Um dia, alguém me disse que o amor, para ser amor, tinha de doer. Não acreditei muito nisso, mas hoje percebo que é verdade, pois amar é morrer a cada dia para as nossas vontades, é buscar sempre o último lugar, é querer antes a felicidade do outro que a nossa. Tudo isso é muito doloroso, pois dentro de nós, há um desejo de sermos reconhecidos pelo que fazemos, um desejo de sermos retribuídos da mesma forma.
O verdadeiro amor é gratuito, não pede nada em troca, é silencioso, discreto e exigente. Alguns dizem que o amor é um verbo; outros, que é um sentimento; uns, que é uma decisão, mas o que mais me chamou à atenção foi ouvir que ele é um comportamento, pois se alguém me magoa ou me decepciona, vou continuar amando-o, pois o amor dentro de mim é maior que essa frustração. Isso não é ser falso, é ser verdadeiro, pois se fosse um sentimento, na primeira decepção deixaríamos de amar.
Por que o amor dói?
O amor dói, porque exige esse comportamento de sempre esperar, sempre acreditar e descobrir jardins em meio a desertos de tantos corações. Corações feridos por causa de um mundo que prega o amor fútil, de conveniência, de prazer e que vai formando, hoje, pessoas cada vez mais insensíveis, com medo de amar, pois já sofreram muito com esse "tal de amor", vivido de forma incoerente, que escraviza e oprime, ilude e até mata.
Jesus soube viver de forma tão humana quanto divina esse "amor-comportamento", na verdade, foi Ele quem nos deixou o caminho livre para vivê-lo. Ele sim amou verdadeiramente até doer, sofreu, porque nos amou incondicionalmente.
Aliás, o amar e o sofrer andam lado a lado, pois o amor não nos impede de sofrer, assim como o sofrimento também não nos impede de amar. Mesmo que doa, você deve continuar amando. Interessante que o amor "doa", visto que essa palavra tem um duplo sentido: doa de "doer" e de "doar". Faça de sua forma de amar, a alegria para os outros, e você verá que essa dor de amor é algo sublime e simples.
Bom, a decisão é sua para levar essa novidade tão antiga, a esse mundo tão carente do amor verdadeiro. Se até hoje não amamos, talvez seja porque não tenhamos sido amados. Dê o primeiro passo e ame, pois o amor que cura é o amor que damos aos demais. Então, você perceberá que vale a pena amar, mesmo doendo.
O homem realiza a sua identidade mais profunda quando vive a bênção da masculinidade
O primeiro capítulo da Bíblia é um belo poema que narra o projeto original de Deus para a criação. Cada estrofe desta canção é intercalada por um refrão, que é repetido de modo insistente: "E Deus viu que tudo era bom".
Dia após dia, o Criador diz palavras de vida que se tornam realidade. A luz, as terras, as águas, florestas, estrelas, pássaros e peixes, animais de todo tipo são criados. Após tudo criar, Deus abençoa a criação dizendo: "Sede fecundos, encham as águas dos mares e que o pássaro prolifere sobre a terra" (Gn 1,22). A primeira bênção da Bíblia é a bênção da fecundidade. Por meio dela, a obra criada continuará seu curso. A força de vida que Deus depositou em sua obra agora tem vida própria. Cada ser vivo é chamado a colaborar com o Criador, continuando a obra da vida. "E Deus viu que tudo era bom".
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Mas no sexto dia da criação, antes de descansar, Deus criou o ser humano. O versículo 27 [Gênesis] é bastante claro: "Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou; criou-os macho e fêmea". Esta é a identidade original do ser humano. Ele realiza a sua identidade mais profunda quando vive a bênção da masculinidade e da feminilidade. Deus não criou o ser humano como anjo. Criou seres sexuados. A sexualidade é uma força de vida que torna o ser humano capaz de colaborar com Deus ao continuar a obra da criação. O versículo 28 descreve a primeira bênção que a humanidade teria recebido: "Deus os abençoou e disse: 'Sede fecundos, encham a terra' (…)".
A bênção da fecundidade
Após dar a bênção da masculinidade e da feminilidade, dá a bênção da fecundidade. Deus concede esta graça à criação para que o ser humano a administre com responsabilidade. Fomos nomeados "jardineiros" da criação. E, neste momento, o refrão deste belo poema muda de modo surpreendente. Deus contempla tudo o que criou e vê que não é apenas "bom", mas "Deus viu que era MUITO bom" (Gn 1, 31).
Tudo isso é muito sério, pois hoje vivemos um tempo de "anti-bênção", de "anti-criação". Vivemos no meio de uma geração "mal-criada". Nem vou gastar muito tempo em alertar para os riscos de uma "cultura gay" que já não se contenta em exigir "seus direitos". Essa minoria autoritária não suporta ouvir críticas e cria mil maneiras de firmar-se como padrão de comportamento. A coisa é tão séria que muitos homens precisam simular uma certa homossexualidade para não parecer fora de moda. Precisamos defender o direito de ser do jeito que Deus nos criou. É preciso exaltar a família, a sexualidade vivida de maneira serena e sadia.
É verdade que, algumas pessoas trazem o espinho da homossexualidade, e sofrem por isso. Precisam da nossa compreensão e da nossa solidariedade. Mas isso não nos faz tímidos em anunciar que o projeto original de Deus inclui a bênção da fecundidade. É preciso louvar o Criador por isso. Peço, neste dia, por tantos casais que têm dificuldades para ter filhos e que suplicam esta bênção. Peço por tantos jovens que ensaiam para serem bons maridos. Quantas mulheres esperam encontrar esta "bênção de homem". Uma delas me disse que isso anda meio difícil! Por que será?
Como fazer para que não haja divergência entre pais e avós na criação dos filhos?
É comum, em nosso tempo, que a tarefa de cuidar dos filhos, durante o trabalho dos pais, seja confiada aos avós por diversos motivos: confiança, logística para levá-los e, especialmente, por partilhar valores similares aos dos pais, dentre tantos outros motivos particulares a cada família.
O apoio dos avós traz não apenas a ajuda nas tarefas diárias, mas também na transmissão da história da família, dos hábitos, costumes e regras. A partir daí, estamos diante de um grande desafio: alinhar a comunicação entre pais e avós, para que a comunicação com os filhos seja única. Ou seja, como os avós podem transmitir aos netos as mesmas regras que sua família de origem tem? Como não sentir que existe um desalinhamento entre o que pais e avós dizem aos pequenos?
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Qual é a melhor maneira de ajustar tais atitudes?
É comum o relato de mães dizerem que os avós "mimam" os filhos, liberam doces e guloseimas a todo custo e, muitas vezes, elas (as mães) têm dificuldade para alinhar essas regras. Crianças são espertas, e logo percebem se há divergência nessa comunicação e nas regras de pais e avós. Portanto, o primeiro passo importante é manter, dentro do mais próximo possível, as regras que a criança têm em sua casa, quando ficam na casa dos avós, evitando "mandos e desmandos" e uma interferência e quebra de autoridade de cada um deles. As falhas no comportamento precisam ser comunicadas aos pais, bem como qualquer situação que seja relevante.
Uma comunicação clara e aberta entre pais e avós é extremamente importante e reduz consideravelmente qualquer problema. Aliás, é na correria cotidiana que uma boa conversa vai se perdendo em vários ambientes de nossa vida: trabalho, família, amigos e igreja.
Nesse processo de cuidado, é importante e sadio que a criança saiba das figuras de autoridade que os pais e avós assumem. Regras são regras e devem valer em qualquer ambiente, para que essa criança em formação também seja formada nessa convivência. Caso contrário, saberá que, facilmente, poderá dobrar os avós neste cuidado.
Conversar previamente para evitar problemas
É importante também que o diálogo entre os pais e avós se faça presente, pois, quando isso não acontece, as próprias condições desse cuidado ficam desproporcionais. Por exemplo: os pais ajudarão os avós financeiramente, para que essa criança fique lá? Ou ajudará com os lanches, alimento, despesas etc?
Muitas vezes, os avós assumem não apenas a criança, mas as despesas advindas desse cuidado; e quando não existe essa possibilidade, começam aí os primeiros desentendimentos ou a sensação de abuso por parte dos avós. Tudo o que é acordado previamente evita problemas futuros.
A segurança e o apoio emocional de crianças que são cuidadas pelos avós é uma experiência ímpar, que tende a ser muito positiva. Cabe também aos pais avaliar a real possibilidade física e emocional desses avós ao assumirem essa responsabilidade. Não existe uma regra ideal nem uma forma única e específica para essa organização familiar, apenas cabe organizá-la de forma que todos os envolvidos se sintam bem nessa situação.
O desejo com essa reflexão não é impor o que é certo ou errado, pois as famílias encontram formas de estabelecer o cuidado com seus filhos, e isso é essencial. Cada família, em seu formato, compreenderá o que será estabelecido entre as partes, como seus filhos serão cuidados. Esse entendimento, no entanto, é essencial, pois estamos lidando com pessoas em formação, e que, como destacamos, ficam atentas a tudo e a todos. Quanto mais alinhados estivermos, melhor será o resultado das experiências entre pais, avós e filhos.
A tibieza é um fermento do diabo, que quer arrastar todos para o inferno, a começar por aqueles que estão na vida com Deus
Hoje, há um grande esvaziamento espiritual no mundo inteiro. O povo está caindo na indiferença religiosa. A tibieza vai enfraquecendo o relacionamento com Deus, principalmente daqueles que já O conhecem ou tiveram uma profunda experiência com Ele.
O mal de tudo isso é a chamada tibieza que, em primeiro lugar, é a hesitação em responder ao amor de Deus e, se diz ser também: frouxidão, fraqueza, indolência, falta de ardor, ser morno.
A tibieza é o hábito não combatido do pecado venial. Ela tem levado muitos à prostração espiritual, ao desânimo para com as coisas de Deus.
Muitos têm caído no sedentarismo espiritual e se acostumado com a presença e ação de Deus na sua vida e no mundo. Nada para a pessoa tíbia é interessante ou novo, tudo vira rotina para ela. Nesses casos, há um profundo rompimento com a intimidade relacionada a Deus. Deus se torna tão banal para o tíbio que, muitas vezes, nem mesmo existe mais um relacionamento com Ele. E, além disso, torna-se uma pessoa morna em tudo.
Mas o Senhor adverte aos que são mornos: "Conheço a tua conduta. Não é frio, nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio ou quente, estou para vomitar-te de minha boca" (Ap 3,15-16).
Hoje, cresce entre os católicos a falta de ardor, até mesmo entre os consagrados, padres e religiosos. O ardor, o fervor em ser de Deus foi se perdendo de maneira assustadora. E a vida com Deus, para muitos, torna-se um peso ou apenas um trabalho, de uma tal maneira, que se perde o verdadeiro sentido missionário e o amor por ser do Senhor.
Grupos de oração na tibieza
Outras coisas que caíram na tibieza, foram alguns grupos de oração, nos quais não há mais o fervor dos inícios, onde o Senhor podia agir de maneira esplêndida com a abertura das pessoas, tanto dos que estavam à frente, como daqueles que os frequentavam. Por isso, muitos têm deixado a Igreja, por falta de fervor e ardor na vida espiritual.
Inclusive muitos padres deixam o ministério, porque perderam o sentido da sua vocação, deixando-se ser levados pela tibieza, esfriando na vida de oração, na intimidade com Deus e, assim, acabam por despencar no sedentarismo e ativismo.
A vida vira rotina quando não se faz mais as coisas com fervor, então, perdem a empolgação missionária e o gosto de serem consagrados ao Senhor.
Desse modo, muitos grupos de oração perderam o essencial, que é a intimidade com Deus, a vida no Espírito e o ardor na oração. Deixando apenas, serem conduzidos pela razão humana a fim de entender as coisas do Espírito.
A tibieza entrou na vida de muitos grupos, por causa da disputa por cargos, onde um quer ser melhor do que o outro, e a inveja também foi entrando nos grupos.
Fervor no Espírito Santo
Precisamos voltar ao primeiro amor, ao fervor no Espírito Santo, no qual é sanada toda a raiz de tibieza, que foi tomando conta da nossa vida espiritual.
A tibieza nos amarra aos pecados, principalmente, aos vícios e aos pecados veniais. Ela retira nossa força de lutar, para sermos mais de Deus e superarmos os nossos pecados e falhas. Sendo assim, nos acostumando com o "feijão e arroz de todos os dias" – da "vidinha" de oração que temos. Nos contentamos com o pouco, sabendo que Deus tem muito mais para nos ofertar.
Acabamos cometendo pecados de olhos abertos, com plena consciência, aceitando-os "numa boa", sem que ao menos, façamos algum esforço para evitá-los. A tibieza impede a nossa santificação.
São Gregório escreve: "A tibieza, que deixou o fervor, cai no desespero".
A tibieza é o fermento do diabo, que quer arrastar todos para o inferno, a começar por aqueles que estão na vida com Deus. O tíbio, mesmo diante da Eucaristia, torna-se insensível. O seu coração se fecha à ação do Espírito e ao novo que Deus tem para a vida dele.
De modo que, acaba por se tornar uma pessoa carrancuda, mal-humorada, triste, insatisfeita, rancorosa, entristecendo-se com o progresso espiritual do outro. Perde, de fato, o sentido da vida, e por fim, tende a abandonar tudo, todo progresso espiritual com Deus.
Mas, se o tíbio não abandonar tudo, vai fazendo com que os outros, que estão na caminhada ou na comunidade com ele, vão, também, esfriando na fé, tornando-se tíbios como ele.
Por isso, precisamos urgentemente, combater a tibieza de nossa vida e da nossa comunidade.
O tempo pode, até mesmo, anestesiar um pouco a dor. Mas, os dias passam e a agonia continua
Todos conhecemos as frases: "Com o tempo passa" e "Depois de casado sara". Até parece mesmo que esses chavões são consolos para quem está sofrendo. No entanto, o tempo não cura absolutamente nada. O tempo pode, até mesmo, anestesiar um pouco a dor. Mas, os dias passam e a agonia continua. O tempo pode jogar o sofrimento para seu subconsciente ou inconsciente, fazendo-o crer que o problema foi superado.
Na realidade, o tempo não cura. Basta um acontecimento qualquer para, de repente, fazer a dor antiga voltar à superfície. Ainda que o tempo nada possa curar, Deus pode curar com o tempo. No poder do Espírito Santo, Deus pode curar o coração ferido, pode dar vida novamente a um casamento, pode livrar o sofredor de suas penas.
É claro que, no pior momento da dor, é importante partilhá-lo com alguém de confiança. É importante também aceitar a ajuda oferecida por amigos, profissionais da saúde psíquica, moral e espiritual. Compreensão, consolo e apoio podem trazer alívio em momentos difíceis. Mas o mais importante é curar as raízes e as causas do sofrimento. E isso é possível pela cura interior, que acontece quando deixamos Deus agir em nós. Portanto, precisamos descobrir e tomar posse do infinito amor que Deus derramou e continua derramando sobre a humanidade.
Do coração de Jesus nasce o homem de coração novo, nasce a possibilidade de cura interior, porque Jesus nos leva a crer e a experienciar que o amor d'Ele é infinitamente maior que nossas misérias e pecados. Muitas vezes, as pessoas ficam protelando sua felicidade, afirmando: "Só vou ser feliz quando resolver este meu problema." Um problema interior, não pode ser um obstáculo para vivermos bem e procurarmos com nossas limitações, servir àqueles que, de nós, necessitam.
Feridas da vida
As feridas da vida, que alteram nossa afetividade, não são os pecados, as culpas, nem as maldades espirituais. Não são coisas que dependam muito de nossa vontade. A demasiada preocupação em sanar essas feridas pode consumir, "em nosso próprio eu", todas aquelas energias que poderíamos empregar na ajuda aos outros, em trabalhar bem, dentre outros.
A oração de cura interior tem por objetivo curar-nos e libertar-nos, para podermos amar melhor o próximo. A cura interior nos permite expressar melhor o amor. Faz com que nossas atitudes não prejudiquem os outros, faz com que nos sintamos melhor, e assim, apoiemos outras pessoas com o amor sadio, alegre e comunicativo.
Temos a capacidade de escolhermos roupas que nos deixarão lindas, apresentáveis e elegantes em vez de sensuais e vulgares
Toda mulher gosta de receber elogios. É a força da palavra de afirmação que a motiva a ser uma pessoa melhor. Existem os elogios esperados, como aqueles após se arrumar para uma festa, depois de uma ida ao salão para um novo corte de cabelo, ao arrumar-se para um passeio ao shopping ou um encontro à noite ao cinema. O fato de arrumar-se para sair com os amigos, já ativa o desejo de ouvir: "Nossa, como você está linda!"; "Amei o seu look!"; "Wow, você arrasou nesse novo corte de cabelo!"; "Adorei as luzes que você fez!"; "Que cor de esmalte linda nas suas unhas!"; "Você é linda, mas hoje está ainda mais!"; e por aí vai. O mais frustrante, nesses momentos, é não escutar elogio nenhum; então, a sensação de que não está linda toma conta da sua imaginação. Algumas mulheres, no entanto, para chamar à atenção, tendem a escolher um estilo vulgar em vez de uma maneira modesta de se vestir.
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Mulheres, para atraírem a atenção das pessoas, não é preciso se descaracterizarem da sua identidade de filhas de Deus. Vocês podem ser atraentes, belas, puras e elegantes. Elegância, segundo o dicionário online de português, significa "graça, distinção nas formas, nas maneiras e nos trajes. Arte de escolher vestes e apresentar-se com elegância". Ou seja, nós temos a capacidade de escolher roupas que nos deixarão lindas, apresentáveis e elegantes em vez de sensuais e vulgares.
A palavra "vulgar", segundo o dicionário online de português, "é uma pessoa que se porta 'inadequadamente' em meio à sociedade, que não sabe se vestir, usa roupas curtas, mas não têm postura para usá-la." Ou seja, a vulgaridade é uma consequência da personalidade da pessoa, da sua maneira de se comportar na sociedade e assim se vestir.
A máxima – "o agir segue o ser" – de Aristóteles, ensina que a personalidade da pessoa é compreendida, também, na maneira dela se comportar. A vulgaridade não é somente uma questão de roupas ou acessórios, mas do jeito de ser, falar, andar, comer, gesticular etc. A elegância na mulher se faz presente no seu jeito de olhar, falar, comunicar-se, andar, vestir-se e tudo que diz dela.
Como você tem se comportado? As suas vestimentas dizem da sua personalidade?
A roupa diz muito de quem somos. Portanto, se você quer ser vista como uma filha amada por Deus, que tem o seu valor, é preciso escolher vestir essa verdade. Peça ao Espírito Santo que a ajude a ser uma mulher modesta.
Vós sois um em Cristo Jesus. Essa frase faz referência a um texto da carta de São Paulo aos Gálatas, dizia ele: "todos vós sois um só, em Cristo Jesus" (Gl 3,28). É nesta perspectiva, não contrário ao contexto, que faremos uma breve reflexão sobre o dia da consciência negra. O ponto de partida é, o fato de que, em Cristo nós somos um e n'Ele não há acepção de pessoas. Embebidos desse pensamento bíblico vamos ao nosso tema.
Desde criança, aprendemos que nós humanos somos da espécie Homo sapiens. Somos todos humanos, todos da mesma espécie, alguns com cores e traços diferentes, porém todos humanos. Se fôssemos falar de raça, poderíamos dizer: o que existe é a "raça" humana, e não a "raça negra, branca ou amarela". Somos todos da "raça" humana, mas cada um com suas características próprias.
Aqui no Brasil, o dia da consciência negra é simbólico e expressa que não se pode discriminar pessoas por conta da cor da pele ou por terem ascendência africana. Sabemos que no Brasil tal ato "constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei", é o que afirma o art. 5, inc. XLII da Constituição Federal de 88.
Por que um dia da consciência negra no Brasil?
O dia da consciência negra existe, porque os vestígios do período da escravidão permanecem ainda hoje. Se olharmos as pesquisas e dados do IBGE, veremos que há uma grande diferença e desvantagem, entre as pessoas que se declaram de "cor preta" em relação àquelas se declaram de "cor branca", principalmente no mercado de trabalho. Por que isso acontece?
Porque encerrou-se o regime escravagista, mas não as consequências do mesmo. Esse dia é uma chamada de atenção para que todos nós entendamos que somos diferentes, contudo, membros da mesma família humana. Cabe recordar que o dia 20 de novembro, foi escolhido como o dia da consciência negra, em homenagem a um líder negro chamado Zumbi. Data essa em que ele foi morto.
Superar os estereótipos
Somos diferentes, entretanto, todos irmãos e merecedores das mesmas oportunidades. Os estereótipos de superioridade e inferioridade precisam ser superados. A ideia de que a cor define o caráter da pessoa é idiotice, coisas do tipo: "todo preto é bandido" ou "todo branco tem boa vida" são estereótipos. Sabemos que não é assim, contudo, esses estereótipos são mais prejudiciais quando pensamos no primeiro exemplo.
É evidente que, estamos longe de vermos as pessoas tendo as mesmas oportunidades. Existem questões históricas que atingem os mencionados, com uma discrepância socioeconômica muito grande, e isso dificulta ainda mais. Tão pouco, se precisaria de políticas de cotas, se não existissem essas diferenças. Mas, infelizmente elas existem.
O objetivo do dia da consciência negra, não é o de reduzir toda a reflexão a um dia determinado. Esse dia tem o intuito de mostrar que: todos devem ser tratados sempre com a mesma dignidade. Seja no dia da consciência negra ou não. Que ninguém seja impedido de se destacar, em determinadas atividades por causa da cor da pele, ou fiquem restritos a apenas algumas e, sempre as mesmas atividades, por conta disso. A cor da pele não pode definir papéis. Isso cabe a competência e o esforço de cada pessoa.
Cada um será capaz de ser o que realmente é, sem se reduzir ao que os outros desejam impor ou pensam, somente se superar os estereótipos e os preconceitos.