2 de março de 2015

Até que ponto é comum a rebeldia na adolescência?

Não sei se o adolescente é rebelde ou se está rebelde

Fico em dúvida se o adolescente tem sido criado para ser rebelde ou se tudo isso é só conversa, se a verdade é que eles são rebeldes por conta das mudanças hormonais. Será? Antigamente, até que acontecia isso mesmo, bastava chegarem à adolescência que a rebeldia se manifestava. Mas hoje é comum ouvir expressões como: "Que criança rebelde!","Mas essa juventude é uma rebeldia!", "Olha para isso, um velho desse rebelde!". Portanto, já não sei mais se a rebeldia é uma característica comum da adolescência.

Até que ponto é comum a rebeldia na adolescência?
A realidade do mundo moderno me faz pensar sobre até que ponto é comum esta mudança de comportamento tão irreverente estar apenas na adolescência, pois temos ouvido e visto, pelos veículos de comunicação, que a rebeldia está presente em todas as fases ou posições que o ser humano se coloca.

A quebra dos limites, o desrespeito no trânsito, as brigas nos estádios, o abandono familiar, os desvios das funções da escola e do Estado foram situações que promoveram um ambiente completamente rebelde. O dicionário on-line de português traduz esse conceito como "ato de rebelar-se; não conformidade; reação. Figura de oposição, resistência". A Bíblia alerta sobre a rebeldia quando diz: "Ai dos filhos rebeldes ,diz o Senhor, que executam planos que não procedem de mim e fazem aliança sem a minha aprovação para acrescentarem pecado sobre pecado!" (Isaías 30,1). Então, precisaremos dispensar atenção, cuidado, critérios para educar os nossos pequeninos que se tornarão não só adolescentes, mas pais de família e profissionais. Considerando que a nossa vontade de pais cristãos é formá-los dentro dos princípios bíblicos e todas as coisas lhes serão acrescentadas.

O adolescente por si só teria alguns argumentos que os deixam de fato mais imponentes e donos de si, mas não necessariamente precisariam entrar na frequência da rebeldia ou tornar-se rebelde. O ambiente é um fator, muitas vezes, determinante para tal comportamento. Os pais tendem a dar muita assistência, afeto positivo, carinho, escuta enquanto os filhos ainda se encontram na primeira e segunda infância. Com o passar do tempo, vive-se uma ilusão que esses filhos estão crescendo e se tornando autônomos. Quem não foi ensinado para se tornar autônomo pode ser com tanta facilidade e rapidez. E aí está a brecha para rebeldia.

Os pais, a escola e a sociedade iniciam um processo de cobrança muito grande, a ponto de levar o adolescente a não suportar tantas desqualificações. Ora, ele nunca arrumou a cama nem levou sua toalha para o varal. Só porque fez 12 anos ou entrou no curso Fundamental II precisará fazer. Ele nunca cedeu sua cadeira para os mais velhos, muito menos os ajudou, quando pequeno, a tirar a feira de supermercado do carro; nunca foi treinado, estimulado positivamente a realizar tais procedimentos. Como ele, o adolescente, não ficará rebelde? Claro. É preciso entender que a adolescência faz parte de um processo de desenvolvimento humano; ela não cai do céu. "Agora tornou-se adolescente." Abriu-se a porta da sala e o "aborrecente" entrou em casa. Esse adolescente esteve sempre em nossa casa, foi o filhinho de que trocamos as fraldas, que levamos para passear, tomar sorvete, visitar os parentes aos domingos e brincar de bicicleta na pracinha. O que se perdeu com o passar do tempo? Onde nós nos perdemos? Continuamos beijando-o quando voltamos do trabalho ou apenas lhe fazemos perguntas básicas como "estudou?, fez o dever?, tomou banho?, comeu o quê?…"

Defendo o princípio que a fase da adolescência não precisaria ser marcada pela rebeldia, mas respeitada por suas mudanças orgânicas e psicossociais, assim como todo ritual de passagem que precisa ser atualizados na forma de pensar e agir da família, escola e sociedade. As pessoas que compõem o ambiente familiar do indivíduo precisam estar bem informadas sobre cada fase que nos constituem como seres humanos. Vejamos: que tal nos lembrarmos da nossa adolescência? O que nossos pais diriam?

Nós precisamos enxergar essa fase como fruto da nossa educação. Os adolescentes não devem ser uma ameaça para a família. Eles são ricas bênçãos para quem tão bem os educou. Os pais deverão livrá-los da rebeldia, desta aparente liberdade que só os faz sofrer. Portanto, vamos fazer o caminho de volta? Vamos atrás de quem é nosso. Vamos deixar as regras claras em casa, dar bons exemplos, oportunizar bons modelos aos nossos filhos, aos nossos alunos, a fim de que eles possam chegar à fase dos 12 aos 18 anos produzindo autoestima, seguros de si mesmos. Filhos pequenos superprotegidos ou abandonados de orientações e de convivência familiar se tornarão filhos (adolescentes) rebeldes, amargos e grosseiros. Esse tipo de criação não ensina o caminho da gratidão e do respeito. Às vezes, não damos o melhor e queremos "tirar o tapete" dos filhos quando chegam nesta fase da vida.

Existem várias passagens bíblicas que apresentam as consequências de pessoas que foram rebeldes. Um grande exemplo foi o que aconteceu com o povo de Israel: Deus havia libertado os israelitas da terra do Egito, onde estes eram escravos. Mesmo com tantos milagres, eles se rebelaram contra o Senhor, fizeram um bezerro de ouro para adorar, e, como castigo, peregrinaram quarenta anos pelo deserto e somente alguns conquistaram a terra prometida.

O comportamento de rebeldia não agrada Deus, não nos faz pessoas felizes. Nascemos para ser aceitos, aprovados. O bom convívio social é cura para nossa alma, alegria para o nosso viver. Qualquer tipo de rebeldia está diretamente ligada ao pecado, pois envolve a desobediência deliberada e infringe os padrões de autoridade que foram estabelecidos por Deus. Não importa se é rebeldia contra os pais, contra os líderes da Igreja, contra a lei; seja qual for, está totalmente contra aos princípios bíblicos. Não estou aqui autorizando a subserviência, a alienação ou a cegueira espiritual. O filho precisa ter seu espaço, sua voz escutada e compreendida. Logo, muito bem orientada e disciplinada. Assim, os pais precisam se impor como pais de alguém a quem lhe foi atribuída a função de educar na graça e na sabedoria. Não desistir do 'sim' quando deverá ser 'sim', e do 'não' quando deverá ser 'não'. Filhos precisam respeitar, admirar e amar os pais como autoridades. Os pais precisam ser respeitados, admirados e amados por seus filhos como autoridades. Portanto, os pais deverão trazer consigo o desejo e a determinação de ter filhos adolescentes amigos, disciplinados, estudiosos e em paz com si mesmos e com os outros.

Vamos lá, família! Não vamos nos render aos modelos tão seculares ou efêmeros.

Esses modelos querem nos seduzir. Não vamos desistir nem terceirizar a nossa função, mesmo quando nos sentirmos perdidos, sem saída para enfrentar todas as fases que nossos filhos estejam vivendo.

Judinara Braz

Administradora de Empresa com Habilitação em Marketing.
Psicóloga especializada em Análise do Comportamento.
Autora do Livro "Sala de Aula, a vida como ela é."
Diretora Pedagógica da Escola João Paulo I – Feira de Santana (BA).


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/ate-que-ponto-e-comum-a-rebeldia-na-adolescencia/

25 de fevereiro de 2015

Por que ir à igreja se eu posso rezar em casa?

A igreja, por mais simples que seja, exala Cristo

É muito comum os católicos "praticantes", ao convidarem alguém para ir à igreja, ouvirem coisas como: "Por que ir à igreja se posso rezar em casa?" ou "Rezo em casa mesmo! Não preciso ir à igreja".

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A verdade é que precisamos, sim, ir à igreja. Tudo bem que podemos e devemos rezar em casa. Aliás, devemos rezar em todos os momentos. O próprio São Paulo nos diz:" "Orai sem cessar, porque essa é a vontade de Deus a vosso respeito"" (cf. I Ts 5,17-18). Porém, a igreja é um lugar especial, é a Casa de Deus. É ali que Ele habita. Ali, a cada Santa Missa, Jesus renova Seu Santo Sacrifício e se faz Corpo e Sangue para nos dar a vida. Ali, Jesus fica no Sacrário esperando a nossa visita.

Moisés, quando viu a sarça que ardia, recebeu a seguinte ordem: "Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa" (Ex 3,5).

A morada de Deus é um lugar santo, é um lugar diferente, separado. O ato de sair de casa para ir ao encontro do Senhor é semelhante ao que fez Moisés quando tirou as sandálias para entrar no território santo. Quando visitamos a Casa de Deus, saímos do nosso orgulho, e por que não dizer do nosso comodismo espiritual para encontrar o Deus que nos acolhe?

Antigamente, não nos era permitido ver o que acontecia nos altares. Até hoje a Igreja Católica Ortodoxa é assim. O altar fica por trás de um grande ícone e os fiéis apenas participam aguardando, contemplando o que acontece, numa mistura de expectativa e zelo, tamanho é o zelo e o respeito pelo Santo Mistério da Eucaristia e, consequentemente, do tempo de Deus.

Hoje, para nós católicos, é permitido não apenas ver, mas contemplar e participar do Santo Sacrifício. E por causa do Sacrifício de Cristo podemos adorá-lo na Eucaristia. Estando na casa de Deus, podemos experimentar a graça de, através do visível, tocar no invisível. Quando você entra na igreja, imediatamente acontece o encontro de dois corações: o seu, do jeito que está, com o de Jesus, do jeito que é. Ainda que você não sinta nada, só o ar que você respira é diferente. O solo é santo. A igreja, por mais simples que seja, exala Cristo. As graças acontecem quando você tem consciência disso. E não precisa de sentimentos. Se tomarmos consciência disso, nós podemos dizer como o Salmista:

"Que alegria quando me disseram: Vamos subir à casa do Senhor" (Sl 121,1).

Por isso devemos ir à igreja sempre, com alegria e respeito. Para aprendermos o que é um templo, devemos frequentá-lo sempre, pois São Paulo também nos ensina: "Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (I Cor 3,16).

Sim, somos, de fato, Templo de Deus. O Espírito Santo habita em nós. Mas para saber como "ser" templo do Senhor temos de aprender com o Templo Igreja. Como disse antes: por meio do visível, tocamos o invisível. Só frequentando, com zelo e respeito, o templo que vemos, aprenderemos e tomaremos consciência do templo que nós somos.

Proponho a você, que há muito tempo não entra numa igreja, fazer, ainda que por alguns minutos, uma visita à capela, sabendo que lá habita Deus. Sente-se, respire e perceba que ali algo maior o envolve. Esse algo maior é Deus, que se faz presente com Sua santidade. Não peça nem fale nada. Experimente a graça de estar na Casa do Pai. Eu lhe garanto que, depois disso, você voltará muitas e muitas vezes!

Léo Rabelo
Fundador, vocalista e líder da Banda Dominus


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/por-que-ir-a-igreja-se-eu-posso-rezar-em-casa/

23 de fevereiro de 2015

Sou uma pessoa afetivamente madura?

A nossa afetividade necessita alcançar nossa maturidade

Todos nós precisamos de cura. Para sermos curados em nossa sexualidade e em nossa afetividade, precisamos nos abrir ao amor de Deus.

Sou uma pessoa afetivamente madura

Comecei a trilhar esse caminho por meio de um grande amigo que nunca conheci pessoalmente, João Mohana, sacerdote, médico e psicólogo, um santo de Deus. Ao ficar viúva com vinte e três anos, deram-me de presente um de seus livros: "Sofrer e amar", o qual me ajudou a dar os primeiros passos no conhecimento do meu grau de maturidade afetiva. Foi com ele que percebi a necessidade de crescer nesse aspecto, a ponto de equipará-lo à minha maturidade cronológica.

João Mohana explica: "Hoje, sabe-se que todo indivíduo, homem e mulher, possui uma idade afetiva e uma idade cronológica, e que ambas podem coincidir ou não. Quando a idade afetiva é inferior à idade cronológica, estamos diante de um caso de imaturidade afetiva. Quando iguala ou supera, estamos diante de um caso de maturidade".

Algumas pessoas, que parecem adultas por fora, têm o coração imaturo. Não é sadia a imaturidade psicológica no adulto. É um fenômeno anormal. Normal é que o psiquismo vá se desenvolvendo, passo a passo, com o corpo, amadurecendo à proporção que o corpo amadurece.

Jesus Cristo deixou um programa para a nossa afetividade. E este está expresso no novo mandamento: "Dou-vos um novo mandamento. Que vos ameis como eu vos tenho amado" (Jo 15,12). "Amai-vos" no estilo d'Ele, ou seja, no estilo maduro para o coração humano. Esse programa supõe que nossa afetividade alcance a maturidade.

Para nós cristãos a maturidade humana não é tudo, nela está incluída a santidade. Além da maturidade humana, somos chamados por Jesus Cristo a ser uma "nova criatura", a fazer com que o Filho de Deus venha à tona em nós. É um processo que leva tempo, pois consiste em pegar a pessoa machucada, sofrida, marcada, amarrada, bloqueada e trazê-la para fora como Jesus fez com Lázaro: "Lázaro, vem para fora!". É preciso que a criatura nova em nós venha para fora. É preciso deixar a cura e a libertação acontecerem.

Todos nós sabemos que a maneira como nos comportamos e nos expressamos na nossa afetividade está intimamente ligada à nossa infância. Especialmente o relacionamento com nosso pai, nossa mãe, nossos irmãos que foram modelo para nós. Gandhi dizia que a "a gente imita o que admira", afirmando que o ser humano aprende por imitação.

Meu pai era muito afetuoso, não só nos seus gestos – em fazer um "cafuné", dar um abraço, colocar no colo –, mas também com ternura, dizendo: "Eu te amo!". Passei a minha vida inteira presenciando o afeto entre meus pais e o carinho que tinham com cada filho. Suas expressões de afeto entre um e outro e conosco, seus seis filhos, fizeram de nós uma família amorosa, unida e feliz.

Numa família pode haver segurança econômica, financeira, boa moradia, mas se não houver a segurança afetiva entre os pais, expressões de afetos, o resultado será, na maioria das vezes, um adulto reprimido nos seus sentimentos de afetos, emoções de carinho, de ternura. Se ficar doente, terá tudo, menos afeto. João Mohana chama isso de "subnutrição da afetividade na infância". Mas também ele diz: "O excesso de afeto pode levar à imaturidade, por vir a exigir um estilo de convívio com os outros semelhante ao que se habituou a ter na infância. Serão os insaciáveis nos grupos e nas famílias. Tanto excesso de carência e afeto na infância podem gerar as seguintes expressões de imaturidade na idade adulta: desconfiança, insegurança, agressividade, dependência, hermetismo, complexos, inibições, fugas, desajustamento e até perda de sentido da vida".

É por isso que para o cristão é tão importante o sobrenatural integrado ao natural, à sua maturidade afetiva. É o que expressa São Paulo:

"Assim, ele capacitou os santos para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo até chegarmos, todos juntos, à unidade na fé no conhecimento do Filho de Deus, ao estado de adultos, à estatura do Cristo em sua plenitude. Então, não seremos mais como crianças, entregues ao sabor das ondas. Ao contrário, vivendo segundo a verdade, no amor, cresceremos sob todos os aspectos em relação a Cristo, que é a cabeça" (Ef 4,12-14a.15).

Este é o trabalho da graça de Deus em nós, e todos nós devemos colaborar. Pelo Espírito Santo que nos santifica, vamos rumo à nossa maturidade humana e cristã.

Trecho extraído do livro "A cura da nossa afetividade e sexualidade" de Luzia Santiago.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/sou-uma-pessoa-afetivamente-madura/

20 de fevereiro de 2015

Transtorno Bipolar: a verdade atrás dos mitos

Existem muitos mitos sobre o transtorno bipolar, inclusive o fato de que a pessoa será fadada à tristeza

Atualmente, ouve-se falar muito de transtorno bipolar. Há inúmeros artigos não especializados sobre esse tema na imprensa. Em certo sentido, parece ser a doença dos famosos, já que muitos deles afirmam ser bipolares. A história da doença, porém, não tem glamour ou brilho. Ao contrário, traz enormes prejuízos e sofrimentos aos pacientes, familiares e cuidadores, se não for bem tratada.

Transtorno bipolar: a verdade por detras dos mitos

Há um pensamento comum de que o bipolar é a pessoa que "uma hora está triste e, logo depois, alegre, animada". No entanto, o transtorno bipolar de humor ou espectro bipolar é caracterizado por períodos de depressão, manifestados por tristeza sem motivo, desânimo, perda do prazer nas atividades, lentificação da fala e dos movimentos, alterações do sono, pensamento negativo, ideia suicida entre outros sintomas. Os sintomas também podem ser alternados com períodos de mania (não alegria), isso é, presença de ansiedade, agitação psicomotora, discurso e pensamentos acelerados, fuga de ideias, sentimento de poder, grandeza, irritabilidade e ações impulsivas como comprar vários carros, dar dinheiro, pular de um prédio… Esse estado justifica o aumento de risco de suicídio nesses pacientes, como também o abuso de álcool e outras drogas, o que piora um quadro já bastante ruim.

Há muitos mitos sobre esse transtorno. Aqui não poderei citar todos, mas escolhi três que acredito serem essenciais.

1º – A pessoa bipolar vive alternando de um humor para outro?
Não! Na maioria desses pacientes, o período de depressão se prolonga, exceto nos "cicladores rápidos", que geralmente são mais refratários ao tratamento.

2º – O transtorno bipolar só afeta o humor?
Isso é falso! A doença tem origem no cérebro, nas conexões entre neurônios e afeta tudo o que se faz, o que se pensa e, definitivamente, o que se é!

3º – Como não há tratamento eficaz, o bipolar está fadado a ter uma vida infeliz?

Também isso não é verdadeiro. Há tratamentos eficazes, unindo-se medicamentos, psicoterapia e educação familiar. Há bipolares que são um sucesso no trabalho e têm bom relacionamento familiar, embora não deixem de estar em constante estado de combate.

Você conhece alguém assim? Já presenciou o sofrimento dos que convivem com essa doença? Quer saber como ajudar? Deseja combater junto com eles?

Então, aguardem. No próximo artigo, conheceremos as armas mais atuais e as melhores estratégias para sairmos vitoriosos dessa batalha. Não nos esquecendo de ver, em cada bipolar que busca tratamento, o cumprimento da palavra: mesmo enfermo eu sou guerreiro!

Érika Vilela

Mineira de Montes Claros (MG), Érika Vilela é fundadora e moderadora geral da comunidade 'Filhos de Maria'. Cursou Medicina pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas e, atualmente, faz especialização em Psiquiatria pelo Centro Brasileiro de Pós-graduações.

Érika atua como pregadora, articulista, missionária pela Casa Mãe de Misericórdia e médica na Estratégia Saúde da Família e na Clínica Home-Med. Evangelizadora com fé e ciência, duas asas que nos elevam para o céu, ela tem a bela missão de encontrar, na união mística com a dor salvífica de Cristo, a força para seguir em frente, sabendo que Deus opera sempre as Suas maravilhas!


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/saude-atualidade/transtorno-bipolar-a-verdade-atras-dos-mitos/

18 de fevereiro de 2015

Terço Vicentino

Conselho Nacional do Brasil da SSVP

DECOM- Assessoria Espiritual

Recitação do Terço Vicentino

 

Os Mistérios do Terço:

Ø Mistérios Gozosos - Segunda-feira e Sábado.

Ø Mistérios Dolorosos - Terça e Sexta-feira.

Ø Mistérios Gloriosos - Quarta-feira e Domingo.

Ø Mistérios Luminosos - Quinta-Feira.

 

MISTÉRIOS GOZOSOS: Nascimento e crescimento de Jesus.

1º MISTÉRIO: Contemplamos a anunciação do anjo Gabriel a Maria e a encarnação do verbo de Deus em seu ventre.   "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra".

Meditação: Rezemos por todos os Confrades e Consocias que disseram o Sim ao Chamado de Deus para a Sociedade de São Vicente de Paulo.

 

2º MISTÉRIO: Contemplamos a visitação de Maria a Santa Isabel.  "E partindo às pressas foi às montanhas ficar com sua prima que já de idade avançada estava grávida".

Meditação: Rezemos pelas Visitas aos assistidos que acontecem diariamente em todo Brasil.

 

3º MISTÉRIO: Contemplamos o nascimento do Menino Jesus na gruta de Belém.

Meditação: Rezemos por tantas crianças que nascem em situação de abandono e pobreza.

 

4º MISTÉRIO: Contemplamos a apresentação do Menino Jesus no Templo.

Meditação: Rezemos por todos os Vicentinos que foram e ainda serão Proclamados neste ano nas Conferências.

 

5º MISTÉRIO: Contemplamos a perda e o reencontro do Menino Jesus no templo de Jerusalém.

Meditação: Rezemos por todas as pessoas que são acolhidas nas Obras Unidas da Sociedade de São Vicente de Paulo.

 

 

MISTÉRIOS DOLOROSOS: Sofrimento e morte de Jesus.

1º MISTÉRIO: Contemplamos a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.

Meditação: Rezemos por todas as pessoas que estão em situação de sofrimento, sobretudo pela discriminação e exclusão social.

 

2º MISTÉRIO: Contemplamos a flagelação de Jesus.

Meditação: Rezemos por todos aqueles que são flagelados pela fome e violência.

 

3º MISTÉRIO: Contemplamos a coroação de espinhos de Jesus Cristo.

Meditação: Rezemos por tantos pobres que ainda continuam sendo vítimas da injustiça social e do descaso dos governantes.

 

4º MISTÉRIO: Contemplamos a subida dolorosa de Jesus carregando a Cruz para o Calvário.

Meditação: Rezemos pelas cruzes diárias que os pobres carregam e também por muitos Vicentinos que aliviam o peso da cruz dos pobres.

        

5º MISTÉRIO: Contemplamos a crucificação e a morte de Jesus.

Meditação: Rezemos por todos os Confrades e Consocias falecidos da Sociedade de São Vicente de Paulo. e pelos pobres que continuam sendo crucificados hoje e morrem vítimas da injustiça social.

 

 

MISTÉRIOS GLORIOSOS: Vitória e Salvação.

1º MISTÉRIO: Contemplamos a Ressurreição de Jesus.

Meditação: Rezemos por todo trabalho da Caridade na Sociedade de São Vicente de Paulo, capaz de reerguer muitos que estão caídos, mostrando que a Vida supera a Morte!

 

2º MISTÉRIO: Contemplamos a ascensão Jesus Cristo ao Céu.

Meditação: Rezemos para que a Sociedade de São Vicente de Paulo possa sempre resgatar, através da Mudança de Estruturas, todas as pessoas que estão em condição de risco social.

 

3º MISTÉRIO: Contemplamos a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos Maria em Jerusalém.

Meditação: Rezemos para que a Sociedade de São Vicente de Paulo seja sempre fiel ao seu espírito primitivo, suscitado no coração do Bem-Aventurado Antônio Frederico e seus companheiros no século XIX.

 

4º MISTÉRIO: Contemplamos a assunção de Maria ao Céu.

Meditação: Rezemos pelo testemunho de luta e resistência de tantas Mães assistidas pelas Conferências Vicentinas.

 

5º MISTÉRIO: Contemplamos a coroação de Maria como Rainha de todos os anjos e santos.

Meditação: Rezemos pelas 7 regiões  da Sociedade de São Vicente de Paulo no Brasil, pedindo a intercessão de suas respectivas padroeiras:

 

Região I – Nossa Senhora de Fátima, Região II – Nossa Senhora da Rosa Mística, Região III – Nossa Senhora das Graças, Região IV – Nossa Senhora Aparecida, Região V – Nossa Senhora do Carmo, Região VI – Nossa Senhora da Conceição e Região VII – Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.


MISTÉRIOS DA LUZ (Luminosos): A humildade, os milagres e o eterno Amor de Jesus.

1º MISTÉRIO: Contemplamos o Batismo de Jesus no rio Jordão.

Meditação: O Batismo de Jesus ajuda-nos a rezar a prática das 5 Virtudes Vicentinas em nossa Vida. Peçamos neste mistério que sejamos iluminados pela Simplicidade, Humildade, Mansidão, Zelo e Mortificação.

 

2º MISTÉRIO: Contemplamos a auto-revelação de Jesus nas Bodas de Caná, quando transformou a água em vinho novo.  Atendendo ao pedido de Maria, Jesus inicia sua missão com o seu primeiro milagre.

Meditação: Rezemos para que as Unidades Vicentinas e todos os Departamentos da Sociedade de São Vicente de Paulo: Comissões de Jovens, Conferências de Crianças e Adolescentes, Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam, Departamento de Comunicação, Departamento Missionário e Departamento de Normatização e Orientação, tornem-se o Vinho Novo para os pobres.  

                          

3º MISTÉRIO: Contemplamos o anúncio do Reino de Deus que traz a esperança de um mundo melhor para todas as pessoas.

Meditação: Rezemos para que os Confrades e Consocias nunca percam a esperança na construção do Reino de Deus e enfrentem os desafios da missão vicentina com sabedoria, coragem e fé.

 

4º MISTÉRIO: Contemplamos a transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Meditação: Rezemos para que saibamos encontrar o rosto transfigurado de Jesus Cristo no rosto dos pobres.

                          

5º MISTÉRIO: Contemplamos a instituição da Eucaristia.

Meditação: Rezemos para que sejamos hóstias vivas para os pobres, cujo culto espiritual é minha própria existência na forma de ser plasmada pelo próprio Jesus Cristo!

16 de fevereiro de 2015

A preciosa bênção dos pais

A Sagrada Escritura nos alerta sobre a necessidade dessa bênção

Quando eu era criança, estava acostumado a pedir a bênção aos meus pais a qualquer hora que saísse ou chegasse em casa. Era um apressado "bênça, pai!", bênça, mãe!"," tão apressado que quase não se ouvia a resposta. Todos nós, quando crianças, estávamos tão acostumados a pedir a bênção dos pais que, quando saíamos sem ela, parecia-nos que faltava algo à nossa segurança ou ao sucesso de nossos planos.… Ao menos quatro vezes por dia eu e meus oito irmãos pedíamos a bênção a nossos pais: ao acordarmos, ao irmos para a escola, ao voltarmos da escola e ao nos deitarmos.

A preciosa bênção dos pais

Hoje, passados os anos, tenho profunda consciência da importância da bênção dos pais na vida dos filhos. É a Sagrada Escritura que nos alerta sobre a necessidade dessa bênção. Toda a Bíblia está repleta de passagens indicando a importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos. Os pais são os cooperadores de Deus na criação dos filhos e, dessa forma, são também um canal aberto para que a bênção divina chegue a eles [filhos].

O livro do Deuteronômio registra o quarto mandamento: ""Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus"" (Dt 5,16). Dessa forma, o Senhor promete vida longa e prosperidade àqueles que honram os pais. São Paulo disse que esse é "o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa de Deus" (Ef 6,2).

Os livros dos Provérbios e do Eclesiástico estão cheios de versículos que trazem a marca da presença dos pais. Eis um deles: ""A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces"" (Eclo 3,11). Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição!) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, a Sagrada Escritura nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio que Deus escolheu para agraciar os filhos. O Senhor quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer a Sua bênção chegar aos filhos. É a forma que Deus usou para deixar clara a importância dos genitores. Analisemos estas passagens marcantes:

"Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos, pois Deus quis honrar os pais pelos filhos e, cuidadosamente, fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles. Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia. Pois um homem adquire glória com a honra de seu pai, e um pai sem honra é a vergonha do filho. Como é infame aquele que abandona seu pai, como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe!" (Eclo 3, 2-3.5-6.9-10.13.18).

Todos esses versículos do capítulo 3 do Eclesiástico mostram claramente a grande importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos e, de modo especial, à bênção paterna e materna. Infelizmente, muitos pais já não sentem a prerrogativa de que Deus lhes deu para educar formar e abençoar os filhos. Muitos já não acreditam no poder da bênção paterna e nem mesmo ensinam os filhos a pedi-la.

Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas divinas. Não importa qual seja a idade do filho, ele sempre deve pedir a bênção de seus pais. E também não importa se o velho pai é um doutor ou um analfabeto, o filho não deve perder a oportunidade de ser abençoado por ele, se possível todos os dias, mesmo já adulto.

Se você ainda tem seus pais (ou apenas um deles) não perca a oportunidade que Deus lhe dá de lhes beijar as mãos e lhes pedir a bênção, para que Deus o abençoe, guiando seus passos e protegendo sua vida. Importa jamais nos esquecermos de que, enquanto "a bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces" (Eclo 3,11).

 

Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/a-preciosa-bencao-dos-pais/

13 de fevereiro de 2015

Quem tem medo de sexta-feira 13?

Há quem sinta calafrios ao verificar que, no amanhecer do novo dia, o calendário marca sexta-feira 13

A superstição faz parte do folclore e existem muitas acerca desta data. Como ingrediente folclórico, tais superstições foram ricamente utilizadas para ilustrar as histórias contadas por nossos avós.

Quem tem medo de sexta-feira 13 - 940x500

Algumas pessoas têm medo de gato preto, de passar debaixo de escadas, sair da cama pisando com o pé esquerdo e, há outras ainda que acreditam que uma pata de coelho possa lhes trazer sorte. Se isso fosse verdade, o coelho seria o animal de mais sorte na face da terra! Afinal, se uma pata de coelho trouxesse sorte, imaginemos quão "afortunado" deveria ser este animal tendo quatro delas!

Alguns tentam, a partir de seus apegos exagerados, projetar o futuro fundamentado em eventos ou em sinais casuais. Para aqueles que, temendo o desconhecido, buscam personagens folclóricos, podem correr o risco de encontrar sacis-pererês no centro dos rodamoinhos ou sair numa caça sem precedente aos gatos pretos.

Falamos de um dia específico, em que a crença do mau agouro o teria escolhido para habitar. Muitas situações de dificuldades foram vividas e tampouco foram marcadas pela sexta-feira 13. Dentro dessa perspectiva, teria este "dia de azar" se confundido na matemática dos cálculos, quando aconteceram os ataques de 11 de setembro contra o World Trade Center? Estaria ainda o gato preto atordoado ou perdido, que ainda circula nas regiões de conflitos no Oriente?

Buscamos por dias melhores, protegidos de todos as maldades e dificuldades que nos rodeiam, mas cremos não em uma proteção depositada em amuletos, mas na confiança da certeza de que "como Jerusalém está toda cercada de montanhas, assim o Senhor envolve Seu povo, agora e sempre" (Salmo 125:2).

Assim, a sexta-feira 13 poderá, no máximo, continuar contribuindo para a elaboração de cenários das histórias que, embalados pelo brilho da "lua cheia", fluirão nas imaginações de alguns contadores de fantásticas fantasias.

Que Deus abençoe todos os seus dias!

Por Dado Moura – Missionário da Comunidade Canção Nova 2º elo.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/quem-tem-medo-de-sexta-feira-13/