1 de junho de 2016

Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida

"Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda" (Gênesis 2,18).

Compreender os desígnios de Deus exige tempo e, muitas vezes, toda uma vida.Diferente de um conto de fadas, na vida real, uma história de amor após o casamento não termina com o estereótipo "e eles viveram felizes para sempre!". No matrimônio, amar é ter como meta as promessas feitas um ao outro no decorrer da vida.

20129a08-4323-4b05-8764-7606b7242ac6Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Zoé Astuti tem 72 anos. Uma mulher forte, mãe e avó, cabelos escovados, lápis nos olhos e, na boca, além do batom tão discreto quanto ela, um sorriso que acolhe e encanta.

Ela nasceu na cidade de Sacramento (MG). Quando estava com quatro anos, sua família se mudou para a cidade de Arapongas, no Paraná. Foi lá que ela conheceu seu esposo,  Carlos Astuti.

Carlos tem 74 anos e é natural de Barretos (SP). Assim como Zoé, aos quatro anos seus pais se mudaram para Arapongas, no Paraná. Além de esposo, ele é pai, avô e um homem de família. Seu semblante cansado diz muito de uma pessoa batalhadora. Com as mãos postas sobre a mesa de vidro, ele se mostra tão firme, transparente e, ao mesmo tempo, frágil quanto aquele material no qual repousava suas mãos.

O casal se conheceu na escola, quando cursavam o Segundo Grau; os dois estudavam na mesma sala de aula e ali começaram o romance.

"Naquela época, nós flertávamos, era uma olhadinha aqui, uma piscadinha ali", conta Zoé. Os dois namoraram pouco tempo e logo se casaram, mas com "comunhão de dívidas",como ela costuma dizer, pois não tinham boas condições financeiras. "Quando temos metas, enfrentamos todas as barreiras e dificuldades", reflete a esposa.

A história deles não foi um conto de fadas. Carlos se lembra de que sempre foi muito retraído e fechado, mas afirma que, durante todo tempo, Zoé foi a grande responsável por lapidá-lo. "Ela sempre conseguiu extrair o melhor de mim."

Carlos sempre se esforçou para dar o melhor para sua família, por mais que isso o deixasse distante dela. Bancário aposentado, por diversas vezes ele deu prioridade ao trabalho. Hoje, ele se arrepende disso! "Eu sempre fui um esposo e pai supridor, só me preocupei com o sustento da família."


A esposa e os filhos de Carlos sempre sentiram muito sua falta, mas todos eles sabiam o esposo e o pai que tinham! "Eu sei que o Carlos ficava triste com toda a situação que vivíamos, mas ele não podia deixar o trabalhar", lembra Zoé.

Mulher forte, ela sempre aguentou tudo sozinha por causa da ausência do esposo. Ela foi mãe, pai e, muitas vezes, motorista, nas idas e vindas de carro ao médico com seus filhos. Zoé conta que viver o sacramento do matrimônio não é fácil, pois somos homens e mulheres falhos, mas, todos os dias, somos convidados a viver a promessa que fizemos um ao outro no matrimônio.

"Nosso matrimônio não foi fácil, mas tanto eu quanto o Carlos quisemos dar o nosso melhor para nossa família!", afirma Zoé.

Todo mundo tem problemas, por isso não dá para viver sem a graça de Deus. Só Ele para nos ajudar a viver bem o matrimônio.

No decorrer da vida, precisamos fazer ajustes, mas para isso acontecer precisa haver doação mútua. "Nós sempre procuramos nos edificar. Hoje, com a idade que temos, somos companheiros, e um precisa do outro", diz ela.

Carlos e Zoé estão juntos há 50 anos. Casaram-se no dia 12 de fevereiro de 1966. Pais de três filhos, hoje eles têm 10 netos. Ambos são felizes e, dia após dia, buscam escrever um novo final para sua história. "Agora, estamos caminhando juntos para o céu.

Buscamos dar sempre o nosso melhor e procuramos edificar sempre um ao outro, com nossos filhos e netos", finaliza Zoé.

Wesley Almeida
Jornalista


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/na-alegria-e-na-tristeza-na-saude-e-na-doenca-todos-os-dias-da-nossa-vida/

30 de maio de 2016

O que é violência sexual?

Entenda o que é violência sexual por meio do relato de uma vítima

o-que-e-violencia-sexualFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com
A escuridão preenchia as ruas da cidade, tímidas luzes da iluminação pública dispersavam as sombras pelo caminho. As aulas da faculdade haviam acabado a pouco e o frio da noite oferecia um caminho pouco confortável no regresso ao lar. Subitamente, um carro, um rosto conhecido, uma oferta de alento, uma dádiva para amenizar o esforço noturno. Afinal, que perigo haveria num rosto familiar? A triste constatação foi que aquela situação era um grande engano, as perversas intenções obscuras sobre as palavras, até então acalentadoras, se mostrariam muito piores do que o frio daquela noite.

Daniela (nome fictício), mãe e universitária de 25 anos, foi vítima de um estupro provocado por três homens, dos quais um era seu amigo há 15 anos e vizinho há nove anos. No retorno da faculdade, que é próxima a sua cidade, ele ofereceu carona para a Daniela, que, por causa do frio e por ser ele um amigo, aceitou. Foi a pior carona da vida dela, pois eles a levaram até um terreno abandonado e ali a espancaram, abusaram sexualmente dela e, insatisfeitos, enfiaram um pedaço grande de madeira com farpas em sua vagina.

Após ser socorrida e levada ao hospital, Daniela precisou levar 132 pontos e passar por um processo doloroso de perícia e depoimentos. Hoje, ela luta para superar essa trauma. Confira o testemunho de Daniela.


Padre Anderson Marçal explica que é preciso ter fé e esperança depois de um abuso. "A pessoa abusada precisa saber que a vida dela não acabou ali; mais do que isso, se uma pessoa abusou dela, há alguém que a ama, e esse alguém é Deus. Então, ela precisa ter esse olhar de que a vida não acabou ali. É um caso sério? É um caso sério. É grave? É grave. Traz consequências profundas? Traz consequências profundas. Mas não é a última palavra ainda."

Saiba o que é violência sexual e como buscar ajuda

Deparar-se com casos de violência sexual gera comoção. Um olhar externo e distante leva a questionamentos, porém, quando a vítima é um familiar ou até mesmo você, o ponto de vista e os conceitos mudam.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a "violência sexual é qualquer ato sexual, tentativa do ato não desejado ou atos para traficar a sexualidade de uma pessoa, fazendo uso de repressão, ameaça ou força física, praticados por qualquer pessoa independente de suas relações com a vítima e de qualquer cenário, não limitado ao lar ou trabalho". Ou seja, é uma agressão focalizada na sexualidade da pessoa, mas que a atinge em todo o seu ser.

A violência sexual pode tomar várias formas, e apesar de existir a falsa percepção de que o agressor em potencial se restringe a pessoas distantes, na verdade o mais comum é que seja realizada por pessoas próximas. Segundo a central de atendimento 180, em 46,96% dos casos de violência sexual, o agressor é parceiro da vítima, sendo que 25,27% é praticada por cônjuges.

Ao perceber que está sofrendo abuso, é fundamental que a pessoa busque apoio especializado como delegacias, advogados e psicólogos. O apoio de familiares e amigos é essencial, pois, neste momento, é fundamental criar laços que gerem na pessoa agredida uma sensação de segurança, cuidado e acolhimento.


Fernanda Soares

Fernanda Soares é missionária da Canção Nova. Foi apresentadora do programa Revolução Jesus e Vitrine da TV Canção Nova. Jornalista. Foi uma das apresentadoras no palco principal da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Autora dos livros "A mulher segundo o coração de Deus" e "A beleza da mulher a ser revelada". Hoje trabalha como produtora de conteúdo no setor de Internet da Canção Nova.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/violencia-sexual/o-que-e-violencia-sexual/

27 de maio de 2016

Como dominar os impulsos sexuais?

Controlar os impulsos não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível

Novelas, músicas, propagandas, outdoors, um passeio no shopping. Cenas, fatos, situações e momentos que, muitas vezes, estão recheados de um estímulo "mega-power-sexappeal", ou seja, estímulo sexual para todos os gostos! Somos provocados a ver sexo em tudo!

Sobreviver a esse cenário torna-se, de fato, uma "odisseia no espaço", uma "guerra nas estrelas", pois parece que, a todo momento, somos chamados a uma espécie de sombra do mal, a nos transformarmos de Anakin para Darth Vader! Oh, meu Deus, como controlar tantos impulsos sexuais se, a todo momento, somos estimulados a colocá-los para fora?

Alguns passos para sobrevivermos a esse cenário tão louco.

Como dominar os impulsos sexuais - 1600x1200Foto: Daniel Mafra


Primeiro passo: controlar e não dominar

Não gosto muito da palavra "dominar", soa como algo ruim, que precisa ser contido, reprimido, e não creio que Deus seja tão injusto a ponto de colocar, dentro de nós, os impulsos sexuais e exigir de nós a repressão deles. Também não acredito que Ele nos peça para os dominar como se fossem uma "força do mal" a ser exorcizada.

Prefiro a palavra "controle", ou seja, como controlar os impulsos sexuais? Controle é o mecanismo pelo qual medimos o resultado de um processo comparando-o a um valor desejado. Então, controlar os impulsos sexuais é ser capaz de viver os desejos, as vontades a partir do valor que temos e do valor que damos ao outro. Quando partimos da relação de valor, conseguimos controlar os impulsos e, assim, dar a eles um destino mais pleno e prazeroso.

Segundo passo: canalizar os desejos

Somos homens e mulheres com desejos. Os impulsos sexuais não estão em nós como algo desconexo, mas dizem de nossa identidade. Vou além: eles dizem de nossa identidade de filhos de Deus.

O Senhor nos criou homens e mulheres. Não tem essa de "Deus, tire de mim os desejos sexuais!". Não! Sinto muito lhe dizer, mas Ele não os tirará! Eles estão aí para serem canalizados. São os desejos que levam um homem a se encontrar com uma mulher, são impulsos, forças que nos levam a viver uma relação. O que precisamos pedir é: "Deus, ajude-nos a canalizar esses desejos sexuais para uma vida mais plena e saudável. Ensine-nos a canalizar o que sentimos, baseando-nos no valor que temos e possuímos". Se temos bem claro, na cabeça e no coração, que somos chamados a viver um amor total, fiel, livre e fecundo, daremos conta de canalizar nossos impulsos para relações totais, fiéis, livres e fecundas. Quando vier o impulso sexual, de querer o outro para nós, podemos, nessa hora, usar essa força para termos o outro dentro de nós, como alguém que merece nosso amor, nosso valor!

Diante de uma linda mulher, que chame sua atenção – sexualmente falando – você pode:

a) olhar, desejar e trazer para sua mente como uma possibilidade de tocar, manipular e obter prazer! Ou:

b) olhar, apreciar e trazer para sua mente como uma realidade de amar, valorizar e promover.


Você escolhe (a) ou (b), ou seja, ao ver uma mulher muito bonita, você teve o impulso sexual, a atração, o desejo por ela, mas, nessa hora, escolhendo a alternativa (b), canalizou esse impulso e o enobreceu, não o reprimindo. Deu a ele um lugar de nobreza! Sabe aquela passagem da Bíblia que diz: "É do coração humano que saem coisas boas e ruins?" Então, você vê e, no coração, dá destino ao impulso que surgiu! Escolha (a) ou (b).

Terceiro passo: Conhecer a força da força!

Todos temos impulsos sexuais. Isso é inerente ao nosso ser! Mas precisamos conhecer esses impulsos, saber a força que eles têm, ou seja, saber quando surgem, quando é mais ou menos intenso, o que faz dentro de nós, o que fazer quando eles vêm. Conhecê-los é a melhor maneira de controlá-los e identificá-los, é o jeito de melhor encontrar um destino para eles. As pessoas perdem essa batalha quanto querem lutar contra algo que não conhecem. Não se trata de uma luta contra algo do mal, mas sim para integrar isso que faz parte de você. É uma luta para juntar: impulso sexual+valor+amor+Deus. Por aí vai! Sem autoconhecimento não há vitória.

Quarto passo: Fugir ou encarar?

Quando conhecemos nossos impulsos sexuais, a força que eles têm, o lugar e as situações para onde querem nos levar, podemos ficar em uma encruzilhada: encarar ou fugir? Na verdade, os dois. Encarar, tomar conhecimento ou fugir, ou seja, viver esse processo que acontece depois do "encarar", isto é, perceber e, depois, por saber que não daremos conta, fugir. Mas sabendo do que está fugindo.

Muitas vezes, não escutamos o movimento que rola em nosso interior e ficamos mais presos às relações por medo de nós mesmos. Fugir, conhecendo e buscando compreender do que estamos fugindo, para ficar mais fortes para o próximo combate. Pois ele virá! Nessa hora, é preciso se perguntar: Quais meus pontos fracos? Onde sou mais vulnerável? O que me desordena afetivamente? Mais uma vez, conhecer-se é a arte de se controlar!

Quinto passo: Retornando ao estado de Jedi

No epsisódio 'O Retorno de Jedi', podemos ver como Luke acredita na bondade existente ainda em Darth Vader; e por acreditar nisso, assistimos, numa cena fantástica, a "redenção de Vader". Enquando o Imperador Palpatine estava para matar Luke com uma rajada final, Darth Vader, com o seu braço, ou melhor, com o que restou dele, agarra Palpatine e o lança no poço do reator principal da Estrela da Morte, destruindo, definitivamente, o diabólico Senhor dos Sith, assim concluindo a profecia na qual os Sith são exterminados.

Vader torna-se, novamente, Anakin Skywalker. Sim, ele volta a ser o que era! E o que isso tem a ver o com controle dos nossos impulsos sexuais? Tudo! Muitas vezes, somos como o jovem Anakin, que se deixa levar pela corrupção do mal. Nós, às vezes, nos deixamos levar pela corrupção da pornografia, do sexo fora do casamento; enfim, por uma vida sexual sem a marca do amor verdadeiro como Deus pensou; consequentemente, passamos a viver como Darth Vader, escravos de nossos impulsos e não senhores deles!

Assim, quero lhe dizer: sempre podemos recomeçar. Há, em nosso coração, um profundo desejo de amar de verdade e viver a plenitude do que somos. Nossos afetos, desejos e vontades, ordenados para o amor verdadeiro, sempre nos fazem retornar ao que de melhor nós temos e somos. O sacramento da confissão, a Eucaristia, uma vida de oração sincera e um bom diretor espiritual são nossas armas para vencer. Mesmo que, ao ler este texto, você se sinta incapaz de dar uma resposta mais cristã perante uma vida de erros, eu quero lhe dizer que foi com o que restou de um braço que Darth Vader venceu o imperador do mal. Acredito que, dentro de você, restou muito mais que um braço, restou a vontade de ser feliz e amar de verdade. Então, não perca tempo e recomece!

Esteja aberto para conquistar o Céu!


Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Cursou Filosofia no Instituto da Comunidade e é acadêmico de Psicologia na Unisal (Lorena). Atua na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Mais que um programa, o Revolução Jesus é uma missão que desafia o jovem a ser santo sem deixar de ser jovem. Dessa forma, propõe uma nova geração: a geração dos Santos de Calça Jeans. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!" e "Quero um Amor Maior"


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/castidade/como-dominar-os-impulsos-sexuais/

25 de maio de 2016

Oração para fazer diante de Jesus Eucarístico

Oração para iniciar a adoração

Meus Senhor Jesus Cristo, que por amor aos homens ficais dia e noite nesse sacramento, todo cheio de misericórdia e amor, esperando, chamando e acolhendo todos os que vêm visitar-­Vos, eu creio que estais presente no sacramento do altar.

oração

Adoro-Vos do abismo do meu nada e dou-­Vos graças por todos os Vossos benefícios, especialmente por Vos terdes dado a mim neste sacramento, por me terdes concedido por advogada Maria, Vossa Mãe Santíssima, e, finalmente, por me haverdes chamado para Vos visitar nessa igreja.

Saúdo, hoje, Vosso coração amantíssimo. Primeiro, em agradecimento pelo grande dom de Vós mesmos; segundo, em reparação pelas injúrias que Tendes recebido neste sacramento.

Meu Jesus, amo-­Vos de todo o meu coração. Arrependo-­me de, no passado, ter ofendido tantas vezes Vossa bondade infinita. Proponho, com Vossa graça, não mais Vos ofender no futuro. Nesta hora, miserável como sou, consagro-­me todo a Vós, dou e entrego-Vos minha vontade, meus afetos, meus desejos e tudo o que me pertence. Daqui em diante, fazei de mim e de tudo o que sou eu o que Vos aprouver.

Somente Vos peço e quero Vosso amor, a perseverança final e o perfeito cumprimento da Vossa vontade.

Recomendo-Vos as almas do purgatório, especialmente as mais devotas do Santíssimo Sacramento e da Virgem Maria. Recomendo-­Vos também todos os pobres pecadores. Enfim, amado Salvador meu, uno todos os meus afetos aos afetos do Vosso coração amantíssimo e, assim unidos, eu os ofereço a Vosso eterno Pai, pedindo-­Lhe em Vosso nome e, por Vosso amor, que se digne a aceitá-­los e atendê-­los.

Ó Jesus, Pão vivo descido do Céu, como é grande Vossa bondade! Para perpetuar a fé em Vossa presença real na Eucaristia, com extraordinário poder, dignastes-Vos mudar as espécies do pão e do vinho em Carne e Sangue, como se conservam no Santuário Eucarístico de Lanciano.

Aumentai sempre mais a nossa fé em Vós, Senhor sacramentado! Ardendo de amor por Vós, fazei com que, nos perigos, nas angústias e nas necessidades, só em Vós encontremos auxílio e consolação, ó divino Prisioneiro dos nossos tabernáculos, ó fonte inesgotável de todas as graças.

Suscitai em nós a fome e a sede do Vosso alimento eucarístico, para que, saboreando este pão celeste, possamos gozar da verdadeira vida, agora e sempre. Amém.

Oração ao Coração de Jesus na Eucaristia

Coração de Jesus na Eucaristia, amável companheiro do nosso exílio, eu Vos adoro! Coração Eucarístico de Jesus, Coração solitário, eu Vos adoro!
Coração humilhado, eu Vos adoro!
Coração abandonado, Coração esquecido, Coração desprezado, Coração ultrajado, eu Vos adoro!
Coração desconhecido dos homens, Coração amante, eu Vos adoro! Coração bondoso, eu Vos adoro!
Coração que desejais ser amado, Coração paciente em esperar-nos, eu Vos adoro!
Coração interessado em atender-­nos, Coração desejoso de ser suplicado, eu Vos adoro!
Coração, fonte de novas graças, silencioso, que desejais falar às almas, eu Vos adoro!
Coração, doce refúgio dos pecadores, eu Vos adoro!
Coração, que ensinais os segredos da união divina, eu Vos adoro!
Coração Eucarístico de Jesus, eu Vos adoro!

Oração a Jesus Sacramentado

Meu Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, eis-­me aqui em companhia da Santíssima Virgem, dos Anjos, dos Santos do Céu e dos justos da Terra, para visitar-­Vos e adorar-Vos nesta Hóstia Consagrada. Creio firmemente que estais tão presente, poderoso e glorioso como estais no Céu; e pelos Vossos méritos, espero alcançar a glória eterna, seguindo em tudo Vossas divinas inspirações; e em agradecimento de Vosso divino amor, quero amar-­Vos com todo o meu coração e minha alma, potências e sentidos.

Suplico-­Vos, Salvador de minha alma, pelo Sangue precioso que derramastes em Vossa circuncisão e em Vossa Santíssima Paixão, que exerciteis comigo este ofício de Salvador, dando-­me, pela intercessão de Vossa Santíssima Mãe, os dons da oração juntamente com a perseverança, para que, quando deixar esta vida, me guieis à glória eterna que gozais no Céu. Amém.

Oração a Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento

Ó Virgem Maria, Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, glória do povo cristão, alegria da Igreja Universal, Salvação do mundo, rogai por nós e despertai em todos os fiéis a devoção à Santíssima Eucaristia, a fim de que se tornem dignos de comungar todos os dias.

Ó Santíssima e Imaculada Senhora, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e nossa, nós, os pecadores, pedimos-vos que nos alcanceis de vosso Divino Filho Sacramentado todos os dons e graças de que necessitamos, para vivermos sustentados de Seu amor, para adquirirmos os merecimentos de Seus fiéis escravos e para termos a felicidade de, com Ele e convosco, viver por todos os séculos dos séculos. Amém.

Salve, Rainha…

Eu Te adoro, ó Cristo, Deus no Santo Altar. Em Teu Sacramento vivo a palpitar!
Dou-Te partilha, vida e coração, pois de amor me inflamo na contemplação!
Tato e vista falham, bem como o sabor; só por meu ouvido tem a fé vigor. Creio no que disseste, ó Jesus, meu Deus!
Verbo da Verdade vindo a nós dos céus!
Tua divindade não se viu na cruz, nem a humanidade vê-se aqui, Jesus!
Ambas eu confesso como o bom ladrão, e um lugar espero na eterna mansão!
Não me deste a dita, como a São Tomé, de tocar-­Te as chagas, mas eu tenho fé!
Faze que ela cresça como o meu amor, e a minha esperança tenha novo ardor!
Dos Teus sofrimentos é memorial esse Pão de Vida, Pão Celestial!
Dele eu sempre queira mais me alimentar, sentir-­Lhe a doçura divinal sem par!
Bom Pastor piedoso, Cristo, meu Senhor, lava no Teu Sangue a mim, tão pecador!
Pois que uma só gota pode resgatar do pecado o mundo e o purificar!
Ora Te contemplo sob espesso véu, mas desejo ver-­Te, Bom Jesus, no Céu, face a face.
Um dia, poderei de Ti gozar, nessa doce pátria, e sem fim Te amar.

Oração retira do livro "Uma vista ao Santíssimo Sacramento"


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/oracao/oracao-para-fazer-diante-do-santissimo-sacramento/

23 de maio de 2016

Verdades fundamentais sobre o matrimônio

Quatro verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio

Iluminados pela Exortação Apostólica Amoris Laetitia e por catequeses contidas em meu livro "Papa Francisco às Famílias", vamos refletir sobre quatro aspectos essenciais da família: indissolubilidade, unidade, fidelidade e abertura à vida. Nessa mútua recepção unida à graça de Cristo, "os noivos prometem um ao outro entrega total, fidelidade e abertura à vida, e também reconhecem como elementos constitutivos do matrimônio os dons que Deus lhes oferece, tomando a sério o seu mútuo compromisso, em nome de Deus e perante a Igreja", afirma o Pontífice.

Verdades fundamentais sobre o matrimônio - 1600x1200Foto: Arquivo CN

Depois de dois anos de reflexão sobre a família no mundo atual, o resultado foi um lindo hino à instituição base da sociedade sobre a alegria do amor na família. Católicos de todos os continentes puderam contribuir, respondendo questionários enviados às dioceses. A partir desse material, dois Sínodos confrontaram ideias de maneira aberta, permanecendo e fortalecendo-se a convicção de verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio.

"O próprio mistério da família cristã só se pode compreender plenamente à luz do amor infinito do Pai, que se manifestou em Cristo entregue até ao fim e vivo entre nós. Por isso, quero contemplar Cristo vivo que está presente em tantas histórias de amor e invocar o fogo do Espírito sobre todas as famílias do mundo", destaca o Santo Padre no terceiro capítulo do documento.

Indissolubilidade

Elemento essencial do ensinamento da Igreja acerca do matrimônio e da família é a indissolubilidade. Francisco afirma: "O que Deus uniu não o separe o homem" (Mt 19,6). Isso não deve ser entendido como um peso, mas um presente. O caminho do casal é acompanhado pela bondade divina. Por meio da graça, o coração é curado e transformado. Vocação recebida pela Igreja ao longo do tempo, o matrimônio é um dom do Senhor (cf. 1 Cor 7, 7) que deve ser cuidado. "Seja o matrimônio honrado por todos e imaculado o leito conjugal" (Heb 13, 4). Esse dom de Deus inclui a sexualidade: "Não vos recuseis um ao outro" (1 Cor 7, 5).

Unidade


Ao viver essa unidade, a família torna-se "comunidade de vida e amor (cf. n. 48)", como definiu o Concílio Ecumênico Vaticano II na Constituição pastoral Gaudium et spes sobre a promoção da dignidade do matrimônio e da família (cf. nn. 47-52). O ponto de unidade é o amor no centro da família. A união dos esposos integra a dimensão sexual e a afetividade. Na raiz dessa unidade, Cristo Senhor "vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimônio" (n. 48).

A exortação Amoris Laetitia recorda ainda que a união sexual é caminho de "crescimento na vida da graça para os esposos". A união dos corpos é expressa nas palavras do consentimento, pelas quais se acolheram e doaram reciprocamente para partilhar a vida toda. Tal consentimento e união dos corpos são instrumentos da ação divina que os torna uma só carne.

Fidelidade

Mais que um sinal de visível compromisso, o matrimônio é um dom para santificação e
salvação dos esposos, porque sua pertença recíproca é a representação real da mesma
relação de Cristo com a Igreja. Os esposos são, portanto, para a Igreja, a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar.

Abertura à vida

"Nenhum ato sexual dos esposos pode negar esse significado, embora, por várias razões, nem sempre possa efetivamente gerar uma nova vida". Amoris Laetitia recorda que também "os esposos a quem Deus não concedeu a graça de ter filhos podem ter uma vida conjugal cheia de sentido, humana e cristãmente falando". A escolha da adoção e do acolhimento exprime uma fecundidade particular da experiência conjugal. O matrimônio é, em primeiro lugar, uma "íntima comunidade da vida e do amor conjugal", que constitui um bem para os próprios esposos; e a sexualidade "ordena-se para o amor conjugal do homem e da mulher". O bebê que chega "não vem de fora juntar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio coração desse dom mútuo, do qual é fruto e complemento". A abertura à vida implica em uma vivência harmoniosa e consciente do casal em sintonia com uma paternidade responsável.




Rodrigo Luiz dos Santos

Rodrigo Luiz dos Santos é editor-chefe de Jornalismo da TVCN e apresentador de programas relacionados à Igreja. Missionário na Canção Nova, estudou Filosofia e formou-se em Jornalismo pela Faculdade Canção Nova.

Casado com Adelita Stoebel, missionária na mesma comunidade católica, Rodrigo é pai de Tobias.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/verdades-fundamentais-sobre-o-matrimonio/

20 de maio de 2016

Por que desejar o batismo no Espírito Santo?

Desejar o batismo no Espírito Santo é querer ter sua vida transformada por Ele

Em 2014, o Papa Francisco falou que a Renovação Carismática Católica é uma grande força no serviço do Evangelho, na alegria do Espírito Santo. No início, o Papa afirmou que não era simpatizante do movimento, mas quando começou a conhecer, entendeu o bem que a RCC faz à Igreja. Assim, abordarei sobre "por que desejar o batismo no Espírito Santo", pois a falta de conhecimento pode ser o motivo de preconceitos ainda hoje sobre o assunto.

Por que desejar o batismo no Espírito Santo - 1600x1200Foto: SDenisov, iStock.by Getty Images

Destaca-se que o efeito mais comum do batismo no Espírito Santo é de o próprio Espírito passar a ser um fato vivenciado e não mais somente um objeto de fé intelectual. Padre Raniero Cantalamessa ainda diz que, antes da manifestação dos carismas, Ele é percebido como Espírito que transforma interiormente, que concede o gosto de louvar a Deus, que leva à descoberta de uma alegria nova, que abre a mente à compreensão das Escrituras e, sobretudo, ensina a proclamar que Jesus "é o Senhor".

Certa vez, visitei um grupo de oração e um servo orou por mim. Lembro que senti algo indescritível e lágrimas surgiram dos meus olhos. Muito mais do que isso, foi uma fé viva que brotava do meu coração, uma transformação de vida. Não posso negar que foi um batismo no Espírito. O teólogo Karl Rahner explica:

"Não podemos negar que o homem possa ter, nesta vida, experiências da graça que lhe possam proporcionar uma sensação de libertação, que lhe abram horizontes totalmente novos, que o marquem profundamente, que o transformem e plasmem, mesmo por muito tempo, a sua atitude cristã mais íntima. Nada impede de chamar tais experiências de batismo do Espírito".

O que é o bastimo no Espírito Santo

O batismo no Espírito Santo que ouvimos dos movimentos da Renovação Carismática Católica é um dos modos com que Jesus ressuscitado continua Sua obra essencial, que é a de batizar a humanidade "no Espírito" (At 1,5). É uma renovação do acontecimento de Pentecostes, bem como uma renovação do sacramento do batismo e da iniciação cristã em geral, mesmo sendo certo que ambas as realidades coincidem e que nunca devem ser separadas ou contrapostas, afirma Raniero Cantalamessa.

João Paulo II diz que "graças ao Espírito Santo, o nosso encontro com o Senhor acontece no tecido ordinário da existência filial, no face a face da amizade, fazendo experiência de Deus como Pai, Irmão, Amigo e Esposo. Este é o Pentecostes!".

É certo que o batismo no Espírito Santo, como diz K. Ranaghan citado por Yves Congar, não substitui o batismo e a confirmação. Ele se apresenta como reafirmação e uma renovação adulta desses sacramentos, uma abertura de nós mesmos para todas as suas graças. Para não confundir, a CNBB propõe termos como "efusão do Espírito Santo", "derramamento do Espírito Santo".

Desejar o batismo no Espírito é querer ter sua vida transformada por Ele, é viver a alegria de uma fé viva, que se renova a cada sacramento. É proclamar que Jesus é o Senhor e ter uma atitude cristã nova, como em Pentecostes.

Portanto, rezemos:

"Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai
e enchei os corações com Vossos dons celestiais.
Vós sois chamado o Intercessor de Deus Excelso, dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.
Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.
A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.
Nosso inimigo repeli e concedei-nos a Vossa paz;
Se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.
Ao Pai e ao Filho Salvador, por Vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.
Amém!"



ricardocordeiro

Candidato às Ordens Sacras na Comunidade Canção Nova. Licenciado em Filosofia pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP).  Bacharelando em Teologia pela Faculdade Dehoniana, Taubaté (SP) e pós-graduando em Bioética pela Faculdade Canção Nova. Atua no Departamento de Internet da Canção Nova, no Santuário Pai das Misericórdias e Confessionários.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/espirito-santo/por-que-desejar-o-batismo-no-espirito-santo/

19 de maio de 2016

Como ter um matrimônio mais feliz

10 orientações do Papa Francisco para o amor no cotidiano do matrimônio, em Amoris Laetitia

O Papa Francisco, na sua Exortação a "Alegria do Amor", diz que "não poderemos encorajar um caminho de fidelidade e doação recíproca se não estimularmos o crescimento, a consolidação e o aprofundamento do amor conjugal e familiar".

Dez orientaçõẽs para viver bem o matrimonio do Papa Francsico sobre a Enciclica - 1600x1200Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Confira 10 orientações do Papa para viver o amor no cotidiano matrimonial.

1 – Paciência

É importante ter clareza de que "a paciência é uma qualidade do Deus da Aliança, que convida a imitá-Lo também na vida familiar", tarefa não fácil, mas possível no amor, pois, no matrimônio e na família, a pessoa "mostra-se paciente, quando não se deixa levar pelos impulsos interiores e evita agredir", ou seja, procura viver com paciência os incômodos e infortúnios do dia a dia. Dessa forma, compreende-se mais sobre o verdadeiro amor ao descobrir, como aponta o Papa, que, "se não cultivarmos a paciência, sempre acharemos desculpas para responder com ira, acabando por nos tornarmos pessoas que não sabem conviver, antissociais incapazes de dominar os impulsos; e a família tornar-se-á um campo de batalha."

2 – Atitude de serviço

O Papa, diante das palavras de São Paulo sobre a paciência, que é "acompanhada por uma atividade, uma reação dinâmica e criativa perante os outros", assinala para uma atitude de serviço. Essa prontidão para servir "indica que o amor beneficia e promove os outros", ocasionando urgência no seio familiar e matrimonial de pessoas boas que vivam a bondade nas ações cotidianas na doação ao próximo, pois a atitude de serviço nos lança em direção ao outro no amor concreto, eficiente e sem reservas, "permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e a grandeza de doar-se de forma superabundante, sem calcular nem reclamar pagamento, mas apenas pelo prazer de dar e servir".

3 – Curando a inveja

Compreender que "a inveja é uma tristeza pelo bem alheio, demostrando que não nos interessa a felicidade dos outros, porque estamos concentrados exclusivamente no nosso bem-estar" é imprescindível para vencer tal fraqueza, pois, "no amor, não há lugar para sentir desgosto pelo bem do outro (cf. At 7,9; 17,5)", mas sim alegria por tais realizações e conquistas. Assim, como ensina o Pontífice, "o verdadeiro amor aprecia os sucessos alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo da inveja".

4 – Sem ser arrogante nem se orgulhar

O orgulho e a arrogância "não se trata apenas duma obsessão por mostrar as próprias qualidades; é pior: perde-se o sentido da realidade, a pessoa considera-se maior do que é, porque se crê mais espiritual ou sábia". No matrimônio e "na vida familiar, não pode reinar a lógica do domínio de uns sobre os outros, nem a competição para ver quem é mais inteligente ou poderoso, porque essa lógica acaba com o amor". Por isso, muitas vezes, é necessário ser humilde, atitude que "faz parte do amor, porque, para poder compreender, desculpar ou servir os outros de coração, é indispensável curar o orgulho e cultivar a humildade".


5 – Amabilidade

Ser amável "significa que o amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato. Os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são ásperos nem rígidos". A predisposição para um encontro verdadeiro com o outro requer amabilidade, porém, "isso não é possível quando reina um pessimismo que põe em evidência os defeitos e erros alheios, talvez para compensar os próprios complexos. Um olhar amável faz com que nos detenhamos menos nos limites do outro, podendo assim tolerá-lo e unirmo-nos num projeto comum, apesar de sermos diferentes". Já que "ser amável não é um estilo que o cristão possa escolher ou rejeitar: faz parte das exigências irrenunciáveis do amor, por isso todo o ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam".

6 – Desprendimento

O desapego ou desprendimento conduz para um compreensão de que "muitas vezes, para amar os outros, é preciso primeiro amar a si mesmo. Todavia, esse hino à caridade afirma que o amor não procura o seu próprio interesse ou não procura o que é seu". O Papa diz que "uma pessoa que seja incapaz de se amar a si mesma sente dificuldade em amar os outros", já que, nas Escrituras, a orientação é que "não tenha cada um em vista os próprios interesses, mas todos e cada um exatamente os interesses dos outros (cf. Fl 2,4)." Essa postura em relação ao próximo demonstra um amor que pode transbordar gratuitamente "sem nada esperar em troca" (Lc 6, 35), até chegar ao amor maior, que é "dar a vida" pelos outros.

7 – Sem violência interior

Para superar um interior violento é preciso "à paciência, que evita reagir bruscamente perante as fraquezas ou erros dos outros", pois a "reação interior de indignação provocada por algo exterior", seja nas várias situações da vida, "trata-se de uma violência interna, uma irritação recôndita que nos põe à defesa perante os outros, como se fossem inimigos molestos a evitar". Diante dessa ira excessiva, a solução mostrada pelo Papa é que "nunca se deve terminar o dia sem fazer as pazes na família." Desta forma, entende-se que "a indignação é saudável, quando nos leva a reagir perante uma grave injustiça; mas é prejudicial, quando tende a impregnar todas as nossas atitudes para com os outros".

8 – Perdão

"Se permitirmos a entrada dum mau sentimento no nosso íntimo, damos lugar ao ressentimento que se aninha no coração." Contrário a esse ressentir, o Papa Francisco instrui que o perdão é "fundado numa atitude positiva que procura compreender a fraqueza alheia e encontrar desculpas para a outra pessoa, como Jesus que diz: Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem (cf. Lc 23, 34)". Porém, a tendência humana "costuma ser a de buscar cada vez mais culpas, imaginar cada vez mais maldades, supor todo o tipo de más intenções; assim, o ressentimento vai crescendo e cria raízes"; e no matrimônio, "qualquer erro ou queda do cônjuge pode danificar o vínculo de amor e a estabilidade familiar". Então, "se aceitamos que o amor de Deus é incondicional, que o carinho do Pai não se deve comprar nem pagar, então poderemos amar sem limites, perdoar aos outros, ainda que tenham sido injustos para conosco."

9 – Alegrar-se com os outros

O Papa diz que "alegra-se com o bem do outro, quando se reconhece a sua dignidade, quando se apreciam as suas capacidades e as suas boas obras". Mas "isso é impossível para quem sente a necessidade de estar sempre a comparar-se ou a competir, inclusive com o próprio cônjuge, até o ponto de se alegrar secretamente com os seus fracassos". O matrimônio e "a família deve ser sempre o lugar onde uma pessoa que consegue algo de bom na vida, sabe que ali se vão congratular com ela". Assim, diz o Pontífice que "nosso Senhor aprecia de modo especial quem se alegra com a felicidade do outro".

10 – Tudo desculpa

Tudo desculpar "implica limitar o juízo, conter a inclinação para se emitir uma condenação dura e implacável: não condeneis e não sereis condenados (cf. Lc 6, 37)". Assim, no amor cotidiano matrimonial, "os esposos, que se amam e se pertencem, falam bem um do outro, procuram mostrar mais o lado bom do cônjuge do que as suas fraquezas e erros. Em todo caso, guardam silêncio para não danificar a sua imagem. Mas não é apenas um gesto externo, brota duma atitude interior. Também não é a ingenuidade de quem pretende não ver as dificuldades e os pontos fracos do outro, mas a perspectiva ampla de quem coloca essas fraquezas e erros no seu contexto; lembra-se de que esses defeitos constituem apenas uma parte, não são a totalidade do ser do outro: um fato desagradável no relacionamento não é a totalidade desse relacionamento". Por fim, o Papa fala que "o amor convive com a imperfeição, desculpa-a e sabe guardar silêncio perante os limites do ser amado".


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/como-ter-um-matrimonio-mais-feliz/