24 de setembro de 2014

Primavera é tempo de celebrar a vida!

A primavera chegou. É tempo de celebrar a vida que venceu a morte!

De repente os dias ficam mais claros, o sol brilha mais forte e as flores despontam trazendo uma explosão de cores e aromas que contagiam a terra. Então percebemos que já é primavera! Um bom momento para descobrirmos que a vida também é um constante renovar, entre perdas e ganhos que vão do semear ao florescer.

Primavera é tempo de celebrar

Aliás, a natureza é sábia, e conhecendo bem a importância de suas estações, procura vivenciá-las sem antecipar nem retardar nenhuma etapa. Como é belo compreender isso! Acredito que, por intermédio da contemplação da natureza, podemos também nos encontrar com o Criador e ser formados por Ele nos detalhes dos acontecimentos cotidianos.

Se observarmos as estações do ano, por exemplo, é fácil compará-las com a vida humana e com as transformações que esta nos proporciona, na qual perdas e ganhos; frio e calor; vida e morte; escuridão e brilho se entrelaçam dando sentido ao ciclo necessário da existência, que não nos permite parar em nenhuma etapa.

Quando o verão chega, é fácil perceber que o forte brilho do sol dá vida aos nossos sonhos, fazendo-nos ir mais longe do que imaginávamos. Até que, em certo momento, as cores se cansam e as folhas amareladas dão sinais de que as podas são necessárias… É o outono que nos visita chamando-nos ao desapego. Nesta hora, pode ser que nos sintamos pobres e desprotegidos, então o inverno acena e convida-nos ao recolhimento, à reflexão, ao silêncio e à espera. Assim, o tempo passa e, quando tudo parece imóvel, a semente, que descansava na terra fria, vem para fora com um misto de fragilidade e força e, aos poucos, contagia a terra.

Quando isso acontece, é hora de celebrar, pois a primavera chegou e "a vida venceu a morte!" (cf. I Cor 15,55), e segue seu rumo numa constante passagem. Já que é assim, e sabendo que o momento presente é a única coisa que realmente temos, devemos aproveitá-lo bem, amando e levando alegria e cor à vida das pessoas. A boa notícia é que agir assim custa pouco. Então que tal aproveitar o clima e partir para gestos concretos?

Quem sabe oferecer uma flor à pessoa que trabalha ou convive com você ou até mesmo enviar um sinal de vida àqueles que estão distantes desejando-lhes uma feliz primavera e falando o quanto eles são caros a você. Tenho certeza de que gestos simples como estes podem transformar o dia de muita gente e de que você encontrará felicidade ao fazer outros felizes. Por isso, não perca tempo à espera de que alguém se lembre de você, dê o primeiro passo. Desperte sua bondade e deixe-se envolver pelo amor divino, que já imprimiu em seu ser qualidades maravilhosas, talentos únicos e, principalmente, a grande capacidade de amar e promover o bem.

Contudo, se seu coração ainda está agarrado ao inverno e o frio da solidão o faz sofrer, não desanime. Busque no alto a força de que precisa para ir além! A natureza ensina que, no processo de transformação pelo qual todos passamos, nunca estamos sozinhos. Aquele que nos fez e nos enviou ao mundo está conosco, nos contempla passo a passo e nos dá a graça necessária para vencermos. É por isso que podemos florescer depois do inverno e deixarmos o outono levar o que já não nos pertence sem pararmos na dor.

Na natureza a vida renasce enquanto ela se doa, conosco não é diferente. Coragem! A primavera está batendo à sua porta, deixe-a entrar e viva-a concretamente doando o que você tem de melhor. Perdoe, acolha, sorria, abrace, vá ao encontro e ame! É tempo de exalar o perfume e a beleza que o Criador lhe deu.

É primavera, tempo de ser feliz!


Dijanira Silva

Dijanira Silva, missionária da Comunidade Canção Nova, atualmente reside na missão de São Paulo. Apresentadora da Rádio CN América (SP). E-mail: http:// dijanira@geracaophn.com


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/primavera-e-tempo-de-celebrar-a-vida/ 

22 de setembro de 2014

Como incentivar as crianças a gostar da Palavra de Deus?

Incentivar as crianças a gostarem da Palavra de Deus é um valioso investimento.

As crianças são de grande importância para o Reino de Deus. É prazer de Deus, por intermédio do Seu Filho Jesus Cristo, alcançar o coração delas. Conduzi-las a ter um encontro pessoal com Jesus é um grande desafio, mas também a mais doce esperança de um mundo melhor. Não foi por acaso que Jesus ordenou que deixassem as crianças irem a Ele. O Senhor estava diante de cristãos em potencial. Ao proferir essas palavras, diz a Escritura que Ele estendeu as mãos sobre as crianças e as abençoou.

Como incentivar os filhos a terem gosto pela palavra de Deus 940x500:foto: daniel mafra

O ensino bíblico para crianças deve ser valorizado por todos que fazem parte da vida delas. Este, sim, é um valioso investimento! Não vai existir fase mais adequada – para que sejam construídos e reconstruídos os pilares para uma vida saudável e comprometida com o mundo – do que a infância.

A figura da criança é apresentada, na Bíblia, desde muito cedo. Moisés e João Batista são exemplos de apóstolos que eram comprometidos com o mundo espiritual desde que eram crianças. Moisés recebeu um chamado, João Batista foi batizado no Espírito enquanto sua mãe, Isabel, recebia a visita de Maria.

A Palavra de Deus nos ensina por onde e como conduzir os filhos a este encontro com Deus, preservando a criança dos valores passageiros, impostos por ensinamentos que vêm de outras palavras. Como a palavra proferida pelas novelas, pelos excessos de desenhos animados, pelos colegas da escola e, também, pelo livre acesso a certos conteúdos da internet. É preciso deixar claro que a Palavra à qual me refiro está na Sagrada Escritura. Portanto, os filhos deverão ter a oportunidade de conhecê-la com a decisão da família de ser ou não ser uma família cristã. E a partir disso promover ações possíveis em que seus filhos consigam se aproximar da leitura bíblica.

Será primeiramente pelo testemunho dos pais que os filhos vão se deixar seduzir pela Palavra do Senhor. É comum ver pais ensinarem aos filhos quem é o Papai do Céu e a pedirem a Sua bênção, contudo, o tempo passa e este ensinamento não evolui. É uma fé tipicamente folclórica. A criança não frequenta a igreja, nunca viu os pais lendo a Palavra, não experimenta fazer caridade desde a mais tenra idade, não cresce habituada a reconhecer os seus pecados (mesmo tão mínimos) e cresce longe do costume de orar pelas pessoas que estão ao seu redor, em sua cidade e no mundo.

Incentivar um filho a gostar de ler e viver a Palavra de Deus é, antes de tudo, habituá-lo ao ambiente que tenha sinais de Deus. A criança é muito inteligente para perceber quando a família fala e não vive. Principalmente, aquelas que dizem crer em Deus, mas não testemunham esta crença com atos concretos de fé.

Seria muito bom que, antes de dormir, as crianças ouvissem histórias bíblicas ou assistissem a DVDs sobre os milagres e o amor de Jesus. É importante escolher um lugar da casa em que seja possível colocar algo que sinalize que, naquele ambiente, os seus proprietários são cristãos. As visitas, os vizinhos e os familiares precisam saber e respeitar essa decisão. É fundamental também educar os filhos dentro dos ensinamentos do Evangelho, mostrando-lhes sempre, com as leituras, como Deus gostaria que eles crescessem em graça e sabedoria.

Mesmo tendo a religião e a espiritualidade como base familiar, é necessário cautela, prudência, informação e inteligência para que nada saia diferente do que se espera. Várias são as passagens bíblicas que confirmam este querer de Deus com relação aos nossos filhos. Deuteronômio 6:4-9; Marcos 10:13-16; Josué 4:1-9  são passagens bíblicas que causam nas crianças a curiosidade sobre o mundo espiritual.

Como incentivar as crianças a gostar da Palavra de Deus?

Sendo pais que se lembrem do jeito de ser de Jesus! Caso contrário, os filhos terão aversão não só à Palavra como também a tudo que lembre o Divino. Em seguida, colocando em prática o que aqui foi proposto.

Os catequistas também precisam fazer uso de metodologias mais inovadoras e tecnológicas para esses ensinamentos ministrados nas paróquias. O sacerdote, por sua vez, ao perceber a presença de crianças nas Celebrações Eucarísticas, deverá referir-se a elas de forma especial, distante de uma linguagem complexa. Dentro desse contexto é muito bom ressaltar que nossa espiritualidade nos aproxima de Deus, com isso, contagiamos as pessoas que estão ao nosso redor sendo amáveis, dóceis e responsáveis com nossa família e com o mundo no qual estamos inseridos, usando uma linguagem decente e respeitosa. E demonstrando que queremos ser filhos de Deus amáveis e amados. Este será sempre um bom começo pra que os nossos rebentos possam entender a Palavra de Deus e gostar dela.

Judinara Braz

Administradora de Empresa com Habilitação em Marketing. Psicóloga especializada em Análise do Comportamento. Autora do Livro "Sala de Aula, a vida como ela é." Diretora Pedagógica da Escola João Paulo I – Feira de Santana (BA).


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-incentivar-as-criancas-a-gostar-da-palavra-de-deus/

19 de setembro de 2014

Como se aceitar

Quem não aprende a viver consigo mesmo dificilmente conseguirá conviver com o próximo.

A vida é uma difícil aventura de viver consigo mesmo. Muito daquilo que vemos no outro é apenas reflexo do que nossa alma insiste em não aceitar. A este sentimento denominamos "projeção". O outro, por vezes, se torna um espelho diante de uma realidade que não aceitamos em nós mesmos. A mais longa viagem que podemos fazer é para dentro do nosso próprio coração. Em territórios desconhecidos, os sentimentos, ainda não reconciliados com nosso coração, sempre são inimigos a serem combatidos em uma guerra sem fim. Entre o coração e a solidariedade há uma ponte de amor a ser atravessada.

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Quem não aprende a viver consigo mesmo dificilmente conseguirá conviver com o próximo. Encontrar-se é uma arte. Somente quando aprendemos a caminhar com leveza, por entre os espinhos de nossa alma, é que conseguimos observar que as flores também se encontram lá, por vezes escondidas entre as ervas daninhas de nossa pressa existencial. O fruto da vida só é doce quando temos a coragem de vivenciar os processos de amadurecimento dos sentimentos que amargam a nossa história.

Muitos se acostumaram a fazer da vida um eterno plantão de reclamações. Acordam pela manhã reclamando do trabalho e das pessoas com quem terão de conviver durante o dia. Passam o dia reclamando de pequenas coisas que já se tornaram, em sua vida, montanhas de aborrecimentos. Aquilo que não aceitamos cria raízes em nossa alma.

Pessoas que se encontram nesta etapa de intolerância geralmente não consideram ninguém digno de confiança, não possuem amigos nem suportam ninguém. Não têm confiança em ninguém, porque não confiam em si mesmas; não têm amigos, porque são inimigas de si mesmas; não suportam nenhuma pessoa, porque não suportam mais a condição existencial na qual se encontram.

Muito mais triste do que reclamar, é alguém ter que conviver com todos esses sentimentos que fazem da alma um espaço de trevas, no qual as luzes do amor, da bondade e da paz não conseguem entrar. Acostumou-se a viver na escuridão de seus próprios sentimentos. Enxergar a luz do sol do amor e da paz é tão doloroso quanto assumir os erros diante das realidades tão claras na vida.

A mudança interior começa quando assumimos a nossa responsabilidade diante das escolhas que fazemos na vida. Não adianta culpar o outro pelo mundo que criamos em nosso coração. Somos os artesãos de nossas dores e alegrias. Por vezes, será preciso nos aventurarmos na descoberta de nós mesmos e adquirirmos a consciência das trevas que habitam nosso coração, e lutarmos para vencer uma batalha, na qual a luz será sempre um caminho a ser reencontrado.

Quem deseja enganar a si mesmo, com as ilusões que cria diante dos próprios erros, faz da vida uma mentira e se perde nos territórios paganizados de sua alma.

Jesus conhecia o coração do ser humano, por isso mesmo o Seu olhar era sempre de misericórdia. Os erros de um tempo passado só poderiam ser deixados para trás se a pessoa aceitasse trilhar novos caminhos ao encontro de si mesma.

A cada dia somos chamados a fazer da vida a mais bela escola, na qual cada erro se torna oportunidade de crescimento humano e espiritual. O futuro é o presente que construímos em nós mesmos.

Padre Flávio Sobreiro

Padre Flávio Sobreiro Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG. Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG. Página pessoal: http://www.padreflaviosobreiro.com Facebook: http://www.facebook.com/flaviosobreiro 


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-e-libertacao/como-se-aceitar/

17 de setembro de 2014

Por que o homem quer futebol quando a mulher quer companhia?

Por que o homem quer ir jogar futebol quando a mulher quer a companhia dele?

Desde a época das cavernas, tanto o cérebro dos homens como o das mulheres têm sido condicionados a desenvolver diferentes percepções.

O homem saía para caçar, o que lhe trouxe maiores aptidões em áreas específicas para cumprir esse seu ofício, como um maior senso de direção (localização, orientação, posicionamento), visão focal/direcionada em um alvo (a presa), agilidade e força física. Todas habilidades para a caça.

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Enquanto a mulher cuidava da caverna; então, também lhe foram sendo moldadas características para tal, como uma visão mais periférica, apurada percepção e sensibilidade (tudo isso para desempenhar as funções que lhe eram próprias, por exemplo: ter múltiplas atividades ao mesmo tempo, pois elas precisavam manter o fogo aceso e cuidar das crianças, interpretar as necessidades dos filhos, mesmo quando estes ainda não sabiam se comunicar).

Essas atividades distintas fizeram do homem um ser voltado para tornar as coisas práticas. Para eles quase tudo tem um foco, um alvo. Daí a tendência a tornar tudo objetivo, desenvolvendo uma maior impulsividade, potência e resistência muscular. E no ser feminino isso gerou a capacidade de interiorização, elas tendem a buscar o significado de cada gesto. Ficaram mais emotivas.

O cérebro feminino formou-se com um maior número de conexões entre as células nervosas. Os hemisférios direito e esquerdo trocam mais informações do que no cérebro masculino, o qual trabalha de forma mais compartimentada. Isso equivale a dizer que homens têm a tendência de separar e resolver os assuntos pertinentes à sua vida de forma isolada, por isso uma crise na área afetiva dificilmente vai afetar seu trabalho ou outros aspectos da sua vida.

Já as mulheres geralmente fazem ligações e interpretam significados entre as várias dimensões de suas vidas, e também fazem isso na vida daqueles que convivem com elas. Quando vivem um problema no trabalho podem transferir essa tensão para o relacionamento com o esposo ou com namorado, para a vida financeira, entre outros. E quando elas sentem que eles estão um pouco diferentes ficam imaginando mil coisas que podem estar acontecendo.

Quando um casal vive o dilema: "Por que o homem quer ir jogar futebol quando a mulher quer a companhia dele?", para o homem o fato de ele sair para jogar bola, ir à academia, praticar algum um hobby, ficar um pouco com os amigos (também assistir ao futebol) não significa trocá-la por outra opção. Na cabeça dele, ele reservou para seu dia, entre seus afazeres, responsabilidades e compromissos, um momento para cada coisa, e inclusive pensou no momento mais tarde para namorar e estar com ela. Tendo praticado seu lazer ele estará bem física e psiquicamente, e no tempo em que estiver com sua parceira ele será única e exclusivamente para ela. Sua maior impulsividade, potência e resistência muscular geraram nele também a necessidade de movimento.

Para a mulher, amar significa estarem juntos, fazer as coisas juntos, afinal, ela entrou no relacionamento para estar com alguém, para criar EMPATIA. Para ela, é essencial sentir que ele faz questão de entrar no mundo dela e vice-versa. É prova de amor a presença dele nas situações diversas.

O pensamento feminino, que conecta todas as coisas, interpreta o fato de ele querer sair para jogar futebol, ou praticar outra atividade, como um alerta para o relacionamento. "Algo está errado, pois ele não quer estar comigo!", elas dificilmente apartam um fato de outro.

É claro que não estou falando aqui de casos em que o homem sai muito frequentemente e quase não dá atenção para sua mulher ou quando ela não permite que ele nunca faça o que goste. Nessas situações existe mesmo um desequilíbrio! Eu estou me referindo aqui às situações em que é gerado um mal-estar entre o par que está vivendo esse dilema, fato que geralmente acontece quando há a adaptação entre o casal no início de namoro ou casamento, uma nova fase. Talvez seu antigo namoro ou ritmo de vida nunca o(a) tenha colocado diante de situações assim.

Então, tudo bem! Chegamos a um entendimento sobre o que ocorre e como cada sexo interpreta os fatos. Mas, o que fazer a partir de agora, pois, continuamos com as mesmas tendências primitivas dentro de nós?

Quando duas pessoas se relacionam com o intuito de viver uma vida a dois, tudo deve ser colocado para tal direção. Não existe uma fórmula ideal, mas ambos devem saber que a vocação maior é de constituírem uma família, o que requer união, vínculo e responsabilidades recíprocas.

Portanto, que ele tente compreender mais e se interessar mais pelas necessidades específicas da sua parceira, e qual o nível e o grau de interação e aprofundamento que ela necessita. Da mesma forma, que ela perceba quais os anseios e intensidade de experiências e movimento de que ele precisa.

A partir da visão da beleza do outro, desde o que compreendemos sobre o sexo oposto até as características e necessidades individuais de quem amamos, podemos direcionar melhor nossos esforços e nos alegrar com a concórdia. O sacrifício de fazer acontecer a felicidade de quem amamos traz sentido ao coração, desde que não venha a tolher o que somos. Acredite: existe um ponto de acordo, tudo depende do diálogo.

Deus os abençoe!


Sandro Arquejada

Sandro Aparecido Arquejada é missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em administração de empresas pela Faculdade Salesiana de Lins (SP). Atualmente trabalha no setor de Novas Tecnologias da TV Canção Nova. É autor do livro "Maria, humana como nós" e "As cinco fases do namoro". Também é colunista do Portal Canção Nova, além de escrever para algumas mídias seculares.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/afetividade-masculina/por-que-o-homem-quer-futebol-quando-a-mulher-quer-companhia/

15 de setembro de 2014

Por que dedicar um dia ao nome de Maria?

O anjo enviado por Deus disse a Nossa Senhora: "Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus".

A liturgia celebra, no dia 12 de setembro, o Nome Santíssimo da Virgem Maria (Miryam, em hebraico). O objetivo dessa festa é que os fiéis possam recomendar a Deus, de modo especial pela intercessão de Sua Santíssima Mãe, as necessidades da Igreja e as próprias necessidades, além de agradecer ao Senhor as graças recebidas por intermédio da intercessão da Virgem Maria.

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Essa festa teve início na Espanha, em 1513, e espalhou-se por todo o país. Em 1683, o Papa Inocêncio XI a estendeu para toda a Igreja do Ocidente como um ato de ação de graças pelo levantamento do cerco de Viena e a derrota dos turcos por João Sobieski, rei da Polônia. Na época, a data dessa celebração foi definida para ser no domingo dentro da oitava da Natividade de Nossa Senhora.

O nome de uma pessoa é muito importante na Bíblia, pois representa a própria pessoa. Certamente, São Joaquim e Santa Ana foram inspirados pelo céu ao escolherem esse nome para a Virgem que seria, um dia, a Mãe do Redentor e nossa Mãe.

São Lucas registra: "O nome da Virgem era Maria". O anjo enviado por Deus diz a ela: "Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus". Segundo os mariólogos, o nome "Miryam" pode ter origens diversas. Alguns estudiosos afirmam que ele é derivado da raiz "mery", que em egípcio significa "muito amada". Também são atribuídos a ela o significado de "Estrela do Mar", entre outros.

Mais importante do que o significado exato desse nome é saber que ele é poderoso, pois é o nome da Mãe de Deus e deve ser invocado sempre.

O nome de Maria é como um bálsamo que corre agradavelmente sobre os membros dos enfermos e os penetra com eficácia, os reanima e suaviza, lhes dá força e saúde. Mais do que o nome de todos os santos, Maria pede a Deus que Ele cure os nossos males, ilumine nossa cegueira e nos encorage em nossos desânimos.

Ricardo de São Vítor disse: "O nome de Maria cura os males do pecador com mais eficácia que os unguentos mais procurados. Não há doença, por desastrosa que seja, que não ceda imediatamente à voz desse bendito nome".

Alguém disse que o nome de Maria desarma o coração de Deus. Não há pecador, por mais criminoso que seja, que o pronuncie em vão. Por ela, o perdão desce sobre as almas pecadoras, não porque tenha ela o direito de o conceder, mas porque é onipotente para o implorar a Deus. O nome de Maria abre o coração de Deus e põe todos os tesouros d'Ele à disposição da alma que o invoca. São Bernardo a chamou de "onipotência suplicante".

Um santo disse que Jesus Cristo entrega tudo o que tem àqueles que Lhe estendem a mão em nome de Sua Mãe. Deus Pai, fonte de toda riqueza, concede toda graça àqueles que pedem algo a Ele invocando o nome de Sua Filha bem-amada.

O nome da Santíssima Virgem Maria nos salva dos perigos de pecar, das tentações e de todas as dificuldades. Ele dissipa a tristeza na alma que o pronuncia. Quem tem temor de Deus e de Seus julgamentos deve pensar sempre em Maria e invocar o nome dela. Assim, sua confiança em Deus renascerá. Diante de qualquer dificuldade humana, diante dos adversários e dos perigos, pense em Nossa Senhora e invoque o seu santo nome; porque dele os demônios fogem.

Da mesma forma, se há o medo da morte, pensemos na Santíssima Virgem Maria e invoquemos sempre seu nome para termos a coragem de aceitar esse supremo e último sacrifício. Quaisquer que sejam os inimigos que nos ameacem, venham eles do inferno ou do mundo, invoquemos o poderoso nome de Maria e a todos eles venceremos.

Diante de nossas fraquezas e pecados – orgulho, ganância, sensualidade, gula, inveja e preguiça – confiemos o nosso fraco coração aos cuidados da Mãe de Deus, invocando o seu poderoso nome.

"O nome de Maria, diz Santo Antônio de Pádua, é júbilo para o coração, mel para a boca e doce melodia para o ouvido."

São Boaventura afirma: "Bem-aventurado o que ama vosso nome, ó Maria, porque este é uma fonte de graça que refresca a alma sedenta e a faz produzir frutos de justiça. Ó Mãe de Deus, que glorioso e admirável é vosso nome! Quem o leva em seu coração se verá livre do medo da morte. Basta pronunciá-lo para fazer tremer todo o inferno e por em fuga todos os demônios. O que deseja possuir a paz e a alegria do coração, que honre vosso santo nome."

São Pedro Crisólogo destaca: "O nome de Maria é salvação para os regenerados, sinal de todas as virtudes, honra da castidade; é o sacrifício agradável a Deus; é a virtude da hospitalidade; é a escola de santidade; é, enfim, um nome completamente maternal."

São Bernardo declarou: "Ó amabilíssima Maria, vosso santo nome não pode passar pela boca sem abrasar o coração. Os que vos amam não podem pensar em vós sem um consolo e um gozo muito particulares. Nunca entrais sem doçura na memória dos que vos honram."

Tomás de Kempis, em seu livro "Imitação de Cristo", escreveu a respeito do glorioso nome da Mãe de Deus: "Os espíritos malignos tremem ante a Rainha dos Céus e fogem como se corre do fogo ao ouvir seu santo nome. Causa-lhes pavor o santo e terrível nome de Maria, que para o cristão é um extremo amável e constantemente celebrado".


Felipe Aquino

Prof. Felipe Aquino, é viúvo, pai de 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Site do Professor: http://www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/devocao-nossa-senhora/o-poderoso-nome-de-maria/

12 de setembro de 2014

Como se vestir bem?

Precisamos nos vestir bem, mas não podemos ser ocasião de pecado para os outros

Falar de roupa é algo delicado, pois não existe uma fórmula e muito menos um padrão para dizer o que é certo e o que é errado. Na verdade, acredito que existem meios para nos vestirmos segundo aquilo que desejamos expressar. Ou seja, a roupa diz do meu ser, do que gosto, daquilo em que acredito e até mesmo da minha fé. O formato do corpo da mulher chama a atenção por si só, portanto, a roupa favorecerá ou a modéstia ou a sensualidade que ela quer passar. Se você é cristã e deseja ser vista como uma filha de Deus e respeitada por sua beleza, esse artigo é para você.

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A mulher precisa cultivar a virtude da modéstia, que está dentro das quatro virtudes humanas: prudência, temperança, justiça e fortaleza. A modéstia se encaixa dentro da virtude da temperança. A mulher modesta é aquela que se veste com elegância, beleza e feminilidade.

Precisamos nos vestir bem, mas não podemos ser ocasião de pecado para os outros. É preciso se perguntar: "Essa roupa que eu visto leva o outro a me ver como um objeto sexual?". Não é uma questão de dizer que o homem é sem vergonha, pois, se a mulher faz questão de exibir certas partes do seu corpo provocando-o, é obvio que isso despertará a sensualidade e desejos eróticos nele. Roupas curtas, calça colada, blusas decotadas e minissaias provocarão a imaginação do homem e não o ajudarão a viver a pureza e a santidade. Portanto, é questão de consciência e não de regras.

Como missionária e apresentadora de programas na TV Canção Nova, vivo o desafio de me vestir de acordo com a minha missão. Na televisão de formato plasma eu fico esticada, mais gordinha e alta. As minhas calças mostram-se de uma forma que 'ao vivo' elas não estão. Por essa razão, eu escolhi comprar uma calça de numeração maior do que a minha. Não estou dizendo para você fazer o mesmo, estou apenas descrevendo uma situação concreta que vivo e a decisão que tomei.

"O vosso adorno não consista em coisas externas, tais como cabelos trançados, jóias de ouro, vestido luxuosos, mas na personalidade que se esconde no vosso coração, marcada pela estabilidade de um espírito suave e sereno, coisa preciosa diante de Deus" (I Pedro 3,3-4). 

Pense nisso! É a sua personalidade, o seu jeito de ser e seus valores que farão de você uma mulher bela e de valor. Por isso, peça a ajuda da Virgem Maria para se vestir de acordo com o plano original de Deus para você. Estou nessa luta e me uno a você que deseja ser uma mulher segundo o coração de Deus!

Indico esse vídeo no qual padre Paulo Ricardo reflete, com muita sabedoria, sobre a modéstia:

Fernanda Soares

Missionária da Canção Nova. Apresentadora do programa Revolução Jesus e Vitrine da TV Canção Nova. Estudante de jornalismo. Escritora do Blog do Revolução Jesus.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/castidade/como-se-vestir-bem/

10 de setembro de 2014

Uma nação sem filhos é uma nação sem futuro

É triste ver países envelhecidos, sem braços jovens para trabalhar e continuar a história deles.

Na década de 60, os pesquisadores inventaram a pílula anticoncepcional. Logo em seguida, em 25 de julho de 1968, o Papa Paulo VI escreveu a Encíclica "Humanae Vitae", alertando sobre os perigos que a pílula representava para a humanidade. É verdade que ele não usou a palavra "pílula" nesse documento, mas, ao falar em "métodos artificiais de controle da natalidade", certamente se referia a esse medicamento.

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Já se passaram cerca de cinquenta anos, e o tempo mostra o quanto o Papa Paulo VI tinha razão. Os países da Europa envelheceram; nenhum deles hoje consegue nem sequer repor a taxa mínima de natalidade para que a população do continente não diminua. Nenhum deles tem taxa de 2,1 filhos por mulher, o mínimo necessário para se manter a população estável. É triste ver a situação da Europa, do Japão e de outros países envelhecidos, sem braços jovens para trabalhar e continuar a história dessas nações. Os governantes agora multiplicam os incentivos para os casais terem filhos, mas sem sucesso.

O Papa Bento XVI disse que "uma nação sem filhos é uma nação sem futuro". Isso acontece hoje por causa deste drástico controle da natalidade facilitado pela pílula e outros métodos artificiais contraceptivos.

Logo no início da referida encíclica, no número 1, Paulo VI destacou que: "O gravíssimo dever de transmitir a vida humana, pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias [...]. O matrimônio e o amor conjugal estão por si mesmos ordenados para a procriação e educação dos filhos. Sem dúvida, os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos pais" (idem n.9).

Uma das advertências que o Papa italiano fez no documento foi a de que o casal cristão, na missão de transmitir a vida, não é livre para proceder a seu próprio bel-prazer, como se pudesse determinar, de maneira absolutamente autônoma, as vias honestas a seguir, mas deve conformar o seu agir com a intenção criadora de Deus, como ensina a Igreja (idem n.10). Isto é, o casal deve viver a "paternidade responsável", ter todos os filhos que puder criar com dignidade, sem cair na tentação do medo, do egoísmo e do comodismo de evitá-los.

Disse o Sumo Pontífice no mesmo documento: "É de excluir toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação" (idem n.14).

O Santo Padre insistiu em que o ato sexual tem dois aspectos fundamentais e que não podem ser separados: "o unitivo e o procriativo"; se forem separados haverá o uso indevido e egoísta do sexo. "Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, ele disse  o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade" (idem n.11).

Paulo VI lembrou também que a esterilização do homem ou da mulher fere o plano de Deus: "É de excluir de igual modo, como o Magistério da Igreja repetidamente declarou, a esterilização direta (vasectomia e laqueadura), quer perpétua quer temporária, tanto do homem como da mulher" (idem n.14).

Para os casais que precisam seriamente evitar uma gravidez, por um tempo, o Pontífice recomenda "os métodos naturais" de contracepção, por exemplo, o conhecido "método Billings", que funciona muito bem quando o casal o usa corretamente. A sua grande vantagem é que não fere a vontade de Deus e a mulher não toma medicamentos constantemente, o que lhe pode fazer mal à saúde. Além disso, desse modo se estabelece entre o casal cristão um clima de amor, compreensão e respeito de mortificação, que tanto santifica.

Paulo VI denunciou também os estragos que a pílula traria para a sociedade em termos morais: "Considerem, antes de mais, o caminho amplo e fácil que tais métodos abririam à infidelidade conjugal e à degradação da moralidade. Não é preciso ter muita experiência para conhecer a fraqueza humana… Pense-se ainda seriamente na arma perigosa que se viria a pôr nas mãos de autoridades públicas, pouco preocupadas com exigências morais" (idem n.17). Com o uso da pílula, o sexo e a mulher se tornaram fácil e vil objeto de consumo; isso é inegável.

O mesmo Papa deixou claro que não seria surpresa para ele as reações contra a Encíclica "Humanae Vitae". Disse: "À semelhança do seu divino fundador, "objeto de contradição" (cf. Lc 2,34), a Igreja, nem por isso deixa de proclamar, com humilde firmeza, a lei moral toda, tanto a natural como a evangélica. A Igreja não foi a autora dessa lei e não pode, portanto, ser árbitra dela; mas, somente depositária e intérprete, sem nunca poder declarar lícito aquilo que o não é".


Felipe Aquino

Prof. Felipe Aquino, é viúvo, pai de 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Site do Professor: http://www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/planejamento-familiar/uma-nacao-sem-filhos-e-uma-nacao-sem-futuro/