"Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade." 1Cor 13,13. Idealizado e Criado em 13/05/2006.
25 de fevereiro de 2014
RELIGIÃO SALVA?
24 de fevereiro de 2014
O ato de fé pode não significar nada
O demônio também professa a fé em Jesus
Nesses dias, participando de um curso com os bispos, no Rio de Janeiro – aliás, foi uma belíssima experiência de reflexão e partilha –, fui tomado por um pensamento que me deixou preocupado.
Foi meditando o texto do evangelista Marcos, quando narra o endemoninhado dizendo: “Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele, e gritou bem alto: Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes! Com efeito Jesus lhe dizia: Espírito impuro, sai deste homem”! (Mc 5,6-8).
Chamou-me à atenção, porque o demônio acredita, tem fé. Reconhece o Filho de Deus e conjura por Ele. Por que, então, ele faz isso e continua fazendo o mal, atormentando as pessoas? Por que faz um ato de fé e nada muda em sua vida? Nunca muda de caminho, está sempre na contramão da história?
Fiquei pensando e me veio um certo temor. O demônio reconhece Jesus, professa a fé n'Ele, mas não O segue e continua sempre pela própria estrada.
Jamais será diferente, porque sabe quem é Jesus: o Filho de Deus. Mas a sua convicção não interfere no seu modo de agir. É fácil professar a fé, o complicado é deixar essa fé transformar o modo de agir e pensar. Por isso o maligno continuará sempre maligno, porque a fé não tem nada a ver com a vida concreta. A diferença está na fé que me faz, verdadeiramente, ser discípulo de Jesus; caso contrário, eu fico parecendo o demônio, que acredita, faz um ato de fé, mas continua sendo o rei da maldade e do pecado. Vive fazendo de conta que não acredita em Deus.
Confesso que essa reflexão me causou um certo temor e me fez repensar o meu seguimento, enquanto escolhido para a vinha do Senhor e chamado a colaborar com ela.
Entendi melhor a expressão de Jesus: “O único pecado que não tem perdão é o pecado contra o Espírito Santo”. Esse é o pecado, professar com os lábios e negar com as atitudes, ou seja, não deixar Deus agir em nós, porque é Ele que vem ao nosso encontro.
Não fomos nós que amamos Deus, foi Ele quem nos amou primeiro. Negar a iniciativa do Senhor, fechar-se em si mesmo, colocando-se no lugar de Deus, é negar toda e qualquer ação do Espírito Santo. Esse é o pecado que não tem perdão.
Não que Deus não perdoe, mas porque não acreditamos no perdão. Como o Papa Francisco repetiu várias vezes: “Deus não se cansa de perdoar, nós é que nos cansamos de pedir perdão”. O caminho de seguimento a Jesus é um caminho de perdas e ganhos. Perco o meu "jeitão" de ser e aceito o "jeitão" do Mestre e Senhor da minha vida. Serei discípulo se for capaz de assumir a disciplina do Mestre. Não basta dizer "eu creio", porque a fé sem obras é morta.
No caminho do seguimento do Senhor, ser astuto como a serpente e simples como a pomba são atitudes primordiais para não cairmos na tentação do demônio. É como nós rezamos sempre no Pai-Nosso: "não nos deixeis cair na tentação". A tentação é exatamente a incoerência do nosso falar e do nosso ser.
Somente quem está em Deus é uma criatura nova, ou seja, renovada, disposta ao seguimento de Jesus como verdadeiro discípulo. Não tenho dúvidas de que o demônio existe; também não duvido de que ele nunca para de trabalhar, principalmente, para nos fazer professar a fé e viver como se Deus não existisse. Orar sempre, professar sempre, viver sempre na luz da fé; assim, nada será inútil; a vida terá outro sentido.
Que Deus abençoe a nossa semana!
Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá (PR)
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13451#.UwsgVUcuUSU
17 de fevereiro de 2014
Não desista de viver a bondade
Deus nos dando a direção para vencermos os obstáculos
Certa vez, disse para uma amiga: "Não desista de viver a bondade!" Passaram-se anos e, há poucos dias, ela me disse: "Nunca mais me esqueci de suas palavras, e tenho me deixado conduzir por elas, as quais permanecem como eco em minha memória".
A princípio, fiquei somente surpresa por ela ter se recordado tão vivamente do conselho, mas, depois, percebi que era mais que isso. Em suas palavras, percebi o Senhor atualizando o recado também para minha vida.
Em um mundo no qual se coloca em evidência aquilo que não é bom, se não estivermos alicerçados em princípios de fé e esperança, correremos o risco de nos deixar levar pela maldade e agir pela força dos argumentos da razão, desistindo facilmente de ser bons.
Hoje, resolvi ampliar a partilha na intenção de que ela chegue ao seu coração, porque acredito no poder da bondade. Posso dizer, por experiência própria: o amor é mais forte que o poder do mal. Existe uma fábula atribuída a Esopo que pode ilustrar essa partilha, e eu a apresento aqui: "Conta-se que o sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte. O vento disse: 'Provarei que sou o mais forte. Vê aquela mulher que vem lá embaixo com um lenço azul no pescoço? Aposto como posso fazer com que ela tire o lenço mais depressa do que você'.
O sol aceitou a aposta e recolheu-se atrás de uma nuvem. O vento começou a soprar até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava, mais a mulher segurava o lenço junto a si. Finalmente, o vento acalmou-se e desistiu de soprar. Então, o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para a mulher. Com esse gesto, ela imediatamente esfregou o rosto e tirou o lenço do pescoço. O sol disse, então, ao vento: 'Lembre-se disso: a gentileza e a bondade são sempre mais fortes que a fúria e a força'".
Acredito que, com essa narrativa, Deus está nos dando a direção para vencermos os obstáculos de nossa vida. Não com a força, não com a fúria, mas com a gentileza, com o sorriso, com a bondade e a paciência, com o amor e o perdão. É assim que venceremos!
Não sei em qual etapa da vida você se encontra nem quais são os desafios que tem enfrentado, mas acredito que Jesus, o "Homem bom por excelência", pode e quer o ajudar a dar uma resposta diferente, fazendo opção pela bondade.
A Palavra do Senhor diz: "Não pela força nem pela violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos [...]" (Zacarias 4,1-10). E o Espírito de Deus nos conduz somente àquilo que é bom, justo e nobre.
Que tenhamos coragem e disposição para expressar a bondade que está em nós e chegar a muitos corações a partir da nossa decisão e da coragem de sermos um pouco melhores a cada dia. Eu estou tentando. E você?
Busquemos, juntos, neste dia, dar a vitória à bondade. A força dessa virtude, passando por nossos pequenos gestos, pode fazer grande diferença.
Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com
Dijanira Silva, missionária da Comunidade Canção Nova, atualmente reside na missão de São Paulo. Apŕesentadora da Rádio CN América (SP).
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13446#.UwH0O0cuUSU
14 de fevereiro de 2014
Onde estão as pessoas iluminadas?
O mundo está carente de pessoas que brilham
Que pena ver, todos os dias, pessoas que vivem obscuras e perdidas nas próprias trevas, deixando-se vencer pela escuridão, imaginando ter encontrado a luz. No dia a dia, misturam-se luzes e trevas, ambas se confundem. Os bons costumes, o respeito, o carinho, a atenção, a honra, a dignidade, tudo isso aparece misturado com falta de respeito, de pudor, de libertinagem, de falsidade e de negação dos verdadeiros valores.
Lamentavelmente, os mais variados meios de comunicação têm se pautado por uma enxurrada de comportamentos escandalosos levando nossa juventude para o relaxamento e a degradação humana e religiosa. Convence muito mais uma cena, uma palavra, um gesto de alguém na telinha ou de um amigo no Facebook do que uma vida de doação e exemplos.
Devo reconhecer que também existem pessoas iluminadas que se destacam em qualquer lugar que chegam. O olhar alegre, as atitudes que encantam, as palavras que tocam fundo, a palavra certa para a pessoa certa.
São pessoas que tratam todos com o mesmo respeito, que têm um coração aberto e acolhedor sempre, que buscam o bem do outro antes do próprio. Pessoas iluminadas por valores humanos e cristãos, que nunca se deixam vencer pela atração da moda, do consumo, do ódio, da vingança, das coisas efêmeras do cotidiano. Como precisamos destas pessoas que não só tem luz própria, mas que buscam a fonte da verdadeira Luz!
O mundo está carente de pessoas que brilham e iluminam pelo seu ser e estar no mundo. Poderia dizer que o mundo está gritando de fome e sede de anjos, não no céu, mas aqui na terra. Anjos de carne e osso, transmitindo otimismo, garra, entusiasmo, gosto de viver, amor e atenção, sem medo de enfrentar os desafios que o maligno semeia, dia e noite, no coração, principalmente dos jovens.
Existem estes anjos, talvez o nos que falte seja enxergar e reconhecer esses exemplos. Como seria diferente se tivéssemos a coragem de imitá-los. Tenho a certeza de que o mundo seria melhor. É mais fácil imitar as futilidades, seguir a correnteza dos maus costumes, do modismo sem controle, do liberalismo, do “tanto faz como tanto fez”.
Infelizmente, as maiores vítimas disso tudo são os jovens e os adolescentes, quando não crianças de colo. Que tristeza ver crianças e adolescentes mandando nos pais! Pais que perderam toda a autoridade diante dos filhos, filhos matando os pais, e estes sem saber o que fazer com os filhos. Já passou a hora de acordar e verificar quais valores estamos transmitindo desde o ventre materno. Que exemplos estão sendo dados aos filhos, netos, sobrinhos desde a infância? O que estamos fazendo para a formação do caráter e do sentido de viver em sociedade? É preciso verificar o quanto antes o que contribui com a internalização dos verdadeiros valores e não com o que contribui na formação de adultos vazios, sem personalidade, sem pudor, sem sentimento, sem perder a dimensão sobrenatural da vida.
"Obrigado, Senhor, por ter colocado na minha vida tantas pessoas iluminadas, de têmpera firme, de personalidade decidida, de educação invejável, de fé inquebrantável! Afasta de mim os tolos, os falsos, os mal-humorados, os aproveitadores, os donos da verdade. Peço a Tua luz, Senhor, para que jamais deixes de iluminar a todos que encontrar pelo caminho da vida."
Uma abençoada e iluminada semana para você e sua família!
Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá (PR)
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13445#.Uv3mo0cuU4M
12 de fevereiro de 2014
Humanização nas Empresas
Vivenciar as relações no ambiente de trabalho
Empresas buscam produtividade, e a capacidade de produção está associada ao esforço oferecido por cada funcionário. Empresas crescem à medida que seus colaboradores também crescem interiormente. Quanto menor for a capacidade de crescimento interior de cada um, tanto menor será sua produtividade.
Como a espiritualidade cristã pode ajudar as companhias a serem locais de alta produtividade gerada a partir da humanização? Jesus Cristo conhecia Seus discípulos, Ele sabia o nome de cada um, conhecia as histórias de vida deles. Trilhou um caminho fazendo deles não funcionários do Reino de Deus, mas amigos que poderiam difundir, para outros cantos da Terra, a mensagem de amor que Ele anunciava.
Claro que, em uma empresa de grande porte, essa realidade de conhecer cada colaborador é praticamente impossível de ser aplicada no dia a dia. Mas grandes empresas possuem equipes responsáveis por seus diversos setores. Por isso, o primeiro passo é que o empresário conheça aqueles que estão em contato direto com ele. Essa rede de conhecimento deve ser criada na base e estender-se de modo mais amplo aos diversos setores da companhia, a fim de saber quem está ao seu lado, suas dificuldades, seus limites e suas potencialidades. Conhecer os dons de cada um que com ele convive diretamente é o primeiro passo para uma equipe de base, na qual o crescimento é prioridade a ser buscada e não meta a ser imposta.
Conhecer aqueles que colaboram para o bom andamento da empresa é fundamental para que a ideia principal desse conhecimento interpessoal chegue a todos. Esta rede de amor não é impossível de ser realizada; no entanto, ela só funcionará se for vivenciada por todos aqueles que acreditam na verdade de seus princípios.
Uma rede de amor, na qual o conhecer e a acolhida são eficazes, é fruto de um processo nascido na verdade dos sentimentos de quem busca um jeito novo de vivenciar as relações no ambiente de trabalho. Ao buscar apenas o resultado financeiro, essa rede terminará, mais cedo ou mais, no fracasso.
O projeto inicial deve nascer da convicção de que as relações entre empresário e colaboradores seja fruto de um processo que busque, em primeiro lugar, superar as divisões existentes na empresa onde os funcionários não mais sejam vistos apenas como meros executores de funções, e passem a ser vistos e conhecidos como pessoas. Para o crescimento de uma empresa, o empresário terá de ter consciência de que ele, primeiro, deverá buscar o crescimento interior. Não há como exigir mudanças se antes elas não acontecerem, verdadeiramente, em sua própria vida.
Padre Flávio Sobreiro
Padre Flávio Sobreiro Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG. Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG.
www.facebook.com/peflaviosobreiro
www.padreflaviosobreiro.com
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13444
11 de fevereiro de 2014
Dar a vida por aquilo que é eterno
As coisas visíveis são momentâneas
Jesus disse: "Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve" (Mt 11,28-30).
Quantos de nós experimentam o cansaço no mundo de hoje! Deus nos propôs uma cura nessa passagem, mas na dimensão da fé. O Senhor, vivo e ressuscitado, está no meio de nós. D'Ele ouvimos o convite: Vinde a mim! Você pode se perguntar: "Devo ir aonde?" Ir à Canção Nova ou a outro lugar? Não, primeiro você tem de buscar uma experiência com Jesus!
Cristo nos fez essa promessa, e é mais fácil uma montanha ser lançada ao mar do que Ele voltar atrás [nas promessas feitas]. Hoje em dia, muitos se apresentam como a solução para os nossos problemas. Por isso precisamos tomar cuidado para não sermos enganados por pessoas que estão pensando somente nos próprios interesses. O Senhor nos oferece ajuda gratuitamente. Ele disse aos discípulos: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me" (Mt 16-24). Isso é submeter-se ao jugo do Senhor. Ele nos promete aliviar nossa alma.
Jesus Ressuscitado tem algo muito melhor do que o que você está buscando! Porém, para isso, você tem de deixar o "homem velho" que está em você. A coisa mais fácil para Ele é atendê-lo imediatamente. Para Deus é muito mais fácil dizer: "Levanta, toma o teu leito e anda" (Jo 5, 8). Mas podemos ver isso sob uma dimensão diferente, como em João 4,14, quando Cristo nos diz: “Mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede”.
É isso que o Senhor quer fazer conosco, nos dar a água viva do Espírito Santo. Jesus nos oferece duas águas: a solução para nossos problemas e a salvação. Temos, então, de escolher, como na multiplicação dos pães.
A multidão seguia Jesus, pois tinha visto que Ele podia curar, multiplicar os pães, mas quando Ele lhes disse que quem quisesse a salvação teria de comer a Sua Carne e beber Seu Sangue, muitos deixaram de segui-Lo por causa dessas palavras, porque não foram atendidos na hora e por não as compreenderem.
Jesus quer nos dar muitas coisas, mas o mais importante é a vida eterna. O restante é acréscimo, por isso, muitas vezes, não recebemos o que pedimos, porque para nós o mais importante é o Reino dos Céus. Santo Agostinho dizia: "De que adianta viver bem se eu não viver eternamente".
A nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável. Porque não miramos as coisas que se veem, mas sim as que não se veem, pois as coisas que se veem são temporais e as que não se veem são eternas (cf. IICor 4-17-18).
Há uns 800 anos, São Francisco disse: "Meus filhos, grandes coisas prometemos a Deus, mas muito maiores são as que Ele nos prometeu. Pequena é a pena, o sofrimento do tempo presente, mas a glória que nos espera é infinita".
Quando não acreditamos na vida eterna, qualquer sofrimento parece ser insuportável. Mas quando acreditamos nela verdadeiramente, o que são os sofrimentos da vida diante dos bens eternos?
Faço um apelo a sua fé: as coisas visíveis são momentâneas, mas o que Deus quer nos oferece é eterno.
Vale a pena dar a vida por aquilo que é eterno!
Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13441
10 de fevereiro de 2014
IRMÃ ROSALIE RENDU
Nasceu no território de Gex, França, no dia 8 de setembro de 1787 e foi Batizada com o nome de Jeanne Marie Rendu, filha de uma família de ricos burgueses, cuja nobreza consistia mais nas suas profundas convicções cristãs. Ainda adolescente sentiu o apelo de Deus que a chamava a consagrar-se ao seu serviço.
Aos 15 anos, em 25 de maio de 1802, foi bater à porta da Casa Mãe das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, pedindo sua admissão na Companhia.
Fez seu Noviciado (Seminário), na Casa Mãe e quando formada recebeu o nome de Irmã Rosalie e enviada para servir os Pobres na Casa de Caridade da Rua L'Epée-de-Bois, bairro de Saint Mareel, onde por 40 anos dedicou-se a aliviar toda a sorte de misérias, organizando Projetos de Assistência Social e socorrendo os necessitados.
Em 1833, quando alguns jovens universitários, entre eles Frederico Ozanan, sentiam-se inspirados a fundar a Sociedade de São Vicente de Paulo, foi a Irmã Rosalie que os animou e lhes deu as instruções práticas para o exercício da Caridade.
A Caridade era a sua vida e os pobres a sua constante preocupação. Em seu coração a presença de Deus estava sempre ligada à dos pobres. Mais de uma vez, no momento das refeições, não podia sentar-se à mesa sem dizer: "Uma coisa me sufoca e me tira o apetite: é pensar que há tantas famílias que não têm pão."
Nos seus últimos anos várias doenças a fizeram cruelmente sofrer; mesmo cega não deixou de atender aos pobres até o fim de sua vida e em fevereiro de 1856 a Irmã Rosalie se unia definitivamente a Deus. Toda a cidade de Paris se abalou e, pela última vez, ela recebeu a visita daquela multidão que ela durante a sua vida servira com tanto amor: pessoas de todas as categorias e profissões, grandes e pequenos, ricos e pobres, sábios e operários, todos misturados, confundidos, exprimindo, sob formas e maneiras diversas os mesmos sentimentos e a mesma dor.