4 de maio de 2016

Dez motivos para as famílias lerem a Exortação Alegria do amor

O Papa relata todas as situações da família com muito amor e bondade

São muitas as razões para nós católicos lermos essa exortação do Papa Francisco. Eu gostaria de relacionar aqui, ao menos, dez dessas razões. É uma palavra do Santo Padre que enche de esperança os fiéis ante as dificuldades e as diversas situações das famílias e matrimônios. É um texto fácil de ser lido, embora extenso. O Papa conseguiu falar de todas as situações da família com muito amor e bondade, com o olhar de Jesus onde ninguém deve sentir-se condenado nem desprezado.

Dez motivos para as famílias lerem a Exortação Alegria do amor
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

1. O Papa aborda amplamente as realidades da vida familiar: no primeiro capítulo, ele nos dá um conjunto de citações bíblicas referentes à família; no segundo, faz uma colocação geral sobre a situação; no terceiro, indica a vocação da família; no quarto e quinto, fala do amor conjugal; no sexto, indica as atividades pastorais necessárias para a família; no sétimo capítulo, ele fala da importância da educação dos filhos; e no oitavo, explica sobre a integração dos divorciados recasados, os chamados de "segunda união".

Ameaças nos dias de hoje

2. Ele mostra que a família está sendo muito ameaçada nos dias de hoje, e fala dessas ameaças com clareza: o divórcio, o casamento de pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças, o aborto, a eutanásia, o suicídio assistido, a pílula abortiva do dia seguinte, o útero de aluguel, as manipulação de embriões, inseminação artificial, controle artificial e exagerado da natalidade, uniões livres com simples coabitação, sexo sem compromisso, ataques feministas à família, ao casamento e maternidade, ideologia de gênero etc.

3. O Papa exorta as famílias a viverem com coragem as dificuldades de cada dia. "Como Maria, (as famílias) são exortadas a viver com coragem e serenidade, os desafios familiares tristes e entusiasmantes, e a guardar e meditar no coração as maravilhas de Deus (cf. Lc 2, 19.51)" (n.30). Ele exorta os casais a nunca acabar o dia "sem fazer as pazes em família", a dialogar sem rancores, a falar bem reciprocamente, tratando de "mostrar o lado bom do cônjuge para além de suas fraquezas e erros", a ter confiança no outro sem controlá-lo, deixando "espaços de autonomia". E convida também para "contemplar" o cônjuge, recordando que "as alegrias mais intensas da vida brotam quando se pode provocar a felicidade dos outros".


A importância de defender a família

4. O Santo Padre fala da importância de se defender a família e o matrimônio frente às ideologias que os desvalorizam: "Como cristãos, não podemos renunciar a propor o matrimônio, para não contradizer a sensibilidade atual, para estar na moda, ou por sentimentos de inferioridade face ao descalabro moral e humano". (n.35)

5 – O Papa fala da importância de a família ter uma forte vida espiritual com os meios que a Igreja nos oferece: "A família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito". (n. 29)

6. Os jovens são uma grande preocupação do Papa em relação à família. Ele disse: "Precisamos encontrar as palavras, as motivações e os testemunhos que nos ajudem a tocar as cordas mais íntimas dos jovens, onde são mais capazes de generosidade, de compromisso, de amor e até mesmo de heroísmo, para convidá-los a aceitar, com entusiasmo e coragem, o desafio de matrimônio" (n. 40). Ele diz aos jovens que devido à "seriedade" do "compromisso público de amor", o matrimônio "não pode ser uma decisão apressada", mas também não se deve adiá-la "indefinidamente", e que desejos, sentimentos, emoções "ocupam um lugar importante no matrimônio".

7. O Papa mostra que hoje há um perigo dos direitos individuais estarem superando e prejudicando os direitos da família: "Uma família e uma casa são duas realidades que se reclamam mutuamente. Esse exemplo mostra que devemos insistir nos direitos da família, não apenas nos direitos individuais. A família é um bem de que a sociedade não pode prescindir, mas precisa ser protegida" (n. 44). E faz uma defesa contundente da família: "Ninguém pode pensar que o enfraquecimento da família como sociedade natural, fundada no matrimônio, seja algo que beneficia a sociedade. Antes, pelo contrário, prejudica o amadurecimento das pessoas, o cultivo dos valores comunitários e o desenvolvimento ético das cidades e das aldeias". (n. 52)


O modelo para as famílias

8. A sagrada família de Nazaré é colocada pelo Papa como modelo para as famílias: "A aliança de amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história. Sobre esse fundamento cada família, mesmo na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão do mundo". (n. 66)

9 . O Papa chama à atenção para a importância do casamento na Igreja: "O sacramento do matrimônio não é uma convenção social, um rito vazio ou o mero sinal externo dum compromisso. O sacramento é um dom para a santificação e a salvação dos esposos, porque "a sua pertença recíproca é a representação real, através do sinal sacramental, da mesma relação de Cristo com a Igreja. Os esposos são, portanto, para a Igreja, a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar". (n. 72)

10. Enfim, o Papa se preocupa com muitos outros problemas ligados à família, como a queda demográfica, devido "a uma mentalidade antinatalista e promovida pelas políticas mundiais de saúde reprodutiva", e diz que "a Igreja rejeita, com todas as suas forças, as intervenções coercitivas do Estado em favor da anticoncepção, da esterilização e inclusive do aborto". Ele condena a "violência verbal, física e sexual, perpetrada contra as mulheres em alguns casais, contradiz a própria natureza da união conjugal". Condena a "grave mutilação genital da mulher em algumas culturas, mas também a desigualdade de acesso a postos de trabalho dignos e aos lugares onde as decisões são tomadas". "Condena a instrumentalização e mercantilização do corpo feminino na atual cultura midiática". Valoriza a atividade sexual do casal dentro do plano de Deus. O próprio Deus "criou a sexualidade, que é um presente maravilhoso para as suas criaturas". Ele cita que São João Paulo II rejeitou a ideia de que o ensinamento da Igreja implique "uma negação do valor do sexo humano" ou que simplesmente o tolere "pela própria necessidade da procriação".

Tudo isso e muito mais você poderá ler e meditar na Exortação do Papa.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/vocacao/matrimonio/dez-motivos-para-as-familias-lerem-exortacao-alegria-do-amor/

3 de maio de 2016

Quero ter filhos ou quero ser mãe?

Parece que a pergunta é uma só, mas existe uma diferença muito grande entre cada uma delas

A primeira pergunta, na verdade, podemos dizer que é fruto de um desejo bem egoísta, uma satisfação do próprio ego. Muitas mães têm seus filhos como troféu, pois ela os expõe constantemente, exibindo aquele que "salvou" o casamento depois de seu nascimento. Exibir as belas roupas caras que é capaz de dar para esse filho, expor seu desenvolvimento e talento, afinal de contas, o filho é especial.

Quero ter filhos ou quero ser mãe - 1600x1200Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Muitas mães colocam os filhos nesse lugar, e isso é perigoso, porque colocam neles um peso que ainda não são capazes de suportar, mesmo que lhes pareça interessante ou divertido, não é próprio de sua idade. As mães expõem seus filhos como forma de mostrar que sua família é perfeita. Será que é? Ou será que criou um conto de fadas para essa criança viver? Quando ela descobrir que não é a princesa ou o príncipe, qual será a reação dela?


Toda criança passa naturalmente pela fase do narcisismo, egoísmo e egocentrismo. Porém, se essas fases forem estimuladas, pode ser que a criança não dê conta de superá-las e continue presa a elas por toda vida. Pense como é chato e desgastante uma relação com adultos narcísicos, que só pensam no quanto eles podem ser bons, belos e ostentar tudo o que têm! Ou um adulto que possui um grande sentimento de posse, que quer tudo, não se satisfaz com nada e fica às voltas com "ter coisas e pessoas", todas no mesmo lugar de objetos de pertença. Quem sabe um adulto egocêntrico, que se diz o dono da verdade, que sua palavra e seus pensamentos são sempre os melhores. Tenho certeza que não será fácil conviver com essas pessoas.

Mães que desejam ser mães

Ter filhos é uma resposta à sociedade! Isso revela que sou capaz e viril! Mas a via do amor passa um pouquinho distante dessa relação social. Não que aqueles que desejam a todo custo ter um filho não os amem, mas é uma manifestação de amor diferente.
Aquelas mães que desejam ser mães querem os filhos da forma que eles vierem. Seja saudável, enfermo, biológico ou do coração. Não importa a forma que ela vem, importa que tenho amor para dar a essa criança que me foi confiada. Se você recebesse a notícia de que não poderia gerar filhos, qual seria a sua reação? Adotaria um cachorro e daria a ele todo "amor" que acredita ter? Ficaria presa em seus sentimentos de impotência, doença ou maldição e amargaria a vida e a Deus por não realizar seu sonho? Ou seria capaz de acolher uma criança que foi gerada no ventre de outra pessoa? Difícil resposta, não é?

Uma vez, ouvi uma mãe dizer a Deus que precisava encontrar seus filhos, porque ela sofria a falta deles e sabia que eles também sentiam a falta do amor de mãe. Deus a ouviu e lhe deu uma filha do coração. Esse é o verdadeiro sentido de ser mãe! Saber que possui um amor tão grande que sente a ausência desse filho, o qual, muitas vezes, vem de forma surpreendente.

Adotar uma criança pode ser um risco para aqueles que não sabem amar. Você quer ser mãe ou quer ter filhos?



Aline Rodrigues

Aline Rodrigues é psicóloga há 10 anos, pós-graduada em Psicanálise Aplicada à Saúde Mental com formação em transtornos alimentares e MBA em gestão de pessoas. Lecionou durante sete anos na Faculdade Pitágoras e está cursando pós-graduação em Terapia Cognitiva Comportamental. Aline é missionária do segundo elo da Comunidade Canção Nova.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/quero-ter-filhos-ou-quero-ser-mae/

2 de maio de 2016

As dúvidas durante o namoro

O namoro é o tempo propício para as averiguações

Há namoros complicados que se prolongam por muitos anos sem uma definição, havendo, às vezes, várias separações e voltas, sem que o relacionamento amadureça e chegue ao casamento. Então, é preciso examinar bem as razões pelas quais esses casais de namorados já se separaram tantas vezes. Os problemas que geraram as separações foram resolvidos ou será que ambos "taparam o sol com a peneira"? Se os motivos das separações foram importantes e eles souberam resolver em cada caso os problemas em suas raízes, e isso serviu até para uni-los mais, tudo bem, o namoro deve continuar. Mas se os problemas são os mesmos, se eles se repetem e não não resolvidos, é preciso pedir a ajuda de alguém que os oriente, no sentido de tomarem uma decisão.

As dúvidas durante o namoro
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A importância das crises

Não se pode ficar no namoro como um carro atolado no mesmo lugar. O carro pode até atolar, mas deve sair e continuar a viagem. Faço uma pergunta aos dois: esse namoro os ajuda a crescer? Cada um de vocês sente falta da presença do outro? Toda crise, qualquer que seja, enfrentada com coragem, lucidez, trabalho e uma boa orientação, pode gerar crescimento para a pessoa e para o casal. Uma crise de relacionamento pode até ser um aprendizado para uma futura vida de casados, quando essas crises acontecem e com mais frequência.


O mais importante, repito, é não "tapar o sol com a peneira,; isto é, fingir que resolveram os problemas e irem empurrando o namoro com a barriga até o casamento. Quando um casal briga muito nesse período [namoro], pode estar certos de que vai brigar mais ainda depois de casados. Vale a pena isso? Então, se o relacionamento não vai bem e não melhora, é melhor terminá-lo. O namoro é para isso mesmo, para verificar se a outra pessoa é adequada para viver conosco para sempre, constituir família e ter filhos. Não caiam jamais no erro do ""engana-me, que eu gosto""; que é a mesma coisa do avestruz que enfia a cabeça na areia para não ver a tempestade à frente; enfrente a tempestade ou fuja dela.

Os problemas são resolvidos com diálogo

Nenhum casal de namorados deve partir para o casamento com dúvidas sérias sobre o outro; há muitos casos de separações de casados por causa disso. Há problemas graves, que podem ser resolvidos com um bom diálogo, compreensão de ambas as partes, oração, orientação, paciência. O que não pode é acomodar-se com o problema. O rato morto não pode ficar no porão da casa, porque vai fermentar e exalar mau cheiro.

É preciso aprender a dialogar, tentar entender as razões do outro, saber calar-se e esperar o outro falar tudo o que tem para falar. Um segredo que evita muitas brigas no namoro é saber combinar as coisas. Muitos brigam, porque não combinam as coisas a fazer. Por exemplo, quando ir à casa de cada um, quando fazer um programa ou outro. Tudo deve ser combinado antes, com antecedência, para que as surpresas da vida não os leve a brigar. O povo diz, e com muita razão, que "o combinado não é caro". Então, se as coisas são combinadas antes, muitas brigas podem ser evitadas, isso vale inclusive para o noivado e casamento.


Ato que fortalece o relacionamento

Se você tem consciência de que errou e machucou o outro, então a primeira coisa a fazer é pedir perdão e prometer-lhe que não fará mais isso. Esse ato de humildade fortalece o relacionamento e o torna mais humano. Mas mesmo assim, você terá de reconquistar a confiança que talvez tenha sido abalada quando errou e magoou o outro.

Algumas vezes, há coisas mal-entendidas no relacionamento. É preciso esclarecer isso muito bem; não deixe que a fofoca destrua o namoro, coloque as coisas às claras, com sinceridade e honestidade. A humildade é a fortaleza dos que amam, e aquele que tem maior amor deve dar o primeiro passo, vencer o orgulho e ir ao encontro do outro.

Reze e peça a Deus a graça de poder falar, com clareza e sabedoria, o que precisa ser dito. Consagre seu namoro a Deus e peça a Ele que os conduza.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/namoro/as-duvidas-durante-o-namoro/

29 de abril de 2016

Como ter uma boa convivência com a sogra

Dicas para lidar com sogras: nunca entre em competição com sua sogra

Fala-se muito das interferências da sogra na vida conjugal, pois nem sempre as opiniões dela caem em boa hora ou são aceitas com naturalidade. Já ouvimos, muitas vezes, o ditado: ""Em briga de marido e mulher, ninguém põe a colher"". Se tal advertência é válida para todos os demais parentes, muito especialmente o será para as sogras.

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Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Uma boa convivência com a sogra

Há sogras de todos os tipos. Algumas agem como conhecedoras de todas as situações e, não contentes em apenas opinar, fazem mil e uma recomendações ao filho, criticam a educação dos netos como se fossem seus filhos. Outras chegam a intrometer-se no gosto da decoração da casa ou em outras coisas particulares do casal.

Grandes são as crises estabelecidas entre nora e sogra, especialmente quando esta insiste em querer agir como mãe não somente do filho, mas fazer as vezes de mãe também da nora. Muitas acreditam que a melhor atitude, diante de uma situação particular do casal, é fazer aquilo que elas próprias orientam.

É evidente que a experiência de vida de nossa sogra é superior à nossa, mas, assim como a vida nos foi capacitando para superarmos os obstáculos, também na vida conjugal aprenderemos a resolver outras questões; agora assumidas e resolvidas entre marido e mulher.

O problema será maior quando a mãe do esposo perder a noção de que o "seu menino" cresceu, sem respeitar o momento ou mesmo o lugar, der palpites, esquecendo que o casal agora já constitui uma nova família; e que uma nova história será contada.

Entretanto, nem sempre a sogra é a grande vilã ou a "pedra no sapato" na vida da nora. Assim como pode acontecer de sogras perderem a noção de que o filho cresceu, há também filhos que não conseguem se desligar do cordão umbilical que os une às genitoras. Nesse caso, seja por uma dependência financeira, seja por mimos ou falta de maturidade, o filho recorre ao "colo" da mãe diante de qualquer pequena dificuldade. Acostumado com os "amparos" da mamãe, isso, por sua vez, abre precedentes para que a sogra também dê seus palpites na vida do casal.

A importância da presença na casa dos pais

O fato de sermos casados não significa que devemos deixar de visitar a casa de nossos pais ou desconsiderar as opiniões deles. Contudo, não podemos fazer dessas visitas um pretexto para apresentar um relatório das experiências e das dificuldades da vida a dois. Caso contrário, o almoço e as festas, que deveriam ser momentos de confraternização, serão aproveitados para que os parentes se "alfinetem" ou transformem o encontro em ocasião para "lavarem a roupa suja", num território em que a nora poderá se sentir humilhada diante do assunto trazido em pauta.


É interessante considerarmos que cada família estabelece suas próprias regras e normas, em comum acordo, entre os cônjuges. Uma vez detectado o possível problema, cabe ao casal aproveitar essa oportunidade para expor, entre si, a situação que não lhe agrada, no sentido de juntos se adequarem ao impasse. Se ele não consegue ainda se separar da mãe, mesmo depois de casado, talvez seja um bom começo equilibrar o tempo de permanência na casa materna.

Por outro lado, a interferência da mãe do esposo na relação conjugal do filho, entre essas e outras situações citadas acima, pode ser um indicador de que comentários (os quais deveriam permanecer estritamente entre os muros da vida do casal) estejam sendo ventilados em conversas, mais para se ter o que falar do que para oferecer ajuda.

Para que as sogras possam sair das margens dos relacionamentos, basta que elas se lembrem de que seus filhos agora têm vida própria e de que seus conselhos, quando não forem impostos, poderão ser úteis quando solicitados.

De maneira geral, todos nós aprendemos alguma coisa com outras pessoas, assim, também será proveitoso para a sogra aprender com aquilo que a nova geração, da qual faz parte a nora, tem a ensinar.

Um abraço.


Dado Moura

Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova. Autor de 3 livros, todos direcionados a boa vivência em nossos relacionamentos. Outros temas do autor: www.meurelacionamento.net twitter: @dadomoura facebook: www.facebook.com/reflexoes


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/como-ter-uma-boa-convivencia-com-a-sogra/

27 de abril de 2016

Oração pela necessidade de um emprego

Com confiança, apresente ao Senhor a sua necessidade de um emprego

Oração pela necessidade de um emprego
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com 

O Senhor nos ensina: "Viverás do trabalho de tuas mãos, viverás feliz e satisfeito".

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! Pai querido, preciso sustentar a mim mesmo e a minha família. Antes mesmo de pedirmos, o Senhor, como vemos no Salmo, já sabes que temos necessidade de um emprego. Sei que é de Tua vontade que trabalhemos, e hoje preciso de um emprego para cumprir essa Tua vontade.

Encontro-me desempregado e em uma péssima situação financeira. Isso traz muitos aborrecimentos: incompreensões, revoltas, mal-estar e ofensas. Sinto-me desvalorizado, sem vontade de rezar nem de fazer outras coisas.

Agora, percebo quantas vezes reclamei do meu emprego, do meu empregador, dos meus chefes, colegas de trabalhos e de meu salário! Quantas vezes não fui exemplar em minhas tarefas! Fazia-a com raiva e desprezo, sem me preocupar com o resultado. Falei mal das pessoas, inventei fofocas, caluniei, difamei, mas agora percebo quanto mal eu fiz! Eu não era pago para isso, mas sim para executar meu serviço com responsabilidade e para ser digno da confiança de meus chefes. Hoje, estou arrependido e peço perdão, Senhor, por esse mal que causei.

Quero pedir perdão também pelos atestados falsos, pelas mentiras contadas nos atrasos, pelo mau uso do salário recebido, pelas vezes que levei objetos para minha casa – o que configura roubo –, pelas vezes em que encobri os meus erros e os dos outros, prejudicando o meu empregador, pelas vezes em que usei o meu tempo, sendo negligente e deixando a preguiça me dominar.

Perdoa-me, Senhor, não quero ser mais assim.

Quantas vezes tive a oportunidade de rezar e agradecer pelo meu emprego e não o fiz; preferi reclamar, deixei-me dominar pelo mal. Quantas vezes acreditei mais na inveja, na perseguição, na macumba, em feitiços do que nas graças e no poder de Deus!

Hoje, estou arrependido, Senhor, e quero me libertar de tudo o que me aprisiona e bloqueia meu novo trabalho.

Sei que o mercado de trabalho está difícil, com poucas vagas disponíveis. Mas sei que o Senhor vai me conduzir com as minhas necessidades e capacidades físicas, mentais e espirituais.

Eu peço, desde já, por meus empregadores: que suas necessidades possam ser supridas pelas minhas qualificações e associação com eles. Ajuda-me a ser uma bênção nesse trabalho que tens em mente para mim.

Em Tua providência, reserva para mim um posto no qual eu possa crescer, prosperar financeiramente e, ao mesmo tempo, realizar meu potencial, viver minha vida em conformidade à Tua vontade.

Quando as portas se abrirem, orienta-me por qual delas devo entrar. Confiram Tua providência, conduzindo-me ao cargo e local de trabalho ideias, sabendo que, a cada dia, devo viver como um operário da vinha do Senhor, um homem de Deus que quer cuidar de sua família.

Desde já, agradeço-Te por esse novo emprego. Louvado seja Teu nome para sempre. Amém!

Pe. Vagner Baia 


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/oracao/oracao-pela-necessidade-de-um-emprego/

25 de abril de 2016

Como superar as brigas por herança nas famílias

O amor sempre será mais valioso que os bens que precisam ser divididos

Nada pode ofuscar o brilho da paz que a família é convidada a irradiar no mundo. Contudo, essa afirmação nem sempre é vivida com total intensidade dentro dos lares. Muitas são as situações que roubam a paz dentro das famílias, e uma dessas tantas causas é o rompimento dos laços afetivos entre irmãos.

Como superar as brigas por herança nas famílias - 1600x1200Foto: Skynesher, iStock.by Getty Images

Gerados no mesmo amor paterno, muitos irmãos encontram-se separados por situações que poderiam ser resolvidas com um pedido de desculpas ou com o perdão.

Brigas entre irmãos

Não são raras as situações nas quais irmãos estão separados afetivamente por brigas que tiveram origem na divisão de uma herança. Os pais morreram e os bens precisavam ser divididos. Quando se fala em partilha de heranças, a maldita ganância entra em cena; e quando essa vilã se infiltra dentro dos lares, provoca a ruína de relações construídas há décadas.

Por causa de meio metro de terra, há irmãos que não conversam há muitos anos! Por causa daquela casa que precisava ser vendida, para que o valor fosse dividido entre partes iguais, a soberba ocasionou separações e feridas, as quais ainda sagram mesmo após anos.

Infelizmente, encontramos situações nas quais famílias foram destruídas por uma herança que causou a ruína dos laços de sangue. O dinheiro foi mais forte que as décadas de amor e amizade. O meio metro de terra obstruiu os laços de sangue que unia os irmãos daquela família.

Divisão da herança

Em meio a tantas situações de herança em que o dinheiro está envolvido e assume o controle das situações, deparamo-nos com a pobreza de espírito daqueles que vendem seus laços de família por meio metro de terra. O amor sempre será mais valioso que os bens que precisam ser divididos.



Quando irmãos se deixam corromper pela divisão de uma herança, demonstram publicamente que o dinheiro é muito mais forte em suas vidas que o amor de uma família. Quem se vende e deixa-se corromper por uma herança, precisa rever seus princípios e buscar em Deus a misericórdia como princípio de vida.


Quando a morte chegar, não mais adiantará chorar pelo tempo perdido na briga por causa do meio metro de terra deixado na divisão dos bens. Sete palmos de terra vão selar o arrependimento do perdão não concedido há tempo.Hoje, é o tempo de olhar para sua história é saber que o perdão não pode esperar o amanhã para ser concedido. O amor familiar é muito maior que as divisões causadas pelo dinheiro. E nenhuma herança poderá comprar a verdadeira herança dos laços de sangue um dia gerados no ventre de um lar.


Padre Flávio Sobreiro

Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP e Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG), padre Flávio Sobreiro é vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Santa Rita do Sapucaí (MG), e padre da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG).

Para saber mais sobre o sacerdote e acompanhar outras reflexões, acesse: www.facebook.com/peflaviosobreiro


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/como-superar-as-brigas-por-heranca-nas-familias/

22 de abril de 2016

Quais alimentos usar no lanche do meu filho?

A alimentação é muito importante para garantir o desenvolvimento do corpo e da mente de uma criança

Hoje, vamos falar um pouco sobre a alimentação escolar dos nossos pequenos, já que uma boa alimentação é muito importante para garantir o desenvolvimento do corpo e da mente de uma criança. O alimento certo é capaz de garantir energia e nutrientes para o período de aula, proporcionando às crianças maior capacidade de concentração e memória, além de ajudá-las no alcance das necessidades nutricionais ao longo do dia. Os pais e outros educadores têm fundamental importância também neste momento, pois vão ajudar os pequenos a formar seus hábitos alimentares.

Quais alimentos usar no lanche do meu filho - 1600x1200Foto: Daniel Mafra

Uma alimentação balanceada

Para isso, é importante lembrar que sempre precisamos partir do princípio do equilíbrio entre quantidade e qualidade para o lanche escolar, que precisa ser simples, pois representa uma refeição intermediária, já que, logo que a criança chegar em casa, contará com uma grande refeição (almoço ou jantar).

O desafio para montarmos um lanche saudável é que precisaremos ofertar alimentos de qualidade e de forma prática, mas nem sempre o prático é o mais saudável. Abaixo, listo alguns pontos para os quais precisamos estar atentos, a fim de planejarmos lanches saudáveis para as crianças:

Varie sempre as combinações e evite repetições de alimentos. Isso garantirá ao seu filho nutrientes variados, e ele não vai "enjoar" daquilo que está sendo ofertado a ele.

Nunca envie pacotes inteiros de biscoitos. Procure criar porções pequenas de quatro a cinco unidades, para não correr o risco de a criança comer além do necessário.

Não podemos esquecer que o fato de colocarmos suco no lanche não substituiu a necessidade que a criança tem de consumir água. Portanto, mande sempre à parte a garrafinha de água na lancheira.

20A quantidade que cada criança precisa consumir depende da faixa etária dela. Para isso, consulte um profissional da área para ter o valor/quantidade correta para seu filho.
Outro ponto importante é na inclusão de chocolates, balas e doces nos lanches. Eles não são proibidos na alimentação da criança, mas devem ser evitado o consumo diário e em excesso, já que, normalmente, são ricos em açúcares e gordura, podendo ser os culpados pelo excesso de peso tão comum atualmente. O que deve ser evitado são alimentos como biscoitos recheados, bolos de pacotinhos, salgadinhos de pacotes e salgados fritos.

Dicas de como combinar os alimentos

Para combinarmos bem os alimentos, precisamos ter como base para o lanche o uso de três pontos:

– Um líquido: sucos variados de frutas, iogurte, leite fermentado ou achocolatado.
– Uma fruta: mandar frutas que já estejam em pedaços como mamão, melão e abacaxi; mexerica e laranja, que devem estar descascadas; ou as frutas secas/desidratadas como ameixas e damascos.
– Uma boa opção de carboidrato para repor as energias são biscoitinhos integrais, barrinhas de frutas e/ou cereais, pãezinhos tipo bisnaguinha, bolos, pão de queijo e torradinhas.

Exemplos:

1) Cinco biscoitos de aveia e mel, 1 potinho de leite fermentado e 1 mexerica.
2) 2 mini-sanduíches de pão integral com queijo tipo minas + 1 garrafinha de suco de fruta + 1 fruta
3) 1 barrinha de cereais de frutas com chocolate, 1 potinho de iogurte + 1 fruta.

Nunca deixe de conversar com a criança para ajudá-la a aceitar novos alimentos e também para perceber se ela está conseguindo consumir aquele cardápio proposto. O diálogo é muito importante entre pais e filhos também aqui.

Seguindo essas dicas, seu filho estará seguro, com um lanche saudável e equilibrado.


Cristiane Zandim

Cristiane Pereira Zandim nasceu em Brasília / DF. É missionária na comunidade Canção Nova desde 2011. Cursou Nutrição na Universidade Universidade Federal Dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/quais-alimentos-usar-no-lanche-do-meu-filho/