15 de abril de 2008

Vocação Humana

Quem sou eu? De onde vim? O que busco? Quem é você? Qual é a sua identidade?

- é o que logo você ouve quando vai fazer matrícula na escola, quando viaja, quando abre um crediário, quando vai tirar carteira profissional, e outras coisas mais.

Quem é você? Você tem um nome! - José, Regina, Alberto,... Você tem uma data de nascimento.

Quem sou eu? Não sou uma coisa. Sou alguém capaz de crescer, de pensar, de escolher, de amar e de ser amado. Eu sou uma pessoa. Isto quer dizer muito, quer dizer que sou feito à imagem e semelhança de Deus, que me criou com muito amor! Sou gente. Sou uma pessoa: sou um ser consciente e responsável, um ser aberto à comunicação, à partilha, à comunhão no amor. Sou uma realidade única!

Somos realmente imagem e semelhança de Deus, porém não somos deuses. Não somos o que Ele é.

Deus é inteligência — nós temos inteligência.

Deus é sabedoria — nós temos sabedoria.

Podemos concluir então que Deus está em nós e nós estamos nele. Ele é o criador e nós suas criaturas criadas à sua imagem e semelhança.

"E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus Ele o criou; e os criou homem e mulher". (Gn 1, 7)

Como podemos desenvolver comportamentos que revelem que sou realmente imagem de Deus?

Através do que eu faço, vou sentindo esta imagem de Deus em mim. Está nas minhas mãos tornar isso possível, com o auxílio de Deus e dos irmãos.

A realidade da pessoa consiste em dois elementos fundamentais: a exterioridade e a interioridade.

- Exterioridade: é aquilo que aparece, o que apresentamos, manifestamos.
- Interioridade: é aquilo que é interior, o ser, o que sentimos, pensamos, queremos, amamos, o nosso próprio eu.

A exterioridade acaba. A interioridade permanece. Por isso é preciso enriquecê-la, torná-la bonita.

O crescimento externo nem sempre depende de mim. O interno sim, e não
tem limite.

Como tenho desenvolvido minhas qualidades internas?

- sou um ser que pensa, reflete, conhece a verdade: tenho inteligência;
- sou um ser que escolhe, busca, age: busco a vontade;
- sou um ser que deseja, anseia, almeja, faz opção: tenho liberdade;
- sou um ser que vai ao encontro do outro para fazê-lo feliz e para ser feliz;
- sou capaz de amar e de ser amado;
- sou uma pessoa.

Ser pessoa é ser você mesmo. É tomar decisões próprias e responsáveis, sem se deixar levar pêlos outros. Assim sou livre. Liberdade não é fazer o que se quer, mas o que se deve.


O MUNDO DEPOIS DO MEU NASCIMENTO

O mundo nunca mais foi o mesmo depois do meu nascimento, pois o homem vive em um determinado contexto social com o qual interage de forma dinâmica, pois ao mesmo tempo em que atua na realidade, modificando-a, esta atua sobre ele, influenciando e, até podemos dizer, direcionando suas formas de pensar, sentir e agir. Assim, as concepções que o homem desenvolve a respeito de sua corporalidade e as suas formas de comportar-se corporalmente estão ligadas a condicionamentos sociais e culturais.

A cultura imprime suas marcas no indivíduo, ditando normas e fixando ideias nas dimensões intelectuais, afetiva, moral e física, ideais que indicam à Igreja o que deve ser alcançado no processo de Evangelização.

O comportamento de cada indivíduo de um grupo cultural revela, assim, não somente sua singularidade pessoal, mas também tudo aquilo que caracteriza esse grupo como uma unidade. Cada um expressa a história acumulada de uma sociedade que nele marca seus valores, suas leis, suas crenças e seus sentimentos, que estão na base da vida social.


UM SER PARA O OUTRO. O ENCONTRO NOS CRIA

O ser humano realiza o seu destino na relação. "Ninguém é uma ilha que se baste a si própria — disse John Donne1 — "todo homem é uma parcela de continente, uma parte do todo." Presta contas a um, é responsável por outro; assim, ninguém pode trabalhar pelo seu auto-desenvolvimento sem prestar atenção ao vizinho.

A autonomia implica não o individualismo em que cada um faz as suas escolhas sozinho e por si, mas a capacidade de responder pêlos seus atos, perante si próprio e também perante os outros. A pessoa humana não pode encontrar em si mesma o sentido da vida; tem necessidade de alimentar o seu desejo de viver, de ser reconhecida, acolhida e aceita pêlos outros.

Estamos inseridos num tecido complexo de relações que começa logo no primeiro instante de nossa existência no seio materno. Nunca estamos sós; nem mesmo uma pessoa solitária pode viver sem contato com outrem, quanto mais não seja em sonhos, em recordações, por antecipação... Esse outro, "que vem de alhures", para nós que somos cristãos, é o Absolutamente Outro, o próprio Deus.


CONHEÇA O SEU INQUILINO INTERIOR: A SUA ALMA

Um dia duas células se uniram para formar um ser único no universo: você. Essas células não vieram vazias, mas estavam cheias de informações genéticas. Cada uma delas trazia em si uma história: de um lado, a história de seu pai e, de outro, a história de sua mãe.

No momento em que elas se encontraram, o Criador infundiu-lhes o sopro da vida, e uma explosão de luz aconteceu. Você começou a se desenvolver, e as informações genéticas contidas nas células de seus pais foram fazendo uma combinação mágica e definindo seu corpo - a cor dos olhos, do cabelo e da pele, por exemplo - e sua mente como o temperamento, as capacidades, as habilidades etc. Você ficou assim definido potencialmente em corpo, mente e espírito.

E nove meses depois você nasceu! Nesse momento o ar entrou em seus pulmões, a luz incidiu em seus olhos e, pela primeira vez, você viu o mundo ao seu redor. A partir daí, você passou a perceber, através de seus cinco sentidos, tudo o que estava à sua volta, adquirindo uma maneira própria de sentir a vida. Ë como se tudo o que você percebesse passasse por uma lente, dando-lhe uma visão peculiar das coisas.

Ninguém percebe o mundo igual a você, porque cada um o olha através de sua própria lente interior, e não existe uma lente igual a outra. Por isso é muito importante você conhecer a composição de sua lente, pois assim poderá ter maiores cuidados com ela (se os óculos estão sujos, a visão fica distorcida).

Essa sua lente interior é formada de elementos que você herdou de seus pais e também de elementos que você adquiriu a partir de sua concepção. A parte herdada é constituída da combinação de vários elementos, tais como memória genética, temperamento, capacidades e habilidades. Já a parte adquirida resulta de sua convivência com o meio ambiente desde a época de sua concepção.

Quando começar a observar seu temperamento, você perceberá que ele é um dos elementos mais importantes da sua lente interior, é composto por três forças - emoção, ação e objetividade - que, combinadas, resultam em seu jeito de ser.

Para alcançar o autoconhecimento, é importante que você tome consciência da intensidade com que cada uma dessas forças se encontra dentro de você, porque é a partir da combinação delas que você terá mais dificuldade ou mais facilidade para desenvolver certas características de seu comportamento.

É IMPORTANTE VOCÊ QUERER!

Isto é caminhar! Busca de algo mais! Busca de ser mais! A gente é o que busca ser! Ninguém nasce pronto!

" Vós sois o sal da terra. Se o sal perde seu sabor, como tornará a ser sal? Não serve para mais nada; jogam-no fora e é calcado aos pés pêlos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada num monte. Quando se acende uma lâmpada, não é para pô-la debaixo do alqueire, mas sobre a luminária, e ela brilha para todos os que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz aos olhos dos homens, a fim de que. vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem o vosso Pai que está nos céus."

Textos para refletir:
Gn 1, 26-27
Is 49, 15-16
Sl 139 (138)
Jo 1, 1-12

8 de abril de 2008

Banda Louvor e Glória - Sou um Milagre

Nunca houve noite que pudesse impedir
O nascer do sol e a esperança
E não há problema que possa impedir
As mãos de Jesus prá me ajudar
Haverá um milagre dentro de mim
Vem descendo um rio prá me dar a vida
Este rio que emana lá da cruz, do lado de Jesus
Aquilo que parecia impossível
Aquilo que parecia não ter saída
Aquilo que parecia ser minha morte
Mas Jesus mudou minha sorte
Sou um milagre e estou aqui
Usa-me, sou o teu milagre
Usa-me, eu quero te servir
Usa-me, sou a tua imagem
Usa-me, ó filho de Davi
Aquilo que parecia impossível
Aquilo que parecia não ter saída
Aquilo que parecia ser minha morte
Mas Jesus mudou minha sorte
Sou um milagre, e estou aqui

3 de abril de 2008

Nossa Senhora de Fátima - O Milagre do Sol

Na aparição da Virgem Maria aos três pastorinhos, quando Ela revelou o "Segredo de Fátima", também prometeu aos três que Deus faria um grande milagre em sua próxima aparição no dia 13 de Outubro de 1917 e assim aconteceu.
Na presença de 70.000 testemunhas, foi realizado um grande milagre no céu acima de Fátima no momento exato e no local preciso que as crianças haviam indicado anteriormente. As testemunhas contam que o sol começou a dançar no céu e parecia que ia cair na terra antes de retornar ao seu lugar normal no céu.

Este acontecimento é conhecido como o "Milagre do Sol" e tem sido caracterizado como o maior acontecimento sobrenatural do Século 20. Este acontecimento não pertence apenas ao domínio da fé, mas, também, ao da ciência, além de ter sido um acontecimento histórico.
A Igreja Católica endossa oficialmente a Mensagem de Fátima por ser "digna de crédito" desde 1930. Cinco Papas sucessivos indicaram publicamente a sua aprovação e o seu crédito na validez e importância crítica das aparições de Fátima. Vários papas visitaram Fátima em peregrinação solene.
Nosso atual papa João Paulo II tem ido pelo menos uma vez em cada década de seu pontificado e deu crédito publicamente à Nossa Senhora de Fátima por salvar a sua vida durante o atentado de sofreu em 1981, ocorrido no 64º aniversário da primeira aparição de Fátima.
No ano seguinte ao atentado, o papa deu graças pela intervenção de Nossa Senhora.

Milagre Eucarístico de São Lanciano


Ostensório artístico de Prata, onde fica guardado o corpo e o sangueO milagre Eucarístico de Lanciano na Itália comprova a autenticidade da Igreja Católica Apostólica Romana
Há aproximadamente treze séculos, um padre que duvidava que a hóstia consagrada é verdadeiramente o Corpo de Cristo, enquanto recitava a fórmula de consagração da eucaristia durante a missa, a hóstia milagrosamente converteu-se em carne e o vinho converteu-se em sangue. Uma comissão de estudos de 1971 presidida pelo professor Dr. Odoardo Linoli da Universidade de Sena constatou que a carne e o sangue contém glóbulos vermelhos e brancos ainda vivos; a carne e o sangue são do mesmo grupo sanguíneo, isto AB, muito comum entre os judeus, e constatou que é o mesmo sangue do Santo Sudário. Após este estudo não restou mais dúvida, a carne e o sangue conservados ainda hoje na cidade de Lanciano, são verdadeiramente Carne e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nossos sacrários mantêm entre nós a realidade da Encarnação: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós..." E habita ainda verdadeiramente presente entre nós, não somente de uma maneira espiritual, mas com seu próprio Corpo – "Ave verum corpus, natum de Maria Virgine" canta a Igreja diante do SS. Sacramento: "Salve verdadeiro corpo, nascido da Virgem Maria, corpo que sofreu verdadeiramente e foi verdadeiramente imolado pela salvação dos homens".

Esta presença real da carne de Cristo (é uma carne viva, unida à alma e a divindade do Verbo, pois Jesus esta hoje ressuscitado) é admiravelmente manifestada pelo milagre de Lanciano. Um milagre que dura 12 séculos e que a ciência acaba de examinar, e diante do qual, ela teve que se inclinar.

Santuário do Milagre EucarísticoSim, um milagre, e bem destinado ao nosso tempo de incredulidade. Pois, como diz São Paulo, os milagres são feitos não para aqueles que crêem, mas para os que não crêem. Ora, hoje em dia, um certo número de cristãos da Presença Real, mesmo depois que o Papa Paulo VI, no documento " Mysterium Fidei", recordou-lhes claramente este dogma. Querem admitir, a exemplo dos protestantes, apenas um presença espiritual do Cristo na alma daquele que comunga; mas os sinais sacramentais do pão e do vinho consagrados seriam puros símbolos, tal como a água do batismo, que não é e não permanece senão simples água, ainda que significando e realizando pela palavra que a acompanha – a purificação da alma. Depois da comunhão, as hóstias que não houvessem sido consumidas, dizem eles, não seriam mais, nesse caso, senão pão, podendo ser atiradas fora como coisas profanas... A própria discrição com que, em certas igrejas, cercam o sacrário, já manifesta esta falta de fé profunda na presença real, e portanto, na palavra onipotente do Cristo: "Isto é meu Corpo! Isto é meu sangue!" Eis porque Deus permitiu para todos que duvidam da presença eucarística do Cristo ou que a negam, que um milagre, que dura há mais de 12 séculos, fosse nos últimos anos, posto em evidência e verificado pela própria ciência.

Santuário do Milagre EucarísticoPor minha parte, eu ouvira falar do milagre de Lanciano, mas o fato me havia parecido tão forte, que desejei tomar conhecimento dele e julgá-lo por mim mesmo no próprio local. A pequena cidade Italiana de Lanciano nos Abrozzes encontra-se a 4 km da estrada de rodagem Pescara-Bari, que contorna o Adriático, um pouco ao sul da Pescara e de Chies. Em uma igrejinha desta cidade, igreja dedicada a S. Legoziano ( que se identifica com S. Longiano, o soldado que transpassou o coração de Cristo com a lança na cruz), no VIII século, um monge basiliano durante a celebração da Missa, depois de ter realizado a dupla consagração do pão e do vinho, começou a duvidar da presença na hóstia e no cálice, do Corpo e do Sangue do Salvador. Foi então que se realizou o milagre: diante dos olhos do Padre, a hóstia se tornou um pedaço de carne viva; e no cálice o vinho consagrado torna-se verdadeiro sangue, coagulando-se em cinco pedrinhas irregulares de formas e tamanhos diferentes. Conservaram se esta carne e este sangue milagrosos, e no correr dos séculos várias pesquisas eclesiásticas foram realizadas.

Quiseram, em nossos dias, verificar a autenticidade do milagre, e 18 de novembro de 1970, os Frades Menores Conventuais que têm a seu cuidado a igreja do Milagre decidiram, com a autorização de Roma, a confiar a um grupo de peritos a análise científica daquelas relíquias, datadas de doze séculos.As pesquisas foram feitas em laboratório, com estrito rigor, pelos professores Linoli e Bertelli, este último da Universidade de Siena. A 4 de março de 1971, estes cientistas davam suas conclusões, que em inúmeras revistas de ciência, do mundo inteiro divulgaram em seguida.

Ei-las:

"A Carne é verdadeiramente carne. O Sangue é verdadeiro sangue. Um e outro são carne e sangue humanos. A carne e o sangue são do mesmo grupo sangüíneo (AB). A carne e o sangue são de uma pessoa VIVA. O diagrama deste sangue corresponde a de um sangue humano que tenha sido retirado de um corpo humano NAQUELE DIA MESMO. A Carne é constituída de tecido muscular do CORAÇÃO (miocárdio). A conservação destas relíquias, deixadas em estado natural durante séculos e expostas à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário".

Algumas ilustrações do resultado do exame cientíco:

(Imagem ampliada 200X) O corte analisado mostra o tecido do coração.

(Imagem ampliada 250X) Com a ampliação é possível analisar uma artéria.

(Imagem ampliada 400X) Nesta última ampliação fica claro o aspecto do tecido do miocárdio.

A carne e o sangue são do mesmo grupo sangüíneo (AB).

O traçado do exame da amostra recolhida é igual a da carne e sangue de uma pessoa VIVA.

Fica-se estupefato diante de tais conclusões, que manifestam de maneira evidente e precisa a autenticidade deste milagre eucarístico. Antes mesmo de as darem a conhecer de modo oficial, os peritos, no fim de sua analises, enviaram aos Padres Franciscanos de Lanciano o seguinte telegrama: " Et Verbum caro factum est" (E "o Verbo se fez carne.") Telegrama este, que é um ato de fé.

Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas! Deus parece brincar com o peso normal dos objetos.

Inútil dizer-vos que nesta igreja, celebrei a Missa votiva do Santíssimo Sacramento com uma fé renovada: o senhor, por meio de tal milagre vem, verdadeiramente, em socorro de nossas incredulidades.

E depois que foram conhecidas as conclusões dessa pesquisa científica, os peregrino vem de toda a parte venerar a Hóstia que se tornou carne e o vinho consagrado, que se tornou sangue.

Quanto a mim dois fatores me espantam. O primeiro é que se trata de carne e sangue de uma pessoa VIVA, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado, naquele dia mesmo, de um ser vivo!

É bem uma prova direta de que Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, que a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo glorioso, assentado a direita do Pai e que, tendo saído do túmulo na manhã da Páscoa, não pode mais morrer. Tantas tolices tem sido ditas, nesses últimos anos, contra a ressurreição do Cristo! Algum, desejariam, com emprenho que essa ressurreição não fosse senão um símbolo, elaborado como que um mito pela piedade muito ardente dos primeiros cristãos!...Ora, eis eu a ciência vem de certo modo, em nosso socorro. Foi verdadeiramente na carne que o Cristo morreu e foi verdadeiramente também na carne, que Jesus ressuscitou no terceiro dia. E a mesma Carne –verdadeira carne nos é dada vida na Eucaristia, para que possamos viver da vida de Cristo! Não é a carne de um distante cadáver, mas uma carne animada e gloriosa. Portanto, vendo a Hóstia consagrada, posso dizer como o Apóstolo Tomé, oito dias depois da Páscoa quando colocou os dedos nas chagas de Cristo " Meu Senhos e meus Deus" é bem a carne viva do Deus vivo!"

Um segundo fato impressiona-me ainda mais: a Carne que lá esta é a carne do Coração. Não a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a do músculo que propulsiona o Sangue – e por tanto a vida – ao corpo inteiro, do músculo que é também o símbolo mais manifesto e o mais eloqüente do amor do Salvador por nós. Quando Jesus se entrega a nós na Eucaristia, é verdadeiramente seu próprio Coração que ele nos da a comer, é ao seu amor que nós comungamos, um amor manso e humilde como esse Coração mesmo, um amor poderoso e forte mais que a morte, e que é o antídoto dos fermentos de morte física e espiritual que carregamos em nossa "carne de pecado".

A Eucaristia é, na verdade, o dom por excelência do Coração de Jesus. S. João nos diz no começo do capítulo XIII de seu Evangelho, antes de nos falar do preparativos da ultima Ceia de Jesus: "Tendo amado os seus que estavam no mundo. Ele os amou ate o fim". Não tanto querendo significar: ate o fim de sua vida terrestre, mas ate os últimos excessos de onde poderia chegar a ternura de um Deus feito homem, do Amor infinito, tornando carne: Meu Coração é tão apaixonado de amor pelos homens" dira um dia o Cristo em Parayle-Monial, revelando seu Coração a Santa Margarida Maria. Uma paixão que o conduzi a cruz, que torna hoje presente sobre nossos altares em nossos sacrários e ate em nossos corações. Esta declarado em nosso Credo que Jesus, depois de sua morte, desceu aos infernos". Ressuscitado vivo, ele ai desce ainda hoje: ele vem à lama de nossos corações para arranca-los dessa lama. Ele vem a esses lugares de morte eterna. Ele vem em nossos corações, nos quais entrou o pecado – arrancar-nos da morte eterna e fazer-nos viver de sua vida divina. Seu Coração imaginou tudo isso, para testemunhar-nos – e de maneira singularmente eficaz – seu afeto se limites. Guardemos isto, em todo o caso: na Eucaristia eu recebo o Cristo todo inteiro, mas é verdadeiramente que se da e que eu como.

Não tínhamos também nós, necessidade de revigorar a nossa fé na Eucaristia? E não foi sem razão que Deus permitiu que o milagre de Lanciano, antigo de 12 séculos e sempre atual, nos fosse apresentado hoje pela própria ciência, por esta ciência que alguns queriam colocar em oposição com a fé ou que a pudesse substituir.

Fiz questão de comunicar-vos as reflexões que me inspirou o conhecimento deste milagre, e a emoção profunda que ele produziu em minha alma. Agora que me aproximo do SS. Sacramento com renovado respeito à ação de graças, adoração, amor renovados. E não duvido que vos tendo comunicado o que eu mesmo descobri em Lanciano, não tenhas também vós, diante da divina Eucaristia um sentimento mais vivo da presença do Verbo feito Carne que vem habitar em nós, o Cristo ressuscitado, que nos ama com uma ternura infinita entretanto humana.

Jesus o prometeu: "Eis que estou convosco até a consumação dos séculos. Sim, até o fim do mundo. Ele, o Verbo tornado Carne, desce em nossa carne e nos fez viver de sua vida eterna e gloriosa...

Padre Jean Ladame ( Chenoves 71940 SAINT BOIL, França)

Traduzido da revista "La Revue du Rosaire", dos PP. Dominicanos de Saint-Maximin-nºde junho de 1976.

 

* Pastoral da Crisma * Paróquia Imacula Conceição - Vila Rezende - Piracicaba - SP - Brasil


 

29 de março de 2008

Sem motivação, o catequista é nada!

A catequese não é algo que podemos mensurar de forma matemática. Não dá para dizer "este ano ela não deu resultados por causa disso, disso e disso". Não dá para medir o que é êxito ou fracasso quando o assunto analisado é a catequese.  Ela não tem medida concreta  para uma análise deste tipo.

A matemática do êxito do trabalho de um catequista está na medida exata da sua motivação. O coração do catequista é o melhor parâmetro de análise e resultados. A fórmula é simples: catequista desmotivado, catequese com problemas. Catequista motivado, catequese com resultados positivos.

 Nem todos os catequistas  são "preparadíssimos" ou "afinados" para esta missão com conteúdos, técnicas e dinâmicas das mais diversas. Nem sempre possuem respostas para as inúmeras indagações que são apresentadas durante o período de catequese. Mas motivação é algo que jamais não pode faltar. A catequese não pode abrir mão de catequistas motivados e motivação não é algo que se aprende em algum curso de formação, retiros ou em algum curso de especialização em teologia. Motivação está na essência e no encantamento por Jesus, algo que todo o catequista precisa ter quando aceita o desafio da catequese.

Não tem como falhar uma missão que tem nela um catequista motivado.

Não tem como não dar certo algo que um catequista faz com alegria.

Não tem como não ter efeito uma tarefa em que o catequista acredita, crê, se empenha, luta e demonstra o encantamento pelo projeto de Jesus.

Motivação é fundamental na catequese. Sem ela, nada flui, as coisas não andam como deveriam andar e os problemas se tornam fardos, barreiras intransponíveis.

O documento de Aparecida pede entre tantas coisas, espírito e impulso missionário e diz: "Não podemos ser acomodados, omissos, negligentes. É hora de converter-nos do comodismo, apatia, sacramentalização e burocracia. A igreja precisa de uma comoção missionária, uma mexida forte".  E como fazer uma mexida forte, deixando o comodismo de lado, se o que existe  é  desânimo?

Não espere pelo padre. Não espere que o seu coordenador lhe dê a fórmula ou quem algum "teólogo" especialista nisso ou naquilo lhe entregue de "mão beijada" a indicação do caminho exato que deve ser seguido. Não existem fórmulas mágicas para uma catequese ter êxito. O resultado do que plantamos nas nossas ações como catequistas está diretamente ligado a nossa motivação. Se acreditarmos que o projeto de Cristo é o melhor, não tem alternativa a não ser dividir esta descoberta. Se não dividirmos, que sentido isso têm? Uma fé egoísta, individual, guardada a sete chaves, não tem efeito. E se dividimos e nos propomos a fazer com que mais pessoas sintam os efeitos desta descoberta, é preciso fazer isso com motivação!

Não se mede o sucesso da catequese pela quantidade de vezes que os catequizandos freqüentam a missa ou pelo que eles sabem ou não dos conteúdos passados ao longo de muitos anos. Isso não significa, necessariamente, êxito nem fracasso.

Terrível, neste contexto, não é ver pais desinteressados ou jovens e crianças querendo ir embora antes do tempo dos encontros de catequese. Horrível e lamentável é enxergar um catequista sem motivação, que só reclama, lamenta, vive aborrecido, triste, sente-se incapaz e não consegue visualizar na sua missão uma luz para os outros.

Sem motivação, o catequista é nada e a catequese é nula.

26 de março de 2008

Jesus não se impõe; ao contrário, respeita a nossa liberdade

Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, aleluia!
De fato, nosso coração, nosso semblante e o nosso caminho mudam quando nos encontramos com Jesus ressuscitado.

E talvez você pergunte: Onde posso encontrá-Lo hoje? É muito simples, porque Ele está batendo insistentemente na porta do nosso coração, basta abrirmos e convidá-Lo: pode entrar na minha vida, hoje, Jesus; eu O acolho.

O Senhor sempre respeita a nossa liberdade, Ele não se impõe a nós, mas quando o convidamos, imediamente, dispõe-se a ser o nosso amigo e companheiro, permanecendo conosco.

"Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus dizendo: Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando! Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus" (Lc 24,28-31).

Peçamos hoje a Jesus que fique conosco ao longo de todo este dia e em todos os momentos da nosa vida.


Jesus, eu confio em Vós!



Luzia Santiago

19 de março de 2008

O Poder da Fé

A fé é uma dádiva dos céus, que adquirimos pela certeza firmada na palavra de Deus contida na Escritura. É um dom que provém do Espírito Santo e que constitui, juntamente com a diversidade de todos os outros dons, a própria alma e vida da igreja. São os carismas, meios pelos quais, através do Espírito Santo, Deus pode chegar até nos derramando o seu Espírito.

"A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outra uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças no mesmo espírito". (I Coríntios 12,7-9)

Jesus ensinava que acreditássemos na palavra de Deus para que a sua benevolência, a sua graça santificante atuasse dentro de nós. É pela força da fé que recebemos Deus dentro de nos e nos tornamos seus filhos.

"Mas a todos os que receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus; aos que crêem em seu nome". (João 1,12)

É crendo em Deus e na sua presença pessoal e sensível entre nós, após o seu virginal nascimento, que recebemos de Cristo, como homem, a sua palavra. Pela sua paixão e morte de cruz, fomos redimidos, pelo seu sangue e pela ressurreição fomos marcados com a permanência do seu espírito em nós e, fomos remidos em seu amor para que possamos ser contados agora e para toda a eternidade como seus e juntos proclamarmos a glória de seu nome, porque esta é à vontade do pai.

O poder da fé não tem limites: aquele que crê, cumpre a palavra de Deus conforme a Escritura e aceita o convite para seguir o seu caminho, os seus passos, "do seu seio jorrarão rios de água viva".

"Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Aquele que crê em mim conforme a palavra da Escritura: de seu jorrarão rios de água viva". (João 7,37-38)

Há sinal evidente no poder da fé desde o Antigo Testamento, quando Moisés, atendendo ao mandado do Senhor, levantou no deserto a serpente de bronze para proteger e curar do veneno mortífero da serpente abrasadora. Todos aqueles que fossem picados por cobra, contemplando a serpente hasteada viviam, ficavam curados de suas feridas. Esse acontecimento faz alusão à crucificação de Jesus, que no madeiro da cruz foi sacrificado e morto para que fôssemos redimidos pelo seu sangue: e vencendo a morte pela ressurreição foi levado para a glória do Pai.

Com derramamento do seu sangue e pelo perdão de nossos pecados, e pela sua ressurreição. Jesus comprova a sua deidade e o seu grande amor por nós.

"Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer, tenha nele vida eterna. A fé é ação de Deus em nossa vida". (João 3, 14-15). Somente buscando a proteção do criador é que encontramos a paz e a salvação.

Não há aflição que o poder da fé em Deus não vença. Cristo nos deixa a sua paz para que, unidos sob as vistas e as bênçãos do Pai, encontremos a comunhão fraterna, a verdadeira razão do nosso viver.

É preciso no entanto termos uma fé perseverante, para que possamos cumprir a vontade de Deus, pois fiquem certos de que todo aquele que nascer de Deus vence o mundo. É essa a vitória do poder da fé.


Adailton Coelho Costa
João Pessoa – PB

Fonte: cancaonova.com