"Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade." 1Cor 13,13. Idealizado e Criado em 13/05/2006.
22 de agosto de 2014
O Avô e os Lobos
21 de agosto de 2014
Quem é Jesus?
Como foi possível que esse Homem pobre, que vivia em uma cidadezinha de Israel, se tornasse o mais conhecido e amado da história?
Foi um judeu, carpinteiro humilde que só fez o bem, mas foi condenado à morte. Contudo, marcou profundamente a história da humanidade. Alguns O classificam de sábio; outros, de Mestre e Profeta. Como foi possível que esse Homem pobre, que vivia em uma cidade desprezada em Israel, que jamais escreveu um livro, não fez parte da elite, não foi militar, escriba, doutor nem artista, não procurou impor pela força Seus ensinamentos, se tornasse o Homem mais conhecido, mais amado e admirado da história? Por que, ainda hoje, tantas pessoas estão dispostas a segui-Lo, às vezes, com o sacrifício da própria vida?
Simplesmente, porque Ele é, de fato, o que afirmava ser. Pelos séculos, milhões de homens e mulheres têm descoberto, por meio de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, alguém infinitamente maior que um Mestre ou Profeta. Ao escutar e receber Sua mensagem, O reconheceram pelo que Ele é: inteiramente Deus e inteiramente Homem, plenamente Amor e plenamente Verdade. Eles O reconheceram como Salvador, Sua Morte, Sua Ressurreição, Sua mensagem e Sua pessoa lhes deram um novo sentido para viver. "Quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificando" (cf. 1 Cor 2,1-2).
Jesus é Deus
"Cristo é sobre todos, Deus bendito eternamente" (Rm 9,5). Criador de todas as coisas e Aquele por quem elas subsistem (Cl 1,16.17). Em Seu imenso amor, foi manifesto na carne, revelando-se como Homem: é um grande mistério e uma realidade revelada para nossa salvação e bênção agora e eternamente.
As Sagradas Escrituras declaram que Jesus é Deus:
"No princípio, era Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (cf. Jo 1,1-2) Ele estava no princípio com Deus.
O Deus Pai disse a respeito do filho: "Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos" (Hb 1,8). Seus atributos são os mesmos de Deus: É onipresente: "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28,20). É onipotente: "Esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas" (Fl 3,20-21). É imutável: "Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13,8). "Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2,9). "É um com o Pai: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10,30)".
Observar as obras de Cristo é ver Deus trabalhando, escutar as palavras de Cristo é ouvir a voz do próprio Deus. Isso parece simples. Mas não o é. Considerar o Senhor Jesus como algo menos que Deus, por exemplo, um "mestre da moral", "um espírito evoluído" ou "o maior benfeitor da humanidade" é afronta do pior grau possível! É não conhecer a Bíblia Sagrada e não ter experiência abissal com Jesus Cristo. "Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?" (Mt 8,27). "Que dizem os homens ser o filho do homem?" (Mt 16,13). E Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo" (Mt. 16,16).
E a multidão dizia: "Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia" (Mt 21,11). "Jesus é a Palavra de Deus" (Jo 1,1). "Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap. 19,16).
Diz Santo Agostinho de Hipona: "Se quereis viver piedosa e cristãmente, abraçai-vos a Cristo-Homem e chegareis a Cristo-Deus". "Cristo-Deus é a pátria para onde vamos e Cristo-Homem é o caminho por onde vamos".
O erudito escritor Giovanni Papini, autor do clássico História de Cristo, escreve: "Milhares de santos por ti sofreram e por ti se extasiaram, mas, ao mesmo tempo, milhares e milhares de renegadores e de dementes continuaram a esbofetear a tua face sanguinolenta. Justamente por não Te amarmos suficientemente, temos necessidade de todo o Teu amor".
A nossa vida só poderá ser feliz se vivermos, em Jesus Cristo, uma dimensão eterna de salvação e no amor a Deus e ao próximo! Sua graça e Seu Evangelho é tudo para Seus discípulos.
Padre Inácio José do Vale
Padre Inácio José do Vale é professor de História da Igreja no Instituto de Teologia Bento XVI (Cachoeira Paulista). Também é sociólogo em Ciência da Religião.
Fonte: http://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/quem-e-jesus/
20 de agosto de 2014
Simplifique sua vida!
Jornada para o céu. Você tem um mapa?
Em nossa jornada rumo ao céu não é possível trilhar um caminho sozinho, menos ainda sem referências de onde se quer chegar
Os mapas nos ajudam na localização de lugares que não conhecemos ou que temos dificuldades para chegar. No entanto, é preciso usá-los de maneira correta, caso contrário, ficaremos perdidos no meio do caminho. Nossa vida espiritual também precisa de um mapa para que consigamos chegar ao céu. Sem ele ou sem um guia confiável, corremos o risco de nos perder ao longo da trajetória da vida. Em nossa caminhada rumo ao céu, alguns passos são fundamentais:
1 – Respeitar o diferente
Nem sempre é fácil conviver com quem pensa diferente de nós. O respeito para com o outro nasce a partir do momento em que o reconhecemos não como um inimigo, mas como um ser humano limitado, necessitado de nossa ajuda e compreensão. Assim como ele, ainda estamos em processo de construção.
2 – Evitar o julgamento
Todo julgamento sempre nos conduz a graves desentendimentos. Jesus nunca julgou o outro; pelo contrário, sempre olhou para cada pessoa a partir das possibilidades que este carregava no coração. Quando julgamos o próximo, experimentamos, em nós mesmos, a consciência de que também não somos perfeitos.
3 – Reconciliar-se com o tempo
Queremos tudo para hoje e não damos ao tempo o período necessário para o amadurecimento interior de nossos sentimentos. Muitas pessoas têm sufocado a si e aos outros com sua pressa e ansiedade. Quem colhe frutos verdes experimenta em si o amargo das antecipações.
4 – Reflexão interior
Cada gesto, atitude, palavra, olhar e decisão trazem em si suas próprias consequências. Nossas escolhas sempre terão alguma consequência em nossa vida. Diante da vida e de seus desdobramentos, uma pergunta é sempre essencial: "Qual lição eu aprendi com este acontecimento?". A cada lição aprendida, o tesouro da nossa sabedoria irá se enriquecendo com as pérolas do aprendizado.
5 – Viver em comunidade
Em tempos de comunidades digitais, a vida física clama pela nossa presença. Nada pode substituir um abraço, um sorriso, um olhar carinhoso e terno. A vida em comunidade nos torna irmãos e irmãs. Quem se isola foge de si mesmo e dos outros.
6 – Ser solidário
A solidariedade é o amor ao próximo manifestado em gestos concretos. Nossos gestos solidários ganham inspiração cristã quando reconhecemos, em quem precisa de nossa ajuda, o próprio Cristo.
7 – Cultivar uma vida espiritual
A alma se alimenta daquilo que a ela oferecemos. Só vamos crescer interiormente quando alimentarmos nosso coração de uma espiritualidade madura e cristã, que reconheça a Cristo Ressuscitado como base de nossa fé.
8 – Alimentar-se da Palavra de Deus
Se o alimento é necessário à saúde biológica do nosso corpo, a Palavra de Deus é alimento seguro para a saúde de nossa vida interior. Quem busca na Palavra a luz para guiar seus passos tem seu caminho iluminado pelo amor do Pai.
9 – Ser amigo do silêncio
Tão importante quanto a fala é o silêncio. Se com ela ocorre a comunicação verbal, com o silêncio do nosso coração ocorre a comunicação espiritual. Coração silencioso é abrigo para as respostas de Deus à nossa vida.
10 – Vida de Oração
Quando descobrimos Deus como um amigo, jamais podemos ficar um dia sem falar com Ele. Na oração, fazemos a descoberta de uma amizade em que o filho se abandona totalmente nas mãos do Pai que o ama infinitamente. Se a oração é diálogo, a conversa que nasce dessa relação entre nós e Deus se chama amor.
Padre Flávio Sobreiro
Padre Flávio Sobreiro Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG. Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG. www.facebook.com/peflaviosobreiro www.padreflaviosobreiro.com
Fonte: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/jornada-para-o-ceu-voce-tem-um-mapa/
19 de agosto de 2014
O feminismo na SSVP
A fundação de nossa entidade ocorreu com a participação de sete cidadãos franceses denominados posteriormente de "confrades"
Um pergunta interessante: a partir de que data as mulheres passaram a participar da Sociedade?
Constata-se que em julho de 1956 foi realizada em Paris, França, a 4ª Assembleia Internacional da Sociedade e um dos assuntos tratados foi a presença feminina nas Unidades Vicentinas.
Deduz-se, então, que em 1956, as mulheres já participavam da Sociedade e nesse evento internacional regularizou-se uma situação de fato.
Mas é necessário que retrocedamos mais ainda no tempo.
Em 1921, o presidente do Conselho Central de Taubaté, no Estado de São Paul,o dirigiu Carta Circular aos Conselhos Particulares de sua área.
Nela, o confrade menciona uma consulta efetuada por vicentinos da Argentina, ao bispo de Corrientes, sobre a presença de mulheres na Sociedade.
O porquê desta indagação. A Sociedade de São Vicente de Paulo tinha por costume submeter à autoridade religiosa algumas dúvidas, embora seu caráter seja eminentemente leigo.
Não vejo necessidade de me alongar sobre os detalhes desta consulta do confrade argentino, mas constamos da resposta um tópico interessante:
"É sabido que a Sociedade de São Vicente de Paulo foi fundada com a exclusão total das mulheres (Manual de La Societé, página 20) e, somente depois se conseguiu de Gregório XVI, a concessão de indulgências às mulheres que cooperassem com suas esmolas às Obras da Sociedade, único meio que obtiveram de tomar parte nessas Obras".
O pontificado de Gregório XVI foi de 1831/1846.
Mas a história portenha prossegue, pois em 1914, as mulheres argentinas comemoraram os 25 anos de fundação da Conferência feminina, ocorrida em 1889.
Interessante saber, que no país vizinho, até hoje, convivem dois Conselhos de Direção, um masculino e outro feminino.
Mas, na Espanha, em 1867, o Papa Pio IX concedeu em 22 de abril um reconhecimento à Conferência de mulheres, por meio de um documento denominado "Breve".
Vale a pena transcrevermos parte do documento:
"Acolhendo as vossas súplicas, a Sociedade das mulheres cristãs, sob o título de São Vicente de Paulo, vulgarmente chamadas Conferência, que é central no reino de Hespanha e tem sua sede na cidade de Madrid...".
Da Espanha as Conferências das Mulheres passaram para a República (Oriental) do Uruguai de dali propagou-se na República Argentina.
Então, podemos supor que antes de 1867 já existia o elemento feminino da Sociedade.
Como a comunicação era falha entre nós e, de certo modo ainda o é, este confrade somente veio tomar conhecimento de elementos femininos em 1965, quando participou do I Encontro Nacional Vicentino no Rio de Janeiro, e espantado ficou ao conhecer a consócia Maria Marconato de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Finalmente, de se esclarecer, que a expressão 'Consócia' para designar nosso elemento feminino é genuinamente brasileira.
Confrade Helio Pinheiro
Conselho Metropolitano de Governador Valadares
Fonte: http://www.ssvpbrasil.org.br/?pg=noticias_default&codigo=2503
15 de agosto de 2014
A esperar um grande amor
O que vale a pena possuir vale a pena esperar
Como é bom falar de namoro, de sentimentos, de declarações de amor! Mexe com a gente, não é? Entrar no Facebook de seus amigos e ver estampado na capa: 'Em relacionamento sério'… A aventura do amor continua e sempre continuará a mexer com nosso coração! Mas, ao se aventurar, você pode parar por um instante e dizer para mim: "Adriano, é tudo muito lindo, mas não acredito que isso seja possível. Estou encalhado(a) há tempos e cansei de esperar. A fase de solteiro (a) está durando há anos!"
Calma, calma, não brigue assim. O que tenho a dizer primeiramente a você é: Tire de sua vida a palavra "encalhado"! Cristão não fica encalhado, quem encalha é baleia; cristão se reserva para o melhor momento e a melhor pessoa.
Quantas vezes, em um casamento ou em uma festa importante, encontramos bem grande um aviso: "Reservado". Ou chegamos a um supermercado e, no setor da adega, um vinho apresenta o seguinte rótulo: "Reserva de…". A primeira impressão é a de que pessoas importantes vão usufruir daquilo que foi separado, escolhido, preparado e reservado.
Não quero apenas dizer que você está reservado (a), mas que existe uma pessoa separada, escolhida, preparada e reservada para aparecer na hora certa. Isso se o seu chamado for viver o amor a dois. Lembre-se sempre que todos têm direito ao Amor Maior.
Encalhado é uma palavra tão baixa que ninguém deveria ser rotulado assim. A baleia, quando "encalha", na maioria das vezes, não consegue soltar-se, fica presa e se fere até morrer. O cristão que se reserva se garante, sabe dar sentido aos sentimentos e sempre tem esperança! Uma esperança que não decepciona.
Você está encalhado(a)? Não está. Pense diferente. Pense assim: "Você está "reservado(a)". Você é muito importante, e só pessoas importantes podem usufruir, só a pessoa certa pode ter acesso a você." Não se deixe levar por essa onda, mas se assuma como "reservado(a)". Como disse Santa Edith Stein: "O que vale a pena possuir vale a pena esperar".
Você pode até estar sozinho (a), mas não porque ninguém apareceu. Você é quem optou por não ficar com qualquer um (a), pois você não é qualquer um! Há um velho ditado que cai bem aqui: "Antes só do que mal acompanhado".
É o momento de você ler tudo isso e valorizar-se mais para o grande amor! Não se deprecie por não ter encontrado alguém, por ainda não ter aparecido quem realmente o mereça! Assim você se reserva.
Mas, nesse tempo, como você tem esperado? Qual a qualidade da sua espera? Contarei um fato que aconteceu comigo e me fez pensar na qualidade e no modo como vivemos o "tempo de espera".
Um dia, aconteceu algo muito interessante. Magda, Tiago (irmãos de comunidade) e eu voltávamos de viagem. Estávamos muito cansados e a vida resolveu nos presentear com uma bela tarde de "retiro". A começar com o bilhete do voo de duas horas, que apresentava, em sua impressão, cinco de voo, ou seja, com escalas. Até então tudo bem. O fato estava ali e era vivê-lo. Feito o check in, fomos à sala de embarque. Quando conferimos o voo no painel de horários, lemos: "Voo com atraso de, no mínimo, duas horas". Nessa hora, rimos para não chorar e tivemos de esperar!
Magda e Tiago resolveram assistir a um filme. Eu decidi esperar o tempo lendo um livro que me ajudaria como referência bibliográfica para escrever "Quero um Amor Maior" (indico, viu?), um livro que escrevi há três anos. O tempo foi passando.
Certo momento, o Tiago levantou-se, pegou nossas malas e um isopor com abará (comida baiana), que estava levando para Meiriane, uma outra irmã de comunidade, a fim de dar lugar para uma família que havia chegado. Nessa hora, o isopor tombou. O gelo, que estava dentro dele, havia virado água e se espalhado pelo chão. Que vergonha!
Deixamos, ali, o isopor e as malas; depois, fomos pedir ajuda a uma senhora da limpeza, que me disse: "Esse abará não chegará bom. É muito tempo fora da geladeira!". Não pensei duas vezes e disse a ela: "Pode ficar com ele. É um presente". Que sorriso lindo vi naquele rosto! Estávamos levando o abará para Meiriane, mas "o tempo" não era suficiente para o conservar.
Você deve estar se perguntando onde eu quero chegar com essa história. Fiquei irritado, o cansaço, o sono e as situações me tiraram a paz. Resolvi tuitar. De maneira espontânea mandei a seguinte mensagem: "O tempo de espera e como esperamos revela o nível de maturidade que temos. #vooatrasado".
Minha mensagem teve tantos RTs que li de novo e fui entender o que havia escrito. E conclui, realmente, que o tempo de espera e a maneira como o vivo me revela e revela minha maturidade. Fiquei pensando que quanto mais imaturo somos, menos sabemos esperar. Um exemplo são as crianças, que fazem birra quando precisam esperar algo por cinco minutos.
A agitação, o "jeitinho", a raiva etc., são sintomas de nossa imaturidade quando a vida nos propõe a espera. Fiquei muito intrigado com o que escrevi e percebi que há muita coisa a se desvendar sobre o "tempo de espera" e como esperar por alguma coisa.
Aquele atraso no aeroporto me possibilitou, apesar das contrariedades, fazer mais feliz aquela senhora da limpeza. E assim vivi uma boa tarde de "retiro".
Agora, deixo para você esse barulho: Como você vive o tempo de espera? Como vive a fase de "solteiro"? Será que vale a pena dar um "jeitinho" de encurtar a espera, sair por aí sem dimensão do dom que você é e se sujeitar a ficar com a(o) primeira(o) que aparecer? Será que está irritado por não conseguir encontrar alguém e assim tem perdido a oportunidade de ser uma pessoa mais amável? A irritação o transformou em alguém irritante e murmurador? Ou será que, na pior das hipóteses, você tem esperado de braços cruzados, aguardando que alguém caia do céu?
A pessoa pode até cair, mas quando encontrar você, terá uma grande decepção. Pois você não se cuidava como um dom no tempo de espera!
Somos muito imediatistas e não gostamos de esperar. Deixamos, muitas vezes, o medo e a ansiedade se tornarem empecilhos à concretização das promessas de Deus em nossa vida. Mas se soubermos lidar com esses sentimentos, conquistaremos as promessas do Senhor no tempo certo!
Muitos esperam de braços cruzados, rezam todos os dias e pedem a Deus a pessoa certa. Mas é uma espera sem esperança, sem atenção. Às vezes, Deus já lhe mandou alguém, mas você, por estar de braços cruzados, não percebeu e não correu para o abraço.
É necessário estar atento às pessoas que estão ao seu redor, no seu grupo, na faculdade. Não se acha remédio em açougue nem carne em farmácia, não é? Gosto do Salmo que diz: "Esperando eu esperei". Deve-se saber viver essa espera com esperança, com ação. Cuidar-se, arrumar-se, não em vista só do outro, mas para se sentir bem consigo mesmo. Só quando nos amamos podemos amar o outro, pois somente damos o que temos.
Se você está sozinho, eu lhe pergunto: "Será que não é preciso estar assim?". Às vezes, nesse tempo em que você está só, descobrirá que, na verdade, é chamado(a) a outra vocação. Como dizia Padre Léo: "Quando não achamos a tampa de nossa panela, podemos ser uma frigideira!"
Não importa a quantidade do tempo, mas a qualidade dele que você tem vivido. Que sua oração se torne também a ação desse tempo!
Viva a fase de solteiro alargando as possibilidades de ser uma pessoa melhor, invista nas amizades, na família e em seus projetos; acima de tudo, no seu relacionamento com Deus. Isso faz a diferença!
Adriano Gonçalves
Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Cursou Filosofia no Instituto da Comunidade e é acadêmico de Psicologia na Unisal (Lorena). Atua na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Mais que um programa, o Revolução Jesus é uma missão que desafia o jovem a ser santo sem deixar de ser jovem. Dessa forma, propõe uma nova geração: a geração dos Santos de Calça Jeans. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!" e "Quero um Amor Maior"
14 de agosto de 2014
A importância da presença paterna na vida humana
Entenda a contribuição que a presença paterna traz para a vida de um indivíduo
Qual seria a melhor fase da vida para um filho? E que fase seria essa que ele gostaria de viver com seu pai? A figura paterna tem uma representação muito importante na formação de um indivíduo. Ele exerce a função de mediar as experiências do filho com o mundo, dando a ele a oportunidade de conviver com modelos comportamentais que poderão servir de exemplo para que interaja com o ambiente de forma respeitosa, ajustada, equilibrada e amorosa. Portanto, a melhor fase da vida de um filho para ser vivida com o pai deve ser a vida toda, desde que de maneira saudável.
Inicialmente, o pai se destaca no papel de companheiro da mãe. É com a ajuda dele que o bebê aprenderá a se diferenciar da mãe, alcançando a tão esperada autonomia psíquica e psicológica. Permanecer fiel à sua função tem se tornado muito desafiador para a figura paterna, pois o homem não se torna pai porque vai ter um filho, essa formação está ligada à concepção na qual foi criado. Para tanto, faz-se necessário bons modelos, não só em sua própria casa, mas também nos meios de comunicação que hoje ocupam um bom tempo da rotina dos filhos.
Os programas de televisão têm apresentado um modelo de pai como um sujeito incapaz de assumir essa função na relação educativa, de planejar o seu tempo com os adolescentes e mais, de enfrentar, com sabedoria e responsabilidade, o papel de autoridade frente às exigências necessárias para a vida em família e, consequentemente, em sociedade. Nessa função, incluímos a repreensão e a disciplina, o diálogo e a expressão dos sentimentos por meio da comunicação e da demonstração deles. O ambiente afeta e inspira esses programas que devolvem à sociedade o conteúdo recebido, de forma ainda mais elaborada, rica em efeitos tecnológicos, criativos e extremamente estimulantes. O exemplo disso são as novelas, os programas jornalísticos com ênfase na violência, os desenhos animados que, sutilmente, passam mensagens opostas aos valores cristãos que deveriam ser conservados no meio familiar.
Tornar-se presente quando se tem um ritmo de vida que conduz o pai a ser ausente requer habilidade por parte dele e convicção de saber para que ele quis ser pai. É preciso não se deixar seduzir com as alternativas terceirizadas de criar os filhos. A ausência paterna frustra quem acredita que todas as fases poderiam ser melhores ao lado do seu pai. Provavelmente, essa ausência e a necessidade desenfreada da mãe-mulher de estar em todos os lugares e ocupar todos os papéis colabora com esse caos. A diminuição da função paterna afeta a estruturação psíquica e psicológica do indivíduo durante a infância e juventude dele.
O pai deveria continuar sendo aquele que diz e mantém o 'não' tanto para o filho quanto para a própria mãe quando necessário. "É aquele que introduz a negatividade na vida de um infante e declara a proibição, o limite do possível". Entenda a negatividade como oportunidade de ensinar ao filho a não conduzir a sua vida apenas pelos desejos oriundos da mídia, dos modismos ou das suas próprias carências. Mas, acima de tudo, por suas necessidades reais.
E você, pai? Qual a melhor fase para estar com seu filho? Todas. Uma vez pai, para sempre você o será! As suas palavras são saúde para o corpo do seu filho. Que os pais compreendam a importância de educar em estatura, sabedoria e graça, assim como aconteceu na vida de Jesus.
Pai, chegou a fase de reorganizar sua vida para o amor. E, juntamente com seu filho, cantar assim: "Por amor, foste criado para o amor! És obra-prima de Deus, superas em beleza mais que tudo. A tua criação foi uma explosão de imenso amor!"
É com o refrão dessa música que as escritoras Emmir Nogueira e Sílvia Lemos, no livro 'Tecendo Fio de Ouro', escreve: "Fomos criados por amor, para o amor e no amor. Viemos do amor. Findaremos no amor. Ordenemos, então, nossa vida, na ordem do amor".
Pai, por causa do seu amor, seu filho quer viver a melhor fase da vida dele com você. E a melhor fase, com amor, são todas as fases.
Judinara Braz
Administradora de Empresa com Habilitação em Marketing. Psicóloga especializada em Abordagem e Análise do Comportamento Autora do Livro Sala de Aula, a vida como ela é. Diretora Pedagógica da Escola João Paulo I – Feira de Santana (BA).