27 de novembro de 2015

Como superar o fim de um relacionamento

Existem meios para superar o fim de um relacionamento

Jesus Cristo sempre foi muito claro ao nos deixar Seus mandamentos e ao dizer que nosso seguimento a Ele implicaria cruzes ao longo do caminho. Mas Ele também disse que estaria sempre ao nosso lado até o fim dos tempos, ajudando-nos a carregar nossos fardos. O Senhor sempre nos deu o exemplo de um amor que perdoa, que é paciente, de um amor que tudo crê, tudo suporta e jamais acaba. Cristo nos convida, todos os dias, a amar como Ele nos amou.

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Infelizmente, a vivência de muitas pessoas nos mostra a grande dificuldade que é manter um relacionamento por toda a vida, a dificuldade de uma entrega definitiva, que nos comprometa totalmente e envolva toda a nossa existência.

Muitos são aqueles que contraíram o sacramento do matrimônio, mas, ao longo do tempo, foram abandonados por seus cônjuges ou se viram diante de uma situação insustentável, já não havendo mais a possibilidade de retomar a união. Não lhes restando outra opção, assinam um acordo de divórcio.

O matrimônio contraído na fé é indissolúvel

Quando Jesus falou da indissolubilidade do matrimônio, Ele foi claro: "Não separe o homem o que Deus uniu" (Mt 19,6). A Igreja, fiel à Palavra de Cristo, não pode simplesmente alterar essa doutrina ou anunciar outra realidade diferente. Como bem disse o Papa emérito Bento XVI, em uma entrevista,  "o matrimônio contraído na fé é indissolúvel. É uma palavra que não pode ser manipulada; devemos mantê-la intacta, mesmo que contradiga os estilos de vida dominantes nos dias de hoje".

A teologia do sacramento do matrimônio deve ser lida a partir do amor total que nosso Senhor demonstrou no sacrifício da cruz, como diz São Paulo:

"Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a sua Igreja e por ela se entregou." (Ef 5, 25).

Não podemos, portanto, pensar que o amor de Cristo seja passível de negociação. Do mesmo modo, a aliança firmada entre um homem e uma mulher, com a intenção de criar e educar os filhos, não pode ser quebrada, mesmo quando se escolhe um divórcio legalmente consensual.

Somos chamados a viver a mesma fidelidade de Cristo à Sua Igreja. Ele permanece fiel, mesmo quando seus membros são infiéis. Quando alguém se divorcia, o faz para efeitos da vida no mundo, não para Deus. Por mais que existam muitos argumentos para contrapor essa realidade espiritual, diante de Nosso Senhor um matrimônio só deixa de existir quando sua nulidade é declarada, o que só pode ser feito por um Tribunal Eclesiástico.

Honrar o sacramento do matrimônio


Não sendo nulo, o matrimônio perdura até a morte de um dos cônjuges. E a culpa não é de Deus se o cônjuge, que tinha o dever de honrar a promessa feita, não o fez. Devemos respeitar o livre-arbítrio, e o nosso dever é honrar o sacramento independente da fidelidade do outro. A promessa foi feita de livre e espontânea vontade na primeira pessoa do singular.

É necessário coragem e força para perseverar na fé, no cumprimento da vontade de Deus, por mais que isso pareça injusto e quase impossível aos olhos do mundo.


Sabedoria dos filhos de Deus

Talvez essa seja a oportunidade para um testemunho único, uma prova de amor a Deus maior do que tudo, quando renunciamos o amor a nós mesmos pela promessa feita a Ele no sacramento do matrimônio. Essa é a sabedoria dos filhos de Deus, uma loucura para os homens.

Quando abraçamos a nossa vocação, precisamos saber que não colhemos apenas flores no caminho. Haverá lutas, como Nosso Senhor lutou na Sua vida neste mundo. Infelizmente, tendemos a romantizar as coisas, a tratar tudo com sentimentalismo, como se para enfrentar a vida e a vocação à qual fomos chamados, não tivéssemos de sofrer. Mas toda vocação tem sua cruz , e o divórcio pode ser uma delas.

Unidos a Cristo não existe solidão

Porém, devemos saber que não existe solidão quando nos unimos a Cristo na cruz, pois depois dela vem a Ressurreição. Essa é a maior de todas as certezas reveladas a nós no Evangelho. Como Jesus somos convidados a abraçar a nossa cruz com amor.

E isso não significa que estamos condenados a viver tristes, infelizes e solitários. Deus é sempre fiel às suas promessas e poderoso para realizar uma nova obra em nossa vida. Basta confiar e se entregar sem medo à sua infinita bondade. Nossa alma deve, acima de tudo, amar e desejar o céu, dar e receber o perdão. Só assim seremos verdadeiramente livres. Lembrando sempre que Deus não permite que nos seja dado um fardo mais pesado do que possamos carregar. Ele ainda nos dá a certeza de que "os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada" (Rom 8,18).

Se desejarmos caminhar com Deus e se crermos em Suas promessas, este será mais um passo na fé que somos chamados a dar, mesmo quando a dor de um divórcio fere o mais profundo da nossa alma.

Sabendo que somos fracos, compadecendo-se de nossa dor, a Igreja está sempre aberta para perdoar e acolher, mesmo quando caímos. Da mesma forma, nós somos chamados a dar o perdão àquele que nos feriu, que nos traiu e não conseguiu ser fiel à promessa feita.

O poder do perdão

O perdão tem o poder de nos libertar. Não é uma escolha fácil; todavia, é necessária, pois o perdão vence o mal com o bem e torna suave o caminho. Se não perdoarmos, viveremos como num cárcere privado, escravos das mágoas, da dor e dos ressentimentos, alimentando sempre o desejo de vingança e o rancor. O perdão zera a conta e não cobra mais a dívida. Quando ele é concedido, experimentamos o que é viver a verdadeira liberdade de filhos de Deus.


A maior dádiva que Deus nos deixou foi um amor que pode restaurar nossa vida e dar um novo significado a toda nossa história. A tristeza pode durar uma noite, mas a alegria vem com um novo amanhecer, na beleza de um novo horizonte que se descortina à nossa frente, na esperança de uma vida nova que recomeça todos os dias.

 



Judith Dipp

Formada em Psicologia, Judith foi cofundadora da Comunidade de Aliança Mãe da Ternura e voluntária num Centro de Atendimento e Aconselhamento para Mulheres ( Montgomery County Counselling and Carreer Center), em Washington, nos Estados Unidos.

Atualmente, é psicóloga da Escola Internacional Everest, do Lar Antônia e da Congregação dos Seminaristas Redentoristas, todos com sede em Curitiba (PR), cidade onde reside.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/afetividade-feminina/como-superar-o-fim-de-um-relacionamento/

25 de novembro de 2015

Podemos venerar a imagens dos santos?

É correto venerar a imagem dos santos?

Desde os primeiros séculos, os cristãos pintaram e esculpiram imagens de Jesus, de Nossa Senhora, dos santos e dos anjos não para os adorar, mas para as venerar. As catacumbas e as igrejas de Roma dos primeiros séculos são testemunhas disso. Só para citar um exemplo, podemos mencionar aqui o fragmento de um afresco da catacumba de Priscila, em Roma, do início do século III. É a mais antiga imagem da Santíssima Virgem. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) traz uma cópia dessa imagem (Ed. de bolso, Ed. Loyola, pag.19).

Porque cultuar os santos - 1600x1200

É o caso de se perguntar, então: Será que foram eles idólatras por cultuarem essas imagens? É claro que não! Eles foram santos e mártires, derramaram, muitos deles, o sangue em testemunho da fé. Seria blasfêmia acusar os primeiros mártires da fé de idólatras. O Concílio de Niceia II, em 787, declarou:

"Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos padres e da Tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos" (Catecismo da Igreja Católica, nº 1161).


Deus nunca nos proibiu de fazer imagens, mas sim ídolos e deuses para adorar. O povo de Deus vivia na terra de Canaã, cercado de povos pagãos que adoravam ídolos em forma de imagens (Baals, Moloc, etc). Era isso que o Senhor proibia terminantemente. A prova disso é que o Altíssimo ordenou a Moisés que fabricassem imagens de dois querubins e que também pintassem as suas imagens nas cortinas do Tabernáculo. Os querubins foram colocados sobre a Arca da Aliança. Confiar essas passagens: Ex. 25,18s, Ex 37,7; Ex. 26,1.31; 1 Rs. 6,23; I Rs 7,29; 2 Cr. 3,10.

Da mesma forma, Deus Pai mandou que, no deserto, Moisés fizesse a imagem de uma serpente de bronze (cf. Nm 21, 8-9), que prefigurava Jesus pregado na cruz (cf. Jo 3,14). Que fique claro: Deus nunca proibiu imagens, o que ele proibiu foi a fabricação de imagens de deuses falsos.

Imagens, testemunho da fé

Essas imagens, no entanto, os cristãos nunca fizeram, porque a Igreja nunca permitiu. As imagens sempre foram, em todos os tempos, um testemunho da fé. Para muitos que não sabiam ler, as belas imagens e esculturas foram como que o Evangelho pintado nas paredes ou reproduzido nas esculturas. Vitor Hugo dizia que as igrejas eram "Bíblias de pedra". As imagens nos lembram que aqueles que elas representam chegaram à santidade por graça e obra do próprio Deus, são exemplos a serem seguidos e diante de Deus intercedem por nós.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/podemos-venerar-a-imagens-dos-santos/

23 de novembro de 2015

Estou na crise dos 30

A crise abriu novas possibilidades na vida

A revolta dos 18 parece passado e a força de decisão dos 20 parece estar enfraquecendo. Duas horas na esteira já não queimam a mesma quantidade de calorias que há alguns anos queimava. Seus melhores amigos o convidam para festas com "brigadeiros e beijinhos",  isso mesmo, o filho dele está completando três anos e você é o padrinho. Na Igreja, você não se inscreve nos encontros de "jovens" (pois parece que estes têm superlotação da galera teen), ao mesmo tempo, não está comprometido o bastante para frequentar os encontros de casais. Bem-vindo (a) à crise dos 30 anos!

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Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Será que não assumi responsabilidades demais?

Mas há aqueles que estão bem no corpo, estão super-saudáveis, as rugas nem ameaçaram aparecer. Já tiveram o primeiro filho, realizaram aventuras, viagens, alcançaram estabilidade financeira e são frequentadores assíduos dos encontros de casais. Eles têm vida social satisfatória. Porém, pegam-se questionando sobre o sentido da vida. Será que se eu tivesse me casado mais tarde, eu teria aproveitado mais a vida? Tendo realizado tudo isso, por que ainda me sinto incompleto e insatisfeito? Será que não assumi responsabilidades demais? Bem-vindo (a) à crise dos 30 anos!


Fase de questionamentos, reflexões e angústias

Sem querer colocar mais uma divisão em nosso desenvolvimento humano ou sentenciá-lo a viver algo só porque bateu o ponteiro do relógio biológico, todos nós, querendo ou não, entraremos em um momento de profundo questionamento existencial. Muitos vivem isso por volta dos 30 anos. Alguns mais cedo outros mais tarde. É como se, em nosso interior, batesse o sino do "e se…". "E se" eu tivesse levado a sério aquele amor? Será que estaria casado, com filhos e feliz da vida? "E se" eu não tivesse ido a fundo demais naquela relação? Será que não estaria divorciado hoje? E se, e se…  Fase de questionamentos, reflexões, angústias e fortes decisões.

Muitos vivem um drama terrível ao ver que deixou para trás as decisões que a vida lhe pediu. Nessa hora, sentem-se meio que sobrando. Outros se sentem culpados por terem tomado decisões erradas. Assim, chega a hora de se confrontar com a própria verdade e assim assumir posturas frente a esses questionamentos.

Fico pensando o quanto precisamos ter um olhar de esperança nessa hora. E se o conforta saber, foi nos auge dos 30 anos que um grande Homem resolveu dar sua resposta de vida. Aos 30 anos, Ele resolveu sair de casa e cumprir Seus objetivos. Foi capaz de fazer as mais sólidas amizades, aquelas pelas quais Ele, literalmente, deu a vida! Na idade balzaquiana, ele foi capaz de enfrentar seus medos e levar a bom termo o que trazia no coração. Foi nessa idade que Ele realizou Suas maiores façanhas enquanto homem e enquanto Deus. Sim, eu falo de Jesus. Aos 30 anos, Ele iniciou uma nova e determinada vida, soube colocar-se no mundo de uma maneira inovadora.

O que vivo é absurdo?

Acredito que temos sim para quem olhar, e assim aproveitarmos esse tempo de profunda reflexão e dar boas respostas. A crise dos 30 anos (aqui pode ser aos 20, aos 35, aos 50) pode ser um momento em que, cansados de fazer a mesma coisa, paramos para pensar e percebemos o absurdo que podemos estar vivendo. Um absurdo de ter separado nosso eu interior do mundo exterior, de ter nos fragmentado em meio às demandas da vida. Nessa hora, chegar à conclusão de que podemos buscar a inteireza é possível.

Podemos escolher entre dois caminhos para curarmos essa fragmentação:

a) pensarmos a respeito de nossas vidas e traçarmos objetivos alinhados aos nossos desejos, sonhos e ideal de vida.

b) ficarmos perdidos diante da possibilidade de pensar. Perdermos-nos no que foi feito, deixar a culpa ser a senhora de nossa vida ou a frustração ditar nosso futuro.

Acredito que a segunda possibilidade tem sido a mais comum, pois temos dificuldade de pensar, por isso queremos logo olhar para o que foi feito e não para o que precisa ser feito. Aí entra a culpa ou a frustração, nem sequer gastamos tempo para pensar nas inúmeras possibilidades que a vida nos reserva.

A crise abriu novas possibilidades na vida

Não nos encaixamos nos grupos e já nos sentenciamos como "sobras"; mas, ao contrário, acredito que aí encontramos a oportunidade de criar novos grupos. Conheço duas realidades dentro da Igreja onde vejo que os jovens de 30 anos souberam se adaptar; uma experiência foi em Curitiba (PR) e outra em Belo Horizonte (MG). Lá, os jovens não se viam nos tradicionais grupos de jovens, tanto quanto em relação à faixa etária quanto à temática abordada neles, por isso fundaram um grupo para esses jovens de 30 e poucos anos, cujas vivências são diferentes. Digo a você que eles estão dando "show de bola". A crise abriu novas possibilidades na vida deles.

Quando pensamos, podemos nos dar conta de que existe uma ausência de motivos para vivermos; então, o desespero pode querer tomar conta de nós, de tal maneira que podemos ter as mais variadas reações, até mesmo a recusa pelo enfrentamento do mundo e suas exigências. O vazio pode querer falar mais alto, no entanto, aproveitemos que já temos 30 anos e aprendamos com o passado, com suas respostas e maneiras de enfrentar a vida. Encaremos os erros com coragem e determinação. Podemos aproveitar a maturidade atual para pensarmos nos projetos que ainda podem ser feitos. Contemos com a paciência de quem tem uma história e que não precisa tomar uma decisão eterna para amanhã, nem sairá ganhando muita coisa se criar uma revolta contra tudo e todos.

A escolha pela felicidade requer a coragem de um enfrentamento com aquilo que nos incomoda. Como Jesus, você pode usar a experiência de uma vida para encarar a verdade e ter uma causa pela qual vale a pena lutar. Um grande amor, uma grande causa, um grande sonho! Sonhe grande. Acredite. Ouse.

Crise é sinal de desenvolvimento

Gosto da palavra crise, e não vejo nela um sentido negativo, pois para mim é sinal de transição, saída e movimento. Como você a encara é que determina como dela você sairá. Com quem você a viverá também faz grande diferença, seja sua esposa ou seus amigos próximos, com os quais você fala de suas angústias. Eles podem ajudar você a alargar sua visão e se tornar protagonista de um filme do Arnold schwarzenegger, ou seja, um 'Exterminador do futuro'. Um bom diretor espiritual, e em alguns casos até um bom terapeuta, possa estar com você nesse momento de "redirecionamento".

Parar, perceber-se e avançar: esse é o segredo! Termino este texto com a fala do Papa Francisco: "Eu desafio você. Diga 'não' a uma cultura efêmera, superficial e descartável, uma cultura que assume que você não é forte, que você não é capaz de enfrentar grandes desafios em sua vida. Pense grande! Como Beato Pier Giorgio Frassati disse uma vez: "Para viver sem fé, não ter patrimônio para defender, sem lutar constantemente para defender a verdade: isso não é viver. É fingir que se vive. Nós nunca devemos fingir que vivemos, mas realmente viver."

Tamu junto


Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Cursou Filosofia no Instituto da Comunidade e é acadêmico de Psicologia na Unisal (Lorena). Atua na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Mais que um programa, o Revolução Jesus é uma missão que desafia o jovem a ser santo sem deixar de ser jovem. Dessa forma, propõe uma nova geração: a geração dos Santos de Calça Jeans. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!" e "Quero um Amor Maior"


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/afetividade-masculina/to-na-crise-dos-30/

19 de novembro de 2015

Namorar uma pessoa mais velha dá certo?

Muitas pessoas vivem uma "neura": namorar uma pessoa mais velha dá certo?

O namoro é um tempo fantástico de conhecimento da pessoa com quem namoramos. Buscamos conhecê-la e ela o mesmo. Assim, de fato, acontecerão pontos de convergência e divergência. Afinal, são duas pessoas diferentes, de contextos e educação diferentes; às vezes, até culturas distintas. Eu quis enfatizar a palavra "diferente", porque um namoro para dar certo não pode ser a somatória do que o casal tem como "iguais", mas sim a capacidade de acordos frente às diferenças.

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O que é igual raramente será um problema a ser resolvido entre os dois, a menos que o social exija isso de vocês; então, terão de, juntos, buscar um "acordo". O que "pega" são as diferenças, pois nelas mora a "caixa de pandora" da crise, mas também é onde se encontra o "pó de pirlimpimpim" para o sucesso do casal. Só pessoas capazes de fazer acordos livres e saudáveis entre as diferenças se beneficiam de maneira madura de uma relação afetiva. Ambos crescem.

Com base nisso, podemos pensar um pouco sobre a pergunta que intitula esse texto: "Namorar uma pessoa mais velha dá certo?".

O simples fato de namorar alguém mais velho não é caso de dar errado ou certo, o detalhe não está na questão de idade, mas na capacidade de lidar com os diferentes. E isso vale até para quem é da mesma idade!

Idade cronológica define alguma coisa?

A primeira coisa a ser desmistificada é o fato de que, nem sempre, sua idade cronológica bate com sua idade afetiva. Podemos perceber isso em pessoas com 30, 40 anos. Elas muitas vezes, tem uma idade afetiva beirando os 15, 20 anos; até mesmo algumas pessoas entre 20 e 30 anos possuem idade afetiva beirando os 40, 50 anos. O fato de chegar aos 40, 50 anos não significa que a pessoa seja maduro, pois maturidade é a idade afetiva compatível ao que se espera da idade cronológica. Então, idade cronológica não define muita coisa!


O que o impulsiona nesse relacionamento?

A segunda coisa é: "O que, de fato, me impulsiona nesse relacionamento?". Muitas pessoas vivem, no namoro, uma "neura" de seus desejos e aspirações. Elas depositam no outro suas "esperanças", "expectativas" e "faltas". Nessa hora, posso lhe dizer que a relação caminha à beira do suicídio. Podemos, então, pensar que pessoas de idades mais aproximadas tenham mais possibilidades de se encontrar devido às aspirações e vivências. Isso já é um ganho! Pessoas com vivências diferentes terão de fazer muito mais acordos na relação. Por exemplo: um rapaz, no auge dos seus 20 anos, pensando na faculdade, curso, intercâmbio… resolve namorar uma mulher de 30 anos, já formada, com doutorado nas mãos, pensando em casar-se e ser mãe. Pode dar certo, mas terão de fazer muito mais acordos para solidificar a relação. É por isso que eu lhe digo: o que dará sucesso ou não à relação serão as motivações de cada um, se ambas as expectativas forem em prol da relação dos dois, nunca fechado no particular de cada um.

Observação: usei o rapaz mais novo e a mulher mais velha, mas o mesmo diria de uma mulher mais nova e uma homem mais velho).

Não fazer do relacionamento um jogo

Terceiro fato: não fazer do relacionamento um jogo de projeções. Isso pode acontecer quando a diferença de idade, na verdade, é reflexo de uma busca louca de encontrar no outro o que não tive ou me falta. Por exemplo: querer namorar uma menina mais nova para ter a "sensação" de permanecer o eterno garoto. Ou namorar uma mulher mais velha, querendo, assim, mais os cuidados "maternos" do que, de fato, os de uma namorada.

A opinião dos outros vale mais?

Um quarto e último ponto que gostaria de tocar é o quanto, neste namoro de pessoas de idades diferentes, há uma cumplicidade e verdade frente ao que cada um sente. Pois se isso for uma aliança frágil, as pressões da família, da sociedade, dos amigos enfraquecerão a relação. Ou seja, o que cada um sente é forte o bastante para que o relacionamento prossiga? Ou o olhar do outro sobre vocês será persecutório demais não fazendo vocês suportarem?

Enfim, o sucesso de um relacionamento não depende muito da diferença de idades, mas sim do quanto as motivações, a maturidade, as projeções e os desejos estão afinados. O quanto, de fato, essa relação de namoro enriquece ambos na construção de uma família sólida e feliz!

É bom ficar atendo às discrepâncias tão grandes que possam surgir. Exemplo: um cara de 20 anos querer namorar uma mulher de 60 anos, ou uma de 60 namorar um rapaz de 20. Termino esse texto não querendo ser polêmico ou preconceituoso, mas refletindo sobre o que tem nos movimentado!

Autor: Adriano Gonçalves 



Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Cursou Filosofia no Instituto da Comunidade e é acadêmico de Psicologia na Unisal (Lorena). Atua na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Mais que um programa, o Revolução Jesus é uma missão que desafia o jovem a ser santo sem deixar de ser jovem. Dessa forma, propõe uma nova geração: a geração dos Santos de Calça Jeans. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!" e "Quero um Amor Maior"


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/namoro/namorar-uma-pessoa-mais-velha-da-certo/

16 de novembro de 2015

O que é o Islamismo?

O Islamismo, hoje dividido em dois seguimentos – os sunitas e os xiitas –, tem sua origem com o profeta Maomé

O Islamismo (ou Islã) foi fundado por Maomé (Muhammad-ibn-Abdallag-ibn-Mottalib), que nasceu em Meca (Arábia Central), por volta de 580, e morreu em 632. Desde adolescente, viajava com seu tio comerciante em caravanas pela Arábia, a Assíria e a Mesopotâmia, e teve contato com judeus e cristãos. Foi casado com a viúva Kadija.

Impressionado pela desunião dos homens entre si, mortificava-se e rezava nas montanhas. Diz ele que, certa vez, na "Noite do Destino", teve uma visão: em sonho, um estranho personagem lhe deu um livro (rolo), o Corão ou Alcorão. Ele, então, sentiu que Deus lhe dava a missão de reformar as crenças, pôr termo à idolatria e às disputas religiosas do povo árabe, indicando a todos o caminho do céu. Diz ele que julgava-se perseguido por espíritos, quando, certa vez, a estranha voz lhe declarou: "Sou o anjo Gabriel e tu serás o apóstolo do Senhor".

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Daí para frente, pôs-se a pregar nova forma de religião: o "Islã" ou, em árabe, a Submissão, Dedicação à Vontade de Deus. Maomé apoiava-se na fé em um só Deus, Alá, criticando os cultos pagãos. Isso irritou a aristocracia de Meca, que o perseguiu. Transferiu-se, então, para a cidade de Medina na noite de 16 de julho de 622. Esse acontecimento ficou com o nome de Hidjra ou Hegira, Fuga, e marca o início da era maometana.

Em Medina, Maomé, apoiado pela população, fortaleceu-se e agrupou adeptos. Em 629, conseguiu entrar em Meca e tomou posse do famoso santuário desta cidade, "a Caaba", donde removeu os ídolos. Nos anos seguintes, foi dilatando o seu poder mediante guerras. Em 08 de junho de 632, morreu; mas já tinha conseguido unir os árabes e lançá-los, unidos, à conquista de numerosas nações com a prática da "guerra santa", Jihah, em nome de Alá.

Depois da morte de Maomé, os sucessores (califas = lugar-tenentes) conquistaram países vizinhos e distantes da Arábia. O Cristianismo foi altamente prejudicado pela expansão maometana. Os califas Abu Bekr (632-4) e Omar (634-44) conquistaram a Palestina, a Síria, o Egito e a Pérsia. Assim, os patriarcados cristãos de Antioquia (637), Jerusalém (638) e Alexandria (642) ficaram sob a dominação árabe. O Califa Othmam (644-56) mandou invadir também a Armênia, Chipre e o Norte da África (especialmente Cartago, grande centro cristão que caiu em 698). As tropas muçulmanas foram avançando para o Ocidente, atravessaram a Espanha de Sul a Norte e chegaram até Poitiers na França. Finalmente, os muçulmanos estabeleceram a sua capital ou a sede do seu Império no califado de Bagdad (750-1258). Na Espanha, ficaram sete séculos e só foram expulsos, em 1492, pelos reis católicos Fernando e Isabel.

Doutrina  Islâmica

As fontes doutrinárias do Islã são o código sagrado do Corão (em Árabe, recitação, declamação, recitado no culto) e a tradição oral dita Sunna. É uma religião monoteísta, reconhece um só Deus Criador, derivado do monoteísmo judaico-cristão. Maomé nunca se apresentou como o fundador de uma religião nova, e sim como o novo profeta de tradições mais antigas. A sua teologia é proveniente da antiga religião árabe, a religião israelita, professada por judeus residentes na Arábia. Daí Maomé tirou a base de sua orientação religiosa: existe um só Deus, que se foi revelando aos profetas da humanidade: Adão, Abraão, Moisés, Jesus Cristo e consumou a sua revelação por meio de Maomé, o maior de todos os profetas. Ele via em Jesus Cristo não o Filho de Deus feito homem, mas um profeta eminente. E tomou alguns dados do Cristianismo que conheceu em suas viagens. Venerava a Virgem Maria, "a única mulher que não foi tocada pelo demônio", diz o Corão.
Maomé se definiu como o continuador da religião de Abraão e de seu filho Ismael ( o povo árabe é descendente de Ismael, filho de Abraão e Agar). Para justificar sua independência religiosa, Maomé atribuiu a judeus e cristãos "o grande erro de terem falsificado os livros sagrados e o monoteísmo de Abraão e Ismael".

A moral maometana ensina cinco grandes deveres:

1) professar a fé – o maior pecado é a apostasia da fé ou a adesão à idolatria e ao paganismo; a bem-aventurança celeste é prometida àqueles que morrem na guerra santa;

2) orar cinco vezes por dia (ao amanhecer, ao meio-dia, pela tarde, ao pôr do sol, no primeiro quarto da noite), cumprindo-se, de cada vez, as abluções rituais prescritas;

3) jejuar durante o mês inteiro de Ramadã, desde o nascer até o pôr do sol diariamente;

4) dar esmola aos pobres, e também a obrigação de dar hospedagem momentânea seja a quem for e a qualquer hora;

5) peregrinar a Meca uma vez na vida.

O Corão autoriza todo homem a ter quatro esposas legítimas e tantas concubinas escravas quantas seus recursos financeiros lhe permitam. O conceito de guerra santa é central no Islamismo e foi responsável pela rápida propagação árabe nos séculos VII e VIII; morrer em batalha armada torna o maometano "mártir", ou seja, herói religioso. Aceitam a "predestinação", que marca para cada pessoa a hora da sua morte; isso muito concorreu para que os discípulos de Maomé se lançassem em guerras.

O Islã defende um regime de governo teocrático (poder exercido em nome de Alá), um poder religioso; como acontece hoje no Irã e no Paquistão.

O Corão foi capaz de inspirar uma piedade intensa e profunda; criou-se uma mística muçulmana, da qual dois grandes expoentes são Al-Hallaj († 922) e Al-Ghazali († 1111). Especialmente a corrente sufita dedicou-se ao cultivo da vida interior. A partir do século XII foram-se formando comunidades de sufitas ou derviches, que seguiam os ensinamentos dos grandes mestres; observavam regras de vida cenobítica, assemelhando-se às congregações religiosas do Catolicismo.

O islamismo é a religião que mais cresce no mundo: 15% ao ano. São hoje mais de 1,2 bilhão de pessoas (7 milhões só nos EUA). Uma em cada cinco pessoas na Terra é muçulmana, seguidoras do Islamismo.

O Islã não aceita a veneração de imagens nem música instrumental, apenas percussão, e não permite sexo antes do casamento. O ano muçulmano é medido pelas 12 revoluções completas da Lua em torno da Terra. Numa média, seu ano é 11 dias menor que o nosso ano solar.

Os muçulmanos sofreram uma cisão, como a que ocorreu entre católicos e protestantes. A divisão foi entre os sunitas e xiitas, que disputam o direito à sucessão de Maomé. Os sunitas representam 90% dos muçulmanos no mundo.


Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/sociedade/o-que-e-o-islamismo/

13 de novembro de 2015

Algo inédito sobre amor e sexo

Um jeito inédito de mudar nosso coração e nossa mente sobre amor e sexo

O que você pensaria se a Igreja Católica lançasse um material inédito sobre o corpo humano tendo como objetivo mostrar o quanto uma relação sexual pode levar a uma felicidade plena e a um êxtase sem fim? O que você acharia se a Igreja Católica falasse: "As regras agora são: ame e faça o que quiseres"?. O que você concluiria se essa Igreja escrevesse: "O verdadeiro amor é para todo mundo, ninguém pode ficar sem ele".

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Alguns pensariam que a Igreja Católica estaria se "pervertendo". "Desde quando ela se tornou uma editora de 'pornografia'? E onde já se viu um material sobre o corpo humano e relações sexuais com direito a felicidade sem fim? É o fim dos tempos mesmo!" Outros achariam que a Igreja está surtando e falando abobrinhas, beirando um delírio. Imagine se as pessoas levam a sério isso: "amar e fazer o que quiser!". O mundo viraria uma anarquia e uma nova Babilônia. Muitos, na certa, concluiriam que, de fato, a Igreja Católica está em fim de jogo com direito a prorrogação, tentando de tudo para conseguir adeptos. Pense: todo mundo é muita gente para ter um amor verdadeiro. Não dá! É propaganda enganosa. Por favor, chamem o PROCON!

Verdades mentirosas

Quero lhe dizer que já faz um tempo, um bom tempo, desde que Jesus se encarnou, que tudo isso já é verdade na Igreja Católica. Porém, foram nos confundindo sobre a verdade do homem e da mulher, sobre amor e sexo. Foram criando verdades mentirosas e separando o inseparável que, nessa Igreja, ficou com o papel de vilã da história. Separaram o amor do sexo e o sexo do amor, igualaram sexo a pecado e colocaram santidade contra desejos sexuais em uma arena de UFC. Posso lhe dizer que não só fizeram da Igreja Católica uma vilã como negaram ao homem o acesso e a vivência de um amor total e para sempre.

 

De uma maneira revolucionária, na década de 60 e 70, enquanto o mundo declarava Woodstock como lugar do amor livre, Karol Wojtyla tinha, na Igreja, o lugar onde se aprende a verdade sobre o amor e o quanto esse amor nos faz mais felizes e realizados. Depois, nos anos de 79 a 84, já como Papa João Paulo II, ele foi, a cada quarta-feira, gastando tempo para revelar ao homem o quanto amor e sexo, vividos de maneira verdadeira, conduzia-os a uma antecipação do que viveriam em plenitude no céu.

Manual de nossos desejos sexuais

Posso lhe dizer que esses anos foram testemunhas da confecção de um material inédito sobre o corpo humano, revelando-o (o corpo) como um lugar teológico, ou seja, como um lugar de encontro com Deus. A teologia do corpo (nome dado às catequeses de João Paulo II sobre o amor humano realizadas de 1979 a 1984 – total de 129 catequeses), de fato, é um manual de como nossos desejos sexuais são, na verdade, nobres e nos encaminham para o céu.

Os desejos sexuais foram colocados por Deus

Você deve estar se pensando: "Espera aí! Adriano, você está louco? Sempre lutei contra meus desejos, pensando que eram pecados e que eu tinha de reprimi-los; assim, deixaria Deus feliz! Mas, agora, você me diz que eles me encaminham para o céu?". Acalme-se, meu amigo! Os desejos sexuais, ou seja, a atração de um homem por uma mulher e de uma mulher por um homem foram colocados pelo próprio Deus, isso porque, na verdade, os dois revelam a imagem de Deus, que é amor. Logo, nossos desejos mais profundos são de amor, por isso não dá para tirar o amor do sexo. Então, você me pergunta: "Agora, viveremos tudo o que desejamos? Como você disse, "amar e fazer o que quiser"?.

Vamos devagar! Quando a Igreja, pela boca de Santo Agostinho, fala: "Ame e faça o que quiseres", na verdade, ela está nos chamando à essencialidade do amor. E olha que não só a definição do amor como também sua vivência andam bem desgastadas; como gasolina em posto "clandestino", estão "adulteradas" na concepção mundana.

O amor verdadeiro é total, livre, fiel e fecundo

Na Teologia do Corpo, quando o Papa fala de amor, ele o define com características bem concretas como "totalidade, liberdade, fidelidade e fecundidade", ou seja, o amor verdadeiro é total, livre, fiel e fecundo. Se amamos assim, podemos fazer o que quisermos, pois esse nosso querer baterá com o querer de Deus!
É preciso resgatar a riqueza que a Igreja Católica tem sobre a sexualidade humana, sobre o corpo, quem é o homem e a mulher. Nunca ela foi do contra, mas sim e sempre a favor de nossa plena felicidade.

Teologia do corpo é um material sobre o quanto podemos, merecemos e somos destinados a fazer do nosso corpo um caminho de verdadeiro prazer e condução para salvação de nossa alma. Dessa forma, em meio ao amor que requer sacrifícios, atingiremos o que nosso coração e o nosso corpo tanto anseia: o céu.

Neste e em outros artigos que escreverei, vamos, por meio de uma linguagem mais fácil, entrar na beleza da Teologia do Corpo. Vamos descobrir uma forma inédita de mudar nosso coração e nossa mente, vamos nos aventurar na riqueza de nossa sexualidade e afetividade vividas no plano de Deus, e, assim, teremos como resultado a liberdade e a plenitude do amor!


Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Cursou Filosofia no Instituto da Comunidade e é acadêmico de Psicologia na Unisal (Lorena). Atua na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Mais que um programa, o Revolução Jesus é uma missão que desafia o jovem a ser santo sem deixar de ser jovem. Dessa forma, propõe uma nova geração: a geração dos Santos de Calça Jeans. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!" e "Quero um Amor Maior"


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/vida-sexual/algo-inedito-sobre-amor-e-sexo/

12 de novembro de 2015

O que é a maturidade afetiva?

O anseio da alma humana para o seu crescimento se expressa nessa contínua busca interior pela maturidade afetiva

Você já deve ter escutado, muitas vezes, a seguinte pergunta a respeito de uma pessoa que tem atitudes egoístas e impulsivas: "Será que fulano nunca vai crescer?".

São Lucas escreve em seu Evangelho: "E Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens" (Lc 2,52). A exemplo de Cristo, precisamos trilhar um caminho de crescimento nas diversas áreas de nossa vida.

O que é a maturidade afetiva

O que é a maturidade afetiva?

Para a maturidade ser autêntica, a pessoa precisa amadurecer por inteiro. Quando falamos em maturidade afetiva, espiritual, humana, relacional, cultural, social entre outras, é por uma questão didática, porque, na verdade, a pessoa amadurece em todas as suas áreas. Alguém é maduro quando essas áreas começam a funcionar e a interagir de forma a nos levar para o bem de Deus e para o bem do outro.

Quais os passos para alcançarmos essa maturidade?

Você quer quantos passos? Vamos dizer seis, está bem? Primeiro passo: oração profunda. Como diz monsenhor Jonas Abib: intimidade profunda com Deus. Segundo passo: intimidade profunda com Deus. Terceiro passo: intimidade profunda com Deus. Quarto passo: intimidade profunda com Deus. Quinto passo [você mesmo diz!]: intimidade profunda com Deus. E o sexto passo nós dizemos juntos: intimidade profunda com Deus, porque é daí que vem a verdadeira estatura de Cristo.

Ser maduro é ser um homem [e uma mulher] na estatura de Cristo, como está escrito em Efésios 4. E isso só pode vir de Deus; ultrapassa a nossa capacidade humana, porque ainda que, humanamente, conseguíssemos ser maduros, se nós não formos também maduros na parte espiritual, nós não seremos autenticamente maduros e não estaremos na estatura de Cristo.


O que impede uma pessoa de caminhar para a maturidade afetiva?

Tantas coisas, não é? Eu acho que a ignorância, no sentido de ignorar a vontade de Deus. Ignorar que a vontade d'Ele é que nós sejamos santos é um empecilho muito grande! Outro empecilho bastante desafiador é a vida passada da pessoa, a falta de reconciliação com o passado. Isso impede, muitas vezes, a maturidade. Outra coisa é a falta de quem acompanhe e ajude a pessoa a ser madura. E eu dou graças a Deus, porque quem está "no carisma" – como nós – tem mais facilidade de ter uma caminhada.

E para quem é batizado e está na Igreja – como nós também como batizados – temos na própria Igreja todos os instrumentos necessários para ser maduros, pois ser maduro é ser santo. Então temos os sacramentos, a Palavra de Deus, o serviço ao irmão e a oração. Tudo isso, realmente, nos ajuda a tirarmos estes empecilhos.

Em que a maturidade dos afetos favorece, concretamente, a santidade de vida de uma pessoa?

Ser santo é amar a Deus acima de todas as coisas. Viver n'Ele. Viver para Ele. Viver d'Ele e ser inteiramente d'Ele. Aí está no que, concretamente, a maturidade influencia a santidade.

 

Maria Emmir Nogueira
Cofundadora da Comunidade Católica Shalom


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/cura-interior-2/o-que-e-maturidade-afetiva/