3 de abril de 2008

Nossa Senhora de Fátima - O Milagre do Sol

Na aparição da Virgem Maria aos três pastorinhos, quando Ela revelou o "Segredo de Fátima", também prometeu aos três que Deus faria um grande milagre em sua próxima aparição no dia 13 de Outubro de 1917 e assim aconteceu.
Na presença de 70.000 testemunhas, foi realizado um grande milagre no céu acima de Fátima no momento exato e no local preciso que as crianças haviam indicado anteriormente. As testemunhas contam que o sol começou a dançar no céu e parecia que ia cair na terra antes de retornar ao seu lugar normal no céu.

Este acontecimento é conhecido como o "Milagre do Sol" e tem sido caracterizado como o maior acontecimento sobrenatural do Século 20. Este acontecimento não pertence apenas ao domínio da fé, mas, também, ao da ciência, além de ter sido um acontecimento histórico.
A Igreja Católica endossa oficialmente a Mensagem de Fátima por ser "digna de crédito" desde 1930. Cinco Papas sucessivos indicaram publicamente a sua aprovação e o seu crédito na validez e importância crítica das aparições de Fátima. Vários papas visitaram Fátima em peregrinação solene.
Nosso atual papa João Paulo II tem ido pelo menos uma vez em cada década de seu pontificado e deu crédito publicamente à Nossa Senhora de Fátima por salvar a sua vida durante o atentado de sofreu em 1981, ocorrido no 64º aniversário da primeira aparição de Fátima.
No ano seguinte ao atentado, o papa deu graças pela intervenção de Nossa Senhora.

Milagre Eucarístico de São Lanciano


Ostensório artístico de Prata, onde fica guardado o corpo e o sangueO milagre Eucarístico de Lanciano na Itália comprova a autenticidade da Igreja Católica Apostólica Romana
Há aproximadamente treze séculos, um padre que duvidava que a hóstia consagrada é verdadeiramente o Corpo de Cristo, enquanto recitava a fórmula de consagração da eucaristia durante a missa, a hóstia milagrosamente converteu-se em carne e o vinho converteu-se em sangue. Uma comissão de estudos de 1971 presidida pelo professor Dr. Odoardo Linoli da Universidade de Sena constatou que a carne e o sangue contém glóbulos vermelhos e brancos ainda vivos; a carne e o sangue são do mesmo grupo sanguíneo, isto AB, muito comum entre os judeus, e constatou que é o mesmo sangue do Santo Sudário. Após este estudo não restou mais dúvida, a carne e o sangue conservados ainda hoje na cidade de Lanciano, são verdadeiramente Carne e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nossos sacrários mantêm entre nós a realidade da Encarnação: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós..." E habita ainda verdadeiramente presente entre nós, não somente de uma maneira espiritual, mas com seu próprio Corpo – "Ave verum corpus, natum de Maria Virgine" canta a Igreja diante do SS. Sacramento: "Salve verdadeiro corpo, nascido da Virgem Maria, corpo que sofreu verdadeiramente e foi verdadeiramente imolado pela salvação dos homens".

Esta presença real da carne de Cristo (é uma carne viva, unida à alma e a divindade do Verbo, pois Jesus esta hoje ressuscitado) é admiravelmente manifestada pelo milagre de Lanciano. Um milagre que dura 12 séculos e que a ciência acaba de examinar, e diante do qual, ela teve que se inclinar.

Santuário do Milagre EucarísticoSim, um milagre, e bem destinado ao nosso tempo de incredulidade. Pois, como diz São Paulo, os milagres são feitos não para aqueles que crêem, mas para os que não crêem. Ora, hoje em dia, um certo número de cristãos da Presença Real, mesmo depois que o Papa Paulo VI, no documento " Mysterium Fidei", recordou-lhes claramente este dogma. Querem admitir, a exemplo dos protestantes, apenas um presença espiritual do Cristo na alma daquele que comunga; mas os sinais sacramentais do pão e do vinho consagrados seriam puros símbolos, tal como a água do batismo, que não é e não permanece senão simples água, ainda que significando e realizando pela palavra que a acompanha – a purificação da alma. Depois da comunhão, as hóstias que não houvessem sido consumidas, dizem eles, não seriam mais, nesse caso, senão pão, podendo ser atiradas fora como coisas profanas... A própria discrição com que, em certas igrejas, cercam o sacrário, já manifesta esta falta de fé profunda na presença real, e portanto, na palavra onipotente do Cristo: "Isto é meu Corpo! Isto é meu sangue!" Eis porque Deus permitiu para todos que duvidam da presença eucarística do Cristo ou que a negam, que um milagre, que dura há mais de 12 séculos, fosse nos últimos anos, posto em evidência e verificado pela própria ciência.

Santuário do Milagre EucarísticoPor minha parte, eu ouvira falar do milagre de Lanciano, mas o fato me havia parecido tão forte, que desejei tomar conhecimento dele e julgá-lo por mim mesmo no próprio local. A pequena cidade Italiana de Lanciano nos Abrozzes encontra-se a 4 km da estrada de rodagem Pescara-Bari, que contorna o Adriático, um pouco ao sul da Pescara e de Chies. Em uma igrejinha desta cidade, igreja dedicada a S. Legoziano ( que se identifica com S. Longiano, o soldado que transpassou o coração de Cristo com a lança na cruz), no VIII século, um monge basiliano durante a celebração da Missa, depois de ter realizado a dupla consagração do pão e do vinho, começou a duvidar da presença na hóstia e no cálice, do Corpo e do Sangue do Salvador. Foi então que se realizou o milagre: diante dos olhos do Padre, a hóstia se tornou um pedaço de carne viva; e no cálice o vinho consagrado torna-se verdadeiro sangue, coagulando-se em cinco pedrinhas irregulares de formas e tamanhos diferentes. Conservaram se esta carne e este sangue milagrosos, e no correr dos séculos várias pesquisas eclesiásticas foram realizadas.

Quiseram, em nossos dias, verificar a autenticidade do milagre, e 18 de novembro de 1970, os Frades Menores Conventuais que têm a seu cuidado a igreja do Milagre decidiram, com a autorização de Roma, a confiar a um grupo de peritos a análise científica daquelas relíquias, datadas de doze séculos.As pesquisas foram feitas em laboratório, com estrito rigor, pelos professores Linoli e Bertelli, este último da Universidade de Siena. A 4 de março de 1971, estes cientistas davam suas conclusões, que em inúmeras revistas de ciência, do mundo inteiro divulgaram em seguida.

Ei-las:

"A Carne é verdadeiramente carne. O Sangue é verdadeiro sangue. Um e outro são carne e sangue humanos. A carne e o sangue são do mesmo grupo sangüíneo (AB). A carne e o sangue são de uma pessoa VIVA. O diagrama deste sangue corresponde a de um sangue humano que tenha sido retirado de um corpo humano NAQUELE DIA MESMO. A Carne é constituída de tecido muscular do CORAÇÃO (miocárdio). A conservação destas relíquias, deixadas em estado natural durante séculos e expostas à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário".

Algumas ilustrações do resultado do exame cientíco:

(Imagem ampliada 200X) O corte analisado mostra o tecido do coração.

(Imagem ampliada 250X) Com a ampliação é possível analisar uma artéria.

(Imagem ampliada 400X) Nesta última ampliação fica claro o aspecto do tecido do miocárdio.

A carne e o sangue são do mesmo grupo sangüíneo (AB).

O traçado do exame da amostra recolhida é igual a da carne e sangue de uma pessoa VIVA.

Fica-se estupefato diante de tais conclusões, que manifestam de maneira evidente e precisa a autenticidade deste milagre eucarístico. Antes mesmo de as darem a conhecer de modo oficial, os peritos, no fim de sua analises, enviaram aos Padres Franciscanos de Lanciano o seguinte telegrama: " Et Verbum caro factum est" (E "o Verbo se fez carne.") Telegrama este, que é um ato de fé.

Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas! Deus parece brincar com o peso normal dos objetos.

Inútil dizer-vos que nesta igreja, celebrei a Missa votiva do Santíssimo Sacramento com uma fé renovada: o senhor, por meio de tal milagre vem, verdadeiramente, em socorro de nossas incredulidades.

E depois que foram conhecidas as conclusões dessa pesquisa científica, os peregrino vem de toda a parte venerar a Hóstia que se tornou carne e o vinho consagrado, que se tornou sangue.

Quanto a mim dois fatores me espantam. O primeiro é que se trata de carne e sangue de uma pessoa VIVA, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado, naquele dia mesmo, de um ser vivo!

É bem uma prova direta de que Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, que a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo glorioso, assentado a direita do Pai e que, tendo saído do túmulo na manhã da Páscoa, não pode mais morrer. Tantas tolices tem sido ditas, nesses últimos anos, contra a ressurreição do Cristo! Algum, desejariam, com emprenho que essa ressurreição não fosse senão um símbolo, elaborado como que um mito pela piedade muito ardente dos primeiros cristãos!...Ora, eis eu a ciência vem de certo modo, em nosso socorro. Foi verdadeiramente na carne que o Cristo morreu e foi verdadeiramente também na carne, que Jesus ressuscitou no terceiro dia. E a mesma Carne –verdadeira carne nos é dada vida na Eucaristia, para que possamos viver da vida de Cristo! Não é a carne de um distante cadáver, mas uma carne animada e gloriosa. Portanto, vendo a Hóstia consagrada, posso dizer como o Apóstolo Tomé, oito dias depois da Páscoa quando colocou os dedos nas chagas de Cristo " Meu Senhos e meus Deus" é bem a carne viva do Deus vivo!"

Um segundo fato impressiona-me ainda mais: a Carne que lá esta é a carne do Coração. Não a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a do músculo que propulsiona o Sangue – e por tanto a vida – ao corpo inteiro, do músculo que é também o símbolo mais manifesto e o mais eloqüente do amor do Salvador por nós. Quando Jesus se entrega a nós na Eucaristia, é verdadeiramente seu próprio Coração que ele nos da a comer, é ao seu amor que nós comungamos, um amor manso e humilde como esse Coração mesmo, um amor poderoso e forte mais que a morte, e que é o antídoto dos fermentos de morte física e espiritual que carregamos em nossa "carne de pecado".

A Eucaristia é, na verdade, o dom por excelência do Coração de Jesus. S. João nos diz no começo do capítulo XIII de seu Evangelho, antes de nos falar do preparativos da ultima Ceia de Jesus: "Tendo amado os seus que estavam no mundo. Ele os amou ate o fim". Não tanto querendo significar: ate o fim de sua vida terrestre, mas ate os últimos excessos de onde poderia chegar a ternura de um Deus feito homem, do Amor infinito, tornando carne: Meu Coração é tão apaixonado de amor pelos homens" dira um dia o Cristo em Parayle-Monial, revelando seu Coração a Santa Margarida Maria. Uma paixão que o conduzi a cruz, que torna hoje presente sobre nossos altares em nossos sacrários e ate em nossos corações. Esta declarado em nosso Credo que Jesus, depois de sua morte, desceu aos infernos". Ressuscitado vivo, ele ai desce ainda hoje: ele vem à lama de nossos corações para arranca-los dessa lama. Ele vem a esses lugares de morte eterna. Ele vem em nossos corações, nos quais entrou o pecado – arrancar-nos da morte eterna e fazer-nos viver de sua vida divina. Seu Coração imaginou tudo isso, para testemunhar-nos – e de maneira singularmente eficaz – seu afeto se limites. Guardemos isto, em todo o caso: na Eucaristia eu recebo o Cristo todo inteiro, mas é verdadeiramente que se da e que eu como.

Não tínhamos também nós, necessidade de revigorar a nossa fé na Eucaristia? E não foi sem razão que Deus permitiu que o milagre de Lanciano, antigo de 12 séculos e sempre atual, nos fosse apresentado hoje pela própria ciência, por esta ciência que alguns queriam colocar em oposição com a fé ou que a pudesse substituir.

Fiz questão de comunicar-vos as reflexões que me inspirou o conhecimento deste milagre, e a emoção profunda que ele produziu em minha alma. Agora que me aproximo do SS. Sacramento com renovado respeito à ação de graças, adoração, amor renovados. E não duvido que vos tendo comunicado o que eu mesmo descobri em Lanciano, não tenhas também vós, diante da divina Eucaristia um sentimento mais vivo da presença do Verbo feito Carne que vem habitar em nós, o Cristo ressuscitado, que nos ama com uma ternura infinita entretanto humana.

Jesus o prometeu: "Eis que estou convosco até a consumação dos séculos. Sim, até o fim do mundo. Ele, o Verbo tornado Carne, desce em nossa carne e nos fez viver de sua vida eterna e gloriosa...

Padre Jean Ladame ( Chenoves 71940 SAINT BOIL, França)

Traduzido da revista "La Revue du Rosaire", dos PP. Dominicanos de Saint-Maximin-nºde junho de 1976.

 

* Pastoral da Crisma * Paróquia Imacula Conceição - Vila Rezende - Piracicaba - SP - Brasil


 

29 de março de 2008

Sem motivação, o catequista é nada!

A catequese não é algo que podemos mensurar de forma matemática. Não dá para dizer "este ano ela não deu resultados por causa disso, disso e disso". Não dá para medir o que é êxito ou fracasso quando o assunto analisado é a catequese.  Ela não tem medida concreta  para uma análise deste tipo.

A matemática do êxito do trabalho de um catequista está na medida exata da sua motivação. O coração do catequista é o melhor parâmetro de análise e resultados. A fórmula é simples: catequista desmotivado, catequese com problemas. Catequista motivado, catequese com resultados positivos.

 Nem todos os catequistas  são "preparadíssimos" ou "afinados" para esta missão com conteúdos, técnicas e dinâmicas das mais diversas. Nem sempre possuem respostas para as inúmeras indagações que são apresentadas durante o período de catequese. Mas motivação é algo que jamais não pode faltar. A catequese não pode abrir mão de catequistas motivados e motivação não é algo que se aprende em algum curso de formação, retiros ou em algum curso de especialização em teologia. Motivação está na essência e no encantamento por Jesus, algo que todo o catequista precisa ter quando aceita o desafio da catequese.

Não tem como falhar uma missão que tem nela um catequista motivado.

Não tem como não dar certo algo que um catequista faz com alegria.

Não tem como não ter efeito uma tarefa em que o catequista acredita, crê, se empenha, luta e demonstra o encantamento pelo projeto de Jesus.

Motivação é fundamental na catequese. Sem ela, nada flui, as coisas não andam como deveriam andar e os problemas se tornam fardos, barreiras intransponíveis.

O documento de Aparecida pede entre tantas coisas, espírito e impulso missionário e diz: "Não podemos ser acomodados, omissos, negligentes. É hora de converter-nos do comodismo, apatia, sacramentalização e burocracia. A igreja precisa de uma comoção missionária, uma mexida forte".  E como fazer uma mexida forte, deixando o comodismo de lado, se o que existe  é  desânimo?

Não espere pelo padre. Não espere que o seu coordenador lhe dê a fórmula ou quem algum "teólogo" especialista nisso ou naquilo lhe entregue de "mão beijada" a indicação do caminho exato que deve ser seguido. Não existem fórmulas mágicas para uma catequese ter êxito. O resultado do que plantamos nas nossas ações como catequistas está diretamente ligado a nossa motivação. Se acreditarmos que o projeto de Cristo é o melhor, não tem alternativa a não ser dividir esta descoberta. Se não dividirmos, que sentido isso têm? Uma fé egoísta, individual, guardada a sete chaves, não tem efeito. E se dividimos e nos propomos a fazer com que mais pessoas sintam os efeitos desta descoberta, é preciso fazer isso com motivação!

Não se mede o sucesso da catequese pela quantidade de vezes que os catequizandos freqüentam a missa ou pelo que eles sabem ou não dos conteúdos passados ao longo de muitos anos. Isso não significa, necessariamente, êxito nem fracasso.

Terrível, neste contexto, não é ver pais desinteressados ou jovens e crianças querendo ir embora antes do tempo dos encontros de catequese. Horrível e lamentável é enxergar um catequista sem motivação, que só reclama, lamenta, vive aborrecido, triste, sente-se incapaz e não consegue visualizar na sua missão uma luz para os outros.

Sem motivação, o catequista é nada e a catequese é nula.

26 de março de 2008

Jesus não se impõe; ao contrário, respeita a nossa liberdade

Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, aleluia!
De fato, nosso coração, nosso semblante e o nosso caminho mudam quando nos encontramos com Jesus ressuscitado.

E talvez você pergunte: Onde posso encontrá-Lo hoje? É muito simples, porque Ele está batendo insistentemente na porta do nosso coração, basta abrirmos e convidá-Lo: pode entrar na minha vida, hoje, Jesus; eu O acolho.

O Senhor sempre respeita a nossa liberdade, Ele não se impõe a nós, mas quando o convidamos, imediamente, dispõe-se a ser o nosso amigo e companheiro, permanecendo conosco.

"Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus dizendo: Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando! Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus" (Lc 24,28-31).

Peçamos hoje a Jesus que fique conosco ao longo de todo este dia e em todos os momentos da nosa vida.


Jesus, eu confio em Vós!



Luzia Santiago

19 de março de 2008

O Poder da Fé

A fé é uma dádiva dos céus, que adquirimos pela certeza firmada na palavra de Deus contida na Escritura. É um dom que provém do Espírito Santo e que constitui, juntamente com a diversidade de todos os outros dons, a própria alma e vida da igreja. São os carismas, meios pelos quais, através do Espírito Santo, Deus pode chegar até nos derramando o seu Espírito.

"A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outra uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças no mesmo espírito". (I Coríntios 12,7-9)

Jesus ensinava que acreditássemos na palavra de Deus para que a sua benevolência, a sua graça santificante atuasse dentro de nós. É pela força da fé que recebemos Deus dentro de nos e nos tornamos seus filhos.

"Mas a todos os que receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus; aos que crêem em seu nome". (João 1,12)

É crendo em Deus e na sua presença pessoal e sensível entre nós, após o seu virginal nascimento, que recebemos de Cristo, como homem, a sua palavra. Pela sua paixão e morte de cruz, fomos redimidos, pelo seu sangue e pela ressurreição fomos marcados com a permanência do seu espírito em nós e, fomos remidos em seu amor para que possamos ser contados agora e para toda a eternidade como seus e juntos proclamarmos a glória de seu nome, porque esta é à vontade do pai.

O poder da fé não tem limites: aquele que crê, cumpre a palavra de Deus conforme a Escritura e aceita o convite para seguir o seu caminho, os seus passos, "do seu seio jorrarão rios de água viva".

"Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Aquele que crê em mim conforme a palavra da Escritura: de seu jorrarão rios de água viva". (João 7,37-38)

Há sinal evidente no poder da fé desde o Antigo Testamento, quando Moisés, atendendo ao mandado do Senhor, levantou no deserto a serpente de bronze para proteger e curar do veneno mortífero da serpente abrasadora. Todos aqueles que fossem picados por cobra, contemplando a serpente hasteada viviam, ficavam curados de suas feridas. Esse acontecimento faz alusão à crucificação de Jesus, que no madeiro da cruz foi sacrificado e morto para que fôssemos redimidos pelo seu sangue: e vencendo a morte pela ressurreição foi levado para a glória do Pai.

Com derramamento do seu sangue e pelo perdão de nossos pecados, e pela sua ressurreição. Jesus comprova a sua deidade e o seu grande amor por nós.

"Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer, tenha nele vida eterna. A fé é ação de Deus em nossa vida". (João 3, 14-15). Somente buscando a proteção do criador é que encontramos a paz e a salvação.

Não há aflição que o poder da fé em Deus não vença. Cristo nos deixa a sua paz para que, unidos sob as vistas e as bênçãos do Pai, encontremos a comunhão fraterna, a verdadeira razão do nosso viver.

É preciso no entanto termos uma fé perseverante, para que possamos cumprir a vontade de Deus, pois fiquem certos de que todo aquele que nascer de Deus vence o mundo. É essa a vitória do poder da fé.


Adailton Coelho Costa
João Pessoa – PB

Fonte: cancaonova.com

SEMANA SANTA - O Mistério Litúrgico.

O espírito do Tríduo pascal tem sua origem nas linhas mestras da liturgia primitiva. A primeira linha fundamental é a exigência de ligação entre a lembrança da Paixão e da Ressurreição. A morte de Cristo já é sua entrada numa vida nova: a vida do Ressuscitado permanece a vida em que ele entrou superando a morte. Esta unidade dos dois elementos do Mistério pascal indica ao cristão que não pode haver para ele uma vida de união com Cristo, sem morrer primeiramente a tudo o que constitui o velho mundo.

A segunda linha essencial da liturgia pascal se percebe através do exuberante simbolismo das celebrações litúrgicas características do Tríduo sacro.

A morte e a vida do Senhor se realiza novamente no mistério litúrgico. E na nossa participação nesse mistério; participação no mistério que implica em mais profunda morte ao pecado, renovação da nossa ressurreição para a vida da graça , nosso empenho mais firme na realização da nova criação que se vai efetuando, e emprego maior da liberdade espiritual que se torna privilégio nosso.

Uma terceira linha provém das próprias origens da festa pascal. A Páscoa era a festa nacional do povo eleito, lembrança da sua libertação e sua constituição .

Páscoa permanece a festa do povo cristão; festa da sua constituição em povo santo, em sacerdócio real. Não se pode celebrá-la sem tomar mais consciência das características essenciais próprias de um povo de "redimidos": toda a sua vida de caridade e obediência a Deus constitui o culto em espírito e verdade que o Calvário inaugurou.

Para a celebração

O Tríduo pascal segundo os novos livros litúrgicos, começa na tarde da Quinta-feira santa com a Missa na Ceia do Senhor e termina na tarde de Páscoa com as vésperas solenes.
A Sexta-feira santa, em que se celebra a morte do Senhor, e o Sábado santo em que se recorda o repouso de Cristo no sepulcro, são dias "alitúrgicos".

O DOMINGO DE PÁSCOA tem início com a solene Vigília que se desenrola durante a noite: constitui o cume do Tríduo pascal e celebra festivamente, no mistério, a gloriosa Ressurreição do Senhor.

(No Tríduo pascal não são permitidas outras celebrações. Com o Domingo de Páscoa tem início o Tempo pascal).

Na QUINTA-feira santa, além da Eucaristia do Crisma, em que são abençoados "os santos Óleos": dos Catecúmenos, e da Unção dos Enfermos e consagrado o da Crisma (em geral no Brasil, rezada por motivo pastorais, na Quarta-feira santa) é celebrada a qualquer hora da tarde, a Missa na CEIA DO SENHOR que lembra a Instituição da Eucaristia, a primeira Missa da história.

(Na solene Missa canta-se o hino do Glória, durante o qual tocam-se os sinos que, depois permaneceram em silêncio até a Vigília pascal. Não se diz o Creio. Após a Homilia, o celebrante procede ao "Lava-pés", para lembrar o que Jesus fez na última Ceia, num ato de amor e de serviço para com os apóstolos. A Missa termina com a oração da comunhão, à qual segue imediatamente a procissão para a "Transladação do SSmo. Sacramento à uma capela ou altar devidamente preparados).

A solene Liturgia da SEXTA-feira santa é celebrada à tarde, pelas três horas, a não ser que razões pastorais aconselhem horas mais tarde.

Comemoramos os dois aspectos do mistério da cruz, o sofrimento que prepara para a glória da Páscoa e a humilhação e opróbrio de Jesus dos quais promana sua glorificação.

Hoje já é a Páscoa : Cristo que morre na cruz, passa deste mundo ao Pai; do seu lado brota, para nós, a vida divina, passamos da morte do pecado à vida de Deus. Tudo isso o revivemos liturgicamente em três momentos: Liturgia da Palavra com leitura da Paixão, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.

(Na sexta feira santa "na paixão do Senhor" e, conforme a oportunidade também no Sábado santo até a Vigília pascal, celebra-se a jejum pascal (cf. Const. Apost. Paenitemini,17 de fevereiro de 1966, II,3)).

VIGILIA PASCAL NA NOITE SANTA. Por antiqüíssima tradição, esta é "a noite de vigília em honra do Senhor". A noite pascal é grande sacramento da vida do cristão.Não é vigília mas já é FESTA.

Desenrola-se deste modo: depois de uma breve Liturgia da Luz (primeira parte), a santa Igreja medita as "maravilhas" que o Senhor fez por seu povo desde o princípio, e confia na sua palavra e na sua promessa (Liturgia da Palavra) até o momento em que, aproximando-se o dia da ressurreição, com só seus membros regenerados no batismo (terceira parte ou Liturgia Batismal), é convidada à mesa que o Senhor preparou para seu povo por meio de sua morte e ressurreição (quarta parte Liturgia Eucarística).

A Missa da noite, mesmo que celebrada antes da meia noite, é a Missa Pascal do domingo da Ressurreição.

No DOMINGO DE PÁSCOA há duas Missas: a primeira "na noite santa", e constitui o ápice da solene Vigília Pascal, a segunda "no dia" do Domingo da Ressurreição.(Com o canto do Glória na noite de Páscoa, os sinos retomam seu som festivo; volta também o alegre canto do Aleluia).

NB. A cor das vestes litúrgicas é o Branco na liturgia da Quinta-feira santa, da Vigília Pascal e do Domingo de Páscoa; o Vermelho, na liturgia da Sexta-feira santa e no Domingo de Ramos e da Paixão.

Padre Gian Luigi Morgano

13 de março de 2008

Namoro e noivado: um tempo quente?

Há muitos ganhos nos tempos modernos, ganhos de liberdade de se conversar sobre tudo, de facilidade de orientação, esclarecimento, abertura e menos tabus. Por outro lado, vemos como surgem problemas, exageros, deturpações e desequilíbrios que levam ao desrespeito total.

Os meios de comunicação abriram um leque de possibilidades de informação, mas colocaram também suas idéias secularizadas, seus valores sem consideração pela dignidade da pessoa humana e pelo Evangelho. Chamam a atenção sobre o prazer, sobre uma liberdade que não se compromete, sem nenhuma escala de valores, sem ética, misturando o transitório com os valores perenes. Assim joga a juventude em loucas aventuras pelas quais ninguém se responsabiliza depois.

O desejo de realização pessoal ao lado de alguém deveria levar a pessoa à procura de quem mais se adaptasse a si em seu gênio, em seu modo de pensar, de querer, em seus projetos, trabalhos, cultura, religião etc. E tudo se deve ver e perceber durante o namoro.

Namoro é tempo de mútuo conhecimento e adaptação em que se investe quanto tempo for preciso. Daí nasce à capacidade de comunhão de vida, de ideais e projetos: desenho de uma vida feliz.

Queimada essa etapa, tudo se precipita e dá origem a casamentos malfeitos e sem fundamento. Surgem as inevitáveis divergências que acabam na desculpa mais sem-vergonha que existe: incompatibilidade de gênio.

Essa pressa em fazer tudo antes de ver, analisar, sob a desculpa de que "ninguém agüenta e precisamos saber se nos amamos", apressa e queima qualquer processo de amadurecimento no amor.

E quando já há uma certeza maior do que se quer e de quem ama, vem então o compromisso do noivado, tempo de planejar a vida nos detalhes, nas práticas do dia-a-dia. Aí aprende-se a viver em comunidade e educar-se para essa convivência.

Se dependesse de nós, gostaríamos de dizer aos jovens para não brincarem com os sentimentos dos outros e com seu próprio futuro, que aprendessem a se controlar e não se deixassem dominar pelo que os outros fazem e dizem. Não compensa uma pressa em troca de um casamento com conseqüências para a vida toda.
Amor é gesto de comunhão de vida e ação, em que um se faz presente no outro. Amor é esquecer-se de si e viver para fazer o outro feliz. Amar é olhar juntos na mesma direção.


Texto extraído do Livro: Religião também se aprende - Padre Hélio Libardi (editora Santuário).