19 de maio de 2016

Como ter um matrimônio mais feliz

10 orientações do Papa Francisco para o amor no cotidiano do matrimônio, em Amoris Laetitia

O Papa Francisco, na sua Exortação a "Alegria do Amor", diz que "não poderemos encorajar um caminho de fidelidade e doação recíproca se não estimularmos o crescimento, a consolidação e o aprofundamento do amor conjugal e familiar".

Dez orientaçõẽs para viver bem o matrimonio do Papa Francsico sobre a Enciclica - 1600x1200Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Confira 10 orientações do Papa para viver o amor no cotidiano matrimonial.

1 – Paciência

É importante ter clareza de que "a paciência é uma qualidade do Deus da Aliança, que convida a imitá-Lo também na vida familiar", tarefa não fácil, mas possível no amor, pois, no matrimônio e na família, a pessoa "mostra-se paciente, quando não se deixa levar pelos impulsos interiores e evita agredir", ou seja, procura viver com paciência os incômodos e infortúnios do dia a dia. Dessa forma, compreende-se mais sobre o verdadeiro amor ao descobrir, como aponta o Papa, que, "se não cultivarmos a paciência, sempre acharemos desculpas para responder com ira, acabando por nos tornarmos pessoas que não sabem conviver, antissociais incapazes de dominar os impulsos; e a família tornar-se-á um campo de batalha."

2 – Atitude de serviço

O Papa, diante das palavras de São Paulo sobre a paciência, que é "acompanhada por uma atividade, uma reação dinâmica e criativa perante os outros", assinala para uma atitude de serviço. Essa prontidão para servir "indica que o amor beneficia e promove os outros", ocasionando urgência no seio familiar e matrimonial de pessoas boas que vivam a bondade nas ações cotidianas na doação ao próximo, pois a atitude de serviço nos lança em direção ao outro no amor concreto, eficiente e sem reservas, "permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e a grandeza de doar-se de forma superabundante, sem calcular nem reclamar pagamento, mas apenas pelo prazer de dar e servir".

3 – Curando a inveja

Compreender que "a inveja é uma tristeza pelo bem alheio, demostrando que não nos interessa a felicidade dos outros, porque estamos concentrados exclusivamente no nosso bem-estar" é imprescindível para vencer tal fraqueza, pois, "no amor, não há lugar para sentir desgosto pelo bem do outro (cf. At 7,9; 17,5)", mas sim alegria por tais realizações e conquistas. Assim, como ensina o Pontífice, "o verdadeiro amor aprecia os sucessos alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo da inveja".

4 – Sem ser arrogante nem se orgulhar

O orgulho e a arrogância "não se trata apenas duma obsessão por mostrar as próprias qualidades; é pior: perde-se o sentido da realidade, a pessoa considera-se maior do que é, porque se crê mais espiritual ou sábia". No matrimônio e "na vida familiar, não pode reinar a lógica do domínio de uns sobre os outros, nem a competição para ver quem é mais inteligente ou poderoso, porque essa lógica acaba com o amor". Por isso, muitas vezes, é necessário ser humilde, atitude que "faz parte do amor, porque, para poder compreender, desculpar ou servir os outros de coração, é indispensável curar o orgulho e cultivar a humildade".


5 – Amabilidade

Ser amável "significa que o amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato. Os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são ásperos nem rígidos". A predisposição para um encontro verdadeiro com o outro requer amabilidade, porém, "isso não é possível quando reina um pessimismo que põe em evidência os defeitos e erros alheios, talvez para compensar os próprios complexos. Um olhar amável faz com que nos detenhamos menos nos limites do outro, podendo assim tolerá-lo e unirmo-nos num projeto comum, apesar de sermos diferentes". Já que "ser amável não é um estilo que o cristão possa escolher ou rejeitar: faz parte das exigências irrenunciáveis do amor, por isso todo o ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam".

6 – Desprendimento

O desapego ou desprendimento conduz para um compreensão de que "muitas vezes, para amar os outros, é preciso primeiro amar a si mesmo. Todavia, esse hino à caridade afirma que o amor não procura o seu próprio interesse ou não procura o que é seu". O Papa diz que "uma pessoa que seja incapaz de se amar a si mesma sente dificuldade em amar os outros", já que, nas Escrituras, a orientação é que "não tenha cada um em vista os próprios interesses, mas todos e cada um exatamente os interesses dos outros (cf. Fl 2,4)." Essa postura em relação ao próximo demonstra um amor que pode transbordar gratuitamente "sem nada esperar em troca" (Lc 6, 35), até chegar ao amor maior, que é "dar a vida" pelos outros.

7 – Sem violência interior

Para superar um interior violento é preciso "à paciência, que evita reagir bruscamente perante as fraquezas ou erros dos outros", pois a "reação interior de indignação provocada por algo exterior", seja nas várias situações da vida, "trata-se de uma violência interna, uma irritação recôndita que nos põe à defesa perante os outros, como se fossem inimigos molestos a evitar". Diante dessa ira excessiva, a solução mostrada pelo Papa é que "nunca se deve terminar o dia sem fazer as pazes na família." Desta forma, entende-se que "a indignação é saudável, quando nos leva a reagir perante uma grave injustiça; mas é prejudicial, quando tende a impregnar todas as nossas atitudes para com os outros".

8 – Perdão

"Se permitirmos a entrada dum mau sentimento no nosso íntimo, damos lugar ao ressentimento que se aninha no coração." Contrário a esse ressentir, o Papa Francisco instrui que o perdão é "fundado numa atitude positiva que procura compreender a fraqueza alheia e encontrar desculpas para a outra pessoa, como Jesus que diz: Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem (cf. Lc 23, 34)". Porém, a tendência humana "costuma ser a de buscar cada vez mais culpas, imaginar cada vez mais maldades, supor todo o tipo de más intenções; assim, o ressentimento vai crescendo e cria raízes"; e no matrimônio, "qualquer erro ou queda do cônjuge pode danificar o vínculo de amor e a estabilidade familiar". Então, "se aceitamos que o amor de Deus é incondicional, que o carinho do Pai não se deve comprar nem pagar, então poderemos amar sem limites, perdoar aos outros, ainda que tenham sido injustos para conosco."

9 – Alegrar-se com os outros

O Papa diz que "alegra-se com o bem do outro, quando se reconhece a sua dignidade, quando se apreciam as suas capacidades e as suas boas obras". Mas "isso é impossível para quem sente a necessidade de estar sempre a comparar-se ou a competir, inclusive com o próprio cônjuge, até o ponto de se alegrar secretamente com os seus fracassos". O matrimônio e "a família deve ser sempre o lugar onde uma pessoa que consegue algo de bom na vida, sabe que ali se vão congratular com ela". Assim, diz o Pontífice que "nosso Senhor aprecia de modo especial quem se alegra com a felicidade do outro".

10 – Tudo desculpa

Tudo desculpar "implica limitar o juízo, conter a inclinação para se emitir uma condenação dura e implacável: não condeneis e não sereis condenados (cf. Lc 6, 37)". Assim, no amor cotidiano matrimonial, "os esposos, que se amam e se pertencem, falam bem um do outro, procuram mostrar mais o lado bom do cônjuge do que as suas fraquezas e erros. Em todo caso, guardam silêncio para não danificar a sua imagem. Mas não é apenas um gesto externo, brota duma atitude interior. Também não é a ingenuidade de quem pretende não ver as dificuldades e os pontos fracos do outro, mas a perspectiva ampla de quem coloca essas fraquezas e erros no seu contexto; lembra-se de que esses defeitos constituem apenas uma parte, não são a totalidade do ser do outro: um fato desagradável no relacionamento não é a totalidade desse relacionamento". Por fim, o Papa fala que "o amor convive com a imperfeição, desculpa-a e sabe guardar silêncio perante os limites do ser amado".


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/como-ter-um-matrimonio-mais-feliz/

17 de maio de 2016

Oração antes de dormir

Oração para ser feita antes de dormir

Oração antes de dormir - 1600x1200 Foto: Blue_Cutler, iStock. by Getty Images

No silêncio da noite, que convida à serenidade da alma,
venho diante de Ti, Senhor, com meu coração agitado.
Nem sempre é fácil amar quando há tanto desamor
em almas que errantes caminham semeando ódio,
e cultivando discórdias.

Eu, porém, sigo firme em Teu amor.
Santo ainda não sou, mas em Ti
busco santificar-me.

Ensina-me a cuidar das coisas da Terra
como se já vivesse no Céu.
Faz de minhas palavras o bálsamo que cura as feridas do coração
e alivia as dores da alma.

Sim, em Ti busco suportar as ofensas,
porque na cruz que carrego
contemplo a glória da vida,
que doa e se faz nova em cada gesto de amor.
Faz-me florir no jardim onde Tu me plantastes.
Amém.


Padre Flávio Sobreiro

Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP e Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG), padre Flávio Sobreiro é vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Santa Rita do Sapucaí (MG), e padre da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG).

Para saber mais sobre o sacerdote e acompanhar outras reflexões, acesse: www.facebook.com/peflaviosobreiro


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/oracao/oracao-antes-de-dormir/

13 de maio de 2016

A preciosa bênção dos pais

A Sagrada Escritura nos alerta sobre a necessidade dessa bênção

Quando eu era criança, estava acostumado a pedir a bênção aos meus pais a qualquer hora que saísse ou chegasse em casa. Era um apressado "bênça, pai!", bênça, mãe!"," tão apressado que quase não se ouvia a resposta. Todos nós, quando crianças, estávamos tão acostumados a pedir a bênção dos pais que, quando saíamos sem ela, parecia-nos que faltava algo à nossa segurança ou ao sucesso de nossos planos.… Ao menos quatro vezes por dia eu e meus oito irmãos pedíamos a bênção a nossos pais: ao acordarmos, ao irmos para a escola, ao voltarmos da escola e ao nos deitarmos.

A preciosa bênção dos pais

Hoje, passados os anos, tenho profunda consciência da importância da bênção dos pais na vida dos filhos. É a Sagrada Escritura que nos alerta sobre a necessidade dessa bênção. Toda a Bíblia está repleta de passagens indicando a importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos. Os pais são os cooperadores de Deus na criação dos filhos e, dessa forma, são também um canal aberto para que a bênção divina chegue a eles [filhos].

O livro do Deuteronômio registra o quarto mandamento: ""Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus"" (Dt 5,16). Dessa forma, o Senhor promete vida longa e prosperidade àqueles que honram os pais. São Paulo disse que esse é "o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa de Deus" (Ef 6,2).

Os livros dos Provérbios e do Eclesiástico estão cheios de versículos que trazem a marca da presença dos pais. Eis um deles: ""A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces"" (Eclo 3,11). Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição!) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, a Sagrada Escritura nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio que Deus escolheu para agraciar os filhos. O Senhor quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer a Sua bênção chegar aos filhos. É a forma que Deus usou para deixar clara a importância dos genitores. Analisemos estas passagens marcantes:

"Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos, pois Deus quis honrar os pais pelos filhos e, cuidadosamente, fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles. Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia. Pois um homem adquire glória com a honra de seu pai, e um pai sem honra é a vergonha do filho. Como é infame aquele que abandona seu pai, como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe!" (Eclo 3, 2-3.5-6.9-10.13.18).

Todos esses versículos do capítulo 3 do Eclesiástico mostram claramente a grande importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos e, de modo especial, à bênção paterna e materna. Infelizmente, muitos pais já não sentem a prerrogativa de que Deus lhes deu para educar formar e abençoar os filhos. Muitos já não acreditam no poder da bênção paterna e nem mesmo ensinam os filhos a pedi-la.

Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas divinas. Não importa qual seja a idade do filho, ele sempre deve pedir a bênção de seus pais. E também não importa se o velho pai é um doutor ou um analfabeto, o filho não deve perder a oportunidade de ser abençoado por ele, se possível todos os dias, mesmo já adulto.

Se você ainda tem seus pais (ou apenas um deles) não perca a oportunidade que Deus lhe dá de lhes beijar as mãos e lhes pedir a bênção, para que Deus o abençoe, guiando seus passos e protegendo sua vida. Importa jamais nos esquecermos de que, enquanto "a bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces" (Eclo 3,11).

 


Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/a-preciosa-bencao-dos-pais/

10 Anos!!! Obrigado Senhor Jesus Cristo!!!




Hoje comemoramos 10 anos do nosso Blog, uma longa caminhada até aqui, obrigado a todos seguidores e a todos que passam aqui para ler os artigos publicados. Agradeço a todos que colaboram e as fontes onde busco os artigos aqui publicados. Me ajudam e ajudam muitas pessoas no Brasil e no mundo. Hoje dia de Nossa Senhora de Fátima, uma benção ter a proteção de nossa mãe querida.

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Para Sempre Seja Louvado.

Tudo Por Jesus!
Nada sem Maria.

11 de maio de 2016

Por que desejar o batismo no Espírito Santo?

Desejar o batismo no Espírito Santo é querer ter sua vida transformada por Ele

Em 2014, o Papa Francisco falou que a Renovação Carismática Católica é uma grande força no serviço do Evangelho, na alegria do Espírito Santo. No início, o Papa afirmou que não era simpatizante do movimento, mas quando começou a conhecer, entendeu o bem que a RCC faz à Igreja. Assim, abordarei sobre "por que desejar o batismo no Espírito Santo", pois a falta de conhecimento pode ser o motivo de preconceitos ainda hoje sobre o assunto.

Por que desejar o batismo no Espírito Santo - 1600x1200


Destaca-se que o efeito mais comum do batismo no Espírito Santo é de o próprio Espírito passar a ser um fato vivenciado e não mais somente um objeto de fé intelectual. Padre Raniero Cantalamessa ainda diz que, antes da manifestação dos carismas, Ele é percebido como Espírito que transforma interiormente, que concede o gosto de louvar a Deus, que leva à descoberta de uma alegria nova, que abre a mente à compreensão das Escrituras e, sobretudo, ensina a proclamar que Jesus "é o Senhor".

Certa vez, visitei um grupo de oração e um servo orou por mim. Lembro que senti algo indescritível e lágrimas surgiram dos meus olhos. Muito mais do que isso, foi uma fé viva que brotava do meu coração, uma transformação de vida. Não posso negar que foi um batismo no Espírito. O teólogo Karl Rahner explica:

"Não podemos negar que o homem possa ter, nesta vida, experiências da graça que lhe possam proporcionar uma sensação de libertação, que lhe abram horizontes totalmente novos, que o marquem profundamente, que o transformem e plasmem, mesmo por muito tempo, a sua atitude cristã mais íntima. Nada impede de chamar tais experiências de batismo do Espírito".

O que é o bastimo no Espírito Santo

O batismo no Espírito Santo que ouvimos dos movimentos da Renovação Carismática Católica é um dos modos com que Jesus ressuscitado continua Sua obra essencial, que é a de batizar a humanidade "no Espírito" (At 1,5). É uma renovação do acontecimento de Pentecostes, bem como uma renovação do sacramento do batismo e da iniciação cristã em geral, mesmo sendo certo que ambas as realidades coincidem e que nunca devem ser separadas ou contrapostas, afirma Raniero Cantalamessa.

É certo que o batismo no Espírito Santo, como diz K. Ranaghan citado por Yves Congar, não substitui o batismo e a confirmação. Ele se apresenta como reafirmação e uma renovação adulta desses sacramentos, uma abertura de nós mesmos para todas as suas graças. Para não confundir, a CNBB propõe termos como "efusão do Espírito Santo", "derramamento do Espírito Santo".

Desejar o batismo no Espírito é querer ter sua vida transformada por Ele, é viver a alegria de uma fé viva, que se renova a cada sacramento. É proclamar que Jesus é o Senhor e ter uma atitude cristã nova, como em Pentecostes.

Portanto, rezemos:

"Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai
e enchei os corações com Vossos dons celestiais.
Vós sois chamado o Intercessor de Deus Excelso, dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.
Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.
A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.
Nosso inimigo repeli e concedei-nos a Vossa paz;
Se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.
Ao Pai e ao Filho Salvador, por Vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.
Amém!"

Ricardo Cordeiro
Seminarista da Canção Nova


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/espirito-santo/por-que-desejar-o-batismo-no-espirito-santo/

9 de maio de 2016

Vou me casar! O que fazer?

Conselhos do Papa Francisco para os noivos que vão se casar

vou-me-casar-o-que-fazerFoto: Daniel Mafra/ cancaonova.com
Maio é um mês dedicado às noivas. Muitas mulheres sonham com esse dia, isto é, o dia do seu casamento, pois consideram que, depois de realizarem esse sonho, serão muito felizes. Mas como se preparar para esse momento? O que fazer?

Conselhos do Papa Francisco

Na exortação pós-sinodal Amoris Laetitia podemos tirar possíveis conselhos do Papa Francisco, para que as noivas vivam bem esse momento especial e, assim, descubram o valor e a riqueza do matrimônio.

1- Ter a coragem de ser diferente. Papa Francisco alerta sobre não se deixar levar pela sociedade do consumo e da aparência. "O que importa é o amor que vos une, fortalecido e santificado pela graça."

2- Priorizar o amor. Não se concentrar nos convites, na roupa nem na festa com seus inúmeros detalhes. Por causa disso, o Papa fala que "os noivos chegam desfalecidos e exaustos ao casamento, em vez de dedicarem o melhor das suas forças a se prepararem como casal para o grande passo que, juntos, vão dar".

3- Optar por uma festa simples. Porque, diz o Papa, os noivos pensam demasiadamente "nas elevadas despesas da festa, em vez de darem prioridade ao amor mútuo e à sua formalização diante dos outros". Mais uma vez, o amor deve estar acima de tudo.


4- Viver com profundidade a celebração litúrgica. Aqueles que desejam se casar precisam compreender bem cada gesto da celebração, pois o matrimonio cristão é interpretado como sinal do amor do Filho de Deus feito carne, que se uniu com a sua Igreja em aliança de amor.

5- Valorizar a promessa que será feita. Por detrás do 'sim' que é dado um ao outro, existe um "sentido teológico e espiritual, que é o consentimento. O Papa destaca que o consentimento mostra que "liberdade e fidelidade não se opõem uma à outra; aliás, apoiam-se reciprocamente. "A honra à palavra dada e a fidelidade à promessa não se podem comprar nem vender. Não podem ser impostas com a força nem guardadas sem sacrifício".

6- Não se preocupar tanto com o dia do casamento. Por causa disso, acontece o esquecimento de um compromisso que dura a vida inteira. Papa Francisco salienta que "o sacramento não é apenas um momento que depois passa a fazer parte do passado e das recordações, mas exerce a sua influência sobre toda a vida matrimonial, de maneira permanente".

7- Promover a vida e estar aberto a ela. O maior significado procriador da sexualidade matrimonial é a abertura para acolher a vida, dom de Deus. Essa sexualidade


se expressa na linguagem do corpo e dos gestos de amor vividos na história de um casal. Tudo isso pode se dizer que é uma contínua e ininterrupta liturgia do matrimônio.

8- Rezar juntos. É bom chegarem ao matrimônio como pessoas orantes! "Pedir ajuda a Deus para serem fiéis e generosos, perguntando juntos a Deus que espera deles".

9- Consagrar-se a Maria. O Papa pede para que o amor dos noivos seja consagrado diante de uma imagem de Maria.

10- Não perder a oportunidade de acolher Jesus. Foi nas bodas de Caná que Jesus iniciou o seu primeiro sinal ao transformar água em vinho. Acolher Jesus é ter a certeza de que, em todas as situações difíceis que poderão surgir, Ele sempre estará presente para que o "vinho do amor" não venha faltar.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/vou-me-casar-o-que-fazer/

6 de maio de 2016

Seminarista: quem é e o que faz?

Não são raras as vezes em que surgem as seguintes dúvidas: Quem é o seminarista? O que ele faz?

Muitos não conhecem a trajetória de um homem para chegar ao sacerdócio, e quando a descobrem, admiram-se pelo tempo de formação. Para uma melhor compreensão e uma resposta satisfatória, voltemos um pouco na história da Igreja e nas reflexões elaboradas pelos recentes Papas.

Seminarista, quem são e o que fazem
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com


Foi a partir do Concílio de Trento (1563) que realmente foram criados os seminários nas dioceses, voltados para a formação da razão e da fé do futuro presbítero da Igreja. Antes disso, o homem que desejasse ser padre, logo recebia as ordens sacras, ajudando seu bispo local. Percebe-se, então, a contribuição desse concílio e mais especificamente a sua aplicação na vida de São Carlos Borromeu, que fundou seminários e escreveu regulamentos. Posteriormente, o Concílio Vaticano II e o Código de Direito Canônico elaboraram melhor sobre como deve ser a formação do clero. Atualmente, existem vários documentos que tratam do assunto, como o Decreto Optatam Totius, Pastores Dabo Vobis, Documento 93 da CNBB entre outros.

Missão na Igreja

Seminarista é aquele que recebeu um chamado de amor de Deus e, na liberdade, responde a Ele. O Papa emérito Bento XVI, no encontro com os seminaristas nos EUA, em 2008, diz que seminaristas são "jovens que se encontram num tempo forte de busca de um relacionamento pessoal com Cristo, um encontro com Ele, na perspectiva de uma importante missão na Igreja".

Nas residências, geralmente seminários que podem ser o Menor ou Maior, os seminaristas recebem formação que convergem para a unidade da pessoa. Viver no seminário é estar neste tempo da descoberta de Cristo. É tempo de acolhimento e amadurecimento do dom recebido da iniciativa de Deus e não por méritos da pessoa. Tempo importante de relacionar-se com Deus, que se expressa de forma significativa na oração para um correto discernimento.

A idade, a retidão dos candidato, a idoneidade espiritual, moral e intelectual, a saúde física e psíquica, são critérios examinados pela Igreja na aprovação daqueles que desejam ingressar no seminário. (Optatam Totius, 6).

Quatro pontos importantes aos futuros sacerdotes

De forma simples e direta, o Papa emérito Bento XVI, na carta aos seminaristas, em 2010, ressalta alguns pontos para os futuros sacerdotes:

1- O seminarista deve ser um homem de Deus (1Tm 6,11). Jesus deve ser o ponto de referência de toda a sua vida;
2- Os sacramentos. Deve-se celebrar com íntima participação da Eucaristia. A penitência leva à humildade, e deixando-se perdoar, aprende-se a perdoar os outros. Também o Papa pede para não excluir piedade popular, porque, por meio dela, a fé entrou no coração dos homens;
3- Estudar com empenho, porque a fé possui uma dimensão racional e intelectual. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura. Amar o estudo da teologia;
4- Ser exemplo de homem maduro.

A formação humana, espiritual, intelectual e pastoral deve ser bem trabalhada pela equipe formativa dos seminários, mas o seminarista deve ser o primeiro interessado por ela.

Formação na Canção Nova

O tempo de formação do seminarista pode variar muito de acordo a realidade eclesial na qual ele está inserido. Hoje, na Comunidade Canção Nova, o candidato ao sacerdócio leva, pelo menos, 12 anos para ordenar-se. Nos dois anos iniciais, ainda dentro da comunidade, ele aprende sobre o carisma Canção Nova. Depois, estuda três anos de filosofia. Após um ano pastoral numa das casas de missão, ele cursa quatro anos de Teologia. No fim, se a Igreja e a comunidade admitirem, ele receberá as ordens sacras. No decorrer de todo esse caminho, ele precisa ser orante, fraterno e trabalhador.

Papa Francisco



O Bispo de Roma, como sempre, trabalha toda sua reflexão em três pontos. Em 2014, ele disse que o seminarista deve ser fraterno, orante e missionário. Identificam-se com os mesmos princípios da Canção Nova. A fraternidade é parte integrante do chamado, não se pode viver individualmente. A oração deve ser um convite ao Espírito Santo, como no Cenáculo, pois d'Ele depende a construção da Igreja, o guia dos discípulos e o dom da caridade pastoral. A missão deve torná-los discípulos humildes capazes de preferência pelas pessoas marginalizadas, aquelas das periferias. Levar as pessoas a acolherem a ternura de Cristo.

O seminarista não é um solteirão, mas um homem comprometido com o Senhor e Sua Igreja. Não está se preparando para receber uma profissão, mas para se configurar à imagem de Cristo, o Bom Pastor. Por fim, é preciso ter disposição, caso contrário é preciso buscar outra via para a santidade, pois a formação será permanente. É difícil a vida clerical, mas é bela se levada com seriedade. É admirável!

 Ricardo Cordeiro
Comunidade Canção Nova 


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/vocacao/sacerdocio/seminarista-quem-e-e-o-que-faz/