16 de outubro de 2015

Depressão infantil: conheça as principais causas

A depressão infantil é um transtorno atual

Tenho notado meu filho mais triste, sozinho, com mau humor, aborrecendo-se frequentemente, hipersensível, chorando facilmente, sentindo-se inútil e com ideias de perseguição. Em alguns momentos, ele sente desejo de sair de casa e pensa até em suicídio. O que é isso?

Pode ser que seu filho esteja desenvolvendo um quadro de depressão ou tal transtorno já esteja instalado, pois os sintomas descritos acima são de depressão. Porém, há outros sintomas que exigem atenção: comportamento agressivo, alteração no sono, mudanças no rendimento escolar, socialização diminuída, mudança de atitude na escola, queixas somáticas, perda da energia habitual e mudanças no apetite são sintomas secundários de depressão infantil.

Principais causas de depressão infantil
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Os sinais mais sutis se encontram nas reações físicas, principalmente em crianças menores, como queixa de dor no estômago, dor de cabeça ou outras dores físicas infundadas, gerando ausências em sala de aula por alguns minutos e até mesmo faltas devido às queixas.

A depressão está inserida na classificação diagnóstica como um transtorno do humor que abrange fatores não só emocionais, mas também comportamentais, cognitivos, sociais, fisiológicos e até mesmo religiosos. Nem sempre a depressão vem isolada, ela também pode estar associada a outros quadros de desajustes emocionais, variando sua manifestação de pessoa para pessoa.

Pensamentos pessimistas

Nas crianças, é comum que a depressão as leve a desenvolver pensamentos pessimistas, acreditando que "tudo o que puder dar errado dará" por culpa dela. Outro comportamento comum das crianças é a distração. Elas parecem estar vagando em seus pensamentos internos, o que altera diretamente a atenção e a concentração, interferindo em seu rendimento escolar. Em um conceito amplo, podemos dizer que a depressão é uma distorção cognitiva de como a criança passa a ver o mundo, como se ela colocasse um óculos de lentes preta e passasse a ver o mundo dessa forma, sem cor, sem vida e sem sentido.

Transtorno atual

A depressão infantil é um transtorno atual, por isso não há estudos aprofundados, mas sim uma iniciação científica, visto que se trata de algo novo que vem crescendo dia após dia.
Creio que muitos podem se perguntar no momento: O que levaria uma criança a desenvolver o quadro depressivo? Acredito que a evolução tecnológica, a fragilidade dos vínculos interpessoais e até mesmo a dificuldade dos pais de lidar com os filhos e com o mundo têm sido os fatores que mais contribuem para esse transtorno. O mundo tem se tornado agressivo para as crianças, e muitas podem nem mesmo querer crescer, o que gera outro desajuste emocional, ao qual chamamos de síndrome de Peter Pan. As crianças têm medo de enfrentar o mundo, pois este tem se tornado cada vez mais difícil.

Os adultos são a janela do mundo

As exigências, o mercado de trabalho, as realizações, a relação com o poder e a necessidade de tê-lo, geram adultos ansiosos, estressados, frágeis e depressivos, e é assim que as crianças acabam visualizando a vida, pois os adultos são a janela do mundo para as crianças. É o adulto quem apresenta a elas as relações e o mundo. Mas como fazer essa apresentação se o próprio adulto se "esconde" dentro de sua casa? Antes de questionar as crianças e conduzi-las a tratamentos, não seria mais interessante verificar as relações familiares e sociais em que elas estão inseridas? Será que esses adultos, responsáveis, provedores e educadores estão verdadeiramente saudáveis ou ainda não são capazes de reconhecer seus medos e limites?

Se sou exigente, perfeccionista, impetuoso, agressivo, competitivo, dinâmico e ativo no mercado de trabalho, como tenho lidado com meu filho em casa? Exijo dele da mesma forma? Provavelmente sim! E assim torno-me criador de uma criatura que pode não dar conta de sofrer frustrações, de compreender as limitações dos outros, que não aprende a perdoar nem a suportar o mundo, desejando não viver nele e se fechando numa realidade em preto e branco.


Aline Rodrigues

Aline Rodrigues é psicóloga há 10 anos, pós-graduada em Psicanálise Aplicada à Saúde Mental com formação em transtornos alimentares e MBA em gestão de pessoas. Lecionou durante sete anos na Faculdade Pitágoras e está cursando pós-graduação em Terapia Cognitiva Comportamental. Aline é missionária do segundo elo da Comunidade Canção Nova.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/cura-interior-2/depressao-infantil-conheca-as-principais-causas/

O perigo do "gênero" em educação

(Plano Nacional de Educação deseja incluir a ideologia de gênero)

Por Pe. Luiz Carlos Lodi

 

A ideologia de "gênero" prega, em matéria sexual, a "liberdade" e a "igualdade". A "liberdade", porém, é entendida como o direito de praticar os atos mais abomináveis. E a "igualdade" é vista como a massificação do ser humano, de modo a nivelar todas as diferenças naturais que existem entre o homem e a mulher.

 

A origem da ideologia de gênero é marxista. Para Marx, o motor da história é a luta de classes. E a primeira luta ocorre no seio da família. Em seu livro A origem da família, da propriedade privada e do Estado (1884), Engels escreveu:

 

Em um velho manuscrito não publicado, escrito por Marx e por mim em 1846, encontro as palavras: 'A primeira divisão de trabalho é aquela entre homem e mulher para a propagação dos filhos'. E hoje posso acrescentar: A primeira oposição de classe que aparece na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre homem e mulher unidos em matrimônio monogâmico, e a primeira opressão de classe coincide com a do sexo feminino pelo sexo masculino[1].

 

Dentro da família, há uma segunda opressão – a dos filhos pelos pais – que Marx e Engels, no Manifesto Comunista (1848), pretendem abolir: "Censurai-nos por querer abolir a exploração das crianças por seus próprios pais? Confessamos esse crime"[2].

 

Fiel à sua raiz marxista, a ideologia de gênero pretende que, em educação, os pais não tenham nenhum controle sobre os filhos. Nas escolas, as crianças aprenderão que não há uma identidade masculina nem uma feminina, que homem e mulher não são complementares, que não há uma vocação própria para cada um dos sexos e, finalmente, que tudo é permitido em termos de prática sexual.

 

Note-se que a doutrina marxista não se contenta com melhorias para a classe proletária. Ela considera injusta a simples existência de classes. Após a revolução proletária não haverá mais o "proletário" nem o "burguês". A felicidade virá em uma sociedade sem classes – o comunismo – onde tudo será de todos.

 

De modo análogo, a feminista radical Shulamith Firestone (1945-2012), em seu livro A dialética do sexo (1970), não se contenta em acabar com os privilégios dos homens em relação às mulheres, mas com a própria distinção entre os sexos. O fato de haver "homens" e "mulheres" é, por si só, inadmissível.

 

Como a meta da revolução socialista foi não somente a eliminação do privilégio da classe econômica, mas a eliminação da própria classe econômica, assim a meta da revolução feminista deve ser não apenas a eliminação do privilégio masculino, mas a eliminação da própria distinção de sexo; as diferenças genitais entre seres humanos não importariam mais culturalmente[3].

 

Se os sexos estão destinados a desaparecer, deverão desaparecer também todas as proibições sexuais, como a do incesto e a da pedofilia. Diz Firestone:

 

O tabu do incesto é necessário agora apenas para preservar a família; então, se nós acabarmos com a família, na verdade acabaremos com as repressões que moldam a sexualidade em formas específicas[4].

 

Os tabus do sexo entre adulto/criança e do sexo homossexual desapareceriam, assim como as amizades não sexuais [...] Todos os relacionamentos estreitos incluiriam o físico[5].

 

Por motivos estratégicos, por enquanto os ideólogos de gênero não falam em defender o incesto e a pedofilia, que Firestone defende com tanta crueza. Concentram-se em exaltar o homossexualismo.

 

Ora, não é preciso uma inteligência extraordinária para perceber que os atos de homossexualismo são antinaturais. Nas diversas espécies, o sexo se caracteriza por três notas: a dualidade, acomplementaridade e a fecundidade.

 

Dualidade: há animais assexuados, como a ameba, que não têm sexo. Os animais sexuados, porém, têm necessariamente dois sexos. Não há uma espécie em que esteja presente apenas o sexo masculino ou apenas o feminino.

Complementaridade: os dois sexos são complementares entre si. E isso não se refere apenas aos órgãos de acasalamento e às células germinativas (gametas) de cada sexo. A fisiologia e a psicologia masculinas encontram na fisiologia e psicologia femininas seu complemento natural e vice-versa.

Fecundidade: a união de dois indivíduos de sexo oposto é apta a produzir um novo indivíduo da mesma espécie.

Percebe-se que nada disso está presente na conjunção carnal entre dois homens ou entre duas mulheres. Falta a dualidade, a complementaridade e a fecundidade próprias do verdadeiro ato sexual. Os atos de homossexualismo são uma grosseiríssima caricatura da união conjugal, tal como foi querida por Deus e inscrita na natureza.

 

A ideologia de gênero pretende, porém, obrigar as crianças a aceitar com naturalidade aquilo que é antinatural. Tal ideologia distingue o sexo, que é um dado biológico, do gênero, que é uma mera construção social. Gêneros, segundo essa doutrina, são papéis atribuídos pela sociedade a cada sexo. Se as meninas brincam de boneca, não é porque tenham vocação natural à maternidade, mas por simples convenção social. Embora só as mulheres possam ficar grávidas e amamentar as crianças e embora o choro do recém-nascido estimule a produção do leite materno, a ideologia de gênero insiste em dizer que a função de cuidar de bebês foi arbitrariamente atribuída às mulheres. E mais: se as mulheres só se casam com homens e os homens só se casam com mulheres, isso não se deve a uma lei da natureza, mas a uma imposição da sociedade (a "heteronormatividade"). O papel (gênero) de mãe e esposa que a sociedade impôs à mulher pode ser "desconstruído" quando ela decide, por exemplo, fazer um aborto ou "casar-se" com outra mulher.

 

Em 2010, o Ministério da Saúde publicou a cartilhaDiversidades sexuais[6] com o objetivo único de inculcar nos adolescentes e jovens a ideologia de gênero. A eles é ensinado que o homossexualismo é não uma desorientação, mas uma "orientação sexual". E mais: que tal "orientação" é natural e espontânea, e não depende da escolha da pessoa!

 

Hoje já se sabe que ser gay ou lésbica não é uma opção, porque não implica uma escolha. O (a) homossexual não opta por ser homossexual, assim como o (a) heterossexual não escolhe ser heterossexual, o mesmo acontecendo com os (as) bissexuais. É uma característica natural e espontânea[7].

 

Essa afirmação, apresentada como certeza ("hoje já se sabe...") é duramente atacada pelo psicólogo holandês Gerard Aardweg, especialista em comportamento homossexual:

 

O infantilismo do complexo homossexual tem geralmente sua origem na adolescência, e em grau menor na primeira infância. [...]. Não é, porém, durante a primeira infância que o destino do homossexual é selado, como muitas vezes defendem os homossexuais emancipistas, entre outros. Essa teoria ajuda a justificar uma doutrinação das crianças na educação sexual tal como: 'Alguns de vocês são assim e devem viver de acordo com sua natureza'[8].

 

Ora, não há uma "natureza homossexual", pois o homossexualismo é, em sua essência, um vício contra a natureza. Isso, porém, os ideólogos de gênero proíbem que se diga. Para eles, somente os preconceituosos se opõem às práticas homossexuais. Tal "preconceito", que eles desejam que se torne um crime a ser punido[9], recebe o nome pejorativo de "homofobia".

 

O Projeto de Lei 8035/2010, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011-2020, trazia termos próprios da ideologia de gênero: "igualdade de gênero e de orientação sexual", "preconceito e discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero". O Senado Federal, porém, em dezembro de 2013, aprovou um substitutivo (PLC 103/2012) que eliminou toda essa linguagem ideológica e ainda acrescentou como diretriz do Plano a "formação para o trabalho e a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade" (art. 2º, V). De volta à Câmara, o projeto agora enfrenta a fúria dos deputados do PT e seus aliados, que pretendem retirar os "valores éticos e morais" e reintroduzir o "gênero" no PNE, a fim de dar uma base legal à ideologia que o governo já vem ensinando nas escolas.

 

Nem todos compreendem a importância e a extensão do problema. A vitória da ideologia de gênero significaria a permissão de toda perversão sexual (incluindo o incesto e a pedofilia), a incriminação de qualquer oposição ao homossexualismo (crime de "homofobia"), a perda do controle dos pais sobre a educação dos filhos, a extinção da família e a transformação da sociedade em uma massa informe, apta a ser dominada por regimes totalitários.

 

É a própria família brasileira que está em jogo.

 

QUE PODEMOS FAZER?

1) LIGUE GRATUITAMENTE PARA O DISQUE CÂMARA 0800 619 619. Tecle "9"

Desejaria enviar uma mensagem para todos os deputados membros da Comissão Especial destinada a votar o Plano Nacional de Educação (Projeto de Lei 8035/2010):

Solicito a Vossa Excelência que mantenha longe do Plano Nacional de Educação as expressões "gênero", "igualdade de gênero" e "orientação sexual". Tal linguagem  não é inócua, mas é própria da ideologia de gênero, que tem por fim destruir a família e massificar o ser humano, nivelando as diferenças naturais entre o homem e a mulher. As crianças e os pais agradecem.

 

2) ASSINE A PETIÇÃO CONTRA A IDEOLOGIA DE GÊNERO 

 http://www.citizengo.org/pt-pt/5312-ideologia-genero-na-educacao-nao-obrigado 

 

 

3) PASSE ADIANTE...

 

 

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis


Fonte: http://www.veritatis.com.br/inicio/blog/9333-o-perigo-do-genero-em-educacao

14 de outubro de 2015

A pressa está roubando de nós o bem-estar e os relacionamentos

É importante percebermos que a pressa está nos consumindo

Tenho pensado muito no sentido que estamos dando à nossa vida. Olho em volta e observo o quanto estamos apressados, sem nos encontrar, olhar e conviver. Essa falta de tempo, na busca de "ser" o melhor possível, tem trazido consequências lastimosas para as famílias e para os locais de trabalho, para a convivência comunitária e, principalmente, os relacionamentos considerados importantes para o bem-estar.

A pressa está roubando de nós os relacionamentos e o bem-estar - 1600x1200
Foto: mediaphotos, 17216015, by getty images iStock

Um dia desses, lá na escola em que eu trabalho, o avô de um aluno me chamou e disse: "Professora, vou te contar um caso: é tanto corre-corre que as pessoas estão passando pelas outras e não dão mais 'bom-dia!'. A senhora acredita que, um dia desses, uma mãe pegou o filho, na porta da sala do meu neto, com tanta ligeireza que o filhinho disse:
– Calma, mãe!
– Não posso. Estou com pressa – ela respondeu.
– Pressa? E quem é pressa? – indagou o filho."

Após escutá-lo, fiquei também me perguntando – aproveito para lhe perguntar também, caro leitor –: Quem é pressa? O que você responderia ao seu filho se ele lhe fizesse essa pergunta?

A pressa parece uma sombra que não sai do nosso pé por causa das escolhas e necessidades criadas por nós mesmos. Pressa, corre-corre… são vários os nomes e apelidos, mas que sempre nos acompanham, não resta dúvida!

Pois bem, conseguiu responder a pergunta? Quem é pressa?

Caso ainda não tenha conseguido, você pode identificar as suas consequências: estresse, irritação, falta de habilidades sociais, grosserias, impaciência, consumismo, trânsito conflituoso… Ufa! De fato, não tenho mais dúvidas, a pressa tornou-se uma sombra.

Constantemente, enfrentamos problemas por causa da pressa, e cada vez mais arranjamos meios para justificá-la. Quem, nesses últimos tempos, não precisou contornar, esclarecer, desmentir ou mediar conversas que surgiram nos grupos de aplicativos de bate-papo?  As pessoas estão dando vida a uma falsa crença: "Fala pelo WhatsApp, que é mais rápido!". Manda pelo "zapzap", é ligeirinho!

Vício e dependência

O uso frequente desses recursos, com aspecto de um vício ou de uma dependência, tem sinalizado que os usuários têm necessidades de não parar diante de si mesmos ou das coisas simples da vida. Por exemplo: antes de rezar  ao acordar, agradecer a Deus pela noite que passou. Em vez disso, imediatamente pega o celular para ver as horas e as últimas mensagens do dia anterior. É uma verdadeira busca de satisfação. Costumo perguntar: "Essa pressa toda de se comunicar, de se fazer presente é por qual motivo mesmo? Quer ganhar quem? Tudo isso em nome da pressa. Ledo engano!

Estamos sem noção de limites

Carência de companhia, busca de reforço positivo em estar sempre dando opiniões ou alívio para ansiedade… não sei!  Tudo isso, "junto e misturado", tem nos deixado sem noção de limites. Usamos os aplicativos mesmo enquanto as pessoas estão falando conosco, no meio de um aniversário – do início ao fim –, em velórios e também para disfarçar nossa timidez.

Muitas pessoas têm escrito o que querem sem nenhuma responsabilidade. Elas se acham no direito de passar informações inadequadas no grupo. Existe a manipulação de opinião, e o pior, interpretação inadequada do que está sendo lido. Há tanta confusão que, certo dia, não aguentei quando uma amiga do grupo da igreja me disse: "O nosso grupo já brigou. Já saíram vários amigos da nossa época". Diante disso, reforcei a minha opinião sobre a formação desses grupos, geralmente de pessoas desconhecidas e que se amam tão rapidamente. Tudo por causa da pressa e do significado que se tem dado ao uso do WhatsApp ou qualquer outro instrumento rápido de comunicação e de fácil acesso.

A maioria das pessoas, a partir da terceira mensagem, já virou "gente boa", dá conselhos, escreve desabafos e partilha segredos. Seria ótimo se todos do grupo já estivessem realmente nesse grau de maturidade. Acho até que o mundo seria outro, porque não há nada mais gostoso do que um bom papo, a troca de ideias e a conversa com os amigos. Contudo, por causa da pressa, seja ela vinda das nossas próprias necessidades ou daquelas produzidas no ambiente em que vivemos, é possível perceber que ela está nos consumindo.

Falta de equilíbrio

Desculpe, D. Pressa, a senhora não é responsável por nada! Falta-nos equilíbrio, bom senso, calma e tempo. Falta-nos também discernimento para escolhermos o melhor para nossas vidas.

Nenhuma contingência tirará de nós a certeza de que, para formar pessoas por meio da educação, será necessária a prática da verdade e do amor, do respeito, da calma e paciência. Portanto, que o uso do WhatsApp fortaleça o que nos falta como seres humanos e que não seja motivo de esconderijo do que somos, do que sentimos e do que, verdadeiramente, precisamos escrever. Às vezes, nem o "kkkk" ou o "rs" têm lógica em algumas mensagens.

Pois bem, conseguimos completar a ideia inicial deste texto: É preciso saber viver, porque a vida não deve ser feita de ilusão.


Judinara Braz

Administradora de Empresa com Habilitação em Marketing.
Psicóloga especializada em Análise do Comportamento.
Autora do Livro "Sala de Aula, a vida como ela é."
Diretora Pedagógica da Escola João Paulo I – Feira de Santana (BA).


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/a-pressa-esta-roubando-de-nos-o-bem-estar-e-os-relacionamentos/

13 de outubro de 2015

O que sustenta uma família?

A família é sustentada muito mais por causa de valores do que de patrimônio

Neste dia da família, poderíamos refletir sobre tantas coisas que dizem respeito a essa instituição: foi o próprio Senhor quem a instaurou, ela é a célula que mantém a sociedade e é nela que aprendemos as primeiras noções de relações interpessoais etc.

O que sustenta uma família - 1600x1200Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Sem dúvida, temos, pelo menos, a compreensão de que a família é ou deveria ser o nosso lugar de repouso, onde poderíamos ser nós mesmos e encontrar amor incondicional.

Partindo dessa consciência e do desejo inerente a todo ser humano de ter e ser família, percebemos o esforço das pessoas em tornar isso possível e concreto. A maioria de nós, mesmo quem não é cristão, luta e está disposto a construir um ambiente cercado dessa plena acolhida.

Preocupações financeiras e patrimoniais

Cada vez mais percebemos que a noção das pessoas sobre o que é edificar uma família está sendo a base de preocupações financeiras e patrimoniais. Como se amor e formação humana estivessem ligados a conforto e bem-estar material. Desde os preparativos do casamento até quando pensamos no convívio e na harmonia entre o casal, principalmente se o assunto for filhos, a primeira coisa que nos vêm à cabeça são as cifras (dinheiro).

Já imaginou alguém desistindo de ter filhos, porque não pode fazer uma viagem, porque contabilizou as fraldas ou por imaginar quanto custará a faculdade daqui a alguns anos?


Estamos investindo demais no trabalho e na carreira profissional, interpretando a harmonia familiar como uma associação financeira, que também divide as tarefas. Assim, as famílias têm se tornado frias e desprovidas de diálogo e afeto. Um praticamente não conhece o outro, pois onde não se demonstra o verdadeiro amor, as pessoas não adquirem confiança entre si.

Sua família precisa muito mais de você, da preciosidade que você é e dos dons que possui, do que do capital que possa produzir.

Quanto tempo você tem tido para seus filhos?

Grande parte dos problemas dos jovens com quem converso tem a ver com a ausência de seus pais. Moram na mesma casa, mas falta amizade, diálogo, testemunho, ensinamentos de vida, transmissão de experiências, confiança, sorrisos em vivências simples do dia a dia, que ficam gravadas para sempre na vida do jovem e que os preparam para as dificuldades. Mas sobram roupas e calçados de "marca", aparelhos eletrônicos de última geração, viagens e uma casa cheia de coisas belas e de qualidade. Terceirizamos o aprendizado dos filhos; falta-nos tempo para estar com eles. Quanto tempo você tem tido para seus filhos?

Eu aprendi a nadar, a dirigir e até algumas aventuras com meu pai. Não digo que todos tenham de ensinar tudo isso a seus filhos, mas não vejo como positivo que tudo seja aprendido numa escolinha, com outras pessoas.

Ensine valores. São nas atividades corriqueiras de todos os dias que infundimos princípios nas pessoas que amamos. Os seus filhos precisam do seu material intelectual e espiritual, mas nem tanto dos bens que talvez você anda trazendo tanto para dentro de casa. Caso contrário, ficar improdutivo teria como consequência não ser mais amado.

Um casal que cultiva entre si os valores cristãos vence qualquer desafio da vida, pois Cristo venceu o mundo e nos deu a vitória. "Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores" (Rm 8,37).

Ter a família como base

Família não é um grupo de pessoas que simplesmente encontraram afinidades, porque tem de existir disposições além da amizade. Num lar, um dá a vida pelo outro, tem de haver um vínculo maior que o de sangue, que é de coração e alma. Família é a base, o alicerce para a construção da pessoa, por isso não pode estar condicionada a acabar se as afinidades uma hora chegarem ao fim.

Meus pais não tinham condições de "bancar" uma faculdade para mim, mas um dia nós sentamos para conversar e eles se disponibilizaram a isso. Mas me ensinaram a ser um homem honrado e trabalhador, responsável e de bem. Foi exatamente isso que me garantiu uma promoção na empresa que eu trabalhava, seis meses antes de terminar o ensino médio. Com esse novo cargo e salário, consegui arcar com os custos do meu curso superior.

Sou muito grato a meus pais, tanto pela disposição ao sacrifício quanto, e principalmente, por me transmitir valores que são base para toda e qualquer decisão minha até os dias de hoje.

Um dia, ouvi essa frase: "Não se preocupe em deixar herança para seu filho. Se ele tiver só isso, ele gastará e perderá tudo. Se você transmitir amor e valores, ele conquistará o mundo inteiro".

A família sobrevive muito mais de amor e valores morais do que de patrimônio e bens que possam acumular.

Deus os abençoe!


Sandro Arquejada

Sandro Aparecido Arquejada é missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em administração de empresas pela Faculdade Salesiana de Lins (SP). Atualmente trabalha no setor de Novas Tecnologias da TV Canção Nova. É autor do livro "Maria, humana como nós" e "As cinco fases do namoro". Também é colunista do Portal Canção Nova, além de escrever para algumas mídias seculares.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/vocacao/matrimonio/o-que-sustenta-uma-familia/

8 de outubro de 2015

Deus proíbe a confecção de imagens?

"Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório." (Ex 25,18)

 Arca da AliançaMuitas vezes andando nas ruas encontramos pessoas vestidas com ternos e com uma Bíblia na mão, ensinando que usar imagens em igrejas é idolatria.

Por este motivo costumam chamar os católicos de idólatras, isto é, adoradores de ídolos, que quer dizer adoradores de falsos deuses. E ainda acusam a Igreja Católica de ensinar a adoração destas imagens.

 

Os protestantes encaram o uso das imagens sacras como um insulto ao mandamento divino que consta em Ex 20,4 que proíbe a confecção delas.

A Igreja Católica sempre defendeu o uso das imagens. Estaria a Igreja Católica desobedecendo a ordem divina em Ex 20,4?

A Igreja Católica é a única Igreja que tem ligação direta com os apóstolos de Cristo, sendo ela a guardiã da doutrina ensinada por eles e por Cristo, sem lhe inculcar qualquer mudança. Se ela quisesse mesmo agir contra a ordem divina, teria adulterado a Bíblia nas passagens em que há a condenação das imagens.

Na Bíblia católica - pois a Bíblia protestante não contém sete livros relativos ao Velho Testamento- o Livro da Sabedoria condena como nenhum outro a idolatria (Sb 13-15). Não poderia a Igreja repudiar o livro como fizeram os protestantes?

Na Sagrada Escritura há outras passagens que condenam a confecção de imagens como por exemplo: Lv 26,1; Dt 7,25; Sl 97,7 e etc. Mas também há outras passagens que defendem sua confecção como: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7,10-14; 5,8; 1Sm 4,4 e etc.

Pode Deus infinitamente perfeito entrar em contradição consigo mesmo? É claro que não. E como podemos explicar esta aparente contradição na Bíblia?

Isto é muito simples de ser explicado. Deus condena a idolatria e não a confecção de imagens. Quando o objetivo da imagem é representar, ou ser um ídolo que vai roubar a adoração devida a somente a Deus, ela é abominável. Porém quando é utilizada ao serviço de Deus, no auxílio à adoração a Deus, ela é uma benção. Vejamos os textos abaixo:

"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo da terra, nem nas àguas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira geração daqueles que me aborrecem."(Ex 20,4-5)

Note que nesta passagem a função da imagem é roubar a adoração devida somente a Deus. O texto bíblico condena a confecção da imagem porque ela está roubando o culto de adoração ao Senhor. A existência deste mandamento se deve pelo fato do povo judeu ser inclinado à idolatria, por ter vivido no Egito que era uma nação idólatra e por estar cercado de nações pagãs, que não adoravam a Deus, e que construíam seus próprios deuses. Deus quer dizer aqui "não construam deuses para vocês, pois Eu Sou o Deus Único e Verdadeiro".

"Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubin na extremidade de uma parte, e outro querubin na extremidade de outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele." (Ex 25,18-19)

Neste versículo, Deus ordena a Moisés que construa duas imagens de querubins que serão colocadas em cima da arca-da-aliança, onde estavam as tábuas da lei, dos dez mandamentos. Veja que os querubins aqui não são objetos de adoração, mas de ornamentação da arca. Salomão também manda construir dois querubins de madeira, que serão colocados no altar para enfeitar o templo (1Rs 6,23-29).

Para deixar mais claro ainda a proibição e a permissão do uso das imagens sacras, vejamos os próximos versículos:

"E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo." (Nm 21,8-9)

"Este [Ezequias] tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã."(2Rs 18,4)

Note que no primeiro texto de Nm 21,8-9, Deus não só permitiu o uso da imagem, como também a utiliza para o seu serviço; e a transforma em objeto de benção para seu povo, sinal de Seu amor por Israel.

E no segundo texto de 2Rs 18,4 a mesma serpente de metal que outrora foi construída por Moisés, é repudiada por Deus. Tornou-se objeto de adoração pois "os filhos de Israel lhe queimavam insenso". Deram a ela o culto devido somente a Deus. A Serpente de metal perdeu como nos mostra o texto, o seu sentido original, porque os filhos de Israel "não obedeceram à voz do Senhor, seu Deus; antes, tranpassaram seu concerto; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram."(2Rs 18,12)

Aí fica mais que claro que Deus não condena o uso das imagens sacras e sim a idolatria. É importante lembrarmos que há muitas outras formas de idolatria, como o amor ao dinheiro, aos bens materias, etc; que substituem o amor que devemos ter somente por Deus.


Fonte: http://veritatis.com.br/apologetica/123-imagens-santos/554-deus-proibe-confeccao-imagens

7 de outubro de 2015

Oração de libertação pelos males que nos atormentam

Suplicamos a Deus que, por meio da oração de libertação, sejamos libertos dos males corporais e espirituais

Oração de libertação pelos males que nos atormentam
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com 

Ó Senhor, Vós sois grande, Vós sois Deus, sois Pai. Nós vos pedimos pela intercessão e auxílio dos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, e que nossos irmãos e irmãs sejam libertos do maligno que os tornou seus escravos. Vós, todos os santos, vinde em nosso auxílio.

Da angústia, tristeza e obsessão, nós vos pedimos…
Livrai-nos, Senhor.
Do ódio, da fornicação e da inveja, nós vos pedimos…
Livrai-nos, Senhor.
Dos pensamentos de ciúme, raiva e morte, nós vos pedimos…
Livrai-nos, Senhor.
De todos os pensamentos de suicídio e de aborto, nós vos pedimos…
Livrai-nos, Senhor.
De todas as formas de sexualidade desordenada, nós vos pedimos…
Livrai-nos, Senhor.
Da divisão da família, de toda a amizade que nos afasta do bem, nós vos pedimos…
Livrai-nos, Senhor.
De todas as formas de malefício, de feitiçaria, bruxaria e de qualquer mal oculto, nós vos pedimos…
Livrai-nos, Senhor.

Ó Senhor que dissestes, "deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz", concedei-nos, por intercessão da Virgem Maria, a libertação de todas as maldições e a graça de gozarmos sempre da vossa paz. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/oracao/oracao-de-libertacao-pelos-males-que-nos-atormentam/

5 de outubro de 2015

Controle de natalidade, o que há por trás dele?

O controle de natalidade é direcionando aos países subdesenvolvidos

O controle de natalidade é uma questão bastante discutida em vários setores como sociedade, política, economia, antropologia, religião etc., e é um assunto um tanto polêmico. Essa polêmica está em torno do aumento populacional dos países pobres e a diminuição da população nos países ricos.

O que há por tras do controle de natalidade

Pesquisadores, estudiosos e cientistas do social apresentam relatórios que induzem o controle de natalidade. No entanto, esse controle é direcionado aos países subdesenvolvidos e não aos países desenvolvidos. Esses especialistas incentivam [o controle de natalidade], mas a prática é outra, ou seja, nesses países desenvolvidos ocorrem incentivos para que as famílias tenham mais filhos. Por isso, promovem uma guerra silenciosa especialmente direcionada aos países em desenvolvimento, com vistas a frear seu crescimento demográfico. Para isso, usam do eufemismo "desenvolvimento sustentável" que compreende políticas que terão como contrapartida toda e qualquer técnica contraceptiva e abortiva para frear o crescimento populacional.

Desequilíbrio ecológico

Os "profetas" do "The Population Bomb" (A bomba populacional) e da "destruição" do mundo usam de um bombardeio de propagandas de que existe gente demais para o planeta e que essa "superpopulação" é a responsável pelo desequilíbrio ecológico e futura destruição da própria humanidade. Porém, sabe-se que as maiores violências contra o meio ambiente têm sua origem nas indústrias dos países desenvolvidos e a população consumista destes mesmos países.

É verdade que após 200 anos de desenvolvimento econômico, propiciado pela Revolução Industrial, a população mundial ganhou com a redução das taxas de mortalidade e o crescimento da esperança de vida. Porém, o crescimento da riqueza se deu à custa da pauperização do planeta e do aumento do abismo entre ricos e pobres. Pesquisas populacionais revelam que houve um aumento populacional, que começou no século dezoito e aumentou seis vezes nos 200 anos seguintes. Contudo, isso é um aumento, não uma explosão, porque com esse aumento populacional também houve aumento de produtividade, de recursos de comida, informação, comunicação e tecnologia.

Considerando que nos países subdesenvolvidos a taxa de natalidade aumenta a cada instante e que nos países desenvolvidos esse número reduz, a distribuição de renda fica mais concentrada, nos países subdesenvolvidos, nas mãos das pessoas com renda mais alta, enquanto os mais pobres quase não participam dessas conquistas, provocando uma elevada desigualdade da distribuição da renda.  Por isso existe o interesse de alguns setores da sociedade reduzir a taxa de natalidade dos mais pobres em vez de reduzirem os seus consumos por meio da partilha.

Acredito que a melhor análise já nos foi apresentada pelo Papa Francisco: "Em vez de resolver os problemas dos pobres e pensar num mundo diferente, alguns limitam-se a propor uma redução da natalidade. Não faltam pressões internacionais sobre os países em vias de desenvolvimento, que condicionam as ajudas econômicas a determinadas políticas de 'saúde reprodutiva'. Mas, 'se é verdade que a desigual distribuição da população e dos recursos disponíveis cria obstáculos ao desenvolvimento e ao uso sustentável do ambiente, deve-se reconhecer que o crescimento demográfico é plenamente compatível com um desenvolvimento integral e solidário'.

Culpar o incremento demográfico em vez do consumismo exacerbado e seletivo de alguns é uma forma de não enfrentar os problemas. Pretende-se, assim, legitimar o modelo distributivo atual, no qual uma minoria se julga com o direito de consumir numa proporção que seria impossível generalizar, porque o planeta não poderia sequer conter os resíduos de tal consumo. Além disso, sabemos que se desperdiça aproximadamente um terço dos alimentos produzidos, e 'a comida que se desperdiça é como se fosse roubada da mesa do pobre'" (Papa Francisco, Laudato sì' n.50).


Padre Mário Marcelo Coelho

Mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), padre Mário é também licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque (SC) e bacharel em Teologia pela PUC-RJ. Mestre em Teologia Prática pelo Centro Universitário Assunção ( SP), o sacerdote é autor e assessor na área de Bioética e Teologia Moral; além de professor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP).


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/sociedade/controle-de-natalidade-o-que-ha-por-tras-dele/