11 de janeiro de 2016

Como ajudar os filhos a viverem o Ano da Misericórdia?

Saiba como ajudar os filhos a viverem o Ano da Misericórdia

O Papa Francisco nos convida à misericórdia de Deus. Do dia 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016, somos chamados a refletir, vivenciar e ensinar nossos filhos a obterem as graças deste ano e ajudarem o mundo a ser mais cristão nos anos vindouros. Nossa bússola é o documento do Papa, que nos recorda as obras de misericórdia corporais e espirituais.

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Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Convido os pais a seguirem a trilha. Em primeiro lugar, "não nos deixemos cair na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e nos impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói". Precisamos acordar desse torpor que nos invade e adormece a consciência de muitos. Quantas notícias, em jornais e televisão, de catástrofes com nossos irmãos, e continuamos a nossa vida normalmente! Diante da lama derramada numa cidade de Minas Gerais, quem contribuiu para alimentar os famintos e enviar água para os sedentos, ou preferiu apenas discursar na mesa sobre o fato?


Continuando a nossa caminhada, o Papa nos convida a irmos ao encontro dos irmãos. "Abramos nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda." Abramos nossos armários de comida e de louças, e ensinemos nossos filhos a abrirem os seus armários de roupas e brinquedos, para dividir com quem não os tem, ou seja, viver o Evangelho.

Nessa trilha, no entanto, nossas obras não se restringem apenas às coisas materiais, mas nos pede que "as nossas mãos apertem suas mãos e os estreitemos a nós, para que sintam o calor da nossa presença, amizade e fraternidade". Precisamos aprender a sair do individualismo e levar nossos filhos a auxiliar os enfermos, visitar presos e enterrar os mortos. A maioria dos pais querem poupar os filhos da dor do mundo, mas com isso os isolam dos acontecimentos que fazem parte do ciclo da vida familiar. Imagine se querem os filhos em contato com as dores do mundo! Com isso, nossas consciências estão adormecidas e as de nossos filhos nem foram despertadas.


Nessa reflexão, temos de nos lembrar não só das pessoas de fora, mas também de dentro dos lares e "que o seu grito se torne nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo". Isso acontece, porque o egoísmo está sendo gestado dentro dos lares, com o "discurso do meu", onde as crianças não estão sendo ensinadas a partilhar com os irmãos de sangue. Como ensiná-las e fazê-las partilharem com estranhos?

Somos chamados neste ano a buscar a perfeição, abrir mão dos pecados e confessá-los para sermos perdoados, mas também a buscar a indulgência plenária para a reparação desse mal. Muitas famílias não conhecem o que significa isso, mas precisam aprender a partilhar com os filhos essa encíclica de acordo com a faixa etária. Para os filhos pequenos, nossa ação será a melhor forma de eles entenderem ou não sobre a Misericórdia de Deus. Para filhos maiores, é preciso conscientizá-los, a fim de que conheçam e busquem a misericórdia de Deus e do Evangelho, em especial a oferecida neste ano.

Se nos colocarmos como peregrinos, com o coração aberto e a mente transformada, com certeza estaremos mostrando aos nossos filhos a meta a ser alcançada: "Sermos misericordiosos como o Pai é misericordioso", motivá-los à conversão e ao mergulho neste Ano da Misericórdia.


 


Ângela Abdo

Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.

Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-ajudar-os-filhos-a-viverem-o-ano-da-misericordia/

10 de janeiro de 2016

Por que procurar um psicólogo?

Saiba quais são os nove motivos que faz a pessoa procurar um psicólogo

O ritmo de vida, as escolhas pessoais e profissionais, as situações mais variadas da vida, as dependências e compulsões dos mais variados tipos, as perdas… Enfim, todos nós já vivemos ou temos alguém que passou por alguma dessas situações. Essas e outras possibilidades, muito mais do que popularmente se diz que "psicólogo é coisa pra doido", justificam a busca por psicoterapia.

or que procurar um psicólogoFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a busca por psicólogos e o processo de terapia não tem, necessariamente, ligação direta com a "loucura" propriamente dita. Ainda há um imenso preconceito na sociedade àqueles que buscam esse caminho. Além das situações apresentadas, passar pelo processo de autoconhecimento é um caminho que pode ser realizado através da psicoterapia.

Assim como buscamos um médico quando nosso corpo está fragilizado, também se faz importante a busca por ajuda quando notamos que nosso psiquismo está passando por "dores" e dificuldades.


Essas dores emocionais podem estar refletidas numa série de situações que vivenciamos: a autocrítica excessiva, o excesso de pensamentos negativos, o perfeccionismo, o ciúme, a necessidade de controle, a procrastinação (ou seja, a dificuldade em fazer algo agora e aquele comportamento de deixar para depois), os vícios de diversas naturezas ou atitudes que trazem prejuízo tanto para a pessoa quanto para os relacionamentos nos quais ela está envolvida.

Saiba quais são os motivos que podem levar a pessoa à psicoterapia

1. tristeza persistente que tira a vontade de fazer coisas que usualmente fazemos;

2. diagnósticos psiquiátricos com uso de medicação, pois estudos revelam que os melhores resultados envolvem medicação e psicoterapia;

3. luto patológico, ou seja, a persistência das emoções da perda de alguém continuam a existir, mesmo depois de muito tempo;

4. dificuldade em sentir prazer nas coisas que faz diariamente, mesmo quando se fala em lazer;

5. isolamento social excessivo;

6. sente grande irritação que se manifesta em agressividade física e verbal, com certo descontrole;

7. possui pensamentos repetitivos e de conteúdo negativo ou persecutório;

8. precisa de álcool ou drogas para conseguir passar pelos dias, sentindo falta quando não faz uso constante;

9. sua própria percepção de que algo não vai bem consigo, alguma questão emocional (mesmo que desconhecida) o aflige.

Podemos ter, ao pensarmos na terapia como uma alternativa, alguns questionamentos: "Quem procurar? É rápido ou demorado? Como vou falar da minha vida para um 'estranho'? Como será?" Como é um tratamento, não acontecerá em uma ou duas sessões, e a duração dependerá de cada caso. Os motivos apresentados, são apenas alguns que ilustram as possibilidades de busca de psicoterapia.

A intensidade da vivência das situações pode ser um bom indicativo para saber se precisamos ou não ir a um terapeuta. Duas pessoas podem passar pela mesma situação, mas não necessariamente ter a mesma resistência ou tolerância a viver esse fato, sendo já um bom critério para a busca ou não por terapia. E mais ainda: aquilo que é um sintoma emocional, se repetido e constante, pode dar a crescer um sintoma físico, que muitas vezes só será compreendido no processo psicoterapêutico.

A terapia funciona bem quando há um bom vínculo entre psicólogo e paciente/cliente, ou seja, quando há uma fluidez nas informações, quando o cliente se sente confortável para expressar suas ideias, pode encontrar um espaço para elaborar seus pensamentos e reposicionar-se frente às suas dificuldades.

É muito válido pensarmos que os sofrimentos humanos se expressam de diferentes formas e com diferentes reações. Com isso, cada um de nós passa por eles também sua forma particular. Portanto, as frases que dizem: "Psicólogo é bobeira, você não precisa disso" ou coisas do tipo, servem até mesmo para desencorajar, mas não são motivos efetivos para que você não busque ajuda. Não tenha vergonha de buscar ajuda para você, podendo então, superar suas dificuldades e ganhar em qualidade de vida.


Elaine Ribeiro dos Santos

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Facebook: elaine.ribeiropsicologia Twitter: @elaineribeirosp


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/por-que-procurar-um-psicologo/

8 de janeiro de 2016

Santa Missa: ponto alto de nossa fé

O ponto mais alto da nossa fé é a celebração da Santa Missa

A Santa Missa é o ponto alto de nossa fé católica, a Celebração Eucarística que a Igreja vive desde que Cristo instituiu esse sacramento na Santa Ceia. Falando sobre a Celebração Eucarística na sua "Profissão de Fé", o Papa Paulo VI disse:

Os milagres eucarísticosFoto: Arquivo cancaonova.com

"Cremos que a Missa, celebrada pelo sacerdote, que representa a pessoa de Cristo em virtude do poder recebido no sacramento da Ordem e oferecida por Ele em nome de Cristo e dos membros do Seu Corpo Místico, é realmente o sacrifício do Calvário, que se torna sacramentalmente presente em nossos altares. Cremos que, como o Pão e o Vinho consagrados pelo Senhor, na Última Ceia, converteram-se no Seu Corpo e Sangue, que logo iam ser oferecidos por nós na cruz; assim também o Pão e o Vinho consagrados pelo sacerdote se convertem no Corpo e Sangue de Cristo, que assiste gloriosamente no céu. Cremos ainda que a misteriosa presença do Senhor, debaixo daquelas espécies que continuam aparecendo aos nossos sentidos do mesmo modo que antes, é uma presença verdadeira, real e substancial" (n.24).

Saiba o que é transubstanciação

"Neste sacramento, pois, Cristo não pode estar presente de outra maneira a não ser pela mudança de toda a substância do pão no Seu Corpo, e pela mudança de toda a substância do vinho no Seu Sangue, permanecendo apenas inalteradas as propriedades do pão e do vinho, que percebemos com os nossos sentidos. Essa mudança misteriosa é chamada pela Igreja, com toda a exatidão e conveniência, de transubstanciação.

Assim, qualquer interpretação de teólogos, buscando alguma inteligência deste mistério, para que concorde com a fé católica, deve colocar bem a salvo que, na própria natureza das coisas, isto é, independente do nosso espírito, o pão e o vinho deixaram de existir depois da consagração, de sorte que o Corpo adorável e o Sangue do Senhor Jesus estão na verdade diante de nós, debaixo das espécies sacramentais do pão e do vinho (31), conforme o mesmo Senhor quis, para se dar a nós em alimento e para nos associar pela unidade do Seu Corpo Místico" (n. 25).


"A única e indivisível existência de Cristo nosso Senhor, glorioso no céu, não se multiplica, mas se torna presente pelo sacramento, nos vários lugares da terra, onde o Sacrifício Eucarístico é celebrado. E depois da celebração do sacrifício, a mesma existência permanece presente no Santíssimo Sacramento, o qual no sacrário do altar é como o coração vivo de nossas igrejas. Por isso estamos obrigados, por um dever certamente suavíssimo, a honrar e adorar, na Sagrada Hóstia, que os nossos olhos veem, ao próprio Verbo Encarnado que eles não podem ver, e que, sem ter deixado o céu, se tornou presente diante de nós" (n.26).




Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/santa-missa-ponto-alto-de-nossa-fe/

6 de janeiro de 2016

Ninguém merece uma mulher mal-humorada

É realmente uma experiência desagradável e difícil conviver com uma mulher mal-humorada, amarga e rude

Olho para mim mesma e me faço algumas perguntas com coragem, mas com uma coragem nova, que me surpreende e me desinstala, que só pode ser fruto do Espírito Santo me visitando. Essas perguntas são de um tipo que me modifica simplesmente por enfrentá-las, pois se avalia, muitas vezes, a qualidade da alma de uma mulher pelas perguntas que ela é capaz de fazer a si mesma. E quero ser capaz de fazê-las!

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Pergunto-me profundamente e quase que com receio: "Sou uma mulher agradável?". Não dessas que gostam de se sair como "boazinhas" das situações e por isso "queridinhas" por todos; e também não dessas que são sempre azedas e que nada as conquista para um sorriso largo e leve, pois sempre estão reclamando de alguma coisa. Mas realmente agradável! Será que sou? A pergunta ganha eco em minha alma, e a minha resposta sincera é: "Nem sempre, pois preciso melhorar". Se você é uma dessas mulheres, seja bem-vinda à luta!

Feliz do homem que encontrou uma mulher agradável

É realmente incrível como a mulher consegue achar que é "justo e louvável" falar dos demais às escondidas e se deixar levar pela falsa sensação de alívio que esses pseudodesabafos trazem. Falamos por falar, reclamamos por reclamar e gastamos a substância da alma, que é o tempo, inutilmente. Ele vai sendo perdido em banalidades que nos trazem um fruto amargo de digerir: a tristeza.

A Bíblia diz: "Feliz do homem que encontrou uma mulher agradável para conviver!". E me pergunto outra vez: "Eu sou uma dessas?". Eis o desafio feminino que encontro: não ser "agradavelzinha" para os outros em nome de ganhos e benefícios sobre a alegria dos demais, mas ser realmente agradável com naturalidade simplesmente por ser grata, sem perder a firmeza ou a decisão. A gratidão muda tudo; nela encontro um caminho para ser agradável a Deus e, consequentemente, com quem convivo.

O que torna uma mulher feia

É uma experiência desagradável e difícil conviver com uma mulher mal-humorada, amarga e rude. Ela se torna realmente feia quando a leveza e a alegria não são suas marcas notáveis. E eu não escapo de ter de me perguntar se realmente apresento aos outros uma proposta de vida que provoque, sim, um agrado às suas almas e um sorriso encorajador nos rostos que me rodeiam. Pois ser agradável não é agradar inconsequentemente sempre, mas provocar algo melhor na vida do outro, algo que seja muito além das minhas reclamações, é apresentar, com minha forma de viver, o próprio Deus.


Pergunto-me mais uma vez e com uma porção redobrada de coragem se me sinto realmente uma mulher agradável e bela. A resposta fica aqui atravessada em minha garganta e percebo que preciso confiar muito em Deus para assumir a melhor resposta. Uma mulher não é bela somente por suas curvas, por seu olhar estonteante ou seus cabelos que mais se parecem com propaganda de TV, muito menos por uma beleza física forjada e artificial. Mas uma mulher que realmente se sente bela tem um brilho no olhar todo especial, uma originalidade, uma liberdade interior única, uma segurança rara. É muito mais uma beleza espiritual, interior, do que uma beleza comprada no shopping. Uma mulher bela é leve e tem uma alegria nobre, sem excessos nem falta. É uma alegria confiante que vai além da sua presença arredondada e perfumada. Ela inspira o eterno com sua leveza e alegria.

A alegria em uma mulher é sinal de elegância

A alegria verdadeira não é um contentamento qualquer, mas fruto de um relacionamento sagrado com Deus; é uma decisão que precisa ser revista e reassumida diariamente. A alegria em uma mulher é sinal de elegância, de uma boa escolha, e não de adereços comprados ou fabricados. Uma mulher é capaz de ser realmente feliz sem ao menos usar um brinco de bolinha na orelha.

"A alegria do Senhor é a minha força!", é o que diz a Palavra de Deus. E a alegria numa mulher é sinal de que ela escolheu o melhor dos melhores, pois o pior vem sem nem ao menos desejarmos. Para piorar a vida, só se ela deixar de decidir, nem é preciso esforço. A alegria é uma escolha inteligente e também exigente, que precisa ser baseada numa realidade que a mulher não pode perder de vista: a esperança. Uma mulher que espera em Deus não pode perder tempo murmurando, reclamando. Esse não é um conselho qualquer, mas o melhor cosmético que existe, a melhor coisa que pode acontecer na alma feminina: ser grata, segura de sua esperança em Deus. Agradecer por tudo, pelo bom e pelo ruim, pelo demorado ou rápido, pelo difícil e pelo fácil. A gratidão muda um rosto e abre a porta da alegria verdadeira.

A felicidade vem de dentro para fora, desse terreno sagrado que deve ser cuidado diariamente. É uma escolha de vida, uma escolha por um jeito sagrado de viver, pois é um "jeito" de quem confia, silencia e agradece. Isso muda tudo. Uma mulher grata experimenta realmente o que é ser feliz.

Não há mulher mais bela do que aquela que é grata. Gratidão é sinônimo de felicidade. A consequência? Uma beleza imbatível.



Ziza Fernandes

Ziza é cantora, compositora, musicoterapeuta, professora e mosaicista. Estudou piano por 12 anos no Conservatório Santa Cecília, Maringá – PR, aperfeiçoando-se com o professor Paulo Giovanini, na Universidade Estadual de Maringá.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/afetividade-feminina/ninguem-merece-uma-mulher-mal-humorada/

4 de janeiro de 2016

Motivos para viver a castidade

Pessoas que optaram pela castidade tendem a ser mais leves

Quando tomamos uma decisão, em determinado momento da vida, geralmente nos deparamos com alguns conflitos que vêm nos apresentar prós e contras, possibilidades, dificuldades, desafios que poderemos enfrentar com a escolha. Nossos valores entram em jogo com bastante peso nesses momentos.

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Hoje, não é mais possível falar para as novas gerações: "faça isso", "não faça aquilo". O acesso fácil e rápido às mais diversas informações capacitou as crianças, adolescentes e jovens a questionarem mais sobre a maioria dos dilemas da vida.
Assim, quando falamos sobre a proposta de castidade, é necessário estar atento aos motivos pelos quais se adere a essa prática. É bom pensar profundamente sobre o assunto e provocar questionamentos a respeito das razões dessa escolha.


Autoconhecimento

1. Quando há a vivência da castidade, a tendência é que o indivíduo tenha mais domínio de si, fruto de um adequado autoconhecimento. Assim, autoconhecimento gera mais autodomínio, ou seja, a pessoa tem menor probabilidade de ser vítima das suas emoções e tensões mal trabalhadas;

Respeito como ponto central das relações

2. O relacionamento entre pessoas do sexo oposto pode ser mais saudável e livre, sem desconfianças e constrangimentos. Na castidade, o homem consegue olhar para a mulher com mais nitidez, porque pratica a pureza; a mulher, idem. O respeito aparece como ponto central nessas relações, e a amizade tende a ser mais profunda, honesta e descomplicada;


Valorizar de maneira adequada o  corpo

3. O indivíduo casto aprendeu a valorizar de maneira adequada um grande presente que Deus deu a cada indivíduo: o seu corpo. Ele conhece suas potencialidades e limitações com mais propriedade, consegue direcionar-se de maneira mais centrada nas diversas situações da vida e reconhece que o seu corpo e o corpo do outro são sagrados, lindos, bons e devem ser tratados com a alta dignidade que merecem;

Pensamentos mais livres para o aprendizado

4. Sabemos que a opção pela castidade não é sempre fácil, rápida ou simples. Cada pessoa tem o seu próprio caminho para conquistar essa virtude. Porém, quando ela é capaz de viver a castidade adequadamente, depois de passados os períodos mais turbulentos dessa luta, seus pensamentos tendem a ficar mais livres para o aprendizado, para a criatividade, a apreciação do belo e a construção do novo;

Conhecer-se mais

5. Espiritualmente, a pessoa acaba estreitando mais o seu relacionamento com Deus, por reconhecer que, sozinha, irá até um determinado ponto. Quando se propõe a viver a castidade, como dito acima, a pessoa tende a conhecer-se mais e, com isso, consegue apresentar-se mais inteiramente diante de Deus, reconhecendo suas fraquezas e limitações para pedir auxílio Àquele que tudo pode, que tudo vê e que deseja verdadeiramente ajudar Seus filhos no caminho da plenitude;

Pessoas que optaram pela castidade tendem a ser mais leves

6. Se você for atento e honesto, saberá responder essa: já notou que a alegria das pessoas castas é diferente daquela alegria que mistura malícia, desrespeito e baixarias? Diferente do que muitos podem pensar, as pessoas que optaram pela castidade tendem a ser mais leves nos seus contatos sociais, alegram-se puramente com coisas simples do cotidiano, riem muito (muito mesmo) de coisas que não precisam envolver maldade; conquistam aquela alegria natural e espontânea, um pouco rara hoje em dia;

Sabe que pode enfrentar e vencer outros desafios da vida

7. Por ter decidido viver a castidade, o indivíduo sabe que pode enfrentar e vencer outros desafios da vida, pois o esforço para ir numa direção contrária ao que a sociedade prega o deixou mais consciente e fortificado em tudo que o compõe: pensamentos, sentimentos, reações físicas e biológicas, atitudes etc.
Enfim, como dito acima, essa não pretende ser uma lista completa dos motivos para se viver a castidade, mas uma proposta de reflexão sobre o assunto. Quem sabe, esse não era o empurrãozinho que faltava para você se convencer de que a castidade é algo bom, moderno, bonito, jovial e que apresenta resultados que podem ajudá-lo no caminho da felicidade que você deseja para a sua vida?
Coragem! O caminho para desenvolver uma grande virtude pode ser uma aventura maravilhosa que envolve perigos, vitórias, desafios, lágrimas, suor, conquistas, risos e paz, mas que só será vivida se você tomar a sua decisão.


Milena Carbonari

Milena Carbonari Krachevski é Psicóloga, Pós-Graduanda em Educação e Terapia Sexual, missionária dos Jovens Sarados e membro do Apostolado da Teologia do Corpo Brasil. Contato: psicologa.milenack@gmail.com

29 de dezembro de 2015

Como lidar com o filho deficiente

A chegada de um filho sempre gera expectativa, porém, é muito importante saber lidar se este filho traz alguma deficiência

A espera por um filho, seja ele biológico ou adotivo, mobiliza os pais e toda a família. Não podemos negar que essa expectativa gera idealizações quando pensamos em características físicas e emocionais que os filhos possam herdar ou desenvolver.

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Foto: Arquivo cancaonova.com

Muitas vezes, ao receber um filho que seja portador de qualquer tipo de deficiência, podemos mobilizar em nós uma diversidade de sentimentos como culpa, rejeição, pavor, medo, negação e isolamento social por não conseguir lidar, naquele momento, com essa pessoa que requer cuidados específicos.

Contato com outros pais

Quando um filho deficiente chega à família, o contato com outros pais de crianças deficientes pode ser importante. Conhecer associações, participar delas, conhecer tratamentos e formas de melhor viver e dar qualidade de vida ao seu filho são etapas muito importantes e toda a família pode ser beneficiada.

Não é incomum que os pais se percebam incapazes de lidar com todas as situações advindas da chegada de um filho deficiente. As mudanças no papel de pais, o desdobramento para situações simples como sair de casa, a percepção de novos valores e estilos de vida serão intensamente vivenciadas em cada família.

Ao encontrar pessoas que vivem a mesma situação, a família pode dar um significado diferente às suas dúvidas e preocupações, e assim ter outras visões a respeito da deficiência.


Possíveis comportamentos dos pais

"As reações a esta criança podem trazer à tona vários tipos de comportamentos: negação da realidade da deficiência; lamentações e comiseração dos pais para com a sua própria sorte; ambivalência em relação à criança, ou seja, rejeição e projeção da dificuldade como causa da deficiência; sentimentos de culpa, vergonha, depressão e padrões de mútua dependência (TELFORD, 1976)."

Se tais situações aconteceram ou acontecem em sua família, não se envergonhe, pois elas são normais. É importante que possamos perceber que crianças com limites físicos ou psíquicos podem se desenvolver se forem acompanhadas. Não podemos retirar os obstáculos, mas podemos avaliar a alegria na superação de cada dificuldade.


O que fazer?

Falamos sobre culpa, um sentimento que se faz presente; porém, quando mergulhamos profundamente nele, acabamos nos inibindo, entristecendo e entrando num estado que, muitas vezes, nos paralisa.

A dica é não viver essa realidade sozinho. Reconhecer, nos aspectos médicos, o que a criança tem é fundamental; mas até que possamos chegar a um diagnóstico, este caminho não é fácil; no entanto, é preciso aceitar e buscar ajuda.

A partir do momento que reconhecemos o que essa criança tem, é muito mais fácil ajudá-la. A culpa dará lugar às ações e, com isso, poderemos crescer no relacionamento com o filho e com a família. Nem sempre a explicação dos motivos que levaram à deficiência ficará clara, mas a aceitação e a ação serão poderosas aliadas na superação dessas dificuldades.



Elaine Ribeiro dos Santos

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Facebook: elaine.ribeiropsicologia Twitter: @elaineribeirosp


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/como-lidar-com-o-filho-deficiente/

28 de dezembro de 2015

Sintomas de uma aridez espiritual

Existem sintomas de uma aridez espiritual

Quando menos esperamos, as tempestades chegam. O vento forte parece arrancar-nos da segurança que antes havíamos experimentado, mas basta uma linda manhã com céu azul para percebermos que a tempestade se foi e deixou atrás de si um grande trabalho de reconstrução.

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Nossa vida espiritual passa por esse mesmo processo. Há momentos em que conseguimos fazer uma linda experiência com o amor de Deus. Oramos e sentimos a presença d'Ele ao nosso lado em muitos momentos de nossa caminhada espiritual. Contudo, há tempos em nossa vida de oração que o Senhor parece estar longe de nossa presença.

Nossa vida espiritual não é estável

No campo da espiritualidade, chamamos esses momentos de "aridez espiritual". Caminhamos sob o sol escaldante da incerteza e buscamos um Oásis que nos sacie com a Água da Vida, e assim nos devolva a certeza de antes, a qual havíamos perdido.

Nossa vida espiritual e de oração não são estáveis; ao contrário, são instáveis. Poderíamos compará-las a um gráfico com altos e baixos. Há momentos em que tudo está perfeito e sentimos Deus com todo o nosso ser. Em outras ocasiões, não conseguimos percebê-Lo ao nosso lado.

Quando muitas pessoas entram no processo de enfrentar, na vida de fé, um deserto espiritual, desesperam-se. Não conseguem compreender que a vida de oração é um caminhar constante. Somos eternos peregrinos em busca de Deus.

Desertos espirituais são importantes

Olhando sob outra perspectiva, os desertos espirituais são importantes para nossa vida de oração. Se os nossos momentos de oração fossem estáveis, correríamos o risco de nos acostumarmos e entrarmos no comodismo; então, a monotonia tomaria conta do nosso ser. Mas quando surge, na vida, um momento de aridez, tomamos consciência de que as dificuldades são necessárias para o nosso crescimento humano e espiritual. E assim somos obrigados a nos desinstalar e sair em peregrinação em busca d'Aquele que pode saciar todas as nossas mais profundas sedes.

Quem enfrenta uma aridez espiritual terá de caminhar em busca do oásis, no qual se encontra o próprio Deus. Encontrando-O, redescobriremos a alegria do encontro. No entanto, há muitas pessoas que desanimam na travessia dos desertos espirituais da vida e estacionam no meio da caminhada. Uma vez estacionadas, perdem o ânimo e não conseguem chegar à Fonte da Vida. Perdem-se em si mesmas e em seus próprios medos.

Na vida de oração, não fazemos a experiência de Deus somente nos momentos bons. O Senhor também se mostra presente quando não sentimos Sua presença conosco. Na travessia do deserto, é o próprio Deus quem caminha ao nosso lado, segurando nossa mão e dizendo ao nosso coração: "Não tenha medo, pois eu estou com você. Não precisa olhar com desconfiança, pois eu sou o seu Deus. Eu fortaleço você, eu o ajudo e o sustento com minha direita vitoriosa" (Is 41,10).


Padre Flávio Sobreiro

Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP e Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG), padre Flávio Sobreiro é vigário paroquial da Paróquia Santo Antônio, em Jacutinga (MG), e padre da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG).

Para saber mais sobre o sacerdote e acompanhar seus artigos na internet, acesse: www.padreflaviosobreiro.com


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/sintomas-de-uma-aridez-espiritual/