas que são latentes em nosso dia a dia. Logo em seguida, procuramos trazer alguns remédios para superar esses erros e nos colocar no início de uma vida de comunhão com Deus.

Espero que, mais do que aprendendo alguma coisa, você já esteja colocando em prática o que sugerimos. É experiência vivida e testemunhada dos ensinamentos da Santa Igreja de Deus que, como mãe, nos quer ensinar a estarmos próximos do nosso Senhor.

A Eucaristia é o início de uma vida de comunhão com Deus

Foto Ilustrativa: Arquivo CN/cancaonova.com

O caminho espiritual

Com o texto de hoje, daremos mais uma dica, um norte, uma luz para que seu caminho espiritual torne-se mais concreto e fecundo.

Nós não somos acostumados a pensar que, quando Deus criou todas as coisas, Ele não as criou do nada e as deixou sozinhas. Não era possível tirar alguma coisa do nada absoluto e deixá-la existindo sem uma força que a mantivesse existindo. Deus era o único que estava na existência e, Ele, não tinha matéria.

Portanto, para a primeira coisa permanecer na existência, Ele precisou e precisa mantê-la na existência. Assim se fez desde a primeira, até a última coisa criada. E essa obra de criação está acontecendo até hoje. Cada vez que existe a fecundação de um óvulo, por um espermatozoide, Deus cria do nada uma nova alma. A nossa alma é mantida na existência por Deus, exatamente como ocorre com as coisas. Somente que, em nossa alma, Ele a mantém de um modo todo especial: habitando nela. Toda a Santíssima Trindade habita em nós!

O primeiro ente, na escala natural, que é capaz de ouvir a Deus e ter um relacionamento com Ele, somos nós. Ele nos chama todos os dias para participarmos da Vida d'Ele. Nós não conseguimos O ouvir, por conta do pecado original e dos nossos pecados e paixões. Esses tantos pecados nos torna cegos e surdos à presença e à voz de Deus em nossa vida.

Em Gênesis está claro como Deus se comunicava conosco antes do pecado original. Era um relacionamento direto e claro.

Uma vida plena de oração

Como fomos nos afastando d'Ele, Ele passou a se revelar a nós para nos ajudar. Revela-se a nós tanto pelas Escrituras, como no coração do homem. Fez mais, o Verbo se fez carne e habitou entre nós! (Jo 1, 14). Ele mesmo, como pessoa, resolveu transmitir- Se pessoalmente! Ao se revelar, Jesus deu-Se de modo que fosse possível fazer uma experiência com Ele. É mais do que entender o que Ele está querendo dizer, permanecer em Sua Palavra é o mesmo que permanecer Nele!

Ele comunica-Se conosco falando em nosso interior, que é onde Ele habita. E essa experiência só é possível com uma vida de oração: como Maria que estava aos pés de Jesus, ao contrário de Marta que trabalhava bastante pelos outros, mas não se colocava aos pés do Mestre (cf.: Lc 10, 38-42).

Tudo o que Jesus ouviu do Pai, Ele nos deu a conhecer no Novo Testamento. E para entender o que o Senhor nos revelou, precisamos abandonar o pecado, praticar as virtudes, pedir a graça da fé e meditar na Palavra de Deus. Esse foi o caminho que viemos comentando até aqui.

Devido a nossa natureza decaída, Jesus redistribuiu as graças de Deus, pelos méritos de Sua morte. E, por meio de Sua natureza humana, voltamos a merecer Suas Graças.

Ele ressuscitou e está fisicamente presente, em algum lugar do universo, distribuindo Suas graças para toda a humanidade. Toda e qualquer graça nós recebemos pela humanidade de Cristo.

Isso tudo para nos facilitar o acesso as coisas espirituais. A encarnação foi para nos dar mais facilmente essas coisas e Sua morte e ressurreição para que O amássemos mais.

Com uma só palavra, Jesus poderia liberta- Se imediatamente de todos os flagelos pelo qual passou. Mas Ele fez o contrário, aguentou uma flagelação maior do que as outras sem dizer nenhuma palavra. Era tudo para nos provar o tanto que nos ama. Na história humana, não teve nenhum outro relato de alguém que tenha sofrido tanto por outra pessoa, especialmente por alguém que, por muitas vezes, nem lhe queria bem.


Instituição da Eucaristia

Porém, Ele fez algo a mais e tão espetacular quanto a Sua morte e ressurreição. Ele fez-Se ainda mais próximo! Ele, na última ceia, instituiu e nos deu a Eucaristia, pois até ali, éramos servos. Na instituição da Eucaristia, nos tornamos seus amigos, porque não tem maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos (cf.: Jo 15, 13).

Quando o pão é tornado o Corpo de Cristo, ali não está uma cópia do Corpo de Cristo, e sim o Seu próprio Corpo ressuscitado. Assim acontece, também, com o vinho, que é o próprio Sangue de Cristo. É um toque que fazemos no Corpo ressuscitado de Cristo. Exatamente no mesmo Corpo ressuscitado que está num ponto específico do universo, e que está, também, ali no pão consagrado. Ali estão o Corpo, a Alma e a Divindade de Cristo.

Essa presença Eucarística de Cristo está na hóstia enquanto durarem as aparências do pão. Ou seja, se diluímos a hóstia, ali não estará mais a presença real de Cristo Eucarístico. O mesmo se dá quando nosso estômago corrompe as espécies consagradas do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo. Por aproximadamente dez minutos (tempo que leva para nosso estômago corromper a hóstia consagrada), o Senhor está unido fisicamente a nós! Isso é para que, nesses dez minutos, possamos amar, de todo o coração e com todas as forças, o Senhor Jesus Cristo que está ali, dentro de nós, esse 10 minutos nos leva a fazer uma experiência de fé.

O efeito próprio da Eucaristia é o de levar o amor ao ato, o amor de união. E, esse amor nos dá uma castidade infusa imbatível em pouquíssimos dias! Recebemos todas as virtudes infusas de uma só vez!

Ele quer que creiamos nisso tudo, o que já terá sido um efeito da Sua graça e, com isso, O amemos com fé.

Eucaristia: a ligação entre nós e Deus

Se nos aproximamos com fé e devoção da Eucaristia, assim como aquela mulher que padecia de um fluxo de sangue, e uma força vinda de Jesus a curou, também, uma força sairá da Eucaristia e nos dará uma força de amor. Uma força para levar o nosso amor ao ato. Não é somente um amor para a cura física, mas antes, uma força para nos fazer amar mais e melhor e a ter uma proximidade ainda maior do Senhor.

Cada vez que fazemos isso, nós nos aproximamos ainda mais do Senhor. Muito melhor que somente por meio da oração, com a repetição da Eucaristia, será cada vez mais claro que ali tem algo de sobrenatural.

Porém, há algo muito importante: é preciso estar em estado de graça! Caso contrário, não funciona como estamos descrevendo. Leia os textos anteriores dessa série para que você entenda o que é o pecado, perceba quando o cometeu, o deteste, se confesse do jeito certo e só então essa experiência será real.

Eucaristia é um momento de fé

A experiência de fé que fazemos com a Eucaristia, precisamos repetir em oração pessoal. Escolha um momento durante o dia para se unir a Cristo pela fé, em oração, procurando sentir a mesma presença de Cristo, ainda que mais suave. Estando em estado de graça, pela fé, é possível sentir a presença de Cristo que habita em nós e nos sustenta na existência. A Eucaristia é o meio de aprendermos a fazer isso.

Peça o dom da fé todos os dias! Para pedir já é preciso crer e,  para crer é preciso pedir. É passar de uma fé menor, para uma maior.

Na mesma proporção que o coração for percebendo e sentindo cada vez mais esse crescer da fé, é necessário reservar mais e mais tempo para a oração. Crescer cada vez mais nessa experiência e intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo.

Semana que vem, começaremos a tratar mandamento por mandamento da lei de Deus.  E, você poderá ver, ao termino da série, como eles englobam absolutamente toda a nossa vida moral e espiritual.



Roger de Carvalho

Roger de Carvalho, natural de Brasília – DF, é membro da Comunidade Canção Nova desde o ano 2000. Casado com Elisangela Brene e pai de dois filhos. É estudante de Teologia e Filosofia.
Autor do blog "Ad Veritaten".


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/series/confissao/a-eucaristia-e-o-inicio-de-uma-vida-de-comunhao-com-deus/

14 de novembro de 2018

Qual a importância das Virtudes Teologais?

As virtudes precisam ser exercitadas

Comumente o ser humano tem a necessidade de formar e praticar hábitos. Afinal, aquilo que o homem se habitua a realizar, não mais compromete completamente a sua capacidade intelectual e sua vontade durante a realização. Permitindo-se, assim, que o foco da atenção esteja voltado a coisas mais importantes ou mais urgentes. Por exemplo, aquele que, após duro esforço, aprende a andar de bicicleta com desenvoltura, habituando-se a isso, consequentemente, realiza o ato de andar de bicicleta sem se preocupar com isso. O hábito facilita as ações humanas. Além de hábitos físicos ou voltados para o fazer coisas, podemos, também, falar de hábitos morais, ou seja, as atitudes que repetimos frente à vida ou às pessoas. Ao tratar dessa espécie de hábitos, os filósofos gregos notaram que existem hábitos que aperfeiçoam o ser humano, levando-o a ser melhor. A esses hábitos dá-se o nome de virtudes.

Qual a importância das Virtudes Teologais?

Foto ilustrativa: baona by Getty Images

Virtude x Vício

A virtude, portanto, é aquele hábito que permite que se tome a atitude certa perante as mais diferentes ou difíceis situações. Por outro lado, os hábitos que nos prejudicam fisicamente ou moralmente são chamados de vícios. Os vícios são, portanto, também hábitos, mas longe de aperfeiçoar o ser humano, o deformam ou o afastam de sua plena realização.Assim, precisa ficar claro que, os vícios não são somente escolhas por coisas ruins, mas também escolhas que a princípio poderiam ser boas, porém, acabam exageradas e distorcidas.

Aristóteles reforça que a virtude é sempre a escolha do meio, o ponto ideal dentro de uma série de possibilidades erradas. A virtude no comer, por exemplo, está em realizar esse hábito na medida certa. Todos sabem que quem come muito abaixo do necessário para se viver, prejudica sua saúde, mas também, sabemos que comer muito é danoso. Desse modo, o comer em si é bom e necessário, no entanto, pode tornar-se um vício se não é exercitado da maneira correta.

Exercitar-se nas virtudes é, desse modo, exercitar-se em realizar o melhor em cada situação concreta. Então, percebe-se a necessidade de aprofundar-se na prática das virtudes morais e cardeais para ter-se uma correta vivência na sociedade e consigo mesmo.

Afinal, qual a virtude certa para cada ocasião? Somente o hábito de cada uma delas poderá nos dizer.

Os hábitos que nos levam para Deus

Dentre todos os hábitos bons ou virtudes que se tem o dever de exercitar, três são fundamentais: as virtudes da fé, da esperança e da caridade. Essas três virtudes são chamadas de teologais, porque referem-se a Deus, não somente como assunto, mas e isso as definem, como fim último ou objetivo. Ou seja, pode-se dizer que são virtudes que encaminham o ser humano para Deus.

Se as virtudes que nos fazem vivermos melhor conosco mesmos e com os outros são importantes, aquelas que nos preparam para viver com Deus, aqui nesta vida e por toda a eternidade, são ainda mais fundamentais.

Elas possuem outra característica importante: o próprio Deus precisa fornecê-las. Como se tratam de virtudes espirituais, não existe modo de adquiri-las por meios naturais, isto é, a partir de uma educação ou esforço próprios. As virtudes teologais são infundidas (de infusão) no momento do Batismo, onde se recebe todos os dons espirituais por participar do Espírito de Cristo.

É neste momento que a alma se torna novamente "capaz" de Deus. Essa capacidade de comunicar-se e unir com Deus é, também, restabelecida pela confissão dos pecados mortais, para aqueles que caíram após haverem sido batizados. Assim, como os dons do Espírito Santo e as virtudes morais infusas, somente Deus pode infundi-las na alma.

Veremos, nos próximos artigos, como essa "semente" de virtude pode e deve ser desenvolvida. Veremos, também, como, embora as três virtudes teologais sejam infundidas por Deus ao mesmo tempo, elas só se desenvolvem sequencialmente: primeiro a fé, que provocará a esperança, que possibilitará o desenvolvimento da caridade.

"Kit básico" para a salvação

Por ora, é fundamental perceber que as três virtudes teologais são aquelas que possibilitam o desenvolvimento de nossa vida espiritual e nos preparam, adequadamente, para a vida eterna. Sem elas, não há intimidade com Deus. Sem elas, a chance de se manter de pé frente ao julgamento do cordeiro (Ap 20,12) é mínima. Sem essas virtudes, até a salvação de nossa alma corre risco. Afinal, se Deus providencia a todos o estritamente necessário para a salvação, as virtudes teologais estão entre este "kit básico" que incluem os dons e os sacramentos.

Também, precisa ficar claro que, são as virtudes teologais que possibilitam o uso pleno e correto das virtudes morais e cardeais (CIC 1813). Sem as virtudes teologais, as outras virtudes deixam de ser virtudes autênticas. Afinal, qual a diferença entre um treinamento eficaz, doutrinação ou lavagem cerebral para se ser paciente e a virtude da paciência? Se, "por fora", as atitudes são as mesmas, é a decisão livre tomada pela inteligência e pela vontade "do lado de dentro" que caracterizam uma verdadeira virtude. E são as virtudes teologais quem reeducam e formatam a inteligência e a vontade segundo o projeto de Deus.

No próximo artigo, iniciaremos pela primeira virtude teologal a se manifestar plenamente no homem: a virtude da fé.



Flávio Crepaldi

Flavio Crepaldi é casado e pai de 3 filhas. Especialista em Gestão Estratégica de Negócios, graduado em Produção Publicitária e com formação em Artes Cênicas. É colaborador na TV Canção Nova desde 2006 e atualmente cursa uma nova graduação em Teologia com ênfase em Doutrina Católica.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/qual-importancia-das-virtudes-teologais/

5 de novembro de 2018

Por que muitos homens não gostam de ir ao médico?

Homens × saúde

Com o fim do mês de outubro, vimos várias campanhas em torno da cor rosa, afinal, foi Outubro Rosa, mês de falar da saúde da mulher. Não só do câncer de mama, mas da relação da mulher com sua saúde. Logo depois,  somos lançados no azul, com a campanha Novembro Azul. Agora, já é hora de falar da relação dos homens com sua saúde. No entanto, essa campanha parece ser mais tímida (é mais recente que o Outubro Rosa), ainda está engatinhando em relação às ações concretas.

Reflitamos: por que, para o homem, é tão "tensa" essa realidade de relacionar-se com sua saúde? Por que, para o homem, é algo demorado a ida ao médico? (Isso quando ele vai!). Poderíamos pensar em várias respostas ou tentativas de respondê-las,  mas vamos refletir alguns pontos que podem nos ajudar a chegarmos a um possível consenso.

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Foto Ilustrativa: Martin Barraud by Getty Images

1º) Fomos criados para ser fortes

Desde pequenos, quando caíamos no chão, esfolávamos os joelhos ou arrebentávamos o dedão do pé, escutávamos: "Seja forte! Não chore. Não foi nada! Levante-se logo daí". Não podíamos mostrar fraqueza, afinal, "homem não chora". Isso, de certa forma, deixou marcas em nós e um desconforto ao assumirmos fragilidades. Logo, ir ao médico é, no mínimo, assumir que "não somos imortais", que podemos estar "falhos" (doentes). Isso seria assumir as fraquezas. Então, deixe o médico para lá, pois "isso é para os fracos!".

2º) Homem não sente dor

Nossa relação com a dor, na linha do 1º ponto, seguiu o mesmo caminho. Às vezes, sentíamos uma baita dor, mas, diante dos amigos e até dos pais, tínhamos de fazer aquela cara de "estou aguentando". Dessa forma, assumir que o corpo padece é também tocar na fraqueza e questionar nossa masculinidade.

3º) Nosso tempo é precioso

Nosso tempo é precioso. Precisamos fazer, produzir e realizar algo a todo momento. O masculino traz em si o papel do "fazer" como um dos elementos estruturantes de si mesmo. Logo, ir ao médico é deixar de "fazer" (produzir, realizar), e não dá para perder horas na fila de espera, no consultório do médico ou naquele exame demorado, pois isso seria perda de tempo.


4º) Não somos de muita conversa

Marcar horário para conversar com alguém que mal conheço? Nem pensar! Se nem com minha esposa curto essa história de DR (discutir relação), imagine com um médico! Nós homens, na maioria dos casos, temos dificuldades para falar de nós mesmos. Qual a primeira pergunta que o médico faz: " Como você está?".

5º) Temos medo do desconhecido

Nós homens gostamos de ter controle sobre as variáveis da vida. Logo, não saber o que é essa ardência ao urinar ou a mancha aqui ou aquela dor ali é também ter de enfrentar o desconhecido. Queremos, ao máximo, deixar para depois. Fazer aquele exame e esperar o resultado pode ser angustiante. E se der um… (três pontinhos que angustiam qualquer homem)

Poderíamos ainda falar de várias outras hipóteses de resposta, como o medo que o homem traz de se mostrar, de ser invadido (colonoscopia, endoscopia, toque etc.) ou tocar em sua finitude. São questões que questionam a masculinidade de muitos homens.

Masculinidade

Precisamos nos apropriar de nossa masculinidade, não ter medo de a libertar desses clichês que aniquilam nossa essência masculina. Precisamos assumir que nossa fortaleza não está no fato de sempre sermos fortes e poderosos, mas na capacidade de reconhecer nossas fraquezas e limites, buscando enfrentá-los. Temos de assumir que nossa dor pode ser diminuída quando assimilada como nossa e como verdade de nós mesmos; quando fazemos muito, mas nossa eficiência está no transbordamento do nosso ser. Precisamos integrar nosso eu interior quando nos colocarmos em relação com o outro, buscando ali novas respostas. O desconhecido só amedronta, porque eu o desconheço. Quando o reconheço, encontro nele novas oportunidades de superá-lo.

Nesses novos tempos que estamos vivendo, é preciso que nós homens nos assumamos naquilo que somos, não tendo medo de nossas fraquezas, mas nos permitindo enfrentar, com coragem, nossos fantasmas mais escondidos. Nossa relação com a saúde não deve ser a de "intervenção" (quando já estamos doentes), mas sim de prevenção. Marcar consultas preventivas, exames que podem nos antecipar de grandes patologias tornam-se grandes ferramentas para o exercício de nossa masculinidade. Afinal, um grande homem sempre tem uma boa estratégia! E por que não uma estratégia de saúde?

Vamos marcar sua consulta médica!


Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Formado em filosofia e Psicologia. Atuou na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Hoje atua no Núcleo de Psicologia que faz parte da Formação Geral da Canção Nova. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!", "Quero um Amor Maior" e " Agora e Para Sempre: como viver o amor verdadeiro".


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/afetividade-masculina/por-que-muitos-homens-nao-gostam-de-ir-ao-medico/

31 de outubro de 2018

Como lidar com o sentimento de luto?

O luto é um processo relacionado a todas as perdas significativas que sofremos

Perdi meu padrinho no ano retrasado, vítima de um assaltado em minha cidade natal. Ele foi sequestrado, teve seu carro roubado, foi enforcado e morto pelos assaltantes que queriam apenas seu carro. Ele saiu de sua casa, como fazia quase todos os dias, e foi para o ponto de táxi onde trabalhava há muitos anos, em frente à Catedral de Santo Antônio, em Guaratinguetá (SP), terra de Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, onde grande parte da minha família ainda reside.

Como lidar com o sentimento de luto?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

O telefone do ponto de táxi tocou, e era uma chamada para uma corrida em um bairro afastado do centro da cidade. Foi a vez do meu padrinho Zé atender. Esse era o seu trabalho, o sustento de sua casa; e com o suor de seu trabalho, ele pode formar suas duas filhas. Dessa viagem, meu padrinho voltou sem vida. Por poucos trocados, por um carro, ele foi enforcado, jogado em um buraco, em lugar de difícil acesso. Foram dias procurando por ele! Que triste ver morrer assim alguém que amamos!

Como superar essa ausência? Como suportar uma perda assim?

O luto, em situações como essas, é muito importante. O luto, ao contrário do que se imagina, não faz referência apenas à reação que se tem diante da morte de alguém querido; ele é um processo relacionado a todas as perdas significativas que sofremos. De fato, cada pessoa pode reagir de uma maneira a uma perda, que para ela tenha um valor importante. Na década de 1960, no entanto, uma psicóloga suíça chamada Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004) descreveu cinco fases que, de maneira geral, compõem o processo do luto:

Negação: a pessoa tenta negar a existência do problema ou situação; e, às vezes, evita até falar sobre o assunto. "Isso não pode ser verdade!", pensa.

Raiva: é comum aparecer revolta e ressentimento quando a pessoa se dá conta da perda. "Por que eu?" é o pensamento recorrente.

Negociação: quando a hipótese da perda começa a se concretizar, é comum que a pessoa tente reverter a situação, fazendo um acordo consigo, com outra pessoa ou com a divindade.

Depressão: ocorre quando a pessoa toma consciência de que a perda é inevitável. Tristeza, desolação, apatia e medo são sentimentos comuns nessa fase. Não deve ser confundida com a doença diagnosticada como depressão, que envolve um desequilíbrio químico e tratamento específico.

Aceitação: é a fase em que a pessoa aprende a viver sem aquilo que perdeu. Não significa esquecer ou não sentir mais tristeza ao se lembrar do fato. Por exemplo, um pai nunca vai aceitar a morte de um filho.


Intimidade com Deus

Essas fases não devem ser vistas como obrigatórias e também não seguem, necessariamente, uma sequência. Podem, inclusive, sobrepor-se umas às outras. O mais importante é enfrentar, viver esse momento, permitir-se chorar e sentir o que for preciso, mas jamais estacionar, desistir ou entrar em desespero.

Baseando-me na minha experiência com Deus, digo mais: a intimidade e a confiança em Deus, nessas horas, é a única capaz de nos tirar completamente desse buraco.

Existe um Salmo lindo, e acredito que ele lhe fará bem. É o Salmo 18, que, em algumas traduções, pode ser o Salmo 19: "Em minha angústia, chamei o Senhor, bradei o meu Deus. De Seu templo, Ele ouviu a minha voz; o brado a Ele lançado chegou a Seus ouvidos".


Paula Guimarães

Paula Guimarães é missionária da Comunidade Canção Nova, administradora, jornalista, apresentadora da TV Canção Nova e mestre em Comunicação
e Semiótica pela PUC-SP. Ela é autora dos livros "Como ser feliz em família – 15 passos para encontrar felicidade em seu lar", "Esperança, cadê você? O que fazer para não entrar em desespero" e "TV Canção Nova – A vida por trás das câmeras" pela Editora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/como-lidar-com-o-sentimento-de-luto/