4 de maio de 2017

Aprenda a construir um relacionamento saudável

Relacionamentos sadios são fundados em uma personalidade sadia, coisa que só os anos e a experiência de vida pode levar à excelência

Quem nunca vivenciou um relacionamento desajustado no qual gostaria simplesmente de passar uma borracha? Certamente, se você fizer uma pequena retrospectiva da sua história, poderá constatar o quanto foi feliz, o quanto se frustrou, sofreu, superou e amadureceu nas suas relações. Isso porque ter relações sadias significa trilhar um caminho de maturidade pessoal, o que exige uma boa dose de conhecimento de si, tempo e paciência.

Abaixo, aprofundo alguns aspectos importantes para um relacionamento sadio. Na verdade, estes pontos estão relacionados entre si, divido-os apenas para uma leitura didática.

Foto: ArthurHidden by Getty Images

Conhecimento de si

Esse é um princípio básico para toda a vida, mas fundamental para um bom relacionamento. Conhecer-se é ter a capacidade de olhar para dentro de si e reconhecer as virtudes e os valores, principalmente as fragilidades. O indivíduo que não tem a coragem de enfrentar e integrar as suas sombras acabará projetando-as nas pessoas. Só alguém que se conhece pode possuir-se, e assim não se tornar refém dos seus sentimentos nem dos outros.

Nesse sentido, falando sobre o relacionamento amoroso, Papa Francisco alertou os namorados e noivos a respeito das feridas que os parceiros levam para o matrimônio: "Muitos terminam sua infância sem nunca terem se sentido amados incondicionalmente, e isso compromete a sua capacidade de confiar e entregar-se. Uma relação mal vivida com os seus pais e irmãos, que nunca foi curada, reaparece e danifica a vida conjugal. Então, é preciso fazer um percurso de libertação, que nunca se enfrentou" (Amoris Laetitia – 240).

Isso significa que preciso me conhecer antes de iniciar um relacionamento? Não necessariamente, pois, muitas vezes, é no convívio com o outro que as questões internas mal resolvidas vão aparecendo. Se a pessoa tiver a sensibilidade de se perceber e a coragem de enfrentar os seus "fantasmas interiores", então estará no caminho da maturidade e crescerá no relacionamento.

Tomar consciência das idealizações

Quando iniciamos um relacionamento, seja ele amoroso ou uma amizade, temos dentro de nós um modelo de homem ou mulher "ideal" que acabamos projetando no outro. Aos poucos, com os conflitos e as crises – que são inevitáveis em toda relação humana – essa imagem vai ruindo, e então passa-se do eu ideal para o eu real. No início de toda relação há um componente erótico e profundamente emocional que chamamos de paixão. A paixão está carregada de idealizações, e é nessa fase que as pessoas constroem seus castelos de areia para abrigar as fantasias de um relacionamento "perfeito" (e infantil).

Quando tomamos consciência das idealizações? Tomamos consciência quando aquela imagem endeusada já não corresponde mais ao comportamento do outro. Em outras palavras, são justamente as decepções do dia a dia que colocam por terra o conto de fadas do relacionamento perfeito. Essa é a diferença básica entre paixão e amor. A paixão funda-se em projeções e idealizações. O amor tem suas bases no que é real. Quanto mais a pessoa diferenciar as idealizações da realidade, mais saudável será nos relacionamentos.

Da tolerância à frustração

Não é fácil decepcionar-se com as pessoas, sobretudo, aquelas que nos juraram amor eterno e incondicional. Nesse sentido, o desenvolvimento de um relacionamento saudável dependerá da capacidade dos envolvidos de lidar com frustrações, e assim aprender a lidar com as próprias feridas e também as dos outros.

Quando, num relacionamento, as pessoas não suportam as frustrações, entra em jogo a relação de poder, e o relacionamento se transforma em uma competição do tipo "quem manda mais" ou "quem (se) machuca mais". Aqui, cabe uma máxima do psiquiatra suíço C. G. Jung: "Onde impera o amor não há desejo de poder. Onde há desejo de poder não há espaço para o amor. Um é a sombra do outro".

A tolerância à frustração faz com que o relacionamento se torne resiliente e não sucumba a qualquer vento. É também a base para o perdão, sem o qual nenhum relacionamento sobrevive.


Respeitar as individualidades

Livre da imagem idealizada e absorvida pela frustração, é hora de reconhecer o outro pelo que ele é. Uma pessoa saudável em seus relacionamentos sabe que cada pessoa é única e não está condicionada aos seus "achismos" nem aos seus mecanismos de controle. Um relacionamento saudável dá espaço para que a pessoa seja ela mesma, que tenha liberdade para colocar em prática seus dons, praticar seus hobbies e, principalmente, relacionar-se com outras pessoas.

Respeitar a individualidade do outro não significa aceitar o seu individualismo, quando este se fecha em seu mundo particular ou, no oposto, quando quer uma relação demasiada aberta e sem responsabilidades. O bem-estar de um relacionamento depende de equilíbrio, sabendo a hora de ceder e de opor-se, mas sempre com o pensamento de que o outro não é uma "propriedade" minha nem deve ser aquilo que eu acho que ele deve ser.

Respeitar as individualidades também significa não instrumentalizar o outro, ou seja, a pessoa nunca pode ser um meio para que eu tenha meus prazeres individuais satisfeitos. Quando, num relacionamento, as pessoas se usam mutuamente para atingir seus prazeres, há aí uma dinâmica perversa e patológica que certamente terminará em tragédia.

Tempo e paciência

Não existe varinha mágica que transforme uma relação da noite para o dia. Muitas vezes, quando nos vemos envoltos em imaturidades – sejam nossas ou dos outros – é preciso paciência e tempo. Se você tem 30 anos hoje e olhar para os relacionamentos de quando tinha 15, certamente verá que não são (ou pelo menos não deveriam ser) os mesmos. Isso porque relacionamentos sadios são fundados em uma personalidade sadia, coisa que só os anos e a experiência de vida pode levar à excelência.

Sem sombra de dúvida, o tempo é o melhor amigo de um relacionamento. Geralmente, relacionamentos saudáveis sobrevivem às provações que os anos lhes impõem. O tempo também permite que corrijamos certas imperfeições que foram desgastando um relacionamento verdadeiro, isso se tivermos a coragem de enfrentar a difícil tarefa de amadurecer. Por outro lado, o tempo é cruel com quem estaciona. Não é difícil nos depararmos com pessoas que ficaram presas em suas mazelas. São como aquelas placas de estalactite formadas por gotejamento de água nos interiores das cavernas, do qual se tornam uma espécie de rocha de calcário com o passar dos anos. As pessoas que não se deixam moldar pelo tempo são castigadas por ele, transformando-se em estruturas rígidas impossíveis de correção.

Se você se identifica com alguns desses passos acima e, de certa forma, já está colocando-os em prática nos seus relacionamentos, pode se considerar uma pessoa que caminha para o sucesso nessa aventura de ser para o outro.


Daniel Machado

Daniel Machado de Assis, natural de São Bernardo do Campo-SP, é membro da Canção Nova desde 2002. Psicólogo formado pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo, também estudou filosofia pelo Instituto Canção Nova. Atualmente é coordenador do Núcleo de Psicologia Canção Nova que tem por objetivo assessorar e auxiliar a formação dos membros desta instituição.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/aprenda-construir-um-relacionamento-saudavel/

2 de maio de 2017

A Igreja Católica e as imagens

É verdade que algumas pessoas da Igreja Católica erraram nos quase dois mil anos de sua história. É de se esperar também que uma Igreja com 1 bilhão e meio de seguidores tenha mais erros que uma com 1 milhão de membros. Na verdade, somos santos e pecadores. Santos enquanto instituição e, pecadores enquanto membros.
No entanto, se tem uma coisa que erroneamente se divulga é que os católicos praticam a idolatria.

Idolatria, segundo o dicionário, quer dizer adorar ídolos.
A Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou, com base Bíblica, que "Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás" (Dt 6,13). Não adoramos e nem devemos adorar qualquer coisa ou pessoa além do único e Supremo Deus Trino.

Se um médico erra não podemos culpar a medicina pelo seu erro. Da mesma forma, que se um advogado erra não é culpa da lei. Assim, se infelizmente muitos católicos, por ignorância, exageram no respeito às imagens a culpa não é da doutrina católica; que lembra que desde o Antigo Testamento o próprio Deus ordenou ou permitiu a instituição das imagens que conduziriam a salvação através do Verbo Encarnado, Jesus Cristo, como por exemplo a serpente de bronze (Nm 21,4-9; Sb 16,5-14; Jo3,14-15), a arca da Aliança e os querubins (Ex 25,10-22; 1Rs 6,23-28).

Os católicos sabem que imagens são simplesmente imagens, não tem poder em si mesmas, pois são somente sinais. Seria uma bobeira ao ir para praia ficar em frente à placa que diz "Praia a 10 km" como se tivesse chegado ao lugar desejado. Sabemos que semelhante a uma placa, as imagens somente indicam a verdadeira pessoa digna de admiração e louvor. Isto não quer dizer que as placas são desnecessárias porque apontam para o lugar certo.

Semelhante a isto é pegarmos uma foto de um ente querido e acharmos que esta foto é o próprio ente querido.
Se eu destruir a foto, evidentemente não destruo a pessoa da foto. Se eu pisar na foto, evidentemente não piso na pessoa representada na foto. Mas, como você se sentiria se pegassem uma foto de um ente querido seu e na sua frente cuspissem nela, a destruísse ou pisassem nela? Certamente não ficaríamos muito felizes.
Porque embora a foto não seja a pessoa, o gesto de destruí-la fere gravemente a nossa dignidade.

Ora, a mesma escritura que em Deuteronômio capitulo 4 proíbe imagens é a mesma escritura que mostra que Moisés, Salomão e outros cunharam ou talharam imagens. Teria Deus enlouquecido? Poderia a Bíblia contradizer-se?

Quando o povo no deserto foi picado por serpentes Deus manda Moisés cunhar um cajado de bronze (portanto uma imagem) com uma serpente e todo o que olhasse para este cajado seria curado. Ora, foi o cajado que curou as pessoas? Não, o cajado de serpente representava ao Senhor Jesus Cristo elevado na Cruz. É Ele que cura as pessoas e não a imagem da serpente.

"Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida." (Nm 21,9)

Tanto é que o povo começa adorar a imagem como se ela fosse a responsável pela cura e o Senhor manda Moisés destruí-la:
"Destruiu os lugares altos, quebrou as estelas e cortou os ídolos de pau asserás. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés tinha feito, porque os israelitas tinham até então queimado incenso diante dela. (Chamavam-na Nehustã)." (2 Rs 18,4)

Vemos então que o errado é a idolatria e não as imagens. Ou seja, o errado é o ato de idolatrar imagens e não fabricá-las!

"Guardai-vos, pois, de fabricar alguma imagem esculpida representando o que quer que seja, figura de homem ou de mulher, representação de algum animal que vive na terra ou de um pássaro que voa nos céus, ou de um réptil que se arrasta sobre a terra, ou de um peixe que vive nas águas, debaixo da terra. Quando levantares os olhos para o céu, e vires o sol, a lua, as estrelas, e todo o exército dos céus, guarda-te de te prostrar diante deles e de render um culto a esses astros, que o Senhor, teu Deus, deu como partilha a todos os povos que vivem debaixo do céu." (Dt 4,16-20)

Não esqueçamos que, na época, havia o politeísmo, ou seja, a crença em vários deuses. A proibição de Deus se refere ao culto de adoração a alguma imagem que fosse tratada como o próprio Deus. Como, por exemplo, o povo que faz um bezerro de ouro para adorá-lo no deserto como se fosse o próprio Deus.

"Tiraram todos os brincos de ouro que tinham nas orelhas e trouxeram-nos a Aarão, o qual, tomando-os em suas mãos, pôs o ouro em um molde e fez dele um bezerro de metal fundido. Então exclamaram: 'Eis, ó Israel, o teu Deus que te tirou do Egito'." (Ex 32, 3-4)

Veja que Salomão, o homem mais sábio que já existiu e existirá segundo o próprio Deus, também fez imagens de madeira:
"Fez no santuário dois querubins de pau de oliveira, que tinham dez côvados de altura. Cada uma das asas dos querubins tinha cinco côvados, o que fazia dez côvados da extremidade de uma asa à extremidade da outra. Revestiu também de ouro os querubins. Mandou esculpir em relevo em todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins, palmas e flores abertas. Nos dois batentes de pau de oliveira mandou esculpir querubins, palmas e flores desabrochadas, e cobriu-as de ouro; cobriu de ouro tanto os querubins como as palmas." (1 Rs 6,23-32)

Algumas coisas que a Igreja ensina sobre imagens:

"A imagem sacra, representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova economia das imagens: 'Antigamente Deus, que não tem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora, que se mostrou na carne e viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus (…) Com o rosto descoberto, contemplados a glória do Senhor'". (São João Damasceno)

"O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento que proíbe ídolos. De fato 'a honra prestada a uma imagem é prestada na verdade a pessoa a ela representada'" (São Basílio).

"O culto da religião não se dirige as imagens em si mesmas como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem, enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é a imagem." (São Thomás de Aquino)


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/a-igreja-catolica-e-as-imagens/

28 de abril de 2017

O poder de um super-homem

Reconhecer as falhas não é sinal de derrota, mas de continuidade

No convívio do nosso dia a dia, percebemos que, ao contrário das mulheres, são poucos os homens que se dispõem a elogiar o desempenho ou a atitude de um colega de trabalho. Quando estes ousam reconhecer o feito do outro, quase sempre se limitam a fazê-lo por meio de poucas palavras, tais como: "Parabéns!" ou "Foi um bom trabalho!". Talvez, resistam tanto em consequência de uma disputa inconsciente e ainda primitiva herança de seus ancestrais, disputa essa que os obrigava a garantir a supremacia dentro de seu grupo. Ao se depararem com um amigo que se encontra aborrecido com alguma coisa, também reagem de maneira superficial com as palavras. Eles mal se oferecem para escutar o companheiro, mas tentam ajudá-lo com uma outra atitude, na tentativa de desviar a preocupação do colega a respeito do problema.

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Foto: rdonar by Getty Images

Manter as aparências não ajuda

A decisão e a responsabilidade de cuidarem de todas as necessidades da casa como provedores, de dirigirem e gerenciarem seus empreendimentos, geralmente recaem sobre eles. Na vida familiar, diante de um impasse, quase sempre ficará por conta do homem da casa o voto de Minerva. Mas nem por isso essa atitude deve torná-lo alguém absolutista! A flexibilidade para acolher a derrota é ainda um exercício a ser aprendido ou, quem sabe, mais bem trabalhado por esses aspirantes a super-homens.

Embora manifestem autoconfiança, senso de proteção e austeridade, ao vivenciarem suas falhas e limitações, o mundo parece ruir sobre suas cabeças. Diante dos acontecimentos malsucedidos, quando se sentem esmorecidos pelas circunstâncias, a grande maioria dos homens raramente se dispõe a partilhar suas dificuldades. Muitos preferem tentar encontrar a solução de seus problemas por conta própria. Uma simples mudança de planos parece mudar toda a ordem e o equilíbrio natural do universo masculino. Basta que alguma coisa aconteça fora do que havia sido anteriormente planejado para que a autoestima desses caia por terra. O estresse e o medo de se sentir perdedor aflige, com grande facilidade, boa parte da população masculina.

Um erro momentâneo não determina quem você é

Que palavras poderiam fazer um homem se sentir melhor diante do envolvimento numa leve colisão no trânsito? Ninguém é perfeito o bastante, tampouco está livre dos contratempos impostos pela vida. Embora, nessa circunstância, ele possa se sentir o pior dos motoristas, a imprudência momentânea no volante não o destitui de suas capacidades.

Diante da derrota, não importa se é um grande empresário ou um modesto pai de família desempregado, muitos homens enveredam pelos caminhos da depressão ao reconhecerem que não eram tão bons quanto pensavam para um determinado empreendimento.

Todas as mudanças são possíveis ao ser humano quando estas acontecem por meio da valorização daquilo que trazemos como positivo.


Um auxílio necessário: a boa palavra

Assim, cabe às mulheres perceberem que as boas palavras e o voto de confiança manifestados a eles agem tal como adrenalina e parecem ajudar a reafirmá-los naquilo que buscam ser. O apreço às suas capacidades de reação diante dos embates e às suas conquistas, ainda que pequenas, tem o poder de reanimar seus espíritos. Esses estímulos podem ser expressos por meio das recordações de acontecimentos anteriores que também lhes pareciam intransponíveis, contudo, foram superados.

Alguns homens, mesmo sabendo do poder robustecedor de um elogio, ainda relutam em assimilar uma palavra estimuladora diante de suas falhas e dificuldades. Para uma parcela desse grupo, tem-se a impressão de que, se deixar acolher por gestos mais sensíveis, lhes tiraria um pouco do seu ser homem. Há outros que, embora gostem de ser reconhecidos, sentem-se meio desconcertados e encabulam-se quando recebem tal manifestação de afeto.

Não há poder maior de revitalização para os homens do que perceber o apoio incondicional daqueles pelos quais são responsáveis. Isso os faz se sentirem mais fortes e convictos de seus propósitos.

Se há confiança e aprovação naquilo que estão empreendendo, seja na idealização de um novo sonho ou na realização de um novo projeto, os laços existentes dentro de seus relacionamentos tendem a se fortalecer. Consequentemente, o crescimento não deixará de acontecer, tanto em relação àquilo que diz respeito ao seu lado profissional como em relação às mudanças necessárias para o crescimento da vida do casal. Ainda que possam parecer durões, esses super-homens adquirem poderes especiais quando experimentam a sensação de não enfrentarem sozinhos os desafios.

Deus abençoe a todos!

Um abraço,

26 de abril de 2017

Quero ter mais filhos, mas meu cônjuge não quer. O que fazer?

A Igreja ensina que o casamento tem duas finalidades principais: o bem dos cônjuges e a geração e educação dos filhos

Sabemos que existe uma forte cultura no sentido de evitar filhos, e muitos os motivos para isso: medo do futuro, dificuldades financeiras, falta de conhecimento da vontade de Deus sobre o matrimônio e também o egoísmo e o comodismo, uma vez que os filhos exigem dedicação e sacrifícios.


Foto: BraunS

Evidentemente, um casal só deve ter seus filhos de comum acordo, cientes da grandeza que significa dar a vida a um ser humano, "imagem e semelhança de Deus" (Gen 1,26) – "a glória de Deus" (Santo Irineu de Lião) –, e que, um dia, vai viver eternamente com o Senhor. Nós não somos capazes de gerar nada mais belo do que um filho.

A Palavra de Deus diz: "Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas". "Feliz o homem que assim encheu sua aljava…" (Sl 126,3-5). O Catecismo da Igreja diz: "A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais". (Cat.§ 2373)

O amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo

"A fecundidade é um dom do matrimônio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização. Chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus. "Os cônjuges sabem que, no ofício de transmitir a vida e ser educador – o que deve ser considerado como missão própria deles –, são cooperadores do amor de Deus criador e como que seus intérpretes". (n. 2366-7)

O cônjuge que não quer ter mais filhos, quando o casal pode tê-los e quando um deles quer, pode estar movido pelos sentimentos negativos citados; então, a parte que deseja os ter precisa mostrar ao outro a vontade de Deus sobre o matrimônio. Isso deve ser feito com muito amor e carinho, mostrando ao outro o que a Igreja ensina sobre a paternidade responsável.

Há casos em que é lícito o casal espaçar o nascimento dos filhos – não é evitar indefinidamente – quando há sérios problemas de saúde e financeiros, para que o casal se recupere deles, e depois possa ter outros filhos.

Confiança na Providência Divina

Um casal só aceita ter todos os filhos que pode ter se agir segundo a vontade de Deus, na fé, em uma vida de confiança na Providência Divina, que jamais abandona um casal na criação dos seus filhos. São Paulo repete o que disse o profeta Habacuc: "O justo vive pela fé" (Rom 1,17; Hab 2,4). E a carta aos hebreus diz: "Sem fé é impossível agradar a Deus" (Heb 1,6). Portanto, quando um dos cônjuges quer ter um filho e o outro não quer, é preciso que o que quer o filho fortaleça a fé do outro e lhe mostre a vontade de Deus. O sentido mais profundo de gerar e educar os filhos é criar seres que, um dia, vão ocupar um lugar no Céu.

Lá, não se gera mais filhos, não há casamento; só aqui na Terra. Então, Deus quer contar com a generosidade dos pais para gerar os seus filhos que, com Ele, viverão por toda a eternidade, desfrutando de Sua felicidade. Essa é uma missão sagrada e sublime do casal. Só com esse sentimento um casal "aceita ter todos os filhos que Deus lhe enviar", como prometeram a Deus no dia do casamento.

É preciso meditar no que diz a Igreja sobre esse assunto. O Papa Bento XVI disse: "Uma nação que não tem filhos é uma nação sem futuro". É o que acontece com muitos países hoje. É triste ver a situação da Europa, do Japão e outros países envelhecidos, sem braços jovens para trabalhar e continuar a história dessas nações.

Perigos que os métodos contraceptivo

Na década de 60, os pesquisadores inventaram a pílula anticoncepcional. Logo em seguida, em 25 de julho de 1968, o Papa Paulo VI escreveu a Encíclica Humanae Vitae (HV), alertando sobre os perigos que os métodos contraceptivos representavam para a humanidade.

Já se passaram cerca de 50 anos, e o tempo mostra o quanto o Papa Paulo VI tinha razão. Os países da Europa envelheceram; nenhum deles hoje consegue sequer repor a taxa mínima de natalidade para que a população do continente não diminua. Nenhum deles tem taxa de 2,1 filhos por mulher, o mínimo necessário para se manter a população estável. Os governantes agora multiplicam os incentivos para os casais terem filhos, mas sem sucesso.

Isso acontece, hoje, por causa desse drástico controle da natalidade facilitado pela pílula e outros métodos artificiais contraceptivos. Logo no início da referida encíclica HV, Paulo VI destacou: "O gravíssimo dever de transmitir a vida humana, pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias […]. O matrimônio e o amor conjugal estão por si mesmos ordenados para a procriação e educação dos filhos. Sem dúvida, os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos pais" (n.9).

Paternidade responsável

Uma das advertências que o Papa colocou é que o casal deve viver a paternidade responsável, ter todos os filhos que puder criar com dignidade, sem cair na tentação do medo, do egoísmo e do comodismo de evitá-los.

O Santo Padre insistiu que o ato sexual tem dois aspectos fundamentais e não podem ser separados: o unitivo e o procriativo. Se forem separados, haverá o uso indevido e egoísta do sexo" (n.11).


Paulo VI lembrou também que a esterilização do homem ou da mulher fere o plano de Deus: "É de excluir de igual modo, como o Magistério da Igreja repetidamente declarou, a esterilização direta (vasectomia e laqueadura), quer perpétua ou temporária, tanto do homem como da mulher" (n.14).

Não posso ter filho agora. Existe alguma alternativa?

Para os casais que precisam seriamente evitar uma gravidez por um tempo, o Pontífice recomendou "os métodos naturais" de contracepção. Um exemplo é o conhecido Método Billings, que funciona muito bem quando o casal sabe usá-lo corretamente. A sua grande vantagem é que não fere a vontade de Deus e a mulher não toma medicamentos constantemente, o que pode fazer mal à sua saúde. Além disso, desse modo, estabelece-se entre o casal cristão um clima de amor, compreensão e respeito de mortificação que tanto santifica.

Somente uma reflexão profunda sobre esse tema fundamental da vida pode fazer com que o casal decida, numa expressão profunda do seu amor recíproco e no amor a Deus, aceitar os filhos que Ele lhe enviar.

24 de abril de 2017

O amor tem preço?

Decida-se e não tenha medo de pagar o preço do amor

O amor tem preço? Certamente sim. Acredito que tudo o que é precioso em nossa vida é porque custou sacrifício para nós ou para outros que o adquiriram em nosso favor. Saber dar o devido valor a tudo que temos, no entanto, é o desafio nosso de cada dia.

Acredito que o amor tem seu preço e, aliás, custa caríssimo! Vamos percebendo isso nas inúmeras descobertas que ele nos leva a fazer quando temos a coragem de nos lançar na linda e desafiante "aventura" de amar e ser amados.

Foto: PeopleImages by Getty Images

Padre Kentenich, –no livro ""Santidade de todos os dias", afirma que o verdadeiro amor é como o sol ardente, pois desperta e faz germinar todas as sementes ocultas no homem. Diz também que muitas pessoas não se desenvolvem nem moral nem espiritualmente, porque em vão esperam, saudosos, um simples gesto de amor. Ainda há outras que trazem em si a inclinação ao heroísmo e poderiam elevar-se como águias até o sol, porém, permanecem em planos inferiores, porque não foram amados nem amaram.

Levando-se em consideração a importância fundamental deste dom em nossa vida, percebo que ainda se fala pouco sobre ele. É verdade que vemos a palavra "amor" estampada por todos os lados e ouvimos muitos a pronunciarem, mas ouso dizer que a maioria desconhece esse sentimento. Usam-na como uma expressão bonita, romântica ou algo assim, mas não fizeram a experiência do amor em suas vidas e padecem por isso.

Amor, vocação primeira do homem

Eu desejo exaltar o amor como vocação primeira do homem. "Fomos criados pelo amor e para o amor" e este é o sentido real da nossa existência.

""Como o corpo foi criado para a alma, assim a alma foi feita para o amor"," diz São Francisco de Sales. E Deus, que criou o homem, portanto, o corpo e a alma, por amor e com amor, também espera de nós, no mínimo, a disposição para amar. Conscientes ou não, temos sede do amor puro e verdadeiro e queremos amar na medida certa, mas é raro encontrarmos boas referências.

Jesus Cristo, o Mestre do Amor, por sua vez, indica-nos a direção quando diz ao escriba: ""Amarás teu próximo como a ti mesmo"". Certamente, é esta a melhor referência do amor. Porém, como não posso dar aquilo que não possuo, para amar meu próximo devo ter também um sadio amor próprio. Concorda?


Podemos começar por uma autoanálise, questionando-nos: Será que me amo e me aceito como sou? Ou tenho me desprezado e fugido de mim mesmo enquanto tento amar outros? Que tipo de amor tenho oferecido às pessoas que se relacionam comigo? Já experimentei o amor em minha vida ou o tenho buscado sem jamais o encontrar?

Amar é uma decisão

Tenho descoberto muitas e belas flores no jardim do meu coração desde que decidi amar e ser amada. É que as sementes de tudo o que é bom, nobre e belo desabrocham quando aquecidas pelo sol do amor e nos fazem florescer, tornando este mundo melhor. Amar é um desafio constante é verdade; mas também é uma motivação constante, pois nos remete ao que somos na essência, e aí encontramos Deus, que nos plenifica e nos sacia.

Você também quer fazer essa experiência? Para começar, lembre-se de que o amor que cura e transforma a alma é o amor que damos e não o que esperamos receber. Então, comece agora mesmo a amar e sentirá os efeitos. Outra dica importante nesta arte é que amar é mais que sentimento, é uma decisão. Portanto, decida-se e não tenha medo de pagar o preço do amor. Ele é forte como a morte e até nos faz morrer… Porque o amor também é doação! E é sempre o vencedor e nos ressuscita para vivermos livres e felizes voando alto como águias e alcançando o heroísmo ao qual Deus nos chama.


Dijanira Silva

Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação. Diariamente, apresenta programas na Rádio América CN. Às terças-feiras, está à frente do programa "De mãos unidas", que apresenta às 21h30 na TV Canção Nova. É colunista desde 2000. Recentemente, a missionária lançou o livro "Por onde andam seus sonhos? Descubra e volte a sonhar" pela Editora Canção Nova.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/o-amor-tem-preco/

21 de abril de 2017

Como sofrer sem deixar a felicidade ser comprometida?

Sofrer com alegria e esperança

O sofrimento é inevitável na vida do ser humano. Isso implica em dizer que não existe fórmula mágica para deixar de sofrer nesta vida. Crentes e não crentes, ricos e pobres, poderosos e humildes, ninguém escapa do sofrimento.

Uns sofrem por não possuir, às vezes nem o necessário para sobrevivência, os pobres. Por sua vez, outros sofrem com medo de perder o que tem em abundância, os ricos. Os casados sofrem as dificuldades próprias do casamento, outros sofrem por não conseguirem casar. Sofrem ainda, os problemas provenientes dos filhos, outros, o problema é exatamente não poder ter filhos. Por isso mesmo, todos sem exceção, de algum modo sofrem.

-Como-sofrer-sem-deixar-a-felicidade-ser-comprometida-Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Sendo o sofrimento inevitável à vida de todos nós seres humanos, cabe-nos dar sentido para ele. Dar sentido ao sofrimento significa vivê-lo com alegria e esperança. Isso é possível quando unimos o nosso sofrimento ao sofrimento de Cristo na Cruz. Estas duas palavras, "alegria e esperança", precisam fazer parte do nosso vocabulário de modo que diante do sofrimento não nos desesperemos, pelo contrário, saibamos sofrer com alegria e esperança.

As duas palavras anteriormente mencionadas estão intimamente ligadas uma à outra. Todos que sofrem em Deus conseguem conjugar com estas realidades, aparentemente contraditórias: alegria e sofrimento, sofrimento e esperança. Diz São Paulo "Estou absolutamente convencido de que os nossos sofrimentos do presente não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada". (Rom 8,18). Quem tem Deus, sabe que o sofrimento presente passará, mesmo que seja duradouro. Sua esperança não está aqui neste mundo, mas no céu que a espera.

O Papa São João Paulo II, na Carta apostólica Salvifici Doloris, n 9, ao se referir sobre o sentido cristão do sofrimento humano, diz que, "no fundo de cada sofrimento experimentado pelo homem, […] aparece inevitavelmente à pergunta: por quê? É uma pergunta acerca da causa, da razão e também acerca da finalidade (para que).

De modo geral, toda pergunta sobre o sofrimento é sempre acerca do sentido. Esta pergunta não só acompanha o sofrimento humano, como também determina seu conteúdo. Continua o papa: "A dor, como é óbvio, em especial a dor física, encontra-se amplamente difundida no mundo dos animais. Mas só o homem, ao sofrer, sabe que sofre e se pergunta o porquê; e sofre de um modo humanamente ainda mais profundo se não encontra uma resposta satisfatória".

O cristão encontra na paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo um sentido para o sofrimento. A pergunta "por que?" e "para que?" são respondidas, embora não seja simples e muitas vezes satisfatória.


O sofrimento de Cristo foi redentor. Quando o sofrimento humano, unido ao d'Ele na cruz, também assume um sentido de redenção. Completo na minha carne, diz o Apóstolo São Paulo, ao explicar o valor salvífico do sofrimento, o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja. (Col, 1,24). Neste contexto, por amor de Deus, até mesmo o sofrimento tem um sentido, podendo tornar-se acontecimento de salvação. Ainda diz São Paulo "as nossas aflições leves e passageiras estão produzindo para nós uma glória incomparável, de valor eterno". (2Cor 4,17).

Na mensagem de Nossa Senhora de Fátima, no dia 13 de maio de 1917, ela faz uma pergunta para os Pastorinhos: "Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?". E, no dia 15 de agosto do mesmo ano faz um pedido:"Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas". Com isto entende-se que a redenção através do sofrimento humano é tanto para a pessoa que sofre como também para aqueles nos quais ela queira oferecer.

Portanto meu irmão, não desperdice o teu sofrimento, ofereça em prol da tua salvação e também dos pecadores!

Como vimos, a dor pode ser um grande instrumento de salvação para nós e para os outros. Para a doutrina cristã, a dor, sobretudo a dos últimos momentos da vida assume um significado particular no plano salvífico de Deus, pois, é uma participação na Paixão de Cristo e uma união com o sacrifício redentor que Ele ofereceu em obediência à vontade do Pai. Ao saber disso, agora cabe a nós não desperdiçar nosso sofrimento, em vez disso, unir a Cruz de Cristo, em prol da nossa salvação e do mundo inteiro.

19 de abril de 2017

Como posso fazer para tirar força de minha fraqueza

Na onde posso encontrar  e tirar força para vencer minhas fraquezas

"Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte." (2 Cor 12,10).Esse versículo parece uma grande contradição paulina.

Como posso tirar força de minha fraqueza? Como posso diante de minha impotência ser potente? Isso só é possível dentro da perspectiva de alguém que se reconhece necessitado de Deus. Alguém que, como Paulo, sabe que sem a ação do Espírito Santo não se pode fazer nada.

Como posso fazer para tirar força de minha fraqueza-Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Quem era Paulo de Tarso?

Paulo era um cara muito estudado, de inteligência ímpar. Mas sabia que sua humanidade possuía fraquezas. E como lidava com isso?Somente submetendo tudo a Deus.

Fraco não é aquele que possui fraquezas, mas sim, aquele que se rende a elas.  Tocar em minhas fraquezas, em meu vazio, é perceber que quando não tenho mais nada posso contar com o Tudo de Deus.

Somos humanos, somos gente. Sentimos dor, sentimos sede, nos sentimos impotentes. Até Jesus em Sua humanidade também sentiu dor. E Ele não teve medo de apresentar as fraquezas d'Ele aos amigos e a Deus. No Getsêmani foi isso que nos foi apresentado de forma clara.

Uma história para ilustrar

Lembro aqui uma história antiga:

Um garoto de dez anos de idade decidiu praticar judô, apesar de ter perdido o braço em um terrível acidente de carro. O menino ia muito bem. Mas sem entender o porquê, após três meses de treinamento, o mestre havia lhe ensinado somente um movimento. O garoto então disse a ele:

– Mestre, não devo aprender mais movimentos?
O mestre respondeu ao menino, calmamente e com convicção:
– Este é realmente o único movimento que você sabe, mas também é o único movimento que você precisará saber.


Meses mais tarde, o mestre inscreveu o menino em seu primeiro torneio. O menino ganhou facilmente seus primeiros dois combates e foi para a luta final do torneio. Seu oponente era bem maior, mais forte e mais experiente. O garoto usando os ensinamentos do mestre entrou para a luta e, quando teve oportunidade, usou seu movimento para prender o adversário. Foi assim que o garoto ganhou a luta e o torneio. Era campeão.

Mais tarde, em casa, o menino e o mestre reviram cada luta. Então, o menino criou coragem para perguntar o que estava realmente em sua mente:

– Mestre, como eu consegui ganhar o torneio somente com um movimento?
– Você ganhou por duas razões – respondeu o mestre. – Em primeiro lugar, você dominou um dos golpes mais difíceis do judô. E, em segundo lugar, a única defesa conhecida para esse movimento é o seu oponente agarrar seu braço esquerdo.

Conclusão

A maior fraqueza do menino tinha se transformado em sua maior força. Assim, também nós podemos usar nossa fraqueza para que ela se transforme em nossa força. Não podemos ter medo de deixar o Mestre Jesus trabalhar nossa fraqueza. Ele sabe lidar com nosso "húmus", com aquilo que aparentemente é nossa fraqueza e dela tirar a maior riqueza e fortaleza.