23 de julho de 2009

Avós, verdadeiros tesouros em nossa vida

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O tesouro de enxergar o mundo com os olhos do coração

No próximo domingo (26), celebramos o Dia dos Avós. Não se trata de mais uma data comemorativa criada com fins comerciais, mas de um dia de reflexão e agradecimento àqueles que tanto contribuem para a formação dos netos, sendo sua companhia cada vez mais constante e necessária no cenário atual, visto que os pais precisam trabalhar fora.

Nossos avós – e todos os idosos, de modo geral – são as pessoas que mais devem ser valorizadas como símbolos de experiência e sabedoria. Eles trazem consigo o testemunho de décadas, de gerações de avanços, modernidade e mudanças de comportamento. Hoje, muitos deles consideram que o tempo não tem a mesma importância de outrora, tanto que o relógio de pulso é usado apenas como acessório.

Se hoje eles têm a pele flácida, o corpo mais sensível e a visão enfraquecida, devemos nos lembrar de que nem sempre foi assim. Afinal, já batalharam muito e dedicaram suas vidas ao cuidado da família. São tão dignos de carinho e respeito quanto nossos pais. Por isso, jamais devemos nos esquecer do verdadeiro valor deles.

Ser avô e avó, fazer parte da terceira ou quarta idade, não pode mais ser relacionado à invalidez, à inoperância ou à inutilidade. Grande parte ainda contribui com a mesma sociedade que os descarta, haja vista o elevado número de idosos responsáveis financeiramente por seus lares, cuidando de filhos e netos.

É muito triste constatar que em muitas famílias os idosos são tratados como objetos antigos. Há pessoas que costumam tecer comentários desrespeitosos a respeito dos mais velhos da casa, reclamando que só dão trabalho, que são lentos ou doentes. Quanta injustiça! Sua presença ensina aos mais novos o tesouro de enxergar o mundo com os olhos do coração.

Quem souber aproveitar o convívio com essas figuras que acumulam sabedoria de duas gerações, certamente terá muito a aprender com seus conselhos. Nossos avós detêm o conhecimento e a sabedoria que não são aprendidos nos livros e estão sempre dispostos a partilhar. São verdadeiros tesouros em nossa vida.

Foto Dado Moura
contato@dadomoura.com

20 de julho de 2009

A Importância da Música Cristã

A música por si só, independente do seu intérprete, letra e melodia, apresenta grande influência em nossas vidas. É comum nos depararmos cantando varias vezes um mesmo refrão de uma música, até mesmo quando ocasionalmente a ouvimos apenas uma vez. Existem músicas que traduzem bem momentos de nossas vidas e que nunca mais serão esquecidas e sempre que ouvidas poderão nos levar novamente a alguma ocasião vivida.

Entretanto, a música cristã tem qualidades a mais. Ela tem a capacidade de elevar os corações, transformar o que o abrange e dirigir as almas ao Criador.

Deus é o verdadeiro criador de toda melodia, de cada instrumento, os mais diversos e infinitos sons foram criados por Ele. "No meio dos louvores Deus habita" já diz um salmista. No inicio toda música era dirigida e dedicada ao louvor a Deus, os salmos eram cantados e muitos deles dizem "Cantai ao Senhor". Com o passar do tempo sua verdadeira função foi sendo deturpada, justamente por se ter percebido a grande eficácia da música ao atingir os corações e tocar os sentimentos. O que vemos hoje é a decadência das letras. Pouco existe a poesia cantada. Músicas que são feitas para vender e não para serem ouvidas, apreciadas. Músicas que levam as pessoas ao erotismo, a exibição do corpo, a depravação do homem e principalmente da mulher. Até as crianças estão perdendo a inocência devido a esses tipos de música. E nós muitas vezes achamos "bonitinhos" ver-las dançando ou cantando.

Eis aí sua grande importância. A música cristã possibilita a vivencia de uma experiência com Deus. Através dela se é possível manter um diálogo com Deus. Seus mais diversos tipos de letras muitas vezes traduzem o que verdadeiramente gostaríamos de falar para Deus, ou ainda revela o que realmente estava escondido no mais intimo do coração e por vezes era de nosso total desconhecimento ou fazíamos questão de esconder.

Através de seus acordes e letras, em sua maioria muito profunda, sentimentos de teor evangélicos como o amor, o perdão e a esperança assim como os dons característicos dos batizados são reavivados.

Atualmente a música cristã (católica ou evangélica), pode ser ouvida em diversos ritmos, axé, rock, pagode, forró, hardcore, swingueira, sertanejo, black music, new metal, grunge etc. E esta diversidade de ritmos pode ser interpretada erradamente por alguns como uma forma de trazer para o que é divino, gostos pessoais e mundanos. No entanto é preciso lembrar que Deus é o criador de tudo "Do Senhor é a terra e tudo o que ela contém a órbita terrestre e todos os que nela habitam, pois ele mesmo a assentou sobre as águas do mar e sobre as águas dos rios a consolidou" e por tanto de todos os ritmos e esta diversidade de sons é proporcional a diversidade e às especificidades dos corações. A música cristã está ganhando um grande espaço na mídia, inicialmente com o Pe. Marcelo Rossi, mas hoje já se pode ouvir com freqüência: Aline Barros, Régis Danese, Pe. Fábio de Melo, Pe. Reginaldo Manzotti, Rosa de Saron e alguns outros músicos. Isso porque as pessoas estão tendo uma experiência verdadeira com Deus através de cada ministro de música que consegue atingir a mídia.

Na carta de São Paulo aos Romanos, ele afirma "Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo" (Romanos 10:17). Nestes termos temos, pois a música cristã, como um eficiente veículo de anuncio da Palavra de Deus e por conseqüência um grande instrumento que pode apoiar a nossa fé. 

"Exultai no Senhor, ó justos, pois aos retos convém o louvor. Celebrai o Senhor com a cítara, entoai-lhe hinos na harpa de dez cordas. Cantai-lhe um cântico novo, acompanhado de instrumentos de música". Sl. 32, 1-2

 

Daniele Silva (ministério de Formação - Comunidade Deus Jovem)

Paulo Sergio (ministério de Música - Comunidade Deus Jovem)

Rodrigo de Azevedo (ministério de Pastoreio - Comunidade Deus Jovem)

Autoconhecimento é importante?

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A necessidade de descobrir o sentido da vida

Vivemos mundo mundo que nos incentiva a sermos independentes de Deus e de todos. Incentiva-nos a uma autorealização, que para a grande maioria parece cada vez mais distante, pois, trata-se de incentivo a uma vida cada vez mais fora de nós mesmos, cada vez mais exteriorizada. O resultado disso é que as pessoas cada vez se preocupam menos com seu interior e cuidam menos dele, gerando sentimentos de frustração, de vazio. Cada vez mais encontramos pessoas que sentem um grande vazio interior e uma grande insatisfação, não conseguindo sequer dar nomes ao próprio sentimento.

A sabedoria clássica considera o pensamento de Sócrates: "Conhece-te a ti mesmo" como ponto de partida da filosofia humana. No entanto, este é um caminho muito difícil de ser percorrido para quem não tem um referencial, um modelo de personalidade a ser atingido. Mas, para nós cristãos que temos este modelo, este referencial, que é Jesus Cristo, precisamos ter a coragem de nos pôr a caminho e nos conhecer em profundidade. O autoconhecimento é um caminho que nos leva a olhar para dentro de nós mesmos, reconhecer nossos dons e talentos que de Deus recebemos e também os nossos limites, fraquezas, os pontos que precisamos melhorar. "Conhecer-se a si mesmo é uma necessidade e um dever ao qual ninguém pode subtrair-se.

O homem tem necessidade de saber quem é. Não pode viver se não descobre que sentido tem sua vida. Arrisca-se a ser infeliz, se não reconhecer sua dignidade" (Amarás o Senhor teu Deus - Amadeo Cencini - pág. 8 - Edições Paulinas).

Conhecer-se a si mesmo é uma necessidade é uma fundamental para se ter um conceito correto e real de si próprio, pois somente aquele que descobre seu verdadeiro valor, permite uma aceitação serena de si mesmo e de suas limitações, o que lhe proporcionará a segurança necessária para viver sua vida e realizar mudanças que podem ser necessárias.

Muitos até acham que se conhecem, mas até que ponto é este conhecimento de si? Para que você possa se verificar até que ponto você se conhece, recomendo um teste simples: escreva em uma folha 10 qualidades que você gosta de si mesmo e que reconhece que possui, e 10 pontos fracos que você percebe que precisa melhorar. O que foi mais fácil para você escrever? As qualidades ou os defeitos?

O autoconhecimento nos leva a uma autoestima e um amor-próprio adequados, ou seja, a um olhar para si mesmo e reconhecer-se como criatura de Deus, como obra-prima de Deus, sem exaltações e sem degradações.

Sem esta visão adequada, o que é gerado é insegurança, perfeccionismo, dificuldades de lidar com os próprios erros e fraquezas e também com os dos outros, entre muitas outras consequências. Santo Agostinho afirmava: "Conhecer-me e Conhecer-Te", com isso ele nos ensina que quanto mais nos conhecemos, mais conhecemos Aquele que nos criou e que é a luz do mundo, assim, melhor veremos a realidade do nosso ser.

Volte à lista que você fez. Nas qualidades que colocou, marque as alternativas que são relacionadas a fazer, a atitudes externas, e observe. Quantas você colocou de atitudes externas e quantas internas? Assim você poderá perceber não só o quanto você se conhece, mas também o quanto você está voltado para as coisas exteriores.

A Igreja nos dota de uma grande ferramenta de autoconhecimento: o exame de consciência diário. Com ele, nos é possível avaliar bem onde podemos ser atingidos pelo inimigo, os nossos pontos fracos, nossos defeitos, paixões e vícios camuflados. E com isso, voltarmos com confiança em Deus que nos ama e sempre cuida de nós. Apresentando-nos a Ele como somos, sem medo, sem receios, e buscando n'Ele a força diária para vencermos nossas batalhas interiores. São Francisco afirmava: "Eu sou o que sou diante de Deus, e mais nada!" Deus nos vê como somos, diante d'Ele não precisamos nos esconder.

Trata-se de uma ferramenta simples, basta dedicarmos poucos e breves minutos do final do nosso dia, com constância, vamos pouco a pouco, conseguindo olhar mais a fundo para o nosso interior, e conhecendo não só nossos limites, como nossas riquezas. Precisamos entender que as nossas limitações não estão no nosso exterior, no que fazemos, e sim no nosso interior, naquilo que somos. Somos filhos de Deus, filhos amados de Deus. O nosso principal valor está no ser pessoa.

Precisamos saber quem somos, quais os nossos dons e talentos, o que possuímos de capacidades; precisamos também saber para quem, quais os nossos objetivos no uso de nossos dons, talentos e capacidades. Pois não é somente aquilo que possuímos que decide o nosso valor como pessoa, mas o que "somos" no mais profundo de nossa identidade como seres humanos, como cristãos, como batizados, justificados, filhos de Deus. Essa estima positiva é um valor que ninguém pode tirar.

Foto Manuela Melo
psicologia@cancaonova.com

17 de julho de 2009

Um amigo, uma saudade

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Existem pessoas que fazem falta em nossas vidas

Existem pessoas que fazem falta em nossas vidas. Quanto mais especiais e mais importantes para nós, tanto mais sentimos falta da presença delas, das coisas simples, dos pequenos gestos. É um sentimento que preenche a alma, mas, ao mesmo tempo, traz um vazio ao peito. Uma saudade sem tamanho.

Se estamos em um lugar e a saudade aperta, mesmo que tudo diga que a pessoa não virá, há uma esperança tão grande, que a todo momento vivemos a expectativa do encontro. Não importa o que nos dizem e o quão contrárias sejam as notícias, o coração vive a expectativa da chegada no olhar que busca o amigo em todos os lugares. Mesmo que demore dias, meses, anos, o coração sempre espera ansioso o reencontro com o coração do amigo.

Mas por que tudo isso? Por que esse sentimento tão forte de ausência e de saudade que preenche a alma? Por que isso não acontece com todas as pessoas?

Já dizia o poeta que quando sentimos saudade de um amigo, sentimos saudade do pedaço de nós que está no coração dele. Por isso o sentimento de ausência. Por isso a saudade tão forte. Só nos sentimos completos quando encontramos nele o pedaço de nós mesmos que nos falta. Não é uma dependência afetiva da pessoa, pelo contrário, é uma necessidade de encontrar a si mesmo nela.

Esse encontro não se limita à presença física, ele a transcende porque o sentimento que há nos corações nos leva além do tempo e do espaço. Padre Léo dizia: "A presença física é a mais pobre das presenças", mas quando ela é sublimada, torna-se parte de um todo e intensifica o que já existe. Não depende de estar perto da pessoa, mas se há o sentimento puro e verdadeiro, essa proximidade se plenifica.

No entanto, não esperemos viver isso com todas as pessoas; essa graça ocorrerá com poucas, não porque algumas sejam melhores que as demais, mas porque foi a essas pessoas que Deus confiou parte de nós mesmos para que por elas fôssemos cuidados.

Essa é a saudade de uma verdadeira amizade. A saudade que é uma pessoa. Via pela qual encontramos no amigo a nós mesmos. Encontramos o que falta em nós e que a ele foi confiado por Deus. Por isso dói, por isso traz um vazio ao peito. Sentimos falta do pedaço de nós mesmos que ele traz em si.

Santo Agostinho dizia que a metade de nossa alma é um bom amigo. Por isso quando o coração apertar com a dor da saudade de um grande amigo, só o Senhor poderá romper o tempo, o espaço, e levar a nossa alma a estar novamente completa. Somente Ele pode consolar essa dor, pois é n'Ele que os verdadeiros amigos se encontram e se eternizam. No Senhor a saudade se torna esperança e alegre expectativa de reencontrar a si mesmo no coração de um grande amigo.

Tenho saudade! Por isso não demore a me trazer de volta para mim mesmo!

Saudade de mim em você,

Foto Renan Félix
renan@geracaophn.com

15 de julho de 2009

Desafiando a malícia

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A amizade entre homens e mulheres

Em meio a um mundo de realidades tão difíceis, corremos o risco de, pouco a pouco, nos deixarmos levar pelas ideias e concepções que nos envolvem. Há uma malícia estabelecida sobre todas as situações, principalmente nos relacionamentos. São poucos os que realmente acreditam na pureza e no desinteresse que podem gerar grandes amizades. Se pensarmos em amizade entre homens e mulheres a situação piora ainda mais.

Parece que há uma opinião comum na qual se acredita que não é possível haver um relacionamento entre pessoas do sexo oposto, que não seja ou que não vá gerar um relacionamento amoroso ou um envolvimento sexual. Em um mar de malícias pré-estabelecidas em nossa mente, perdemos a oportunidade de crescer e até mesmo de ser mais felizes.

"Os doze iam com Ele, e também algumas mulheres" (Lucas 8,1-2). Jesus, na Sua humanidade, viveu a realidade da pureza do relacionamento com as mulheres e pôde experimentar a riqueza disso. Mesmo em meio a uma sociedade machista, que na época nem mesmo as incluía ao número de pessoas, Cristo estabelece uma nova forma de relacionamento com as mulheres de Israel. Ele foi amigo de Maria Madalena, de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, deixou-se ser marcado e tocado por tantas outras figuras femininas que atravessaram o Seu caminho. Ele não tinha medo de se expor e de enfrentar a sociedade para viver a vontade do Pai. Jesus é o primeiro a viver a sadia convivência.

A amizade entre homens e mulheres é possível. Assim como entre casados e solteiros, sacerdotes e leigos, religiosas e religiosos, idosos e jovens. Não podemos nos deixar contaminar por tanta malícia e deixar de experimentar a beleza de vivermos juntos, de partilharmos vida e experiências e de vivermos em sadia convivência.

Um relacionamento sadio entre pessoas de sexos diferentes leva à maturidade, ao crescimento e à santidade. Uma mulher, apenas com o seu jeito natural de ser, é capaz de ajudar um homem a ser muito mais homem, a não ser malicioso, agressivo e grosseiro. Um homem, somente por ser homem, é capaz de mostrar a uma mulher o quanto ela pode ser mais feminina, mais cuidada e respeitada. A sadia convivência nos ajuda a chegar à maturidade que Deus sonhou para nós desde a criação.

Então, por que perdemos tanto tempo e não vivemos relacionamentos sadios? Talvez por medo, imaturidade, feridas deixadas por outros relacionamentos e toda uma série de fatores que pode nos levar a não nos lançar na novidade que o Todo-poderoso tem para nós. Muitos desses fatores precisam ser acompanhados ou até mesmo de ajuda capacitada, para que deixem de ser pedras no meio do caminho. Não podemos ser ingênuos ou bancarmos os intocáveis. Para vivermos relacionamentos sadios é preciso, antes de qualquer coisa, maturidade, coragem e verdade com nós mesmos.

Não podemos negar que viver um relacionamento puro e sadio afetivamente é enfrentar toda uma sociedade que desacredita na pureza e no amor desinteressado. É enfrentar cristãos que se deixaram contaminar pelas ideias do mundo e não conseguem mais perceber a pureza de um relacionamento sem antes desconfiar dele. É viver um martírio – testemunho – que vai gerar dor, sofrimento, incompreensão, desconfiança, mas que com certeza vai levar à maturidade e à felicidade em Deus.

Não é uma missão fácil! É preciso ter muita coragem para encarar a forma de pensar de toda uma sociedade e mostrar que é possível, que vale a pena e que existem amizades profundas, puras e sinceras entre pessoas de sexo e estados de vida diferentes.

Um dia eu tomei coragem, superei meus medos e aceitei o desafio. O resultado? Sou um homem muito mais realizado e muito mais maduro por causa de cada uma das mulheres que estão e que passaram pela minha vida. Amigas que me ensinaram a ver pureza onde todos só enxergam malícia. Mulheres que me fazem muito mais homem, apenas pelo fato de serem mulheres. Amigas que me mostraram e que me ensinaram que é possível a amizade pura e sincera entre um homem e uma mulher.

Eu aceitei o desafio e hoje colho os grandes e abundantes frutos de cada um desses relacionamentos.

Hoje, Deus também o desafia ao novo, a entrar na linda aventura de viver a sadia convivência. Nessa aventura só há um grande risco: de você amadurecer e se tornar uma pessoa muito melhor. Você aceita o desafio? Não perca mais tempo!

Seu irmão,

Foto Renan FélixRenan Félix
renan@geracaophn.com

13 de julho de 2009

Diga 'não' ao ressentimento

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O verdadeiro perdão brota de Deus

Ressentimento é sentir algo de novo, é o sentimento que se repete e traz uma série de consequências, sendo que a primeira é o pecado. É quando alguém faz algo desagradável com você e isso fica ressoando em seu interior.

Há algum tempo fui visitar uma pessoa e me disseram que ela estava mal porque estava brigando com o vizinho. Mas ela desmentiu isso dizendo que não tinha raiva do vizinho e que, na verdade, ele nem existia para ela. Olhe só até que ponto vai chegando o nosso ressentimento.

Quando se enterra um corpo embaixo da terra, ele vai apodrecendo e virando carniça. Da mesma forma, não podemos enterrar esse tipo de sentimento negativo em nosso interior e deixar que se criem "carniças" dentro de nossos corações. Muitas pessoas estão doentes por causa dos ressentimentos.

Certa vez, fui celebrar a Santa Missa e vieram até mim uma mãe e uma filha após a Celebração Eucarística. A mãe me pediu que eu orasse pela filha, porque não tinha a saúde boa e vivia tendo crises. Então, esta me disse que havia 15 anos que não conversava com "aquele homem", era assim que ela chamava o pai. Foi abandonada quando criança e tinha muita raiva dele por essa razão. De forma que tive de lhe dizer algo que ninguém queria fazê-lo: "É preciso perdoar o seu pai. É preciso dar um passo na fé".

Para vencer o ressentimento, também dependemos do Senhor, caso contrário, sempre teremos recaídas. Até mesmo para perdoar dependemos d'Ele. O verdadeiro perdão brota de Deus. Nenhum sentimento nobre pode ter grande duração se não vier do coração do Todo-poderoso.

Quero lhe fazer uma pergunta: Se você soubesse que teria somente oito horas de vida, o que você faria? Aonde você iria? Não deixe para amanhã o que você precisa fazer agora! Diz-nos a Palavra de Deus: "Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento". Se você precisa pedir perdão, peça-o! Se você precisa perdoar, perdoe! Existe muita gente que perde a chance de ser feliz porque fica adiando o que precisa viver.

O convite que o Senhor quer fazer a você hoje é: Dê um passo. Achamos sempre que são os outros que têm de pedir perdão e, no final, nos tornamos solitários. Você precisa dar o passo: se o outro não quiser, espere o tempo dele, mas você precisa dar o passo. Se você experimentou a dor da traição, de alguma decepção ou se você é frustrado por causa de tanta coisa que vive – saiba que a força da oração é capaz de lhe trazer a cura. A oração pode curar a dor do seu coração!

No fundo, todos nós sentimos saudade de Deus, e se guardamos ressentimentos, ficamos distantes do Senhor. Muitas vezes, é preciso reiniciar a vida a partir de um abraço. Talvez você conheça a saudade por outros nomes, mas, no fundo, o que seu coração quer é encontrar o Senhor. Deixe-O entrar nos seus relacionamentos.

Há muitas pessoas com problema com o pai. Dê o primeiro passo, mande uma mensagem para ele falando que o ama. É só escrever: "Pai, eu te amo!".

Nós precisamos treinar o amor, precisamos começar agora, não deixe para amanhã!

Sacerdote diocesano, cantor, compositor e fundador da Comunidade Coração Fiel.

Padre Delton Filho
Sacerdote diocesano e fundador da Com. Coração Fiel

11 de julho de 2009

SSVP - Sociedade de São Vicente de Paulo