20 de fevereiro de 2008

Mensagem do Papa sobre a CF "Fraternidade e defesa da vida"

Leia a íntegra da Carta enviada pelo Papa Bento XVI, a D. Geraldo Lyrio Rocha, Presidente da CNBB.

"Ao iniciar o itinerário espiritual da Quaresma, a caminho da Páscoa da ressurreição do Senhor, desejo uma vez mais aderir à Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2008, está subordinada ao tema "Fraternidade e Defesa da Vida" e ao lema "Escolhe, pois, a vida". É um tempo de conversão de todos os cristãos, no sentido de buscar uma fidelidade ainda maior ao Deus criador e doador da vida.

Meu Venerável predecessor, o Papa João Paulo II, na Encíclica Evangelium Vitae, pôs em evidência a mentalidade individualista e hedonista que, com uma concepção distorcida da ciência, foi causa de novas violações da vida, em particular do aborto e da eutanásia. Certamente, todas as ameaças à vida devem ser combatidas; o Concílio Vaticano II, ao condenar tudo quanto se opõe à vida ou viola a integridade da pessoa humana e a sua dignidade, recordava que tudo isso "desonra mais aqueles que assim procedem, do que os que padecem injustamente" tais atitudes, pois ofendem gravemente a honra devida ao Criador (cf. Cons. Gaudium et spes, 27).

Por isso, no Discurso Inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, quis recordar que os caminhos que traçam uma cultura sem Deus e sem os seus mandamentos, ou inclusive contra Deus, terminam sendo "uma cultura contra o ser humano e contra o bem dos povos latino-americanos" (n. 4).

O Documento final de Aparecida nos mostra que o encontro com Cristo é o ponto de partida para a negação desses caminhos de morte e a escolha da vida; mas é também o ponto de onde partimos para reconhecer plenamente a sacralidade da vida e a dignidade da pessoa humana (n. 356). Ao dar início à Campanha da Fraternidade deste ano, renovo a esperança de que as diversas instâncias da sociedade civil queiram solidarizar-se com a vontade popular que, na sua maioria, rejeita todas as formas contrárias às exigências éticas de justiça e de respeito pela vida humana desde o seu início até o seu fim natural.

Com estes auspícios, invoco a proteção do Senhor, para que sua mão benfazeja se estenda por todo o Brasil, e que a vida nova em Cristo atinja o ser humano por inteiro em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural, derramando seus dons de paz e prosperidade e desperte em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. Com uma especial Bênção Apostólica.
Benedictus PP. XVI

Vaticano, 8 de Dezembro de 2007"

Campanha da Fraternidade de 2008

A Campanha da Fraternidade de 2008 já tem tema: "Fraternidade e defesa da vida"; e o lema é: "escolhe, pois, a vida". Este tema assume importância sempre maior no Brasil e no mundo em vista das ameaças e agressões constantes à vida, o bem mais importante e precioso sobre a face da terra.

Nas suas múltiplas formas e manifestações, a vida é um bem impagável e indisponível; cada ser vivo manifesta, à sua maneira, a sabedoria e a insondável providência de Deus Criador. Não criamos a vida, mas temos o tremendo poder de destruí-la; e  a destruição da vida pelo descuido e a imprudência humanas, ou pela ganância sistemática e cega, é ofensa ao Criador. Muitas formas de agressão ao ambiente, bem como a interferência leviana na natureza dos organismos vivos, coloca em sério risco a existência da muitos seres vivos, vegetais ou animais. Vem ao caso de perguntar: que tipo de mundo e ambiente estamos preparando para as gerações que virão depois de nós?!

Tratando-se da vida humana, as questões tornam-se ainda mais preocupantes. A pobreza extrema e a falta de políticas sociais adequadas deixam a vida humana exposta a situações de risco e precariedade. A violência endêmica e o crime organizado ceifam numerosas vidas humanas, lamentavelmente, muitas delas, em plena flor da juventude! Submetida à lógica do mercado e da vantagem econômica, a vida humana acaba valendo muito pouco. A degradação ambiental, a contaminação e poluição das águas e do ar, em conseqüência de políticas econômicas irresponsáveis, desencadeiam mecanismos que põem em risco a própria sobrevivência da vida no nosso planeta.

É impressionante o número de abortos clandestinos realizados todos os anos no Brasil. São seres humanos inocentes e indefesos rejeitados, aos quais é negada a participação no banquete da vida. E com os abortos clandestinos, tantas mulheres também perdem a vida, em conseqüência de abortos mal-feitos. Legalizar o aborto seria a solução, para salvar a vida de muitas mulheres? É o que alguns pretendem. Mas essa solução seria trágica, cruel e imoral, pois ambas as vidas são preciosas, tanto mais, quanto menos culpa têm a pagar. A vida da mãe e do filho precisa ser preservada. A solução é a educação para a maior valorização da vida humana e para comportamentos sexuais conseqüentes com a grande responsabilidade de transmitir a vida a um novo ser humano.

Ameaça não menos preocupante para a vida humana é a pretensão de legalizar a eutanásia, uma intervenção intencional e direta para suprimir a vida humana. O ser humano, desde o início da história, sempre teve a tentação de se tornar senhor absoluto da vida e da morte; claro, é pretensão dos fortes sobre os mais fracos. E isso não lhe trouxe nada de bom. Só Deus é senhor da vida, porque só ele é capaz de chamar do nada à existência e de dar plenitude à vida humana. Por isso escreveu no coração do homem esta ordem: "não matarás!"

Proteger, defender e promover a vida é tarefa primordial do Estado, sobretudo a vida indefesa e frágil, como a dos seres humanos ainda não-nascidos, das crianças, idosos, pobres, doentes ou pessoas com deficiência. É ação política por excelência, que não poderá orientar-se pela lógica do "salve-se quem puder", que só beneficiaria os mais fortes; ela requer o envolvimento solidário de todos os cidadãos. A defesa da vida e da dignidade dos outros seres humanos contra toda forma de agressão, prepotência ou aviltamento interessa a toda a família humana; é manifestação suprema de fraternidade.

O lema – "escolhe, pois, a vida" (Dt 30,19b) – é tomado do livro do Deuteronômio. O povo hebreu, beneficiado pela ação libertadora e salvadora do Deus da vida, é colocado por Moisés diante da grave alternativa: escolher a vida e um futuro esperançoso para si e seus descendentes, permanecendo fiel aos mandamentos de Deus, ou escolher a morte, andando por caminhos de idolatria e servindo a "deuses" fabricados para a própria conveniência. Isso vale para a globalidade das decisões humanas: nossas escolhas têm conseqüências sobre a vida e o futuro. A escolha livre e responsável do respeito aos mandamentos de Deus e do seu desígnio de vida significa bênção, esperança, futuro. O desprezo ao desígnio do Deus da vida e seus mandamentos traz  a desgraça, a morte.

Esta é a grande questão posta pela Campanha da Fraternidade de 2008, que será ocasião para refletir sobre a complexa problemática que atinge a vida sobre a terra, em especial, a vida humana. Está em jogo o futuro da vida na Terra, nossa casa comum,  e de todos os seus habitantes. Uma solução responsável só poderá ser solidária e fraterna, no pleno respeito ao desígnio de Deus Criador e Senhor da vida.

D.Odilo Pedro Scherer
Bispo Auxiliar de São Paulo
Secretário-Geral da CNBB

18 de fevereiro de 2008

Aprendendo a amar


Oi... Sou a professora Ursinha.
Estamos dando um curso prático sobre
como amar. Anote no caderno as orientações
a seguir. Por mais que você saiba tudo
garanto que vai gostar e depois contar para
todo o mundo...
Veja os exemplos práticos:

1. Você deve ficar bem juntinho

Quando você gostar de alguém, ou estiver apaixonado (a), chegue de mansinho, com muito jeitinho e fique bem ao seu lado. Para você conquistar alguém, seja bem esperto (a) e esteja sempre por perto...

2. Dê beijos bem doces

O beijo é algo muito especial.
Hum... prenda a respiração e dê mil beijinhos
com muito carinho, beijos bem doces que
levem às nuvens. Ele deve ser a expressão do
amor que há em teu coração...

3. Expresse a emoção

Sempre que você estiver junto com a pessoa
amada não deixe de dizer que a ama.
Demonstre isso com emoção, pois a frieza
mata o relacionamento e acaba com o
casamento. Seja romântico, ofereça flores a
ela com alegria e assim a conquistará a cada
dia...

4. Toque em quem você ama

Não diga que não tem tempo ou está
atarefado (a). Seja sempre atencioso (a)
e dê tempo para curtir teu amor. Olhe bem no fundo dos seus olhos, envolva-a com carinho e depois se enrole em todo o seu corpinho...

5. Fique de mãos dadas

A distância esfria, traz muita dor e pode
matar o amor. Fique de mãos dadas,
envolva-a em teus braços para ela se sentir
bem segura. Junto com os suspiros faça
também as eternas juras...

6. Você terá uma bela família

Você terá tudo para ser feliz com uma família
maravilhosa tendo as filhas e os filhos mais
lindos. Com toda certeza o teu lar será um
pedacinho do céu e você viverá cantando, loucamente amando numa eterna lua de mel...

Boa Sorte!

15 de fevereiro de 2008

Doe-se por inteiro

Gaste sua vida por causa do céu. Há uma passagem na Bíblia chamada o "Bom Samaritano" (cf. Lucas 10:25-37), nela está escrito que este homem [bom samaritano] encontrou um doente na estrada, cuidou dele e o levou para a hospedaria e lá ele continuou cuidando do enfermo. Mas houve um momento em que teve de partir. Então, ele deu dois denários para que cuidassem do enfermo, dizendo que se faltasse algo daria ao voltar.

Santo Agostinho diz que este "Bom Samaritano" é Jesus e que o "dono da hospedaria" somos nós, e que o que "gastarmos" com os demais, Ele, o Senhor, nos pagará na vinda d'Ele. Ele lhe pagará a mais, por isso, gaste a sua vida pelo Reino de Deus, pelos próximos. Consuma-se por inteiro!

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

12 de fevereiro de 2008

Sua importância.

Como você é importante para o equílibrio deste planeta!
Como é importante o seu sorriso, a sua alegria, o seu jeito de sempre dar um jeito nas coisas.
Como é importante a sua participação em algumas vidas, como você é solicitado.
Como é fantástica a sua capacidade de amar, de entregar-se, de ser gentil com esse coração de manteiga.
Como é possível não gostarem de você?
Só quem não te conhece a fundo pode não gostar, se derem chance você cativa.
Lógico que todo mundo tem "aqueles dias", assim, é normal que você de vez em quando acorde com aquele humor que até os cachorros correm de você.
Ninguém é perfeito, e por ter essa compreensão é que você não deve se demorar muito na tristeza e jamais, eu disse jamais, se comparar a quem quer que seja.
Você tem as suas qualidades, ! os seus defeitinhos (viu como eu gosto de você), e isso é que o torna tão especial, você é diferente do seu vizinho, do seu irmão, do seu pai, do seu chefe, e isso é que dá sabor a vida.
percebe que se voc6e não fosse assim tão especial, diferente de cada uma das outras pessoas que você conhece o mundo não teria graça, iria ser um mundão com cara de "jaca mole", tudo igual, tudo sem sabor e sem emoção.
E não disfarça não, é com você que eu estou falando.
Bota um sorriso nesse rosto e leve a sua cara de pau para o mundo ver que existe uma pessoa guerreira dentro de você que não desiste tão fácil das coisas que deseja conquistar.
E por falar nisso, corre que tem tanta coisa ainda para ser conquistada.
Tá esperando o que?

Eu, acredito em você.


Mensagem enviada por: Nalva

11 de fevereiro de 2008

Missão - Uma exigência da catolicidade da Igreja

"Enviada por Deus às nações para ser 'o sacramento universal da salvação', a Igreja, em virtude das exigências de seu fundador, esforça-se para anunciar o Evangelho a todos os homens".

"Ide, portanto, e fazei que todos os povos se tornem discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28,19-20).

A fonte do mandato missionário da Igreja é no amor eterno da Santíssima Trindade, pois "ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai", a fim de que os homens participem da comunhão que existe entre o Pai e o Filho em seu Espírito de amor.

O motivo dessa missão é que "Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade"(1Tm 2,4), por esse amor de Deus por todos os homens que a Igreja sempre tirou a obrigação e a força de seu elã missionário; e quem a move e a conduz é o Espírito Santo, trilhando assim o mesmo caminho de Cristo até chegar a Ressurreição.

A tarefa missionário implica em anunciar o Evangelho aos povos e aos grupos que ainda não crêem em Cristo, tendo um diálogo respeitoso. Os fiéis podem tirar proveito desse diálogo, e assim, anunciando a Boa Nova podem assim ajudar a completá-los, levando-os a conhecer a verdade e o bem que Deus difundiu aos homens.


Portanto, todos nós, fiéis-cristãos, temos a MISSÃO de levar a Boa Nova a todos, sem distinção, por amor que Deus tem a todos os homens, nossos irmãos em Cristo

Fonte: www.papocatolico.com.br

A Igreja Católica e os anjos

Em meio a tantas inovações e informações, muitas vezes o ser humano sente-se sufocado e oscila entre a descrença e o sincretismo diante de questões religiosas. Para alguns, crer é quase sinônimo de atraso intelectual, pois a crença parece ser uma realidade ultrapassada. Do outro lado estão aqueles que vivem numa miscelânea religiosa, tendo como princípio de fé realidades provenientes de diversas religiões ou movimentos religiosos. Essa observação vale para a questão dos anjos.

A Igreja Católica, baseando-se nas Sagradas Escrituras, na herança judaica e nos escritos dos Santos Padres, crê na existência dos anjos, como afirma o próprio Catecismo: "A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade da fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição." (CIC, 328). O desenvolvimento da angeologia (estudo dos anjos) na Igreja Católica aconteceu principalmente no período dos padres apostólicos, quando a fé cristã se viu ameaçada em sua pureza por diversas heresias.

O confronto mais rigoroso entre o cristianismo e a filosofia neoplatônica estimulou Agostinho e o Pseudo-Dionísio a aprofundar a doutrina tradicional sobre a natureza e a função salvífica dos anjos. O Pseudo-Dionisio, autor desconhecido do século VI, apoiando-se em Proclo, dividiu os anjos em nove coros, hierarquizando-os em três tríades de dignidade crescente: 1º hierarquia - Serafins, Querubins e Tronos; 2º Hierarquia - Dominações, Potências e Virtudes; 3º Hierarquia - Principados, Arcanjos e Anjos. Tal nomenclatura celeste aparece em alguns textos escriturísticos, a saber: Efésios 1, 21 e Colossenses 1, 16.

Essa hierarquia celeste, em parte, é também encontrada no Missal Romano no prefácio dos anjos: "Pelo Cristo vosso Filho e Senhor nosso, louvam os Anjos a vossa glória, as Dominações vos adoram, e reverentes, vos servem Potestades e Virtudes. Concedei-nos também a nós associar-nos à multidão dos Querubins e Serafins, cantando a uma só voz".

A liturgia cristã, tanto grega quanto latina, honra os anjos como servos de Deus e amigos dos homens. Basta lembrar que no dia 29 de setembro celebra-se a festa dos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, e no dia 02 de outubro a festa dos Santos Anjos da Guarda. A Igreja também associa suas celebrações à liturgia celeste, como atestam o Trisagion do ritual de São João Crisóstomo e o tríplice Sanctus (Santo) do ritual latino.

Na Igreja Católica, os anjos reconhecidos pelo nome são apenas três: Miguel, Rafael e Gabriel, tal como vemos nas Sagradas Escrituras. Os demais anjos citados nas páginas sagradas são anônimos. Então, de onde vem o nome de Haniel que é tido como chefe dos Principados (anjos que são representados carregando cetros de madeira ou cruzes nas mãos)? Certamente a denominação de Haniel provenha da Cabala judaica, ramo místico do judaísmo e do atual mundo esotérico. A Cabala consiste em interpretações místicas e numerológicas das Escrituras hebraicas. Os autores da Cabala tratam cada letra, número e acento das Escrituras como se fossem um código secreto contendo algum significado profundo mais oculto, colocado lá por Deus com algum propósito, inclusive a profecia.

Dessa forma, entende-se que o denominado anjo Haniel não é contado entre os anjos que a Igreja Católica honra, assim como Uriel, Raguel, Sarakael, Remiel e muitos outros que são descritos no II Livro de Enoc, que faz parte da literatura apócrifa judaica e não é considerado livro canônico, ou seja, inspirado por Deus.

Autor: Pe. Agnaldo Rogério dos Santos
Piracicaba - Sp