8 de setembro de 2011

Pátria e Bíblia

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Nunca teremos uma Pátria de irmãos se não contarmos com a Palavra
O relacionamento fraterno constrói uma sociedade mais justa e saudável para todos. É a Palavra bíblica que educa as pessoas para o diálogo, para a relação fraterna e para uma Pátria verdadeiramente de paz. Não basta celebrar a Semana da Pátria e mês dedicado à Bíblia se não há comprometimento com a felicidade e a vida de todo o povo.


O Brasil tem experimentado diversos tipos de avanços. Em muitos deles não conseguimos sentir verdadeiros sinais de vida digna. O "Grito dos Excluídos" do Sete de Setembro ainda acontece de forma abafada, porque muita gente continua excluída, sem as condições reais de cidadania e de valores nos campos sociais, políticos e econômicos.

A Bíblia provoca atitudes de luta, de força em prol da justiça e de denúncia dos responsáveis pela prática das injustiças. Ela é como sentinela que aponta para direções justas. Seu objetivo é salvar a vida do povo. É a voz de Deus que vem importunar os mecanismos que favorecem determinados grupos privilegiados.

Almejamos uma Pátria de amor, porque onde há amor, não pode existir a prática do mal. É a justiça do Reino de Deus, no cumprimento e na fidelidade ao projeto querido por Deus. É o Reino do perdão, da acolhida e da reintegração das pessoas na comunidade. Faz pensar num pastor de ovelhas que, quando perde uma delas, vai à sua procura até encontrá-la.

Nunca teremos uma Pátria de irmãos se não contarmos com os ensinamentos da Bíblia. Ela é Palavra de Deus que anuncia princípios de fraternidade, de honestidade, de transparência e de tudo que leva à vivência do bem. O país precisa garantir e cultivar a justiça para que seu povo tenha vida e liberdade plena.

Corremos o perigo de uma religião fácil, sem compromisso com a criação e com os Mandamentos da Sagrada Escritura. Qualquer ofensa a alguém é romper com a vida de todos na comunidade. Por isso temos que lançar mão dos instrumentos que integram na prática da convivência e no valor da vida no país.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo diocesano de São José do Rio Preto

5 de setembro de 2011

Quem ama confia!

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O amor lança fora todo temor
Ela o segurava nos braços debaixo de um sol forte e em meio à agitação própria da cidade grande, ele dormia sereno e calmo, pois estava seguro de que nada poderia atingi-lo. Esta cena não faz parte de um filme, é real e apesar de a ter contemplado há algum tempo, ainda hoje me recordo claramente dela. No ponto de ônibus, uma mãe, com ar de preocupada, segurava seu filho nos braços enquanto mantinha os olhos fixos nos ônibus que chegavam e saíam sem parar. Um deles poderia ser o seu e ela não poderia nem sequer pensar em perdê-lo.Observei que, apesar da agitação própria do local e da preocupação aparente da mãe, a criança dormia tranquila e sossegada. Sem palavras parecia dizer: "Nada temo, pois os braços que me seguram são de alguém que me ama".


Naquele dia, a cena, foi um pretexto para Deus falar comigo. Já observou que quando não paramos para ouvir a voz de Deus por meio da oração Ele nos fala pelos fatos? No meu caso, eu estava vivendo um tempo de muita correria no trabalho, já não conseguia rezar como antes e queria resolver todas as coisas com minhas forças. Quando ocupamos o lugar de Deus é isso que acontece. Com aquela situação, o Senhor foi me mostrando que eu precisava confiar mais no amor d'Ele. Precisava viver a atitude daquela criança, ou seja, abandonar-me. Na verdade, precisava amá-Lo mais e deixar-me amar por Ele, pois só confia quem verdadeiramente ama, e quem ama consequentemente confia.

E mais: Deus Pai abriu meus olhos para eu perceber que a raiz da minha agitação era também falta de amor-próprio e má interpretação do Seu amor por mim. Eu estava me comportando como serva de Deus e não como Sua filha. E isso faz uma grande diferença em nossa vida como cristãos. O próprio Senhor disse em Sua Palavra: "Já não vos chamo servos, mas amigos [...]" (João 15, 15). Ou seja, o Senhor nos elegeu, nos amou, não quer apenas o nosso serviço, mas nosso amor. Isso é próprio de uma relação de amizade. Amamos e somos amados, e o amor vai além do fazer.

Hoje, por providência, contemplei uma cena semelhante e lembrei-me das lições de outrora. Já não estou tão agitada como antes, vivo uma fase diferente. Mas uma coisa é certa: preciso continuar na escola da confiança. Devo aprender mais de Deus na matéria do amor. "O amor lança fora todo temor, é paciente, tudo suporta, tudo crer, tudo espera [...]" (I Coríntios 13,4-7). É por isso que quem ama confia!

Quanto mais amamos a Deus e nos deixamos envolver por Sua misericordia, tanto mais vamos encontrando a harmonia que tanto desejamos. E que muitas vezes buscamos nas pessoas, nos cargos, no poder, no ter ou de tantas outras formas aparentes de segurança neste mundo.

O abandono é, antes de tudo, uma atitude de confiança, fruto da maturidade, e a maturidade não se alcança de uma hora para outra, é preciso ter paciência com o tempo, dar passos e superar os obstáculos. É por isso que quem já teve sua fé provada, tem mais facilidade em confiar em Deus, tem forças para ir mais longe mesmo quando tudo parece perdido.

Aquela criança provavelmente se sentia amada, por essa razão as circunstâncias não a impediam de confiar e repousar tranquilamente no regaço acolhedor de sua mãe.

São Francisco de Sales faz uma interessante comparação, quando fala da alma recolhida em Deus. De fato, diz ele; "[...] os amantes humanos contentam-se, às vezes, em estar junto da pessoa a quem amam, sem lhe falarem nada e sem nem sequer pensar em outra coisa que não seja estar ali... Sentem-se amados e isso basta. É assim que acontece com a alma que se entrega aos cuidados do Criador. Repousa sossegada, mesmo em meio aos constantes desassossegos que vive no dia a dia".

Compreendo, cada vez mais, que a experiência do abandono em Deus passa pela descoberta do Seu amor incondicional por nós.
Peço ao Senhor que hoje lhe permita viver esta experiência e o cure profundamente de toda falta de amor, devolvend-lhe a serenidade e a paz, fruto da confiança n'Ele.

Assim como a mãe segura em seus braços o filho amado, Deus hoje o segura, não tema. Nos braços do Pai nada poderá atingi-lo, e quem ama confia.


Foto Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com

1 de setembro de 2011

Navegar sem riscos de naufragar

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Temos à disposição mais de 463 milhões de sites
Alguns anos atrás, quando era preciso fazer uma pesquisa escolar, o local mais indicado para se obter informação era a biblioteca. Fazer a busca de um tema em várias prateleiras, folhear dezenas de livros, transcrever ou fazer cópias de algum conteúdo para iniciar um trabalho são coisas do passado. Muitas de nossas crianças jamais entraram numa biblioteca com esse objetivo. A internet mudou o ritmo de vida das pessoas mais velhas e incorporou-se de maneira anatômica ao cotidiano da nova geração.

De acordo com a estatística da Netcraft de agosto de 2011, estão à disposição dos usuários mais de 463 milhões de sites, que são grande fonte de informação e entretenimento.

Com tantas possibilidades de escolha de conteúdo, cresce também, de maneira proporcional, a preocupação de pais e formadores com relação ao que está sendo acessado pelos filhos. Para isso, há muitos programas que auxiliam na filtragem de conteúdos impróprios, mas sabemos que quando há interesse em romper uma regra, outras possibilidades são criadas.

O acesso à web, atualmente, deixou de ser exclusividade dos computadores. Os telefones celulares, hoje, são equipamentos multifuncionais no sentido mais amplo da palavra. Por intermédio desses aparelhos é possível assistir TV, fotografar, filmar, ouvir rádio… e acessar a internet. Dessa maneira, se há algum computador com programas de restrições em casa, o telefone móvel é a saída para quem deseja romper ou burlar normas.

Como todo utensílio, a internet pode ser utilizada tanto para o bem quanto para o mal. E para não permitir que alguém venha a naufragar nesse oceano de informação, uma opção seria a conscientização dos objetivos a que se pretende alcançar, quando a pessoa se dispõe a acessar a rede.

O conhecer nos transforma e traz vida por meio de uma nova perspectiva. Assim, o contato com a informação favorece, a cada um de nós, a abertura ao aprendizado e como resultado nos traz a transformação da nossa consciência.
Conteúdos pornográficos, de baixo nível ou de informações irrelevantes nos deixam como herança o vício de um vocabulário chulo ou de hábitos impróprios, tanto para jovens como para adultos.

Diante da necessidade de uma navegação segura cabe a cada um de nós, internautas, zelar por aquilo que estamos absorvendo como conhecimento. Pois nossos hábitos refletem aquilo que costumamos acolher.

Para os formadores de opinião, responsáveis pela manutenção de um site, o desafio está em tornar seu conteúdo relevante a ponto de se destacar entre os demais por sua importância, contribuindo com o desenvolvimento da formação humana e com a credibilidade das informações contidas neste celeiro virtual. Dessa maneira, asseguramos a liberdade de navegação para todos que entenderam o verdadeiro propósito da rede mundial de computadores.

Um abraço,

Foto Dado Moura
contato@dadomoura.com

29 de agosto de 2011

Tecnologia vs. Evangelização

Segue para download a palestra ministrada por mim no 1º Encontro de Jovens de Anicuns para despertar vocação vicentina.


Sempre Deixe Seu Recado!!!

Conhecer-se a si mesmo

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Quando começamos a nos conhecer, vencemos as ilusões sobre nós mesmos
Conhecer-se a si mesmo! Essa velha máxima dos gregos atravessou milênios e chegou a nós cheia de vida e de importância. Sem se conhecer você não pode se construir como convém. E esta não é uma tarefa fácil. Ninguém se torna maduro e equilibrado sem se conhecer. Temos que ter coragem de olhar as escravidões e traumas que o passado possa ter deixado em nossa vida, não importa por quem e como, e buscar a liberdade e o equilíbrio.

Vivemos acreditando em um montão de coisas que não podemos ter, que não podemos ser, que não vamos conseguir. A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!

Reconheça os seus valores e os empregue para o bem dos outros. Isso não é egoísmo nem soberba. Humildade não é ficar se desvalorizando ou pisando em si mesmo, é ser fiel à verdade sobre você.

Quando começamos a nos conhecer, vencemos as ilusões sobre nós mesmos; vamos deixando as máscaras e falsidades; deixamos o "palco" e entramos na vida real.

Quando você olha a vida de frente, toma posse dela. Não tenha medo de constatar as suas forças, fraquezas e erros. Assuma tudo e recomece a corrigir o que estiver errado, com calma e perseverança. Não é fácil se enfrentar e se superar, mas é necessário. É preciso querer. Saiba que os nossos comportamentos têm causas boas ou más; investigue-as; só assim você vai se conhecer. Sem medo. Não se esqueça, é claro, de anotar os seus valores; faça uma contabilidade correta. Na verdade, você vai descobrir que é um pouco santo e um tanto pecador; um tanto sábio e outro tanto tolo; um tanto mentiroso e um tanto honesto; um tanto qualificado e um tanto incompetente; um tanto alegre e um tanto triste... e mais.

Mas aprenda a amar-se e a aceitar-se com a devida tolerância para consigo mesmo. Quando fazemos um exame profundo de nosso interior experimentamos renascer em nós a liberdade e a vida. Assim os fantasmas da alma desaparecem e o seu verdadeiro eu pode erguer-se.

Preste atenção naquilo que as pessoas honestas falam de você, e você se conhecerá um pouco mais.

O que mais acontece nos relacionamentos humanos é o fato de as pessoas não verem e não assumirem as suas falhas, tentando sempre empurrar as culpas das coisas erradas para os outros; é o chamado "bode expiatório".

Temos também que ter coragem de aceitar as boas críticas, pois nos fazem mais bem aqueles que honestamente nos criticam do que aqueles que nos bajulam. Os primeiros nos ajudam a crescer, os outros nos fazem orgulhosos.

Se você aprender a lidar com você mesmo, lidar com os outros será mais simples e você será feliz.

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

26 de agosto de 2011

Santo Isidoro


Santo Isidoro
O santo de hoje é resultado de uma família de santos, gente que buscou a vontade de Deus em tudo.

Nasceu na Espanha no ano de 560, perdeu os pais muito cedo e ficou aos cuidados dos irmãos que, recebendo dos pais uma ótima formação cristã, puderam introduzir o pequeno Isidoro a este relacionamento com Deus.

Ele se deparou com muitos limites, por exemplo, nos estudos. E fugia desse compromisso.

No entanto, com a graça divina e o esforço humano, ele transcendeu e retomou os estudos, tornando-se um dos homens mais cultos, versados e reconhecido pela Igreja como doutor.

Santo Isidoro foi um homem humilde, de oração e penitência, que buscava a salvação das almas, a edificação das pessoas.

Com o falecimento de um irmão seu, foi eleito bispo em Sevilha, consumindo-se de amor a Cristo, no povo.

Santo Isidoro, rogai por nós!

24 de agosto de 2011

Como vencer o vício da masturbação

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A masturbação é um ato gravemente desordenado
Muitos jovens cristãos me fazem esta pergunta. É grande a luta do jovem cristão contra esse vício; mas essa luta agrada muito a Deus porque a pureza é uma grande virtude. É um dos principais problemas enfrentados pelos jovens cristãos; não é indício de distúrbio de personalidade nem de problema mental. É um problema muito antigo na humanidade; já o "Livro dos Mortos", dos egípcios, condenava essa prática por volta do ano 1550 antes de Cristo.


Da mesma forma, pelo código moral dos antigos judeus, era considerado pecado grave.

Há homens casados que continuam a se masturbar. Isso mostra que o vício da juventude continuou e prejudica o casamento.

Embora as aulas de "educação sexual" ensinem que a masturbação seja "normal", e até necessária, na verdade é contra a natureza e contra a lei de Deus. É o uso do sexo de maneira egoísta, fora do plano de Deus. O sexo é para a união do casal e geração dos filhos. Na masturbação isso não acontece.

A Igreja ensina que esse é um ato desordenado. "A masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado" (Catecismo da Igreja Católica, §2352).

O jovem e a jovem cristãos devem lutar contra a masturbação, com calma, sem desespero e sem desânimo, sabendo que vão vencer essa luta com Deus, na hora certa. Para isso algumas atitudes são importantes:

1 - Tenha calma diante do problema. Você não é nenhum desequilibrado sexual.

2 - Corte todos os estimulantes do vício. Jogue fora todas as revistas pornográficas, livros e filmes eróticos. E não fique olhando para o corpo das moças ou dos rapazes, alimentando a sua mente com desejos eróticos. Deixe de assistir a filmes e programas pornográficos ou excitantes (tv, internet, filmes, etc.). Sem essa vigilância, você não conseguirá deixar o vício.

3 - Faça bom uso de suas horas de folga. Aproveite o tempo para ler um bom livro, praticar esportes, sair com os amigos, caminhar, entre outros. Não fique sem fazer nada, especialmente na cama, pois "mente vazia é oficina do diabo".

4 - Não desanime nem se desespere nunca. Se você cair, levante-se imediatamente, peça perdão a Deus, de imediato, e retome o propósito de não pecar. Não fique pisando na sua alma e se condenando. Confesse-se logo que puder, não tenha vergonha, o padre não se assusta mais com isso. Peça a ajuda dele.

5 - Alimente a sua alma com a oração, a Palavra de Deus e os sacramentos da Igreja. "Mosca não assenta em prato quente". Consagre-se todos os dias a Nossa Senhora e a São José, pais da castidade. Não deixe de rezar o Terço. Se puder, comungue sempre.

6 - A receita de Jesus é "vigilância e oração" para não pecar. "A ocasião faz o ladrão", ou ainda: "Quem ama o perigo, nele perecerá".

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com