11 de janeiro de 2018

Amar é voltar a sentir-se especial para o outro

Amar uma pessoa é querer que ela seja feliz

Amar alguém e dizer que a amamos é muito mais do que expressar o que sentimos; é deixar  bem claro à outra pessoa que, estamos dispostos a realizar todas as coisas para fazê-la feliz ao nosso lado. Embora, o amor seja definido como um sentimento, a manifestação dessa emoção é traduzida em gestos e atitudes. Isso aplica-se, também, ao amor entre irmãos, pais, filhos, colegas. E, em nada esse "bem-querer", difere-se em intensidade da manifestação vivida entre homens e mulheres, decididos a viver o desafio da vida comum compartilhada.

Quanto mais convivemos com as pessoas, tanto maior é o nosso conhecimento a respeito delas. Assim, apesar de manifestarmos e dizermos por várias vezes que amamos alguém, também estamos sujeitos a outros sentimentos, como raiva, medo, inclusive, certa insatisfação, mesmo que seja por alguns momentos. Da mesma maneira que, a febre no organismo pode indicar infecção, as possíveis insatisfações no relacionamento são indicadoras de uma situação que merece atenção especial.

Amar é voltar a se sentir especial para um outra pessoa

Foto Ilustrativa: Cecilie_Arcurs / by Getty Images

Relacionamento

Ninguém reclama da falta de alguma coisa, sem antes ter experimentado suas vantagens. Sabemos o quanto é bom ter voltado a nós, a atenção e o carinho de alguém; todavia, muitas vezes, no convívio do dia a dia ou tomados por outros afazeres, deixamos de lado coisas simples, mas, de grande importância para a manutenção do casamento. Hábitos que anteriormente eram comuns no tempo de namoro ou no início da vida conjugal, infelizmente, ao longo dos anos, tornaram-se raros por parte de um dos cônjuges, como por exemplo, passear de mãos dadas, trocar beijos e carinhos, assim como outras afabilidades no tratamento.

Ao deparar com a rarefação dos carinhos e das delicadezas, anteriormente presentes na vida dos casais, pode-se achar que o relacionamento conjugal está fadado à mesma rotina de outros – muitos dos quais não podem nos servir de modelo. No entanto, não podemos permitir que os problemas e as insatisfações manifestadas, roubem de nós a pessoa amada. O descaso às queixas do cônjuge, acabará por extinguir da vida do casal, aquilo que os uniu – o amor.


Aprendendo a conviver

Tentar acostumar-se com a situação, ridicularizá-la ou responder com sarcasmo ao que foi relatado, apenas provoca feridas e pode provocar consequências desastrosas para aqueles que, até pouco tempo, eram cúmplices em seus propósitos. Portanto, uma vez conhecidos os entraves da convivência, não podemos nos comprometer somente com as promessas de mudança, pois essas precisam ser assumidas com atitudes.

Assim, revigorados pela disposição em voltarmos a ser especiais ao outro, evitaremos que os muros das superficialidades e do individualismo surjam no campo dos sentimentos, nos quais paredes jamais podem existir.

 

9 de janeiro de 2018

Como você lida com seus pensamentos negativos?

Quanto mais evitamos uma situação, mais ela nos amedronta com pensamentos negativos

É muito comum, ao nos ferirmos em nossos relacionamentos, dizermos frases assim: "Nunca mais vou me envolver com outra pessoa", "Nunca mais terei alguém". E, a partir dessas frases, de fato, a pessoa jamais se abre para outras possibilidades ou avalia todas as pessoas ou situações da mesma forma.

Muitas vezes, percepções distorcidas, interpretações exageradas ou extremamente negativas determinarão a forma como passamos a ver o mundo, as pessoas e os relacionamentos. A partir daí, uma espécie de fechamento se dá em nossa vida, e começamos a evitar situações ou pessoas. E quantos de nós já não vivemos isso?

Como você lida com seus pensamentos negativos-

Foto Ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com

Quais são os seus medos?

Os conceitos que vamos construindo a respeito do mundo estão diretamente ligados às nossas percepções, crenças, cultura e aos nossos valores; muitas vezes, ligados também aos nossos diálogos internos, os quais parecem extremamente reais, ou seja, levam-nos a acreditar em coisas que nem sempre correspondem às verdades dos fatos.

Por exemplo: muitas pessoas se queixam de medos intensos e ficam bloqueadas para fazer algo. Se pararmos e olharmos a fundo, nem sempre esse medo corresponderá a algo possível de ocorrer. Acontece que, ao pensar de forma negativa e disparar uma série de pensamos distorcidos sobre uma situação, todo nosso corpo se mobiliza; então, surgem as fobias, o pânico, o desespero, uma ansiedade aumentada que, no fim, mexe diretamente com nosso corpo.


Como reconhecer os pensamentos negativos?

Assim como no medo, quando nos confrontamos com uma situação que nos bloqueia, podemos pensar em algumas situações para lidar com tais sentimentos:

1- Procure compreender de onde vem esses sentimentos e se, de fato, eles correspondem a algo possível de ocorrer, ou se não é um exagero dos seus pensamentos;
2- Enfrente uma situação e aja racionalmente, isso ajuda especialmente na superação de uma dificuldade. Quanto mais evitamos uma situação, mais ela nos amedronta;
3- Procure analisar a situação de uma outra forma. Se há, por exemplo, uma dificuldade nos relacionamentos afetivos, não necessariamente você precisa se isolar e se fechar ao outro. Pense o que acontece com seus relacionamentos, quais posicionamentos deve tomar, como vê o mundo e procure uma nova forma de reagir e avaliar seus pensamentos;
4- Quando estiver passando por um momento difícil, procure respirar e avaliar a situação. Não fuja do que está acontecendo e evite uma postura de fechamento. Lembre-se: mesmo que algo não tenha dado certo uma ou mais vezes, não significa que você está condenado a coisas tristes e nunca mais terá um relacionamento positivo.

Quando aprendemos a reconhecer nossos pensamentos, podemos ter uma nova atitude diante dos acontecimentos. Ao deixar de lado ideias negativas, deixamos que uma forma de ver a vida mais racional e equilibrada, faça-se presente. Certamente, todos ao nosso redor receberão os resultados positivos dessa mudança de pensamento e comportamento.

6 de janeiro de 2018

Como fazer o encontro do nosso tempo, com o tempo de Deus?

Aproveite o seu tempo para viver sua fé e Deus lhe ajudará

"Quando completou-se o tempo previsto, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, para resgatar os que eram sujeitos à Lei, e todos recebermos a dignidade de filhos. E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "'Abá, Pai!'" (Gl 4,4-6). O tempo do relógio e dos calendários não são suficientes para entender a vida humana. Faz-se necessário ver o tempo, do ponto de vista Daquele que é  o Senhor do tempo e que o supera; para Ele "um dia é como mil anos, e mil anos como um dia" (2 Pd 3,8). De fato, diante de Deus afirmamos com clareza: "Nossos anos de vida são setenta, oitenta para os mais robustos, mas pela maior parte são fadiga e aborrecimento, passam logo e nós voamos. Quem conhece o ímpeto da tua ira, quem teme a violência do teu furor? Ensina-nos a contar nossos dias e assim teremos um coração sábio" (Sl 89, 10-12). A plenitude do tempo chegou quando Deus quis!

Como fazer o encontro do nosso tempo, com o tempo de Deus? Como fazer para que os dias do ano que termina, não voem como penas ao vento e se percam, e sim, tenham sentido profundo e sejam incorporados como tesouro em nossa história? A Igreja aprendeu, no decorrer dos tempos, a contar os dias a partir de seu Senhor, para não parar nas fadigas ou no ócio eventual que, acabam até por irritar nossa frágil natureza. É que para os homens e mulheres de fé, o tempo que corre, chama-se história de salvação e, não minutos aproveitados ou desperdiçados. "Tudo coopera para o bem dos que amam a Deus" (Cf. Rm 8,28).

Como fazer o encontro do nosso tempo, com o tempo de Deus-

Foto Ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com

Qual é a chave do tempo?

A chave do tempo está em: professar a fé e declarar o amor a Deus. Então, tudo adquire seu pleno sentido, porque a primeira escolha é amar a Deus, antes de optar pela alegria ou pela dor, pelo riso ou pelas lágrimas. Trata-se de buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas serão dadas por acréscimo. Por isso, a pessoa de fé, entende que não há motivos para se preocupar com o dia de amanhã, pois esse terá sua própria preocupação! "A cada dia basta o Seu cuidado" (Cf. Mt 6,33-34).

Com o dia de hoje há que se "ocupar", viver bem cada momento presente, transformando-o em oportunidade para amar a Deus e ao próximo. Se, com tal afirmação, alguém possa parecer simplista, apenas aceitemos o desafio de experimenta-la, e será possível ver os frutos.

Nesta perspectiva, o que fazer do passado, cuja sombra tantas vezes aparece como fantasma que assusta? Primeiro, uma gratidão imensa pelos dons recebidos, pelo bem que a pessoa foi capaz de fazer, um olhar positivo sobre todas as pessoas e acontecimentos. Depois, uma decisão carregada de sabedoria é experimentar o perdão. Perdoar as pessoas que nos ofenderam, perdoar a nós mesmos pelas falhas, faltas e pecados e, mais ainda, recorrer à fonte do perdão que é a misericórdia infinita de Deus. Continua válida e profundamente curativa a proposta da Igreja, que se chama "Sacramento da Reconciliação". Uma boa e sincera confissão, diante daquele tribunal cuja sentença é sempre a absolvição, é um santo remédio, e quantas são as pessoas que necessitam redescobri-lo.

Ainda à mesma luz, nenhum ano é perdido e jogado no lixo. Ao invés de tentar esquecer os revezes da sociedade ou da política, ou, quem sabe, as derrotas pessoais em todos os campos, que tal integrar tudo, aproveitando para o bem as lições deixadas pela vida?


Há algo a fazer com o futuro, que muitas vezes repetimos pertencer a Deus e, é verdade! Insegurança é pretender adivinhá-lo, ou antecipá-lo, "morrendo de véspera". Serenidade é deixar que ele aconteça. Inteligência é aprender a confiar na Providência de Deus e equilibrar os passos do dia a dia com previdência e equilíbrio. Maturidade é estarmos prontos a fazer o que depender de nós, superando a ansiedade que nos tira a paz.

Faça o seu ano diferente

Entretanto, o que temos à disposição é o presente, e o futuro será uma sucessão de momentos presentes bem vividos! O dia 1º de janeiro, Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, é Dia Mundial da Paz. Na belíssima oração da "Ave Maria", cujas palavras brotam tão espontaneamente de nosso coração, dizemos assim: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém". Quanta sabedoria e piedade em tão poucas palavras, repetidas por nós desde a mais tenra infância. Só temos certeza de dois momentos! O de nossa morte, quando deveremos apresentar-nos diante de Deus, em nossa páscoa pessoal, e esperamos que seja de grande alegria, e o "agora". Sim, na "Ave Maria" rezamos o mistério do tempo, comprometendo-nos a viver intensamente este agora, repleto de possibilidades, desafios e alegrias, acolhendo com prontidão a tarefa cotidiana de preencher com amor, todas as nossas decisões e os passos a serem dados.

Para o ano que está para começar, é bom fazer o propósito de preencher com amor o relacionamento com as pessoas, e esse é o melhor meio para sermos felizes. Falando da acolhida aos migrantes, o Papa Francisco propõe quatro atitudes, a serem praticadas em relação a eles, e nós os temos bem perto (bastando pensar nas levas de indígenas, vindos de outros países, que aportam em nossa região norte). O Papa Francisco  indica com a luz da Palavra de Deus, as práticas que servirão para iluminar, a partir dos irmãos mais pobres, todo o relacionamento humano, no tempo que nos é dado: "Acolher", não repelir as pessoas para lugares onde as aguardam perseguições e violências: "Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos" (Hb 13,2). "Proteger" lembra o dever de reconhecer e tutelar a dignidade inviolável dos que fogem dum perigo real em busca de asilo e segurança e impedir a sua exploração: "O Senhor protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva" (Sl 146,9). "Promover" é apoiar o desenvolvimento humano integral dos que chegam de fora, pois Deus "ama o estrangeiro e dá-lhe pão e vestuário" (Dt 10,18-19). "Integrar" é permitir que esses irmãos e irmãs participem na vida da sociedade que os acolhe, para que de todos nós se possa dizer: "Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus" (Ef 2,19). Vale como "programação", para viver o mistério do tempo em 2018, à luz da Palavra de Deus e da Palavra da Igreja!


Dom Alberto Taveira Corrêa

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/ano-novo/como-fazer-o-encontro-do-nosso-tempo-com-o-tempo-de-deus/

2 de janeiro de 2018

Um novo ano começou e quais são seus planos, sonhos e metas?

Mais um ano se inicia! O que você vai fazer de diferente?

Ano novo, vida nova! Depois da virada de mais um ano, existe algo diferente no ar. Já diz o poeta: "Ainda bem que existem janeiros (…)".

Na mídia, na rua, no trabalho é comum ouvir alguém dizer que neste ano vai comprar uma casa, ou viajar para tal lugar, trocar de carro, ou ainda simplesmente, que este ano vai ser diferente!  São sonhos e metas que se entrelaçam e dão um novo ânimo para a vida.

Um novo ano começou e quais são seus planos, sonhos e metas-

Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Qual é a diferença que separa o sonho da meta?

Algo interessante que descobri nesses dias é a diferença que separa um sonho de uma meta. Talvez até hoje, você só tenha sonhado com o que gostaria de realizar na vida, mas, nunca deu nem um passo concreto para realizar esse sonho, ou seja, está vivendo sem meta.

Segundo a psicóloga e escritora Danielle Tavares – "Meta é um alvo definido. Um ponto certo onde se quer chegar. E pode-se aplicar esse conceito nas diversas áreas da vida: família, profissão, estudo, relacionamento afetivo e social, economia, finanças pessoais, etc.".

Em clima de recomeço, considero importante avaliar nossos reais objetivos, e reconhecer quais deles são metas. "Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho já serve."

Quando não buscamos, concretamente o que queremos ou sonhamos, acabamos "atirando para todos os lados" sem acertar o alvo. Desse jeito pode-se chegar ao final sem ter o que comemorar, e isso não é a vontade de Deus, para nenhum de seus filhos, inclusive você.


Que rumo tem dado para sua vida?

Pergunto-lhe: Você sabe que rumo está dando para sua vida, com o trabalho que realiza agora? Tem buscado no dia a dia o que realmente deseja alcançar? Se a resposta for negativa, provavelmente, você não esteja feliz e, é possível que sua vida esteja sem sentido. Daí vem a pergunta: mas e agora, o que fazer? Acredito que, neste e em todos os casos, devemos sempre lembrar de que nunca é tarde para recomeçar. Independentemente da idade ou situação em que esteja, com a graça de Deus e força de vontade, tudo é possível.

Sonhar e querer algo é importante, porém, isso não basta quando se trata de realização. É hora de traçar metas e dar passos concretos.

Ouvi uma historinha há pouco tempo que me ajudou a entender a diferença entre meta e sonho, veja só: Havia cinco macacos no galho de uma árvore: dois deles decidiram pular e pegar algumas bananas que estavam ali perto. Então vem a pergunta: Quantos macacos permaneceram no galho? A resposta é simples: os cinco animais continuaram no galho. Sabe por quê? Porque decidiram pular, mas nenhum deles, de fato, pulou.

Comece o ano bem

Precisamos começar bem o ano, para vivê-lo bem por inteiro. Definir as prioridades e dar passos para chegar "no lugar" que se quer, é um ótimo ponto de partida. Disso vem a transformação de vida: a partir das atitudes e preferências concretas do dia a dia. Claro que, isso não se consegue de uma hora para outra; empenho e perseverança são fundamentais. É, também, uma questão de escolha e disciplina pessoal.

O apóstolo Paulo, em uma de suas cartas, diz: "Nenhum atleta será coroado, se não tiver lutado segundo as regras " ( II Timóteo 2 , 5). Que o Senhor nos ensine a buscarmos do jeito certo as metas que queremos alcançar neste ano novo e sempre.

Feliz Vida Nova para você!

29 de dezembro de 2017

Será que fazer planos e traçar metas é realmente viver?

Valorizar o seu tempo e fazer planos é positivo

Quase sempre é assim, mais um ano termina e o coração é povoado por sentimentos diversos anunciando que algo novo está por vir. Nesta época, naturalmente, trocamos presentes, nos confraternizamos, fazemos balanços, saímos de férias, viajamos ou recebemos visitas. Mas não é só isso, essa época, também, traz em si um misto de esperança. É dom da renovação. É tempo propício para avaliar o que vivemos e sonharmos com o que virá.

Muitas vezes, ouvi meus pais fazerem planos e traçarem metas para o ano novo, mesmo que fossem coisas bem simples como: visitar um parente, comprar um brinquedo, reformar a casa, ou coisas assim. O certo é que ao dizerem: "No ano que vem, se Deus quiser, vamos fazer tal coisa", alimentavam em mim e nos meus irmãos, sementes de sonhos e cultivavam a esperança de que estava próxima a nossa realização.

Será que fazer planos e traçar metas é realmente viver-

Foto Ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com

Acredite e confie em Deus

Confiemos em Deus, que é Mestre da esperança e sonhador por excelência. Confiar e acreditar n'Ele, significa seguir as pegadas d'Ele. Aprendi a sonhar dentro de casa, graças a bondade e a simplicidade de Deus, expressas nos meus pais. E quando se fala de fim de ano, trago boas recordações das noites de 31 de dezembro, quando minha família e tantas outras reunidas, esperavam em frente à Igreja Matriz – a contagem regressiva – para a chegada do Ano Novo.

Exatamente à meia-noite, as luzes se apagavam e no céu uma queima de fogos de artifícios iluminava nossos sonhos, e reacendia nossa esperança. Depois de alguns minutos, as luzes voltavam a acender já com um outdoor anunciando o ano que acabara de chegar e votos de felicidades eram ditos. Era um momento mágico e esperado o ano inteiro, nos abraçávamos emocionados desejando: – Feliz Ano Novo. Como se a vida recomeçasse ali, naquele exato momento. Felizmente, grande parte dessa tradição ainda é mantida no pedacinho de chão onde nasci: Bezerros, região central de Pernambuco.

Celebre as vitórias

E, hoje, embora distante dessa realidade, devido à missão que assumo, percebo-me (de vez em quando) pensando nos meus planos, sonhos e metas para o ano que vem. Acredito que onde quer que estejamos, vivendo seja o que for, a vida continua, e a "virada de ano", não pode passar na indiferença. É uma oportunidade que Deus nos oferece para recomeçar em todos os sentidos. A cada tempo a história atualiza os fatos, e me faz tocar na realidade sempre atual. Deus, por amor, veio nos visitar trazendo a libertação e a paz tão esperadas. O nascimento do Menino Jesus mudou o rumo de nossa história, pois sua luz dissipou as trevas de outrora. Com a ternura de Menino pobre, nascido em Belém, veio nos ensinar que somente quando nos doamos e fazemos os outros felizes, quando partilhamos nossos sonhos e acendemos a esperança na alma de quem nos rodeia, é que conquistamos nossa própria felicidade, uma vez que, ninguém é feliz de verdade sozinho!

É tempo de celebrar as vitórias e alimentar sonhos, tempo de fazer memória das coisas boas que marcaram nossa vida e dar asas para a feliz expectativa quanto ao ano que se aproxima. Certamente, coisas muito boas irão acontecer conosco, mas, é preciso acreditar nisso e contribuir para isso!


Entre as recordações, que conservo ligadas a esta época do ano, está a música "Marcas do que se foi", do Roberto Pêra. Hoje, a dedico para você, porque ela traduz um pouco do que penso agora. Se puder, escute-a e seja feliz, não só hoje, mas durante todos os dias de sua vida:

"Este ano quero paz
No meu coração
Quem quiser ter um amigo
Que me dê a mão (..)

O tempo passa e com ele
Caminhamos todos juntos
Sem parar
Nossos passos pelo chão
Vão ficar (…)

Marcas do que se foi
Sonhos que vamos ter
Como todo dia nasce novo
Em cada amanhecer (…)".

Um Feliz Ano Novo com sonhos e realizações!

27 de dezembro de 2017

Como formar crianças emocionalmente fortes e equilibradas?

É possível educar as crianças para serem fortes em todas as áreas da vida?

Nasce o  filho e com ele nascem: o pai e a mãe. E nesse pai e nessa mãe, nasce uma avalanche de sentimentos. Um mix de seguranças e incertezas, coragem e medo. Queríamos uma cartilha que nos ajudasse no sono, na amamentação, nas cólicas, nas febres, nas viroses, na introdução alimentar, no engatinhar, no andar, no falar, no pensar, no amar, no e na (…). "Ufa!". São tantas demandas. E, existe sim, muitas "cartilhas" de como "adestrar" seus filhos. Métodos e mais métodos "infalíveis" para transformar aquela folha em branco chamada filho no "ideal de homem/mulher" que está dentro dos pais.

Até o título desse texto foi de propósito, pois, quem não quer as 5, 10 ou 20 dicas de como formarem crianças para serem emocionalmente fortes e equilibradas? Certinhas e que nunca mostrem fraquezas ou certo desequilíbrio? Quem não quer um filho que não "dê problema"? Quem não quer um "deus" em vez de uma pessoa?

Como formar crianças emocionalmente fortes e equilibradas-

Foto Ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com

Depois de muitas provocações precisamos pensar: "Quero ser para meu filho alguém que, o ajude a ser o melhor de si mesmo ou o melhor que acho que ele deve ser?" Estou preocupado com ele ou comigo mesmo?

Quero entender meu filho?

Por exemplo, muitos pais não querem entender o porquê do choro do filho, que não permite que ele durma; mas, querem a receita infalível para que o bebê pare de chorar e durma. O que está por trás não é a necessidade do filho que chora por uma causa, mas sim a necessidade que o pai/mãe tem de dormir.

Por vezes corremos o risco de "idealizarmos" tanto o filho "perfeito" que não permitimos que ele exista, entretanto, insistimos para que ele "exista" da maneira que julgamos a mais apropriada. Que violência! Colocamos padrões desumanos,como por exemplo, meu filho tem que andar com 5 meses, porque, tem que ser o primeiro em tudo. Deve ler com 1 ano, pois, o da vizinha aprendeu com 2 anos e o meu não pode ficar para trás. Não pode chorar; tem que ser forte e mais forte que o filho dos outros.

Gosto do sentido da palavra -educar- vem do latim: "educere", que significa "tirar de dentro". Educar não quer dizer colocar coisas, como se não tivesse nada lá dentro dele, muito pelo contrário, educar é um processo que oportuniza sair o que em potencial já existe. Todos nós nascemos com um ser bom, justo, amável e etc.. O que precisamos como pais é oferecer o melhor ambiente para que isso possa vir para fora; para que possa aparecer e ser. Nosso trabalho não é o de colocar coisas, e sim, sermos "gatilhos" de identificação para nossos filhos.


Como ter um filho equilibrado emocionalmente?

Se quero que meu filho seja uma pessoa "equilibrada emocionalmente", preciso pensar no quanto eu "ofereço para ele um ambiente equilibrado nas emoções", para que ele se identifique e tire de dentro dele aquilo que ele viu fora.

Contudo, entenda que equilíbrio emocional não quer dizer não ter conflitos, não é isso. Equilíbrio se supõe presença de opostos, logo, conflitos. E esses opostos podem aparecer sem medo e sem desajustar a relação. Pode até tensiona-la, mas não polariza-la. Isso gera no filho a oportunidade de tocar dentro de si, nos próprios sentimentos ambivalentes que existem e, assim, assumi-los, integra-los e os colocar no mundo das relações de uma maneira mais saudável.

Hoje, acompanhamos vários adolescentes, jovens e, até adultos, que não conseguem lidar com as próprias emoções. Não toleram a frustração e partem para atitudes desequilibradas baseadas no rancor, raiva e ódio. Pensemos no quando, durante a infância foram "formados" por um ambiente instável e agressivo. Agem no hoje com aquilo que internalizaram lá na infância.

Qual é a fórmula certa para educar?

Se me perguntarem:

– Então, como educar os nossos filhos? Primeiro pense no quanto você de fato está "educado". O quanto você se conhece, se aceita e se integra. Que referencial você é para o seu filho e como ele assimila isso? Muitas vezes colocamos fardos sobre eles, os fardos das nossas idealizações. Mas, digo a você, seu filho estrutura-se na linha das idealizações que ele faz de você. Ou seja, o quanto você se torna o "ideal" que está dentro dele. Exemplo: se falo para o meu filho que precisa respeitar aos outros, que deve ser honesto e gentil e, no primeiro sinal vermelho do semáforo acelero, não paro carro; estou dando a ele o "ideal da desonestidade" e, entre o que falo e faço, ele ficará com o que eu faço.

Eles nos veem; nos idealizam. Não há métodos infalíveis e livros de receitas para a educação dos filhos, podem até ajudar, mas sempre será no relacionamento de pais e filhos que o "educere" acontecerá. Acredite nisso!


Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Formado em filosofia e Psicologia. Atuou na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Hoje atua no Núcleo de Psicologia que faz parte da Formação Geral da Canção Nova. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!", "Quero um Amor Maior" e " Agora e Para Sempre: como viver o amor verdadeiro".


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-formar-criancas-emocionalmente-fortes-e-equilibradas/

25 de dezembro de 2017

O motivo que nos faz celebrar o Natal

Existe um motivo que nos faz celebrar o Natal

"O povo que andava nas trevas viu uma grande luz" (Isaías 9,1). Esse fato narrado pela Palavra de Deus aconteceu há mais de dois mil anos, no entanto, atualiza-se todos os dias. É Ele o motivo que nos faz celebrar o Natal, pois uma Luz brilhou em meio às trevas!

Há um clima diferente no ar, votos de felicidade, mãos estendidas, confraternizações e brilhos estão por todos os lados! Nas ruas, casas e lojas, por onde quer que andemos, as luzes piscam entre cores e formas, convidando-nos à celebração. Elas iluminam e encantam, trazem um colorido especial às realidades que, durante o ano, foram se tornando comuns e opacas pela rotina do dia a dia. As roupas e os adereços também ganham destaque nesta época; afinal, a moda no Natal é brilhar!

O motivo que nos faz celebrar o Natal

Foto Ilustrativa: ginosphotos, 78889231, iStock by getty images

O que celebramos no Natal?

Somos envolvidos pela correria do comércio. Os presentes, as viagens e tantas outras realidades próprias do fim de ano fazem-nos viver um tempo diferente. Mas será que estamos mesmo celebrando o Natal? Ou seja, será que estamos celebrando o nascimento de Jesus, o Deus que se fez Menino, nascido da Virgem Maria, que veio habitar em meio a nós?

Ele é a verdadeira Luz que brilhou para o povo que andava nas trevas. Ele veio para nos salvar e fazer de nós participantes da Sua vida divina. Trouxe-nos a grande e esperada libertação; por isso celebramos Seu nascimento! Mas será que em nossos dias, tão agitados e interativos, temos tido tempo para tomarmos consciência dessa verdade?


Penso que, celebrar o Natal sem nos deixar envolver pela ternura do amor de Deus, expresso no nascimento de Cristo, é como participar de uma festa sem conhecer os anfitriões e nem o motivo da comemoração. Você está presente, come, bebe, admira a decoração, observa os convidados, mas não tem porque se alegrar, vive tudo de maneira superficial, indiferente. E tenho certeza que não é isso que Deus espera de nós justo na festa do Seu nascimento.

Lugar que Deus escolheu para nascer

Precisamos recordar com urgência o motivo da celebração do Natal, e nos prepararmos com dignidade para esta festa, sem nos deixarmos levar pelo clima externo do consumismo.

Mesmo que isso seja um grande desafio em nossos dias, é preciso fazermos nossa parte como cristãos! Aquela Luz que brilhou na Terra, há mais dois mil anos, é Jesus, a mesma Luz que deseja, hoje, iluminar nossa vida, dissipando toda espécie de trevas que o pecado nos incutiu.

Lembremo-nos de que, nosso coração é o lugar que Deus escolheu para nascer, pois somos únicos diante d'Ele. No entanto, como Pai amoroso que é, o Senhor continua a respeitar nossa liberdade e espera darmos o primeiro passo na direção certa, para que Sua luz entre em nossa vida.


É preciso abrir o coração para Cristo iluminar

Sem abertura de coração, a luz de Cristo não pode iluminar nossa vida! Ou seja: sem nos decidirmos a amar, perdoar, a sermos justos e dedicados, bondosos, alegres e pacíficos, não há como celebrarmos o nascimento de Deus em nós. Sendo assim, o Natal passa a ser mais uma festa sem sentido. Não basta presépios, Missa do Galo, troca de presentes e ceias fartas para o Natal acontecer, é preciso tomar a decisão de uma vida nova, pautada nos ensinamentos de Cristo, que nos conduzem às atitudes concretas e coerentes, à vivência da fé durante todos os dias do ano.

"O povo que andava nas trevas viu uma grande luz" (Isaías 9,1). Ainda hoje existem muitos que caminham nas trevas do pecado, e Jesus deseja iluminá-los por meio de nós. Tenhamos a coragem de testemunhar o amor de Deus, a partir dos pequenos acontecimentos e das escolhas do nosso dia a dia. É esse o tempo favorável para uma vida nova! A luz brilhou em meio às trevas, veio reacender a esperança e nos dar a certeza de que, já não estamos sozinhos. Deus está conosco, Ele é o Emanuel! Sua luz nos contagia e aquece, por isso, abramos nossos corações e tenhamos a coragem de sermos faróis no mundo, levando, com a nossa vida, a luz que é Cristo, aos corações sedentos de amor e paz.

Assim, celebraremos o Natal, a festa verdadeira da Luz!


Dijanira Silva

Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação. Diariamente, apresenta programas na Rádio América CN. Às terças-feiras, está à frente do programa "De mãos unidas", que apresenta às 21h30 na TV Canção Nova. É colunista desde 2000. Recentemente, a missionária lançou o livro "Por onde andam seus sonhos? Descubra e volte a sonhar" pela Editora Canção Nova.