23 de dezembro de 2013

Agir por amor


Conta-se que esta história se passou num acampamento para refugiados no coração da África. Havia ali muitas crianças feridas, abandonadas e sem esperança nenhuma de vida. Sofriam pela fome, sede e falta de afeto. A única atenção que recebiam era a dos missionários.

Certo dia, apareceu por ali um jornalista que fazia uma matéria sobre as guerras e os seus estragos. Foi ao acampamento e acompanhou o trabalho de irmã Lurdes durante um dia inteiro. À noite, já esgotado pelo cansaço, calor e, principalmente por ver tanto sofrimento e dor, o jornalista disse à missionária:

- Irmã, eu não faria o trabalho que a senhora faz nem que me dessem todo o dinheiro do mundo.

A irmã olhou para ele com ternura e respondeu:

- Eu também não. Não faria isso por dinheiro nenhum. Faço este trabalho por amor a Deus e a todos estes que sofrem.

Para refletir

Por amor, somos capazes de fazer as coisas mais difíceis do mundo como se fossem as mais fáceis. Por amor, somos capazes de realizar os maiores sacrifícios e superar todas as dificuldades. O amor nos modifica, nos humaniza e nos embeleza.

O amor nos dá força, nos anima, nos motiva, nos impulsiona a grandes feitos. Quando amamos a Deus e o nosso próximo verdadeiramente, somos capazes de nos doar a eles e assisti-los em todas as suas necessidades.

Pelo amor nos tornamos melhores e mais dignos. O amor transforma o ser humano. Invista no amor. O amor não custa nada, mas tem valor inestimável.

Até onde eu iria em nome do amor? Seria capaz de realizar grandes obras por amor a Deus e ao próximo? Que tipo de obras? O que já fiz motivado pelo amor gratuito? Olhando para a minha vida hoje, como vejo a influência do amor nas minhas atitudes? O que poderia fazer para permitir uma ação maior do amor na minha vida? Como as pessoas que convivem comigo poderiam ajudar?


Fonte: http://www.catequisar.com.br/mensagem/religiosa/msn_81.htm

21 de dezembro de 2013

É preciso ir ao encontro dos outros

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Como cristãos, não podemos mais nos isolar em nossas ilhas de conforto e bem-estar

Um dos maiores milagres, deste tempo de Natal, é o de criarmos em nós a capacidade de repensar e redescobrir valores que, ao longo do ano, foram deixados de lado ou roubados pela cultura do bem-estar individual. Nesta época do ano, somos mais família, solidários, falamos mais de amor e paz, de respeito ao próximo, porque, "no coração de cada homem e de cada mulher, habita o anseio de uma vida plena, que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros"1.


Entendemos que este sentimento de solidariedade e fraternidade, que nos invade no Natal, está dentro de nós, é uma vocação do homem. Mas por que este 'espírito natalino' não se torna algo efetivo, no nosso dia a dia, durante os outros 11 meses do ano?

O fato é que estamos mergulhados numa sociedade que já não constrói pontes entre seus semelhantes, pelo contrário, evidenciam-se, a cada dia, os abismos entre o "eu" e o "tu". Construímos muros cada vez mais altos ao redor de nossas casas, nos agrupamos, inseguramente, em condomínios que são verdadeiras fortalezas (ou prisões) de luxo, consumimos compulsivamente – agora sem sair de casa – para entorpecer nossas angústias interiores. Até ter filhos se tornou um peso associado ao 'custo x benefício', que pode prejudicar uma viagem para Cancun ou Paris, ou até mesmo a aquisição do carro do ano.

Parece que temos mais, vivemos mais, temos melhores condições e conforto, mas, existencialmente, nos sentimos fracassados, inseguros e infelizes. Como diz o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, "a certeza e a segurança das condições existenciais dificilmente podem ser compradas com os recursos da conta bancária". 2

Em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco fez duras críticas ao que vem chamando de "cultura do descartável", reflexo desta sociedade individualista e materialista. Segundo Francisco, não há vida digna se cada homem e mulher não redescobrir a sua vocação à fraternidade e à comunhão, ou seja, não podemos falar de paz se não sairmos do nosso comodismo para cuidar de nossos irmãos mais necessitados. Toda guerra, toda injustiça e desigualdade social, segundo o Papa, têm a sua gênese na "rejeição radical da vocação de ser irmãos".

A fome, a desigualdade, a corrupção, o racismo, a violência, as drogas, tudo aquilo que desejamos extirpar da nossa sociedade, tem a sua fonte no meu e no seu individualismo. Sobre todos esses problemas sociais, questionou-nos o Papa Francisco quando veio ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude: "Você é o que lava as mãos e vira para o outro lado?" 

Esses discursos de Francisco contra a cultura do conforto e do individualismo nos ajudam a entender que não basta lutar contra a pobreza, contra a corrupção ou até fazer uma boa ação de Natal se não combatermos uma doença muito mais profunda no coração do homem moderno: o egoísmo. Para isso é preciso que coloquemos em prática o que o Pontífice tem chamado de "cultura do encontro".

Como cristãos, não podemos mais nos isolar em nossas ilhas de conforto e bem-estar, saindo de nosso comodismo apenas em épocas natalinas. O remédio para a doença do individualismo é o serviço ao próximo, "uma Igreja que se organiza para servir a todos os batizados e homens de boa-vontade", desde os que estão em nosso lar até os mais necessitados e marginalizados da sociedade. Para sermos felizes todos os dias do ano é preciso seguir o conselho do Mestre: "Há mais alegria em dar do que em receber" (At 20, 3).3



1 Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial pela Paz
2 BAUMAN, Zygmunt "Comunidade – a busca por segurança no mundo atual"
3 Discurso do Papa Francisco durante a Via-Sacra na Praia de Copacabana - JMJ
4 Discurso do Papa francisco ao Conselho do CELAM – 29/07/2013

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Daniel Machado
conteudoweb@cancaonova.com

Daniel Machado, missionário da Comunidade Canção Nova é estudanre de Psicologia, formado em Filosofia pelo Instituto Canção Nova de Filosofia e produtor do portal cancaonova.com.

twitter: @dancancaonova


Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13399

19 de dezembro de 2013

10 dicas para viver bem um relacionamento

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Nunca irritar-se ao mesmo tempo

Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava com terapia conjugal, elaborou os 'dez mandamentos do casal'.


Gostaria de analisá-los, já que trazem muita sabedoria para a vida e a felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os nossos próprios.

1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo

A todo custo, evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegura a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso nos convencermos de que, na explosão, nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: destroços, mortes e tristezas; portanto, jamais podemos permitir que a explosão chegue a acontecer. Dom Helder Câmara, arcebispo emérito de Olinda (PE), tem um belo pensamento que diz: "Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura"

2. Nunca gritar um com o outro

A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria. Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente e, por isso, precisa impor, pelos gritos, aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.

3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro

Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, mas no diálogo não. Portanto, se, por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro "vença" para que, mais rapidamente, ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de "guerra", uma luta inglória. "A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral", dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas. Não podemos nos esquecer de que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Às vezes, uma pequena discussão esconde, por muitos dias, o sol da alegria no lar.

4. Se for inevitável chamar à atenção, fazê-lo com amor

A outra parte tem de entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva, pois esta é amorosa, sem acusações nem condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. Reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa lhe dizer. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.

5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado

A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos alguém por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente, não é isto que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que este mal não ocorra nos momentos de discussão. Nessas horas, o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta e tudo de mau pode acontecer em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas.

Nos tempos horríveis da Guerra Fria, quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou ao mundo: "A paz impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade". Ora, se isso é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo, "primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros". E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "Se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz". Portanto, para haver vida no casamento, é preciso haver a paz, e ela tem um preço: a nossa maturidade.

6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge

Na vida a dois, tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.

7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo

Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou, no dia anterior, para ferver o leite sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.

8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa.

Muitos têm reservas enormes de ternura, mas se esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isso também com palavras. Especialmente para as mulheres, pois nelas isso tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância.

Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer! "Eu te amo", "você é muito importante para mim", "sem você eu não teria conseguido vencer este problema", "a sua presença é importante para mim", "suas palavras me ajudam a viver"… Diga isso ao outro, com toda sinceridade, toda vez que experimentar o auxílio edificante dele.

9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas.

Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos, não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isso é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos de vez o motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!

10. Quando um não quer, dois não brigam

É a sabedoria popular que ensina isso. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar esta iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será "não por lenha na fogueira", isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes, é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes, será por um abraço carinhoso ou por uma palavra amiga. Todos nós temos a necessidade de um "bode expiatório" quando algo adverso nos ocorre. Quase inconscientemente, queremos, como se diz, "pegar alguém para Cristo", a fim de desabafar as nossas mágoas e tensões. Isto é um mecanismo de compensação psicológica que age em todos nós nas horas amargas, mas é um grande perigo na vida familiar.

Quantas e quantas vezes acabam "pagando o pato" as pessoas que nada têm a ver com o problema que nos afetou. Às vezes, são os filhos que apanham do pai que chega em casa nervoso e cansado; outras, é a esposa ou o marido que recebe do outro uma enxurrada de lamentações, reclamações e ofensas, sem quase nada ter a ver com o problema em si.

Temos de nos vigiar e policiar nestas horas para não permitir que o sangue quente nas veias gere uma série de injustiças com os outros. E temos de tomar redobrada atenção com os familiares, pois, normalmente, são eles que sofrem as consequências de nossos desatinos. No serviço, e fora de casa, respeitamos as pessoas, o chefe, a secretária etc, mas, em casa, onde somos "familiares", o desrespeito acaba acontecendo. É preciso toda a atenção e vigilância para que isso não aconteça. Os filhos, a esposa, o esposo, são aqueles que merecem o nosso primeiro amor e tudo de bom que trazemos no coração. Portanto, antes de entrarmos no recinto sagrado do lar, é preciso deixar lá fora as mágoas, os problemas e as tensões. Essas até podem ser tratadas na família, buscando-se uma solução para os problemas, mas, com delicadeza, diálogo, fé e otimismo.

Do livro: 'Família, Santuário da Vida', Prof. Felipe Aquino

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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br


Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13391

16 de dezembro de 2013

O “Ficar” é de Deus?

Por: Juberto Santos
 

Muito se tem discutido inda sobre uma frase dita pelo Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Dimas Lara Barbosa, dita em 2007, o qual condenou o hábito de "ficar", comum entre jovens e adolescentes. O bispo assinalou na ocasião: "O senso do descartável do 'ficar', que era próprio das garotas de programa, é hoje vivenciado pelas adolescentes. Os meninos apostam entre eles para saber quem fica com mais garotas numa noite. No dia seguinte, eles não sabem nem o nome delas, o que significa que essa pessoa, com quem 'ficou', não vale absolutamente nada. O problema é grave e atinge adolescentes e pré-adolescentes".(O Globo Online 08/05/2007)

Alguns veículos de informação assinalaram que ficar é do "Capeta".  Bem, queria ir pelo outro viés: "Ficar é de Deus?"

Bem, eu sou jovem, sou professor de História, tenho 29 anos, sou católico, sou catequista e líder pastoral, atuo com crianças, adolescentes e jovens no meu bairro desde 1998.

E nunca tive medo de assumir minha fé, os valores morais e a doutrina religiosa católica. Fiquei muito triste de ver parte da juventude católica criticando essa atitude de Dom Dimas. Jovens católicos aceitando relacionamentos superficiais, sendo verdadeiros "copos descartáveis". Os católicos precisam levar o Cristo incondicionalmente, não nos conformando com o mundo, mas o que vemos são pessoas buscando apenas uma "fé de supermercado", ou seja, você apenas assimila das "prateleiras" aquilo que gosta e descarta o restante da doutrina. O que está acontecendo? O bispo nos lembra que não podemos brincar de ser Igreja! Não podemos buscar um Cristo "Light", segundo um "quinto Evangelho" o qual aceita meus erros e pecados. Nós não podemos aceitar que os católicos tenham valores mundanos, modismos que vão de encontro com a Doutrina Cristã e acabam, assim, escrevendo "seu próprio Catecismo".

E o que vem a ser a prostituição? É a comercialização da prática sexual ou, é o oferecimento de satisfação sexual em troca de vantagens monetárias, prazeres ou favores. A Bíblia é clara sobre esse assunto. Em várias passagens vemos a condenação dessa prática: "Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo." (1 Cor 6, 18) Não se discute esse assunto, pois é um pecado muito grave, pois o nosso corpo é Templo do Espírito Santo (1Cor 3, 16-17).            Um jovem paulista, em uma comunidade do site de relacionamentos Orkut assinalou: "Eu prefiro Ficar... Ficar esperando no Senhor. Quem fica está se prostituindo, pois esta trocando de parceiros. Lembrando que adultério não é só quando se tem um ato sexual..." E vemos a comparação do bispo do ato do "ficar" com "as garotas de programa". Bem, quem está "ficando", acaba também oferecimento o seu próprio corpo em troca do seu prazer pessoal e também em busca de "status" perante os amigos e colegas. "Ficam" com um enorme número de pessoas, beijam, trocam carícias, algumas vezes termina com o ato sexual e, no dia seguinte, partem para outros relacionamentos. Foi por isso que o bispo usou o termo "descartável". As garotas e garotos de programa ficam por dinheiro, contudo, os adolescentes e jovens seguem um caminho próximo, usando seus corpos para relacionamentos sem nenhum tipo de preocupação com o outro, quantas vezes for necessário para se satisfazerem. Isso também é pecado.

Algumas pessoas dizem que o "ficar" é o antigo ato de paquerar, contudo, quando você paquera alguém você não visa simplesmente utilizar o corpo do outro para o benefício próprio, mas a busca de um relacionamento duradouro e sincero. O "ficar" prega atitudes anticristãs, tais como: a desonestidade, desconfiança, descompromisso, a superficialidade, desrespeito contra vida, não valoriza o verdadeiro amor, prega a infidelidade, a impureza, indecisão, crueldade, ato de pura atração física... O relacionamento entre duas pessoas cristãs dever ser sincero, fiel, puro, honesto, fraterno, compromissado e, principalmente, santo. O bispo apenas seguiu a Bíblia, a doutrina católica, assinalando que devemos ser cristãos autênticos, e se mostrou preocupado com a realidade dos jovens de hoje. Nós precisamos ser exemplo perante nossas famílias, nossos ministérios, nossos colegas da escola / faculdade, na nossa Igreja... Sempre em todo o lugar e a toda a hora!!! O que adianta ser uma pessoa na igreja, nos encontros e eventos e outra totalmente diferente com a minha namorada, meu esposo, meus filhos, com meus amigos... Mascarado não dá mais pra viver! A pergunta precisa ser feita. Então: O "ficar" é de Deus? Claro que não.

A castidade precisa ser vista pelos cristãos não como uma opção, mas como meta de vida. Tanto no namoro, como no noivado e até dentro do casamento, um sendo fiel ao outro. O sexo só poder ser feito após o matrimônio, pois no namoro e noivado um ainda não pertence ao outro. Precisamos abolir a camisinha, pois não podemos banalizar o ato sexual que vem sendo visto nas últimas décadas. Precisamos nos manifestar contra o aborto, pois são seres humanos assim como nós. A juventude precisa rever seus valores, as canções  que estão escutando  (com letras pornográficas e violentas).  Isso não vem de uma "Igreja totalmente ultrapassada" (como foi dito por uma leitora na última edição), mas de uma igreja fiel à Bíblia e atualizada. Quem disse que seguir Jesus é fácil?? É necessário renunciar muitas coisas!!

Não vamos à Igreja porque alguém nos obriga... Não rezamos porque temos medo de Deus... Ninguém nos proíbe ou nos condena. A nossa igreja apenas nos orienta, nos mostra o caminho, porque nossa fé é expressão de nossa liberdade! "Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou." (1Jo 2, 6)


Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/juberto/31.htm

A importância do Amor


"Encontrar-se face a face com Deus.

Contemplá-lo também no rosto do homem e restituir um rosto humano do homem desfigurado. Eis uma única e mesma luta. A do amor. Sem amor, do que serve a fé?

Para que serve também dar o nosso corpo às chamas?
Não...
Em nossas lutas, nada é importante. A não ser perder o AMOR.

Existe um espaço entre a cabeça e o coração, esse espaço pode ser inimigo ou não.

É um caminho estranho que a gente percorre, e muitas vezes nele não encontra solução.

É que o coração só sabe dizer sim e a cabeça teima em dizer não.

Nesse espaço existe uma guerra silenciosa, uma guerra branca, fingida , que vai deixando feridas.

A guerra é fingida porque a cabeça sabe que o coração tem razão, mas ela insiste em dizer sempre não.

...e o coração vai ficando cansado, vai se recolhendo no seu cantinho, caladinho, sofrendo e com raiva da cabeça teimosa, autoritária e dengosa.

O coração tem uma amiga fiel, a emoção, mas sempre perde nessa guerra, porque a cabeça anda colada com a razão, que é forte, destemida, parece até um furacão.

...mas existe esse espaço entre cabeça e coração, esse caminho espinhoso ou não...

e é desse caminho que vive o coração, na espera que a cabeça tropece, brigue com a razão e aceite humildemente a ajuda do coração. Existe esse caminho, quer queira ou não. E é dele, só por ele, que sobrevive o coração, caso contrário a cabeça já teria vencido essa terrível missão."


Fonte: http://www.catequisar.com.br/reflexaodiaria.htm

13 de dezembro de 2013

É tempo de rezar melhor

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Quem espera em Deus tudo espera

Uma das imagens mais lindas, carregadas de sentido humano e cristão, é da gravidez. Encanta-me encontrar, como acontece com frequência no ambiente amazônico em que vivo, casais que pedem a bênção para a esposa que se aproxima do parto da criança, acolhida como dom de Deus. É a festa da vida e da esperança, a teimosia positiva de pessoas que acreditam que filho não é trabalho, mas bênção divina. De fato, "os filhos são herança do Senhor, é graça sua o fruto do ventre. Como flechas na mão de um guerreiro são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que tem uma aljava cheia deles" (Sl 127, 3-5).

A Igreja, no tempo do Advento, assemelha-se a esta linda imagem humana, pois está grávida da graça e da presença salvadora de seu Senhor, Aquele que, um dia, voltará, e, certa como a aurora é a Sua vinda (cf. Os 6,3), Ele virá a nós de novo. "A Igreja deseja ainda, ardentemente, fazer-nos compreender que Cristo, assim como veio uma só vez a este mundo, revestido da nossa carne, também está disposto a vir de novo, a qualquer momento, para habitar espiritualmente em nosso coração com a profusão de Sua graça, se não opusermos resistência" (Cf. Cartas Pastorais de São Carlos Borromeu, bispo - Acta Eclesiae Mediolanensis, t. 2, Lugduni, 1683, 916-917). O "estado de gravidez" da Igreja, em tempo de Advento, traz consigo consequências para a vida dos cristãos, as quais queremos chamar de "Virtudes do Advento", como proposta para as pessoas e as comunidades.

O ponto de partida é a necessidade profunda do Redentor. Não somos capazes de nos redimir por nós mesmos e de oferecer um sentido profundo à existência. Há uma iniciativa gratuita de Deus, que vem ao encontro da humanidade (Cf. Juan Ordoñez Marques, Teologia y Espiritualidad del Año liturgico, pág. 213, BAC, Madrid, 1978). Nossa boa vontade humana é insuficiente. Carecemos de Deus, de Sua presença e de Seu amor salvador. Uma humanidade sem Cristo é decadente, escorrega para o vazio absoluto. Deus preparou Seu povo pelas gerações de homens e mulheres, dentre os quais se destacam os que, considerados pequeno resto dos pobres de Israel, permaneceram fiéis a promessas antigas. Também, hoje, diante das promessas do Senhor, que é fiel, multiplicam-se os que não duvidam de Sua Palavra.


A esperança é a virtude própria dessa gente, e queremos fazer parte dela! Quem a vive toma consciência da necessidade do Cristo que vem, abre-se para viver com fidelidade a Ele e aponta a bússola de sua vida para a eternidade, onde Deus será tudo em todos. Não espera apenas o dia de amanhã ou, quem sabe, uma visita que se anuncia, nem mesmo os eventuais benefícios que a vida oferece, mas espera o Senhor e espera tudo d'Ele.

Viver a virtude da esperança leva o cristão à oração diante da promessa de Deus. E oração cristã é feita com humildade, sinceridade, abertura à vontade de Deus e obediência a Ele. Rezar e rezar melhor é próprio do tempo do Advento. A melhor oração, deste período, é a participação na Santa Missa, acompanhando a liturgia de um tempo rico no mistério do Senhor. Depois, a oração em família, a Novena de Natal e a oração com a Bíblia na leitura orante da Palavra.

Quem espera no Senhor e tudo espera d'Ele, vive, desde já, o objeto de sua esperança, sendo fiel e responsável diante dos apelos do próprio Cristo. Como as gerações, que precederam a vinda do Salvador, viveram como se estivessem vendo o invisível, os cristãos de nosso tempo não podem deixar para amanhã o bem a ser feito. Sua fidelidade a Deus se manifesta na vivência da caridade, na experiência da partilha dos bens espirituais e materiais. É o sentido dos muitos gestos de "Natal sem fome" ou, entre nós, "Belém, a casa do pão", assim como a grande "Coleta para a Evangelização", que se realiza, em todo o Brasil, neste fim de semana. É tempo de contagiar a todos para que a generosidade seja experimentada e permaneça no ano que vai começar. É um grande laboratório de caridade, com o qual vale a pena se comprometer.

Quem começou tudo foi o próprio Senhor. O Natal é a suprema epifania daquilo que a Escritura chama de filantropia de Deus, Seu amor pelos homens: "Manifestou-se a bondade de Deus e seu amor pelos homens" (Tt 3, 4). Só depois de ter contemplado a "boa vontade" do Senhor para conosco, podemos ocupar-nos também da "boa vontade" dos homens, de nossa resposta ao mistério do Natal. Imitar o mistério que celebramos significa abandonar todo pensamento de fazer justiça sozinhos, toda lembrança de ofensas recebidas, suprimir do coração todo ressentimento com respeito a todos. Não admitir, voluntariamente, nenhum pensamento hostil contra ninguém, nem contra os próximos nem contra os distantes, nem mesmo contra os fracos ou os fortes, os pequenos ou grandes da terra, contra nenhuma criatura que existe no mundo. Isso para honrar o Natal do Senhor, porque Deus não guardou rancor, não olhou a ofensa recebida, não esperou que outro desse o primeiro passo até Ele. Se isso não é possível sempre, durante todo o ano, pelo menos o façamos no tempo do Advento e do Natal. Assim, o Natal que se aproxima será, realmente, a festa da bondade, da filantropia de Deus (Cf. Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap. – pregador da Casa Pontifícia, 24 de dezembro de 2007).

Para assim viver o Advento e o Natal que se aproxima, ressoa, neste período, o convite de São João Batista à conversão, à mudança de mentalidade, a qual pode ser traduzida numa corajosa revisão de vida para arrumar a casa do coração e buscar o sacramento da penitência.

Enfim, a Igreja, em tempo de Advento, convida os cristãos ao otimismo da fé, a qual se traduz na virtude da alegria, fruto da presença do Espírito Santo em nossos corações.

Vem de Deus a graça de que precisamos. Por isso, pedimos confiantes: "Ó Deus de bondade, que vedes o Vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las com intenso júbilo na solene liturgia. Amém".


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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.


Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13385

11 de dezembro de 2013

Como devo me preparar para o Natal?

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Tudo na vida tem um real significado e valor

Como devo me preparar para o Natal? Charles Dickens, um famoso romancista inglês, escreveu certa vez o seguinte: "Honrarei o Natal em meu coração e tentarei conservá-lo durante todo o ano". Penso que ele estivesse certo, pois o Natal precisa novamente ser honrado. E isto com urgência, porque há muito tempo as pessoas foram simplesmente ignorando o real sentido do Natal. O Papa Francisco, durante a homilia da Missa que presidiu no último dia 2, não hesitou em afirmar à humanidade o verdadeiro significado do Natal: "O Natal é mais! Nós vamos por este caminho para encontrar o Senhor. O Natal é um encontro! E nós caminhamos para encontrá-Lo com o coração, com a vida, encontrá-Lo vivo, como Ele é, encontrá-Lo com fé". O Natal é um encontro. Que bela definição o Santo Padre nos deu! O Natal é um encontro com Jesus, o Menino Deus que traz consigo o segredo da verdadeira paz à alma humana ainda tão agitada. E neste encontro com Cristo, o Sumo Pontífice nos indica a oração, a caridade e o louvor como caminhos para uma boa preparação para o Natal.


Gostaria de deter-me neste primeiro caminho – o da oração - para vivenciarmos o Natal como aquilo que ele verdadeiramente é.

O mundo, nesta época, nos ensina que o Natal consiste em você caprichar na compra de presentes, fazer aquela ceia maravilhosa com ricas iguarias, ter o maior número possível de enfeites natalinos dentro de casa, chamar todos os parentes para uma confraternização social – mesmo que durante os outros 364 dias do ano vocês nem se falem mais! – e dar, além de tudo isso, umas generosas contribuições para as tais "caixinhas de Natal".

Tudo na vida tem um real significado e valor. O Natal é, sobretudo, o aniversário do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós para nos salvar. E grande parte da nossa sociedade, tão consumista e alienada, simplesmente celebra o aniversário ignorando o aniversariante!


Nós, cristãos, não estamos isentos de tal risco. Podemos cair no mesmo equívoco de celebrar esta grande festa ignorando o aniversariante que é Cristo. Para que isso não aconteça, segue o conselho constante que a Mãe de Jesus nos dá em Medjugorje: "Queridos filhos, rezem, rezem, rezem".

Preparemos o aniversário de Jesus com as nossas orações. Quando eu e você nos decidirmos a viver este Natal em oração, já estaremos começando a experimentar este encontro com o Menino Deus. É através da oração, desta busca de uma maior intimidade com Deus, que adentramos no castelo do Rei dos reis e nos livramos daquelas amarras de ressentimentos e lembranças amargas que nos oprimem e estragam o nosso Natal. Porém, não se iluda, meu irmão! Este "castelo" nos é revelado na pobreza da gruta de Belém, na qual o Trono de Graça se fez simples manjedoura e Aquele que detém todo poder e autoridade nas mãos manifesta-se na fragilidade de uma criança nos braços de Sua Mãe.

Somente aquele que reza consegue contemplar esses sinais escondidos que o mundo ainda não foi capaz de enxergar. Aquele que se decidir a viver o Natal em oração, com certeza, viverá um Natal mais santo, renovado e feliz. Pois o homem que reza jamais se encontra sozinho. Ele é semelhante àqueles Reis Magos que caminhavam por terras desconhecidas sob a guia de uma estrela. A luz que vinha do Alto os direcionava. O mesmo acontece com a alma orante: ela é sempre conduzida pelo Céu e para o Céu.

Que tal fazermos esta maravilhosa experiência neste tempo? Prepare-se bem para o Natal através da oração. Não deixe para rezar somente no Dia de Natal. Comece antes! Comece agora: um Santo Terço em família, ler na Bíblia as verdadeiras histórias do Natal para seus filhos, participar bem das Santas Missas durante este tempo, fazer uma boa Confissão e, nos últimos dias do Advento, rezar a Novena de Natal com os seus.

Enfim, deixe que a força da oração o guie em direção à gruta de Belém. Ali, você contemplará o Filho de Deus que se fez um de nós, e aprenderá que o Natal é a oportunidade que a humanidade tem de recordar que o verdadeiro amor consiste em doar-se até o fim com humildade e simplicidade. Ali, naquela manjedoura construída pela paz em seu coração, você poderá admirar o sorriso do Menino Jesus. E diante desse singelo sorriso, é impossível que a alma humana permaneça sofrendo na dor e na solidão!

Desejo a você e a sua família um Natal diferente dos anos anteriores: um Natal preparado em oração, um Natal que marque definitivamente este tempo novo de recomeços e retomadas na sua vida.

Um abraço fraterno!


Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova


Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13383