25 de setembro de 2017

O que fazer quando os filhos começam a sair de casa?

Os filhos crescem, fazem suas escolhas e começam a sair de casa

As mães, que tanto reclamam da correria com fraldas, mamadeiras, brinquedos e noites sem dormir por causa de doenças, criam, dentro de si, um desejo de que os filhos cresçam, para que possam ter tempo para si.


Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Quando crescem, as preocupações aumentam

Eles crescem e crescem rápido! Vem, então, a adolescência, e os pais se deparam com os problemas de escola, amigos e festas. Logo, descobrem que, quanto mais os filhos crescem, mais as preocupações aumentam. Vem o sentimento de impotência diante dos conflitos de um mundo que ensina tantas coisas aos filhos, mas que muito pouco tem a ver com os valores familiares.

Com os filhos adultos, as preocupações passam a ser com a escolha da profissão, das festas, bebidas, formaturas e casamentos. Os sentimentos dos pais para com os filhos vão muito além do cansaço, vivem também muitos momentos de alegria. Chega o dia, porém, em que os filhos crescem, fazem as suas escolhas e começam a sair de casa. É um momento importante e, às vezes, crucial na vida familiar. Pode ser uma mudança positiva, desde que considerada como uma oportunidade para dedicar mais tempo ao cônjuge, cuidar de si e da relação.


Difícil e doloroso

Dependendo, no entanto, de como é sentida a saída dos filhos, este momento pode, realmente, tornar-se difícil e doloroso, principalmente se o casal descobrir que construiu toda uma relação em função da vida deles. Nesse caso, a saída destes para construir a própria família ou por outras razões, deixa um grande vazio, e os pais se deparam com uma imensa solidão.

É um momento de reflexão, e não vale olhar no retrovisor do passado e pensar no "se tivesse", pois pensar que poderia ter agido diferente não vai mudar a situação; sentir-se culpada, porque não estudou ou não trabalhou, não vai ajudar em nada. É momento de olhar para o futuro e decidir o que fazer, o que não fez até hoje e recriar-se.
Como toda mudança, as pessoas são afetadas de forma diferente, dependendo das expectativas, dos projetos e do modo de ver essa transformação na vida delas. O ideal é aproveitar para redescobrir seu relacionamento conjugal e social. É hora de melhorar a qualidade de vida.

Realização dos novos projetos

Independente de ser fácil ou difícil, é necessário que os pais continuem a sua vida e, dentro do possível, realizem novos projetos. Lembrem que os filhos não abandonaram os pais, apenas estão seguindo o curso da vida. Isso vai ajudá-los a iniciar essa nova etapa de vida profissional, matrimonial ou missionária longe deles, de forma independente.
A distância se torna menor à medida que os filhos sentem vontade de estar com os pais não mais pela sobrevivência, mas pela alegria de estarem juntos. De modo geral, querem estar perto de pessoas felizes e realizadas.


Ângela Abdo

Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.

Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/o-que-fazer-quando-os-filhos-comecam-a-sair-de-casa/

22 de setembro de 2017

Nesta primavera, abra-se ao amor e seu seu jardim florirá

Primavera é tempo de doar-se

Na natureza, a vida renasce enquanto se doa, e conosco não é diferente. A primavera está batendo à sua porta, deixe-a entrar e viva-a concretamente, doando o que você tem de melhor sem reter para si as flores que foram geradas no inverno da vida.

-Nesta-primavera,-abra-se-ao-amor-e-seu-seu-jardim-florirá-Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Tenho pensado em viver a primavera de um jeito diferente este ano. Ao contemplar a natureza, percebo que preciso dedicar mais tempo ao cultivo das "flores" que um dia eu recebi. Os amigos, a família, e todas as pessoas que povoam minha vida são, na verdade, o maior tesouro que tenho. Elas são como as flores da primavera, demonstram sinais de etapas superadas, ciclos que se completam e, ao mesmo tempo, começam no eterno movimento, que é a vida! Quem já plantou uma semente e esperou os dias passarem para vê-la germinar, nascer e crescer, com certeza, sabe dar mais valor a um campo florido. E quem teve a coragem de passar pelo verão, outono e também pelo inverno, nos relacionamentos, sabe dar muito mais valor à primavera que o amor proporciona na alma!

O que a Palavra de Deus nos ensina?

A Palavra de Deus diz em Eclesiastes 3: "Há um tempo para cada coisa debaixo do céu… Tempo para plantar e tempo para colher o que se plantou". O problema é que temos tido muita pressa para colher, dedicado pouco tempo para plantar e menos ainda para cultivar o que um dia plantamos. Isso, em todos os sentidos, principalmente quando o assunto é amar. Sofremos as consequências do individualismo, onde a solidão lidera como uma das maiores chagas da humanidade. Falta afeto, respeito, companhia e dedicação, ou seja, falta amor! E onde falta amor, tudo perde o sentido. Só que o amor é exigente, e é por isso que poucos estão dispostos a amar de verdade!

A exemplo de um jardim, o amor carece de dedicação e cultivo constante para desabrochar em plenitude. E como temos andado com pressa para fazer mais, ganhar mais e mandar mais, mesmo sem perceber, estamos amando menos e vivendo menos também, porque amar é viver! Todo mundo sabe que jardim sem cultivo não oferece flores. E relacionamentos superficiais também não preenchem o coração.


Coragem de abrir-se ao amor

É preciso seguir o exemplo da natureza e, nesta primavera, abrir-se ao amor com coragem e disposição, sabendo que, nesta "aventura", não estamos sozinhos. Jesus, o Mestre do amor, veio até nós para nos ajudar a superar o medo de amar e nos encorajar a dar a vida se preciso for, mas, jamais, deixar de amar. Então, coragem! Deixe-se embalar pela beleza da primavera e abra-se ao amor! Sua vida é única e preciosa demais para passar despercebida por este mundo.

Aproveite todas as ocasiões para realizar ações ordinárias de modo extraordinário. Partilhe seu melhor sorriso, suas palavras, seu abraço e, principalmente, seu coração, sem perder um segundo sequer. Sendo assim, cada gesto seu, por mais simples que seja, será carregado de sentido e, cada instante, alegre ou não, será o momento mais importante, porque a vida acontece aqui e agora. Não tenha tanta pressa para colher os frutos do amor, pois o cultivo esconde uma grande satisfação. Semeei, cultive e espere. Em breve, seu jardim irá florir!

Tenha uma ótima Primavera!

20 de setembro de 2017

Como lidar com o ciúme entre os filhos

Qual família não vivenciou ou vivencia o ciúme do irmãozinho com os pais?

Nas conversas sociais, nos consultórios médicos ou psicológicos, os pais procuram saber como lidar com a situação do ciúme entre os irmãos. A resposta é que não existe receita pronta; no entanto, algumas dicas podem ajudar.


Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O perigo da comparação

O comportamento dos pais pode acirrar o ciúme dos filhos à medida em que os comparam, mostrando os pontos fortes em relação aos fracos, porque eles são diferentes e possuem habilidades diferentes.

No lugar de comparar, mostre os pontos fortes de cada um, para que nasça uma admiração entre eles, reforçando a importância de um irmão na vida do outro, principalmente quando, além do parentesco, desenvolvem uma relação de amizade.

Quando nasce um irmão mais novo, o mais velho pode começar a ter comportamentos inadequados. Tenha cuidado para não exceder nos castigos, pois o que ele quer é chamar à atenção; e se ele não conseguir isso pelo lado positivo, o lado negativo passa a ser uma alternativa viável.

Atenção para aquele que é quieto, porque ele também precisa de atenção, apesar de não demonstrar. Sentimentos não trabalhados podem extrapolar em algum momento e de forma inadequada.

Uma das coisas que o mais velho quer é ter de volta a atenção que a chegada do outro tirou, por isso, reserve parte do seu tempo para curtir com ele o irmão caçula.

Outra dica é fazer com que ele participe do processo e se torne parceiro nos cuidados com o irmão mais novo, sem sobrecarregá-lo ou torná-lo responsável para uma tarefa da qual não se sente capaz.


Muita calma nessa hora

Muitos pais se desesperam com a briga entre irmãos. Muita calma nessa hora! É o tempo que eles têm para marcar seus espaços; porém, fique atenta às causas do ciúme. Se for preciso, intervenha, lembrando que a maioria dos atritos eles resolvem entre eles.

No momento que as brigas se tornam muito frequentes e acaloradas, canalizem as energias para o esporte, para atividades artísticas ou brincadeiras que reforcem o trabalho em equipe.

A maioria dos pais já escutou o filho perguntar se ele é adotivo, porque acha que o irmão é mais amado do que ele.

Não se culpe se tiver mais afinidade com um do que com o outro, mas isso não significa que ama mais ou menos. Os pais amam os filhos de forma diferente, respeitando a individualidade de cada um; contudo, é necessário o diálogo com eles, para que possa ser conversado o assunto e levantado os sentimentos.

Se eles apontarem a sua preferência por algum deles, observe seu comportamento para ver se procede, pois isso não pode acontecer.

A Bíblia nos mostra que, desde o início da humanidade, existia o ciúme entre os irmãos, pois Caim matou Abel, porque Deus "preferiu" as oferendas de um em detrimento do outro. O ciúme entre irmão, portanto, precisa ser trabalhado desde cedo, para que não vire inimizade.


Ângela Abdo

Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.

Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-lidar-com-o-ciume-entre-os-filhos/

18 de setembro de 2017

Evangelização self-service, o que isso quer dizer?

O que você entende por evangelização?

Em muitos cursos bíblicos, neste mundo de meu Deus, costumo fazer uma pergunta, a qual estendo a você: "Quem aqui promove a evangelização?". Muitos, senão quase todos, levantam a mão. Então, vem a segunda pergunta: "Quando evangelizamos, pregamos a história de quem?". A resposta chega em forma de coro: "De Jesus!". A terceira pergunta é fácil: "E onde está escrita a história de Jesus?". "Na Bíííbliaaa", respondem.

-Evangelização-self-service,-o-que-isso-quer-dizer?-Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A última pergunta é mais dura: "E quem aqui lê a Bíblia?". Geralmente, o pessoal cai na risada, mas a realidade é dura! Hoje, nossos cristãos estão perdendo o costume de orar com a Sagrada Escritura, e a verdade é que não há como evangelizar se não conhecermos a Palavra de Deus e nos relacionarmos com ela. Dedicar-se pela metade é morte certa!

Deus castiga?

Os Atos dos Apóstolos (At 4,36-5,11) contam uma história forte e muito catequética, por assim dizer. O texto apresenta Barnabé, um dos cristãos da primeira hora, originário de Chipre, que mostra seu apoio à Igreja, a qual nascia vendendo um campo e oferecendo o dinheiro aos apóstolos para dar sustento à evangelização. Sinal de verdadeiro amor! Então, aparece um casal daqueles bem complicados: Ananias e Safira. Eles também vendem uma propriedade, mas, na hora de oferecer o dinheiro aos apóstolos, dizem que oferecem tudo, mas o "colchão de casa" guardava uma parte do dinheiro. O filme não tem final feliz: os dois morrem por tentar enganar os apóstolos.

A narrativa é cheia de significados, mas, por favor, não pense que ela quer ensinar que Deus castiga, porque Ele é Pai de amor. A mensagem é mais profunda: quando nossa experiência com Ele abraça só uma parte de nosso coração, a morte é certa. Em termos bíblicos, se só conhecermos de Jesus umas poucas histórias e, nem sequer, lermos os quatro Evangelhos, acredite: chegará uma hora em que a espiritualidade começará a desfalecer.

O evangelizador self-service

É comum que, quando nos dedicamos pouco à leitura da Palavra, por preguiça, por falta de formadores ou tantas outras desculpas que possamos pensar, nossa evangelização fica um pouco "manca". Sabe por quê? Por que só sabemos falar de um par de passagens bíblicas que conhecemos: a parábola do filho pródigo, do semeador, as bem-aventuranças… É o evangelizador self-service, que escolhe só batata frita para comer, mas se esquece de alimentar a alma com o banquete completo do Reino! Na hora da dificuldade, a alma pede mais e, se a fé não tem sustento, começa a morrer.

Fica aqui um convite: Jesus falou do Reino de Deus com a vida e com Seus discursos. Para evangelizar, deixe-se alcançar por essa pregação do Senhor, alimente-se da Palavra de Deus, que faz com que nasça um encanto profundo com esse projeto do Reino. Disso, vem a conversão, que chega na alma e toca o coração com profundidade. Vai brotando, aos poucos, como boa semente, e cria raízes ao caminhar com Cristo pelas estradas do Evangelho e aprender com Ele como viver e ser feliz.

A cada página da Escritura, com amor ou correção, carinho ou exortação, vamos perdendo a imagem cinematográfica de Jesus e ganhando a imagem bíblica do Mestre, que ensina como ser cristão de verdade. Coisa que só quem perde a preguiça de doar-se pela metade para a evangelização consegue.

Fabrizio Zandonadi Catenassi
Mestre e doutorando em Teologia (PUCPR); professor de Sagrada Escritura (Católica SC); membro da diretoria da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica; assessora cursos bíblicos e retiros no Brasil e na América Latina.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/biblia/estudo-biblico/evangelizacao-self-service-o-que-isso-quer-dizer/

15 de setembro de 2017

Por que celebrar a Missa de sétimo dia?

Celebrar a missa de sétimo dia significa que fazemos parte do Corpo de Cristo

No santo sacrifício da Missa, sempre rezamos pelos defuntos. Geralmente, nas nossas paróquias, capelas e celebrações pelos meios de comunicação, já ouvimos, num comentário inicial, na oração da coleta e, principalmente na oração eucarística, alguém rezar pelos que morreram. Sempre rezamos pelos mortos e, de maneira especial, na Santa Missa.

Por que celebrar a missa de sétimo dia
Foto: Arquivo CN

O Catecismo da Igreja Católica, baseada em sua Tradição e na Bíblia, ensina a comunhão com os defuntos. "Reconhecendo claramente essa comunicação de todo o Corpo místico de Cristo, a Igreja dos que ainda peregrinam venerou, com muita piedade, desde os primeiros tempos do cristianismo, a memória dos defuntos; e, 'porque é um pensamento santo e salutar rezar pelos mortos, para que sejam livres de seus pecados' (2 Mac 12, 46), por eles ofereceu também sufrágios". A nossa oração por eles pode não só os ajudar, mas também tornar mais eficaz a sua intercessão em nosso favor.

«Todos os que somos filhos de Deus e formamos em Cristo uma família, ao comunicarmos uns com os outros na caridade mútua e no comum louvor da Santíssima Trindade, correspondemos à íntima vocação da Igreja (CIC 958-959)."


Reza-se pelos mortos, porque é bom e salutar, ou seja, é saudável não só pela ligação afetiva com aquela pessoa que partiu, mas é saudável porque cremos que fomos batizados em nome da Santíssima Trindade, portanto, fazemos parte do Corpo de Cristo. Por isso, rezamos por aqueles que partiram, para que, não tendo morrido totalmente santo, possa alcançar por nossas preces e pela misericórdia de Deus a vida eterna (CIC 1031-1032).

Reza-se pelo defunto, oferece-se algum sacrifício para que a alma alcance a purificação, e pela fé na ressurreição. Deus, em sua imensa misericórdia, purifica as almas, toma-as para o seu Reino. Por que, então, rezar por sete dias? Ou por que uma Missa de sétimo dia?

O número sete na bíblia

O número sete na Bíblia indica perfeição. Em sete dias, Deus criou o mundo (Gn 2,2). Na história de Noé, choveu por sete dias e, depois de sete dias, Noé soltou a pomba, e a ave trouxe um ramo de oliveira que indicava o fim do dilúvio (Gn 8,10). Em relação à morte, quando Jacó morreu, José fez luto de sete dias (Gn 50,10). Em relação a um sacrifício purificador, durante sete dias deveria se oferecer um sacrifício expiatório (Êx 29,36-37). A mulher grávida que tivesse o bebê, apenas no sétimo dia estaria purificada (Lv 12,2). O leproso, para ser considerado limpo, precisaria de sete banhos de purificação (Lv 14,7).

Nos Evangelhos, Jesus fez a multiplicação dos pães com sete (Mt 15,36). Ele disse a Pedro que se deveria perdoar setenta vezes sete (Mt 18,22). No episódio com a samaritana, ela havia tido cinco maridos e o sexto não era dela, mas ela encontrou o Sétimo, Jesus, que lhe deu água viva para beber (Jo 4,1-26). Sete indica perfeição, indica um percurso, perseverança; na oração por um falecido, também se reza pelo significado do sete, reza-se para que a alma seja purificada.

Histórico da Missa de sétmo dia no Brasil

Na realidade brasileira, reza-se ainda uma Missa de sétimo dia por causa da extensão territorial. Os parentes que não podiam chegar a tempo para velar o morto vinham depois de alguns dias; assim, a Missa de sétimo dia permitia que o parente distante pudesse estar com a família e rezar pelo defunto.

Por fim, reza-se a Missa de sétimo dia, porque desde o Gênesis havia o costume fazer luto pelos mortos, por outras passagens que falam dessa realidade de purificação da alma do falecido, reza-se devido à fé católica na ressurreição dos mortos, reza-se pela oportunidade de um parente distante estar com a família do falecido e rezar com a família. Reza-se uma Missa de sétimo dia para fazer alusão ao dia que o Senhor descansou. Rezar é ainda uma oportunidade para aqueles que ficaram, louvar a Deus pelo dom da vida daquele que partiu, rezar uma Missa de sétimo dia, para aqueles que ficaram, é uma oportunidade de pensar como está a própria vida.

Confira também


Padre Marcio

Padre Márcio do Prado, natural de São José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é "Fazei-o vós a eles" (Mt 7,12), padre Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/por-que-celebrar-missa-de-setimo-dia/

13 de setembro de 2017

Oração pela cura dos traumas da gestação

Ironi Spuldaro rezou por todas os filhos que sofreram traumas na gestação

Rezemos pelos filhos que ainda estão no ventre materno e por aqueles que, durante a gestação, sofreram algum trauma.

"Vinde, Espírito Santo, sob a nossa alma e toda nossa história, desde a nossa concepção, gestação e nascimento, libertando todos aqueles que sofrem as feridas do ventre materno.

Que Jesus Cristo, neste momento, toque com Suas mãos benditas, os Seus filhos e filhas que sofreram traumas na gestação e que, muitas vezes, não foram desejados. Quebrai, em nome de Jesus, pela potência do Espírito Santo, toda essa negatividade que causa opressão, falta de sentido de vida, depressão, medo, pânico, espírito de morte. Afastai, eliminai todos esses males da mente e da alma desses filhos e filhas."

Oração pela cura dos traumas da gestacaoFoto: Arquivo CN

Pelas mães solteiras

Nós queremos orar pelas mães solteiras, as quais, muitas vezes, se sentiram sozinhas e abandonadas na difícil missão de criar seus filhos.

Aborto

Oremos para aquelas mães que tentaram abortar e por aquelas crianças que sofreram traumas na tentativa do aborto, e pelos filhos que foram rejeitados; agora, muitas coisas têm dado errado na vida deles.

Rejeição

"Cura, Senhor, todos esses traumas de rejeição. Pelo poder do Teu Sangue, fonte natural de cura e libertação, cura e liberta esses filhos de todas as feridas interiores, porque muitos filhos foram gerados sem que seus pais estivessem esperando aquela gravidez.

Cura, Jesus, todos os traumas desses filhos que não foram programados e, por isso, hoje, sofrem doenças espirituais, traumas e bloqueios; muitas vezes, eles não conhecem nem sua própria origem.

Cura, Jesus, todas as feridas de captação, porque muitos filhos e filhas nasceram com o sexo diferente daquilo que os seus pais pensavam. Cura, Senhor, todos os traumas que, hoje, bloqueiam e trazem feridas profundas na alma, na afetividade e sexualidade de um filho que nasceu com uma natureza diferente.


Cura dos sentimentos

Cura, Senhor, todas as feridas de morte. Quantos filhos e filhas se sentem vazios e trazem complexos de inferioridade, traumas, medos, fobia, ansiedades e neuroses em suas vidas, porque nasceram depois de um aborto, seja ele provocado ou natural por problemas de saúde. No entanto, ali ficaram os resíduos de morte. Elimina, Senhor, todas essas feridas de morte que estão sob esses filhos e filhas.

Senhor, nós Te pedimos para quebrar toda ferida de rejeição do ventre materno e curar esses filhos e filhas. Pelo derramamento do Teu Espírito, que esses filhos e filhas, que traziam esses traumas do ventre materno, sejam, agora, libertados e curados, e passem a ter vida nova e possam nascer de novo não mais da carne, mas agora do Teu Espírito.

Pai, restaura a mente, o coração e a vida desses filhos e filhas, para que, por Suas chagas e feridas, sejam curados de todas as heranças negativas do ventre materno, da rejeição, do desejo de abortar e daquelas situações financeiras que muitos pais enfrentam."

Liberte-se dos traumas

Eu, em nome de Jesus, levanto sobre você o estandarte sangrento do madeiro da cruz e ordeno que sejam desfeitas, agora, todas as feridas de programação, captação, de resíduo de morte que estavam sob o seu consciente e inconsciente, a fim de que você receba a cura. Que o batismo no Espírito Santo avive essa alma e restaure esse ser.

Que o Senhor o abençoe, hoje e sempre, em todos os teus caminhos, e, com o manto da Virgem Maria, guarde-te de todo mal.

Ouça a oração:

Ironi Spuldaro
Exerce o ministério de pregação em todo o Brasil e em outros países


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/oracao-pela-cura-dos-traumas-da-gestacao/

11 de setembro de 2017

Controle de natalidade, o que há por trás dele?

O controle de natalidade é direcionado aos países subdesenvolvidos

O controle de natalidade é uma questão bastante discutida em vários setores como sociedade como política, economia, antropologia, religião etc., e é um assunto um tanto polêmico. Essa polêmica está em torno do aumento populacional dos países pobres e a diminuição da população nos países ricos.

O que há por tras do controle de natalidade
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Pesquisadores, estudiosos e cientistas do social apresentam relatórios que induzem o controle de natalidade. No entanto, esse controle é direcionado aos países subdesenvolvidos e não aos países desenvolvidos. Esses especialistas incentivam [o controle de natalidade], mas a prática é outra, ou seja, nesses países desenvolvidos ocorrem incentivos para que as famílias tenham mais filhos. Por isso, promovem uma guerra silenciosa especialmente direcionada aos países em desenvolvimento, com vistas a frear seu crescimento demográfico. Para isso, usam do eufemismo "desenvolvimento sustentável", que compreende políticas que terão como contrapartida toda e qualquer técnica contraceptiva e abortiva para frear o crescimento populacional.

Os "profetas" do "The Population Bomb" (A bomba populacional) e da "destruição" do mundo usam de um bombardeio de propagandas de que existe gente demais para o planeta e que essa "superpopulação" é a responsável pelo desequilíbrio ecológico e futura destruição da própria humanidade. Porém, sabe-se que as maiores violências contra o meio ambiente têm sua origem nas indústrias dos países desenvolvidos e a população consumista desses mesmos países.

Benefícios do aumento populacional

É verdade que, após 200 anos de desenvolvimento econômico, propiciado pela Revolução Industrial, a população mundial ganhou com a redução das taxas de mortalidade e o crescimento da esperança de vida. Porém, o crescimento da riqueza se deu à custa da pauperização do planeta e do aumento do abismo entre ricos e pobres. Pesquisas populacionais revelam que houve um aumento populacional, que começou no século dezoito e aumentou seis vezes nos 200 anos seguintes. Contudo, isso é um aumento, não uma explosão, porque, com esse aumento populacional, também houve aumento de produtividade, de recursos de comida, informação, comunicação e tecnologia.

Interesse por parte da sociedade em reduzir a natalidade dos mais pobres

Considerando que nos países subdesenvolvidos a taxa de natalidade aumenta a cada instante e que, nos países desenvolvidos, esse número reduz, a distribuição de renda fica mais concentrada, nos países subdesenvolvidos, nas mãos das pessoas com renda mais alta, enquanto os mais pobres quase não participam dessas conquistas, provocando uma elevada desigualdade da distribuição da renda. Por isso, existe o interesse de alguns setores da sociedade reduzir a taxa de natalidade dos mais pobres em vez de reduzirem os seus consumos por meio da partilha.


Acredito que a melhor análise já nos foi apresentada pelo Papa Francisco: "Em vez de resolver os problemas dos pobres e pensar num mundo diferente, alguns limitam-se a propor uma redução da natalidade. Não faltam pressões internacionais sobre os países em vias de desenvolvimento, que condicionam as ajudas econômicas a determinadas políticas de 'saúde reprodutiva'. Mas 'se é verdade que a desigual distribuição da população e dos recursos disponíveis cria obstáculos ao desenvolvimento e ao uso sustentável do ambiente, deve-se reconhecer que o crescimento demográfico é plenamente compatível com um desenvolvimento integral e solidário'.

Uma forma de não enfrentar os problemas

Culpar o incremento demográfico, em vez do consumismo exacerbado e seletivo de alguns, é uma forma de não enfrentar os problemas. Pretende-se, assim, legitimar o modelo distributivo atual, no qual uma minoria se julga com o direito de consumir numa proporção que seria impossível generalizar, porque o planeta não poderia sequer conter os resíduos de tal consumo. Além disso, sabemos que se desperdiça aproximadamente um terço dos alimentos produzidos, e 'a comida que se desperdiça é como se fosse roubada da mesa do pobre'" (Papa Francisco, Laudato sì, n.50).


Padre Mário Marcelo

Mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), padre Mário é também licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque (SC) e bacharel em Teologia pela PUC-RJ. Mestre em Teologia Prática pelo Centro Universitário Assunção (SP). Doutor em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana de Roma/Itália. O sacerdote é autor e assessor na área de Bioética e Teologia Moral; além de professor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP). Membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral e da Sociedade Brasileira de Bioética.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/bioetica/defesa-da-vida/controle-de-natalidade-o-que-ha-por-tras-dele/