28 de janeiro de 2015

O cônjuge como um caminho para Deus

O cônjuge como um caminho para Deus, um lugar de encontro com o Senhor

O encontro de duas pessoas em Deus – por intermédio da oração ou da vivência religiosa compartilhada – é uma das formas mais ricas e profundas de elas se encontrarem com o melhor que cada um possui, já que estão diante do Senhor. Diante d'Ele, elas se desprendem de tudo o que normalmente dificulta o encontro e vão assumindo, com mais objetividade, a atitude compreensiva, benigna e compassiva do amor de Deus.

O Cônjuge como um caminho para Deus

A união de duas pessoas pelo sacramento do matrimônio abre-lhes uma nova possibilidade de amor sobrenatural: o cônjuge como um caminho para Deus, um lugar de encontro com o Senhor. No momento solene das bodas, Cristo diz a cada um: "Eu, desde agora, vou amá-los especialmente por meio do cônjuge, vou convertê-lo em santuário do meu encontro contigo".

Com isso, o Senhor nos deixa o grande desafio de O buscarmos no coração do outro, onde, desde agora, Ele está nos esperando. O desafio de descobrir o rosto de Cristo no rosto do cônjuge, de acolher Seu amor como transparente e reflexo do amor divino. Em contrapartida, eu devo ser Cristo para o outro, dar a Ele o amor, a luz e a força que necessita para crescer e chegar até Deus. Assim, cada um se aceita e se doa ao outro como lugar privilegiado de encontro com o Senhor.

Por isso, em todo matrimônio cristão está sempre Deus como terceiro, como quem se faz de ponte e laço de união entre os cônjuges. Mas quando o Senhor não ocupa esse lugar dentro do matrimônio, há sempre lugar para outro terceiro, que destrói a aliança matrimonial.

O casamento é uma comunidade de salvação unida por um vínculo sobrenatural. O amor de Cristo e de Maria selam nosso amor. Estamos unidos como a videira e os brotos. Nossa salvação está unida ao outro e vem por meio dele. Nossa santidade repercute no outro, nosso pecado também.

Tão profunda é essa aliança [matrimonial] e esse conhecimento mútuo, que os esposos deveriam chegar a ser diretores espirituais um do outro. Tanto se conhecem que podem ajudar o outro em seu caminho de santidade. Essa aliança de amor se dá entre os esposos e deles com Deus. Por isso é comunidade de salvação, de amor, vida e tarefas com Cristo e Maria.

Compartilhamos Sua missão e junto com Ele caminhamos para Deus Pai. Em caso de os contraentes humanos entrem em crise, o Terceiro os ampara. Cristo carrega com eles o matrimônio.

Depois de nossa consagração, a Virgem também começa a ser uma aliada nossa e nos ajuda no caminho. Ela também nos ampara. O que dissemos sobre o matrimônio vale para todos os membros da família: pais, filhos, irmãos… Cada um é Cristo para os demais, reflexo do Senhor. Cada um é e há de ser, para o outro, um caminho para o Senhor, caminho privilegiado de amor a Ele.

Nisso encontramos o sentido da aliança matrimonial e o sentido da aliança familiar: todos juntos, unidos e aliados com a Virgem Maria, caminhamos para Deus. Todos juntos, amando-nos mutuamente como ao Senhor, nos consagramos a Maria e, mediante a ela, nos entregamos para sempre a Deus.

Queridos irmãos, se nos deixarmos educar e guiar pela Virgem Maria, então a aliança com ela será como uma grande escola de amor. Nela aprendemos a amar para percorrer os caminhos do amor divino e chegar ao coração do Pai. E é assim que se tornará realidade em nossa vida a aliança com Deus.

Por Padre Nicolás Schwizer – Movimento apostólico Shoenstatt


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/o-conjuge-como-um-caminho-para-deus/

26 de janeiro de 2015

Como ajudar o filho a adaptar-se à nova escola?

Os pais têm papel fundamental na adaptação à nova escola

Chegou a hora de voltar às aulas. Esse é sempre um momento importante, pois as crianças estavam acostumadas com as férias, a permanecer mais tempo em casa e reduzir suas obrigações, tais como levantar cedo, fazer dever entre outras coisas.

Como ajudar o filho adaptar-se à nova escola

Outro fator impactante é a volta para a sala de aula, com professores novos e até coleguinhas diferentes. Porém, normalmente, o mais difícil é quando os filhos vão para uma nova escola, onde encontrarão, além de professores e colegas novos, um ambiente físico e comportamental diferente.

O novo cenário traz uma nova cultura, com regras e rotinas diferentes da escola anterior, onde os filhos, de alguma forma, já estavam acostumados, adaptados. Isso pode ser assustador, e os pais têm um papel importante nessa adaptação.

O primeiro passo é conhecer o novo ambiente escolar, partilhar com os filhos as suas impressões, falar do que chamou sua atenção e os pontos que direcionou a sua escolha. Se eles sentirem que os pais estão confiantes, isso facilitará a abertura para a aceitação; caso contrário, sentirão uma insegurança maior.

Outro passo é motivar os filhos a compartilhar os sentimentos sobre a mudança, mostrar que o medo, a insegurança e a ansiedade fazem parte de qualquer processo de mudança, mas que os pais estarão juntos deles caso algo não aconteça da forma esperada. Paciência e persistência são fundamentais. Aceite e trabalhe o choro ou a raiva demonstrada pelo seu filho, pois fazem parte do processo de aceitação.

Lembre-os de que os laços de amizade criados na outra escola dificultam esse processo de adaptação; portanto, é preciso mostrar-lhes que a saída não significa quebra de laços, pois, apesar da distância, eles podem ser mantidos de uma forma diferente. Para isso, é possível criar uma agenda telefônica dos colegas.

Reflita com eles também que a nova escola é uma oportunidade de conhecer pessoas diferentes, que aprender a cultivar relacionamentos é importante para a vida futura. Para facilitar o processo, busque alguém conhecido na nova escola para ajudar na adaptação inicial.

É importante mostrar os pontos positivos da escola, seja o local, algum amigo conhecido, a metodologia de ensino etc. Para reduzir os sentimentos de ansiedade, envolva os filhos na escolha. Se isso não foi feito, uma visita à escola antes das aulas também ajudará.

Envolva seu filho na organização do material, pois faz com que a realidade da nova escola se torne mais real para ele. Se possível, faça isso desde a compra do material até a preparação da mochila.

Cuidado com os seus sentimentos no momento de deixar a criança na escola, porque elas captam com facilidade e reagem de acordo com eles. A sua confiança acabará gerando um sentimento de segurança nos pequenos, mas o seu sofrimento lhes gerará angústia. Quando os pais estão felizes com a escolha feita, minimizam as dificuldades de adaptação da criança.

A postura acolhedora, amável e disponível dos pais, no processo de adaptação, fortalece os vínculos familiares e reduz a ansiedade do contato com tantas pessoas diferentes. É preciso estar atento aos acontecimentos e atuar quando algo sair da curva do aceitável.

No processo, a criança poderá apresentar dificuldades logo no início. Nesse caso, a postura dos pais e dos professores será fundamental para detectar as causas e buscar soluções. Entretanto, elas podem não ter problemas inicialmente por causa das novidades, mas apresentá-los depois e os pais não o perceberem a tempo. Por isso, o acompanhamento é fundamental.

A nova escola pode ser um lugar para aprender a viver de forma diferente, criar vínculos com outras crianças sem perder os já criados em outras escolas e, principalmente, descobrir sobre si mesmo e a sua capacidade conviver com a mudança.

Ângela Abdo

Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.

Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-ajudar-o-filho-a-adaptar-se-a-nova-escola/

23 de janeiro de 2015

Como viver a pureza nos dias de hoje?

Viver a pureza nos dias de hoje é um grande desafio

A atual sociedade vive uma mudança de valores e ideais que nos coloca em um mundo desestabilizado. O nosso próximo é visto mais como um objeto sexual do que como filho de Deus. O que você diz ao ver uma mulher ou um homem atraente? "Nossa, que filha de Deus!" "Nossa, que filho de Deus!" É mais comum ouvirmos: "Nossa, que gata! Nossa, que gato!".

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É fundamental entender que a luxúria começa com o olhar e depois vai para o pensamento e, por fim, cai no coração. "Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5,28). Portanto, o pecado não começa somente no ato em si, como a fornicação, mas também no olhar malicioso.

Por isso, seguem três dicas para você viver a pureza nos dias de hoje:

1. Purificação no olhar: ao olhar uma mulher ou um homem que chame a sua atenção, não tampe os seus olhos, mas aprenda a vê-la (o) como filha (o) de Deus. O pecado não está em olhar, mas em permanecer olhando a ponto de desejá-la (o). Faça uma breve oração: "Senhor, eis uma obra admirável aos meus olhos! Eu O louvo por tamanha beleza e peço que ela (e) seja santa (o). Amém".

2. Purificação no pensar: como consequência de olhar sem a decisão de viver a pureza, os pensamentos começam a fantasiar e os desejos conscientes e inconscientes vão tomando conta da pessoa. Por isso, após olhar, procure não ficar pensando naquela "bela imagem" com a qual você se deparou. Rompa os seus pensamentos quando ela ou ele voltar, pense em outras coisas. Caso permaneça pensando, converse com Deus e entregue a Ele a sua luta em ser um autêntico cristão.

3. Purificação no coração: o Catecismo da Igreja Católica vai nos ensinar que "a purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar" § 2532. Ou seja, você precisa romper com a pornografia, com o sexo antes do casamento, com as orgias e tudo que fere a sua pureza. É questão de decisão e luta contra as más tendências e paixões da carne. Reze com o salmista: «Ó Deus, cria em mim um coração puro» (Sl 50[51], 12).

Se você deseja viver a pureza nos dias de hoje, assuma essas três dicas como meta diária para a sua vida. É preciso treinar-se para alcançar essa virtude. "A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permitirá, desde já, ver todas as coisas segundo Ele" (cf. CIC 2531). Eu quero viver a pureza. E você?

Fernanda Soares

Missionária da Canção Nova. Apresentadora do programa Revolução Jesus e Vitrine da TV Canção Nova. Estudante de jornalismo. Escritora do Blog do Revolução Jesus e autora do livro "A mulher segundo o coração de Deus".


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/castidade/como-viver-a-pureza-nos-dias-de-hoje/

21 de janeiro de 2015

O poder da mulher orante

Ser uma mulher orante muda uma história inteira

"Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?" (Mateus 6,25-30)

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Desde minha infância, sou visitada por essa visão de amor. Essa palavra me acompanha com muita força e foi por causa dela que batizei meu primeiro CD de "Mais que os pássaros", há mais de 20 anos, numa tentativa de testemunhar como me sentia vista por Deus, sob um cuidado raro, delicado e fino.

Mesmo depois de tanto tempo, continuo tendo essa mesma visão: Deus cuidando de mim como um passarinho ferido em Suas mãos, tendo-me em Seus braços com um lírio frágil. Nesse caminho de fé, fui assimilando um amor maravilhoso do Senhor por mim. Foi por meio dessa palavra que experimentei uma reconstrução da minha fé, quando ela se enfraquecia diante das dificuldades e decepções da vida. Foi nessa palavra em que me baseei para ter esperança diante de tantas realidades que me diziam o contrário, para acreditar que Deus podia muito mais em minha casa, em minha família, em meu coração e com as pessoas que eu mais amava nesta vida. E tudo permanece mais vivo que nunca! Parece que foi ontem quando li esse trecho da Bíblia pela primeira vez.

Existe uma imensa diferença entre ser uma mulher que caminha a esmo e ser uma mulher que reza. Esta volta o seu olhar, todos os dias, para uma realidade eterna e divina; aquela não vê esperança em nada, tornando-se desagradável constantemente pela quantidade de murmuração que carrega junto em si. Uma mulher que reza, o faz com a vida; ela confia seus passos, suas decisões, escolhas e percepções a Deus em oração. Ser uma mulher orante muda uma história inteira.

Uma mulher que reza se torna muito mais capaz de silenciar, esperar e dominar; ela é capaz de suportar o que nunca antes imaginava. Grande exemplo de mulher que reza é Maria, que rezou em pé, aguentou em pé e encheu a humanidade feminina de dignidade, força e exemplo. A meu limitado ver, essa habilidade de Maria é estrondosa, gigante e magnífica; ela se calou, sabia de tudo e mesmo assim se calou. Um domínio de si sem igual, uma fé tão bem construída pela graça de Deus que nada pôde abalar! Essa fé almejo!

A mulher orante não sucumbe nem cai diante de qualquer dificuldade, ela não reza somente depois que as coisas se ajeitaram querendo garantias e seguranças, mas ela reza enquanto as coisas se ajeitam, enquanto tudo se modifica, enquanto tudo se transforma. É até difícil imaginar uma mulher que não pede garantias para dar um passo de confiança, mas aquela que reza é assim: ela simplesmente confia e segue segura.

Nos meandros dessa palavra, fui aprendendo, devagarinho, que nada nesta vida iria me faltar, mesmo sabendo que nada iria me sobrar. Fui entendendo o convite que me estava sendo feito tão explicitamente: ser uma mulher de esperança.

Ziza Fernandes

Ziza é cantora, compositora, musicoterapeuta, professora e mosaicista. Estudou piano por 12 anos no Conservatório Santa Cecília, Maringá – PR, aperfeiçoando-se com o professor Paulo Giovanini, na Universidade Estadual de Maringá.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/afetividade-feminina/o-poder-da-mulher-orante/

19 de janeiro de 2015

O que é andropausa?

É muito importante a orientação e a conscientização de que essa doença existe e pode ser tratada

Depois de toda essa série de artigos sobre a menopausa, preciso fazer um momento especial sobre os homens. Afinal de contas, eles também passam pelo mesmo processo fisiológico que as mulheres, a diminuição dos hormônios sexuais. Só que a mudança deles geralmente é bem diferente da nossa. Ela acontece de maneira mais lenta, gradual e, na maioria das vezes, nem é percebida. Em média, somente 30% dos homens passarão pela andropausa sintomática, podendo ter sérias repercussões na vida do casal.

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O principal hormônio sexual masculino é a testosterona. Ela é responsável por diversas coisas maravilhosas: disposição de vida, força muscular, desejo sexual, produção de células do sangue, manutenção da saúde dos ossos… Todos os homens sofrem a queda desse hormônio após os 30 anos, em especial após os 50 anos. Quando essa perda é muito significativa, ela pode vir acompanhada de diversos sintomas como: diminuição da massa muscular, redução dos pelos no corpo (incluindo na barba), ausência de ereções espontâneas pela manhã, aumento da gordura corporal (em especial na barriga), diminuição do desejo sexual, suores e ondas de calor (raro), palpitações, infertilidade, problemas de memória, dificuldade de concentração, apatia, depressão e ansiedade.

Apesar de os sintomas serem graves, a andropausa ainda é algo pouco conhecido, e as pessoas têm dificuldades de fazer essa associação entre o quadro clínico e a doença. Às vezes, isso interfere diretamente na vida de toda a família, mas a maioria dos homens tem dificuldade de aceitar ir ao médico para fazer exames. Nesse ponto, acho muito importante a orientação e a conscientização de que essa doença existe e pode ser tratada.

O diagnóstico é feito principalmente pela história clínica (sintomas) e pela dosagem de testosterona no sangue. Se não for tratada, a andropausa pode causar (além dos sintomas psíquicos – depressão, apatia) osteoporose e anemia crônica. O tratamento é fácil, mas deve ser acompanhado por um médico, de preferência urologista ou endocrinologista. Ele consiste em repor a testosterona, seja por comprimido ou injeções. E os resultados costumam ser muito bons.

Como já mencionamos, nem todos os homens que têm diminuição do nível de testosterona vão ter sintomas. Mas chamo à atenção para que aqueles que sentem a chegada da andropausa: há tratamento e isso pode melhorar diretamente diversas áreas da vida. É muito importante ir ao médico para ser avaliado.

O fato real é que envelhecer não é fácil. Nosso corpo e nossa mente passam por transformações intensas, como se a vida quisesse nos dar um chacoalhão e dizer: Acorde! Agora é hora de tomar as decisões certas. Temos algum tempo pela frente, e a qualidade dessa fase dependerá diretamente das escolhas feitas por cada um de nós.

Eu faço eco desse pedido, dizendo que o que virá pode ser ainda melhor do que o que passou. A vida, em especial para aqueles que acreditam em Deus, é sempre uma evolução, um crescimento. Deus tem o melhor para nós, e se Ele nos permite estar mais um dia aqui, é porque tem algo de especial para fazer em nós e por meio de nós. Vamos semear as melhores sementes que temos, e colheremos também os melhores frutos, cada um em sua época.

Roberta Castro

Roberta Castro é Ginecologista e especialista em terapia familiar. Coordenadora do Ministério de Música e Artes da Renovação Carismática Católica no Estado do Espírito Santo.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/atualidade/saude-atualidade/o-que-e-andropausa/

15 de janeiro de 2015

Em quais condições a confissão comunitária é válida?

"Em casos de grave necessidade, pode-se recorrer à celebração comunitária da reconciliação, com confissão geral e absolvição geral" (CIC 1483)

A Mãe Igreja, à semelhança do Seu Senhor, deseja que todos os homens se salvem. Por isso, guardando as necessárias disposições, procura facilitar ao máximo a recepção dos auxílios da graça aos seus filhos por meio dos sacramentos.

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Com base nesse princípio e motivada historicamente sobretudo pelas duas grandes guerras mundiais, a Igreja introduziu a disciplina que possibilita a administração do sacramento da penitência com a absolvição coletiva.

É provável que você já tenha ouvido falar – ou mesmo passado por esta experiência – de alguém que foi buscar a confissão em alguma paróquia e, para sua surpresa, não tenha encontrado a celebração ordinária do sacramento da penitência (com a confissão auricular e absolvição individual), senão uma celebração comunitária com absolvição coletiva. O que dizer sobre isso?

A atual legislação canônica, mais precisamente o cânon 960 do Código de Direito Canônico, destaca expressamente que a confissão individual e íntegra, e a absolvição constituem o único modo ordinário, com o qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja;

A absolvição dada, ao mesmo tempo, a vários penitentes sem a prévia confissão individual, constitui uma forma excepcional da administração do sacramento da Penitência que só pode ser empregada quando (cfr. c. 961):

1) Haja iminente perigo de morte e não haja tempo para que o sacerdote ou os sacerdotes ouçam a confissão de cada um dos penitentes;

2) Haja grave necessidade, isto é, quando, por causa do número de penitentes, não há número suficiente de confessores para ouvirem as confissões de cada um, dentro de um espaço de tempo razoável, de tal modo que os penitentes, sem culpa própria, seriam forçados a ficar muito tempo (mais de um mês) sem a graça sacramental ou sem a sagrada comunhão.

O juízo para saber se, em determinado caso concreto, ocorre o que está prescrito no segundo item citado acima, não compete ao confessor, mas ao bispo diocesano, que só pode permitir a absolvição geral em situações objetivamente extraordinárias (cf. Motu Proprio Misericordia Dei, 4), previamente e por escrito. Não se considera, porém, necessidade suficiente quando não é possível ter os confessores necessários só pelo fato de grande concurso de penitentes, como pode acontecer numa grande festividade ou numa peregrinação (cfr. c. 961 §1, 2º).

A absolvição geral coletiva, nos casos excepcionais previstos, deve ser precedida de uma adequada catequese que explique aos fiéis as condições para a sua validade, deixando claro que aqueles que recebem a absolvição coletiva deverão – para que o sacramento seja válido –, confessar, em tempo devido, individualmente, todos os pecados graves que, naquele momento, não puderam confessar e que devem receber a absolvição individual antes de receberem uma nova absolvição geral.

Não é demais lembrar que todo aquele que, em razão do ofício, tem cura de almas (p. ex. o pároco) está obrigado a providenciar que sejam ouvidas as confissões dos fiéis que lhe estão confiados e que, de modo razoável, peçam para se confessar, a fim de que aos mesmos se ofereça a oportunidade de se confessarem individualmente em dias e horas que lhes sejam convenientes (cfr. c. 986 §1).

Por Padre Demétrio Gomes
Sacerdote na diocese de Niterói (RJ)

Padre Demétrio Gomes

Padre Demétrio Gomes é Pároco Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Niterói, e Chanceler do Arcebispado de Niterói. Professor do Instituto Filosófico e Teológico do Seminário São José de Niterói. Membro da Sociedade Internacional Tomás de Aquino (SITA - Brasil), do Centro Dom Vital e da Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC). Administrador do website Presbíteros http://www.presbiteros.com.br para a formação do clero católico.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/em-quais-condicoes-a-confissao-comunitaria-e-valida/

8 de janeiro de 2015

A vitória por meio do louvor

Em todas as situações podemos alcançar a vitória

O profeta Daniel traz um fato muito importante no capítulo 3 de seu livro e acredito que Deus quer nos falar por meio desse texto hoje. Ele narra que o rei da Babilônia Nabucodonosor mandou construir uma estátua de ouro enorme, media 30 metros de altura por 3 metros de diâmetro, e decretou que todos os habitantes do reino deveriam prostrar-se e adorá-la quando tocassem as trombetas e os instrumentos musicais. E fizeram isso. Só que chegou a seus ouvidos que três jovens judeus – chamados Sidrac, Misac e Abdênago (cf. Daniel 3, 16ss) – não estavam obedecendo as suas ordens. Furioso, mandou chamar os três rapazes e os ameaçou dizendo que se não adorassem a estátua, seriam jogados na fornalha de fogo e morreriam queimados, e ainda os insultou perguntando: "E qual é o Deus que vos há de livrar da minha mão?" (v. 15)

A vitória através do louvor

A resposta dos três jovens foi esta: "Nem precisamos dar resposta a esta ordem. Existe o nosso Deus a quem cultuamos, Ele nos pode livrar da fornalha acesa, salvando-nos da tua mão. Mas mesmo que isso não aconteça, fica sabendo, ó rei, que não vamos prestar culto ao seu deus, nem vamos adorar a estátua de ouro construída por ti, ó rei" (v. 16-18).

Aqui está o segredo do coração desses três jovens: ""mas mesmo que isso não aconteça, não vamos prestar culto ao seu deus…"". Em outras palavras, mesmo que o Senhor não nos livre, não O trairemos, permaneceremos fiéis, morreremos se for preciso, mas não voltamos atrás! Isso é amor incondicional a Deus, é fidelidade a toda prova. Que maturidade de fé!

Isso também precisa acontecer conosco. Precisamos chegar a essa maturidade e a esse amor incondicional a ponto de dizermos: "mesmo que nada mude em minha vida, mesmo que eu não seja curado, mesmo que isso não aconteça, permanecerei fiel ao Senhor! Não O negarei! Não desistirei! Mesmo que a minha oração aparentemente não traga resultados, não deixarei de orar, permanecerei fiel ao Senhor!"

O rei ficou furioso e mandou amarrar os três, colocou ainda mais combustível na fogueira e os jogou lá dentro. Eles caíram louvando a Deus, dando seu testemunho de fé. E algo maravilhoso aconteceu: "Os três ficaram passeando por entre as chamas, cantando hinos a Deus e louvando ao Senhor" (v. 24). E a Palavra de Deus continua descrevendo que "o Anjo do Senhor, porém, desceu para junto de Azarias e seus companheiros na fornalha. Impeliu as labaredas para fora da fornalha e fez surgir no meio da fornalha um vento úmido e refrescante. O fogo não os atingiu nem lhes causou qualquer incômodo" (v. 49).

O que me chama à atenção é que eles não negaram o poder de Deus; muito pelo contrário, afirmaram com toda a força que Ele tinha o poder de livrá-los daquela situação terrível. Só que eles deram um passo a mais, e aqui está o ensinamento para nós, eles deixaram claro que a sua fidelidade a Deus não estava condicionada ao fato de Ele os livrar ou não! Independentemente disso, decidiram permanecer fiéis ao Senhor. Num mundo tão materialista como o nosso, com tantas ofertas e propostas de se negociar com Deus, com tentativas até de forçá-Lo a fazer o que se quer ou de querer comprá-Lo com votos, promessas e coisas parecidas, o testemunho desses três rapazes é muito forte.

Sinto com essa passagem bíblica um forte convite do Senhor para que primeiro façamos uma revisão de vida a respeito de nossas disposições de fé. E depois, que possamos pedir esse coração apaixonado, essa fé madura, essa atitude fiel e gratuita para com Ele.

"A vitória vem pelo louvor!" E é justamente isso que vemos nesse texto bíblico. O louvor que brotou desses corações convictos em Deus, apaixonados pelo Senhor e fiéis a Ele de maneira incondicional, conquistou da parte do Senhor o livramento da fornalha, a libertação diante da tirania de Nabucodonosor. E o fruto dessa fidelidade foi a conversão do próprio rei, que reconheceu o poder de Deus e passou também a buscá-Lo.

Creio firmemente que a partir dessa mudança interior, dessa mudança do nosso coração e de nossa postura diante das situações e das tribulações, se tivermos esse coração totalmente confiante em Deus, e principalmente, incondicional na fidelidade a Ele, muita coisa vai começar a mudar em nossa vida, não haverá "fornalha" capaz de nos fazer mal, não haverá tirania suficiente para nos prender, não haverá situação impossível. Veremos a glória de Deus!

Que o Senhor nos conceda essa conversão no dia de hoje!

Deus abençoe você!

Por Padre Clóvis Andrade de Melo
Missionário da comunidade Canção Nova


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/a-vitoria-por-meio-do-louvor/