29 de dezembro de 2017

Será que fazer planos e traçar metas é realmente viver?

Valorizar o seu tempo e fazer planos é positivo

Quase sempre é assim, mais um ano termina e o coração é povoado por sentimentos diversos anunciando que algo novo está por vir. Nesta época, naturalmente, trocamos presentes, nos confraternizamos, fazemos balanços, saímos de férias, viajamos ou recebemos visitas. Mas não é só isso, essa época, também, traz em si um misto de esperança. É dom da renovação. É tempo propício para avaliar o que vivemos e sonharmos com o que virá.

Muitas vezes, ouvi meus pais fazerem planos e traçarem metas para o ano novo, mesmo que fossem coisas bem simples como: visitar um parente, comprar um brinquedo, reformar a casa, ou coisas assim. O certo é que ao dizerem: "No ano que vem, se Deus quiser, vamos fazer tal coisa", alimentavam em mim e nos meus irmãos, sementes de sonhos e cultivavam a esperança de que estava próxima a nossa realização.

Será que fazer planos e traçar metas é realmente viver-

Foto Ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com

Acredite e confie em Deus

Confiemos em Deus, que é Mestre da esperança e sonhador por excelência. Confiar e acreditar n'Ele, significa seguir as pegadas d'Ele. Aprendi a sonhar dentro de casa, graças a bondade e a simplicidade de Deus, expressas nos meus pais. E quando se fala de fim de ano, trago boas recordações das noites de 31 de dezembro, quando minha família e tantas outras reunidas, esperavam em frente à Igreja Matriz – a contagem regressiva – para a chegada do Ano Novo.

Exatamente à meia-noite, as luzes se apagavam e no céu uma queima de fogos de artifícios iluminava nossos sonhos, e reacendia nossa esperança. Depois de alguns minutos, as luzes voltavam a acender já com um outdoor anunciando o ano que acabara de chegar e votos de felicidades eram ditos. Era um momento mágico e esperado o ano inteiro, nos abraçávamos emocionados desejando: – Feliz Ano Novo. Como se a vida recomeçasse ali, naquele exato momento. Felizmente, grande parte dessa tradição ainda é mantida no pedacinho de chão onde nasci: Bezerros, região central de Pernambuco.

Celebre as vitórias

E, hoje, embora distante dessa realidade, devido à missão que assumo, percebo-me (de vez em quando) pensando nos meus planos, sonhos e metas para o ano que vem. Acredito que onde quer que estejamos, vivendo seja o que for, a vida continua, e a "virada de ano", não pode passar na indiferença. É uma oportunidade que Deus nos oferece para recomeçar em todos os sentidos. A cada tempo a história atualiza os fatos, e me faz tocar na realidade sempre atual. Deus, por amor, veio nos visitar trazendo a libertação e a paz tão esperadas. O nascimento do Menino Jesus mudou o rumo de nossa história, pois sua luz dissipou as trevas de outrora. Com a ternura de Menino pobre, nascido em Belém, veio nos ensinar que somente quando nos doamos e fazemos os outros felizes, quando partilhamos nossos sonhos e acendemos a esperança na alma de quem nos rodeia, é que conquistamos nossa própria felicidade, uma vez que, ninguém é feliz de verdade sozinho!

É tempo de celebrar as vitórias e alimentar sonhos, tempo de fazer memória das coisas boas que marcaram nossa vida e dar asas para a feliz expectativa quanto ao ano que se aproxima. Certamente, coisas muito boas irão acontecer conosco, mas, é preciso acreditar nisso e contribuir para isso!


Entre as recordações, que conservo ligadas a esta época do ano, está a música "Marcas do que se foi", do Roberto Pêra. Hoje, a dedico para você, porque ela traduz um pouco do que penso agora. Se puder, escute-a e seja feliz, não só hoje, mas durante todos os dias de sua vida:

"Este ano quero paz
No meu coração
Quem quiser ter um amigo
Que me dê a mão (..)

O tempo passa e com ele
Caminhamos todos juntos
Sem parar
Nossos passos pelo chão
Vão ficar (…)

Marcas do que se foi
Sonhos que vamos ter
Como todo dia nasce novo
Em cada amanhecer (…)".

Um Feliz Ano Novo com sonhos e realizações!

27 de dezembro de 2017

Como formar crianças emocionalmente fortes e equilibradas?

É possível educar as crianças para serem fortes em todas as áreas da vida?

Nasce o  filho e com ele nascem: o pai e a mãe. E nesse pai e nessa mãe, nasce uma avalanche de sentimentos. Um mix de seguranças e incertezas, coragem e medo. Queríamos uma cartilha que nos ajudasse no sono, na amamentação, nas cólicas, nas febres, nas viroses, na introdução alimentar, no engatinhar, no andar, no falar, no pensar, no amar, no e na (…). "Ufa!". São tantas demandas. E, existe sim, muitas "cartilhas" de como "adestrar" seus filhos. Métodos e mais métodos "infalíveis" para transformar aquela folha em branco chamada filho no "ideal de homem/mulher" que está dentro dos pais.

Até o título desse texto foi de propósito, pois, quem não quer as 5, 10 ou 20 dicas de como formarem crianças para serem emocionalmente fortes e equilibradas? Certinhas e que nunca mostrem fraquezas ou certo desequilíbrio? Quem não quer um filho que não "dê problema"? Quem não quer um "deus" em vez de uma pessoa?

Como formar crianças emocionalmente fortes e equilibradas-

Foto Ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com

Depois de muitas provocações precisamos pensar: "Quero ser para meu filho alguém que, o ajude a ser o melhor de si mesmo ou o melhor que acho que ele deve ser?" Estou preocupado com ele ou comigo mesmo?

Quero entender meu filho?

Por exemplo, muitos pais não querem entender o porquê do choro do filho, que não permite que ele durma; mas, querem a receita infalível para que o bebê pare de chorar e durma. O que está por trás não é a necessidade do filho que chora por uma causa, mas sim a necessidade que o pai/mãe tem de dormir.

Por vezes corremos o risco de "idealizarmos" tanto o filho "perfeito" que não permitimos que ele exista, entretanto, insistimos para que ele "exista" da maneira que julgamos a mais apropriada. Que violência! Colocamos padrões desumanos,como por exemplo, meu filho tem que andar com 5 meses, porque, tem que ser o primeiro em tudo. Deve ler com 1 ano, pois, o da vizinha aprendeu com 2 anos e o meu não pode ficar para trás. Não pode chorar; tem que ser forte e mais forte que o filho dos outros.

Gosto do sentido da palavra -educar- vem do latim: "educere", que significa "tirar de dentro". Educar não quer dizer colocar coisas, como se não tivesse nada lá dentro dele, muito pelo contrário, educar é um processo que oportuniza sair o que em potencial já existe. Todos nós nascemos com um ser bom, justo, amável e etc.. O que precisamos como pais é oferecer o melhor ambiente para que isso possa vir para fora; para que possa aparecer e ser. Nosso trabalho não é o de colocar coisas, e sim, sermos "gatilhos" de identificação para nossos filhos.


Como ter um filho equilibrado emocionalmente?

Se quero que meu filho seja uma pessoa "equilibrada emocionalmente", preciso pensar no quanto eu "ofereço para ele um ambiente equilibrado nas emoções", para que ele se identifique e tire de dentro dele aquilo que ele viu fora.

Contudo, entenda que equilíbrio emocional não quer dizer não ter conflitos, não é isso. Equilíbrio se supõe presença de opostos, logo, conflitos. E esses opostos podem aparecer sem medo e sem desajustar a relação. Pode até tensiona-la, mas não polariza-la. Isso gera no filho a oportunidade de tocar dentro de si, nos próprios sentimentos ambivalentes que existem e, assim, assumi-los, integra-los e os colocar no mundo das relações de uma maneira mais saudável.

Hoje, acompanhamos vários adolescentes, jovens e, até adultos, que não conseguem lidar com as próprias emoções. Não toleram a frustração e partem para atitudes desequilibradas baseadas no rancor, raiva e ódio. Pensemos no quando, durante a infância foram "formados" por um ambiente instável e agressivo. Agem no hoje com aquilo que internalizaram lá na infância.

Qual é a fórmula certa para educar?

Se me perguntarem:

– Então, como educar os nossos filhos? Primeiro pense no quanto você de fato está "educado". O quanto você se conhece, se aceita e se integra. Que referencial você é para o seu filho e como ele assimila isso? Muitas vezes colocamos fardos sobre eles, os fardos das nossas idealizações. Mas, digo a você, seu filho estrutura-se na linha das idealizações que ele faz de você. Ou seja, o quanto você se torna o "ideal" que está dentro dele. Exemplo: se falo para o meu filho que precisa respeitar aos outros, que deve ser honesto e gentil e, no primeiro sinal vermelho do semáforo acelero, não paro carro; estou dando a ele o "ideal da desonestidade" e, entre o que falo e faço, ele ficará com o que eu faço.

Eles nos veem; nos idealizam. Não há métodos infalíveis e livros de receitas para a educação dos filhos, podem até ajudar, mas sempre será no relacionamento de pais e filhos que o "educere" acontecerá. Acredite nisso!


Adriano Gonçalves

Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Formado em filosofia e Psicologia. Atuou na TV Canção Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Hoje atua no Núcleo de Psicologia que faz parte da Formação Geral da Canção Nova. É autor dos seguintes livros: "Santos de Calça Jeans", "Nasci pra Dar Certo!", "Quero um Amor Maior" e " Agora e Para Sempre: como viver o amor verdadeiro".


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-formar-criancas-emocionalmente-fortes-e-equilibradas/

25 de dezembro de 2017

O motivo que nos faz celebrar o Natal

Existe um motivo que nos faz celebrar o Natal

"O povo que andava nas trevas viu uma grande luz" (Isaías 9,1). Esse fato narrado pela Palavra de Deus aconteceu há mais de dois mil anos, no entanto, atualiza-se todos os dias. É Ele o motivo que nos faz celebrar o Natal, pois uma Luz brilhou em meio às trevas!

Há um clima diferente no ar, votos de felicidade, mãos estendidas, confraternizações e brilhos estão por todos os lados! Nas ruas, casas e lojas, por onde quer que andemos, as luzes piscam entre cores e formas, convidando-nos à celebração. Elas iluminam e encantam, trazem um colorido especial às realidades que, durante o ano, foram se tornando comuns e opacas pela rotina do dia a dia. As roupas e os adereços também ganham destaque nesta época; afinal, a moda no Natal é brilhar!

O motivo que nos faz celebrar o Natal

Foto Ilustrativa: ginosphotos, 78889231, iStock by getty images

O que celebramos no Natal?

Somos envolvidos pela correria do comércio. Os presentes, as viagens e tantas outras realidades próprias do fim de ano fazem-nos viver um tempo diferente. Mas será que estamos mesmo celebrando o Natal? Ou seja, será que estamos celebrando o nascimento de Jesus, o Deus que se fez Menino, nascido da Virgem Maria, que veio habitar em meio a nós?

Ele é a verdadeira Luz que brilhou para o povo que andava nas trevas. Ele veio para nos salvar e fazer de nós participantes da Sua vida divina. Trouxe-nos a grande e esperada libertação; por isso celebramos Seu nascimento! Mas será que em nossos dias, tão agitados e interativos, temos tido tempo para tomarmos consciência dessa verdade?


Penso que, celebrar o Natal sem nos deixar envolver pela ternura do amor de Deus, expresso no nascimento de Cristo, é como participar de uma festa sem conhecer os anfitriões e nem o motivo da comemoração. Você está presente, come, bebe, admira a decoração, observa os convidados, mas não tem porque se alegrar, vive tudo de maneira superficial, indiferente. E tenho certeza que não é isso que Deus espera de nós justo na festa do Seu nascimento.

Lugar que Deus escolheu para nascer

Precisamos recordar com urgência o motivo da celebração do Natal, e nos prepararmos com dignidade para esta festa, sem nos deixarmos levar pelo clima externo do consumismo.

Mesmo que isso seja um grande desafio em nossos dias, é preciso fazermos nossa parte como cristãos! Aquela Luz que brilhou na Terra, há mais dois mil anos, é Jesus, a mesma Luz que deseja, hoje, iluminar nossa vida, dissipando toda espécie de trevas que o pecado nos incutiu.

Lembremo-nos de que, nosso coração é o lugar que Deus escolheu para nascer, pois somos únicos diante d'Ele. No entanto, como Pai amoroso que é, o Senhor continua a respeitar nossa liberdade e espera darmos o primeiro passo na direção certa, para que Sua luz entre em nossa vida.


É preciso abrir o coração para Cristo iluminar

Sem abertura de coração, a luz de Cristo não pode iluminar nossa vida! Ou seja: sem nos decidirmos a amar, perdoar, a sermos justos e dedicados, bondosos, alegres e pacíficos, não há como celebrarmos o nascimento de Deus em nós. Sendo assim, o Natal passa a ser mais uma festa sem sentido. Não basta presépios, Missa do Galo, troca de presentes e ceias fartas para o Natal acontecer, é preciso tomar a decisão de uma vida nova, pautada nos ensinamentos de Cristo, que nos conduzem às atitudes concretas e coerentes, à vivência da fé durante todos os dias do ano.

"O povo que andava nas trevas viu uma grande luz" (Isaías 9,1). Ainda hoje existem muitos que caminham nas trevas do pecado, e Jesus deseja iluminá-los por meio de nós. Tenhamos a coragem de testemunhar o amor de Deus, a partir dos pequenos acontecimentos e das escolhas do nosso dia a dia. É esse o tempo favorável para uma vida nova! A luz brilhou em meio às trevas, veio reacender a esperança e nos dar a certeza de que, já não estamos sozinhos. Deus está conosco, Ele é o Emanuel! Sua luz nos contagia e aquece, por isso, abramos nossos corações e tenhamos a coragem de sermos faróis no mundo, levando, com a nossa vida, a luz que é Cristo, aos corações sedentos de amor e paz.

Assim, celebraremos o Natal, a festa verdadeira da Luz!


Dijanira Silva

Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação. Diariamente, apresenta programas na Rádio América CN. Às terças-feiras, está à frente do programa "De mãos unidas", que apresenta às 21h30 na TV Canção Nova. É colunista desde 2000. Recentemente, a missionária lançou o livro "Por onde andam seus sonhos? Descubra e volte a sonhar" pela Editora Canção Nova.

22 de dezembro de 2017

Neste fim de ano, multiplique momentos com sua família

A importância da família

Fim de ano chegando e vários pensamentos e sentimentos invadem nossa vida. Saudade, alegria, solidão, gratidão, frustração, realização, ansiedade e tantas outras emoções, fruto de pensamentos alimentados por nós sem que percebamos. Tudo isso vem regado de festas que celebram um tempo, um ciclo! Seja no trabalho, na escola, com os amigos, mas, especialmente com a família. Mesmo que, no seu trabalho não celebre, ou ainda, na escola ou na faculdade o ciclo encerre e a tão sonhada festa não aconteça; em casa sempre terá algo.

A palavra celebrar tem sua etimologia do latim "celebrare", que significa honrar, fazer solenidade, notado, percebido. Natal e ano novo, são datas que se repetem ano a ano e, por isso, não há como não perceber a existência dessas datas. Todos expressam nesse tempo suas emoções e gestos concretos de solidariedade. É um tempo de refletir, de se avaliar, de projetar e estar juntos. É nessa época do ano que, muitas famílias se reúnem, seja ela com bom relacionamento ou nem tanto. Mas, a certeza de fazer memória ao nascimento de Jesus é salvífico para nós e, assim, promove em cada cristão o desejo de ser melhor e, então, "nascer de novo".

Neste fim de ano, multiplique momentos com sua famíli

Foto Ilustrativa: fstop123 / by Getty Images

É isto que precisamos promover neste ano: reunir ao redor da mesa da família e junto com ela celebrar! Celebrar a vida e as vitórias de cada um; deixar de lado as angústias, mágoas, tristezas, que por vezes são potencializadas de uma forma egocêntrica de ver a vida. Além disso, vamos promover o perdão e a paz!


É época de renascer

Este é o momento favorável para as reconciliações, porque o ser humano ao esperar e celebrar "O Menino Jesus", abre-se à manifestação de Deus. E, esse menino, nasce todos os anos no coração daqueles que permitem que ele nasça. É tempo de preparar a casa para a grande festa do nascimento. E o perdão é o grande agente de limpeza que precisamos para limpar nossa casa interior. Quando perdoamos, passamos por cima do orgulho, da vaidade, do ser egocêntrico e descobrimos que podemos ser homens e mulheres novos, melhorados por ter feito a experiência de querer viver melhor.

Estar em volta de uma mesa com aqueles que habitam seu coração é dizer que os ama! Dar um sorriso, um abraço, um "parabéns pelas conquistas do ano de 2017", é um ato de amor. E como celebrar se o coração estiver cheio de mágoa e rancor? Eis que surge um momento oportuno para a reconciliação e celebração. É o novo que deseja ser inaugurado na vida de cada um. Um novo afeto, uma nova forma de ver a vida e se relacionar com as pessoas. Então, se você não tem o hábito de estar à mesa com sua família e familiares, faça a experiência este ano. Divida histórias, momentos e multiplique afeto neste final de ano!

20 de dezembro de 2017

Como podemos encontrar a verdadeira felicidade?

Podemos passar pelos momentos de dor e sofrimento sem perder a alegria e a felicidade

O ser humano vive uma contínua busca pela felicidade, entretanto, como encontra-la é o que todos se perguntam. Victor Frankl é um psiquiatra vienense, judeu, fundador da Logoterapia, uma abordagem psicológica que se concentra no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por esse sentido. Ele afirma que: felicidade não é algo que deve ser buscado ou perseguido, porque ela é uma consequência da realização do sentido da vida. Para Frankl, não se visa à felicidade, pois ela, por si mesma, não acontece.

Ele acredita que, o caminho concreto para a realização do ser humano e consequente a felicidade, está na autotranscendência. O que deve ser visado é uma tarefa, uma causa ou uma pessoa, e que, quanto mais alguém se esquece de querer ser feliz dedicando-se a uma causa ou a outras pessoas, mais essa pessoa poderá ser feliz. A nossa existência sempre se refere a algo ou a alguém e não a ela mesma. Isso significa que precisamos ter um objetivo a ser alcançado na nossa vida, e uma causa pela qual podemos sair de nós mesmos, ir além de nós mesmos.

Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Ir além de si

Para o fundador da Logoterapia, o homem só se torna homem e, só é completamente ele mesmo, quando fica absorvido pela dedicação a uma tarefa, quando se esquece de si mesmo no serviço à uma causa ou no amor a uma outra pessoa. Ou seja, somente quando o ser humano transcende a si mesmo, indo além de si próprio, é que se torna verdadeiramente homem e encontra o sentido de sua vida. Dessa forma, torna-se possível encontrar finalmente a tão sonhada felicidade.

Você pode estar pensando assim: e quando nos encontramos envolvidos em situações que não escolhemos, seja ela uma doença, dificuldades financeiras e tantas outras que nos prendem? Como sair de situações assim e ir além de nós mesmos? Como não buscar a felicidade se o que enfrentamos é dor, sofrimento e dificuldade? Frankl também nos ensina que não somos livres de nossas limitações, mas temos liberdade para nos posicionar diante delas.


Somos livres "para" algo e não "de" algo. Somos livres, independentemente da situação que vivemos e enfrentamos; livres para dar uma resposta diferente e não ficar presos em nossas próprias limitações, indo além de nós mesmos, dedicando-nos para uma causa ou alguém. Isso não quer dizer que devamos fugir das situações, mas sim, enfrentá-las e não ficarmos presos nelas.

O segredo dos santos

Podemos ver o exemplo dos santos; aliás, não será esse o segredo deles? Vejamos Madre Teresa de Calcutá: nasceu numa família católica albanesa, na qual nada lhe faltava. O pai faleceu quando ela tinha 9 anos; e a partir daí, a situação financeira da família mudou drasticamente. Ao completar 18 anos, saiu de sua casa para o convento, e nunca mais pôde rever a família por questões políticas.

Mas, ela não parou nisso, na saudade, nos problemas familiares, na proibição de voltar para a sua terra natal e rever a mãe e irmãos. Com 17 anos de vida religiosa, sentiu o chamado de Deus para se entregar ao serviço dos pobres, vivendo com eles. Enfrentou inúmeras dificuldades e perseguições. No entanto, não parou nelas. E alguém pode dizer que ela não era feliz ou realizada?

Um outro exemplo é José Antonio Meléndez Rodríguez, conhecido como Tony Meléndez. Ele nasceu na Nicarágua com uma deformidade física: sem os dois braços. Porém, sua limitação não o parou. Hoje, ele é músico consagrado nos Estados Unidos, toca guitarra com os pés, é cantor e compositor. No ano de 1987, teve a oportunidade de tocar e cantar para milhares de jovens na presença do saudoso Papa João Paulo II, em Los Angeles. É casado e pai de dois filhos adotados, músico consagrado, feliz e realizado em sua vida pessoal e profissional.

Podemos passar pelos momentos de dor e sofrimento sem perder a alegria e a felicidade. Porque a verdadeira alegria, a verdadeira felicidade acontece quando vamos ao encontro do outro, quando nos gastamos por uma causa, por alguém que amamos e, principalmente, quando nos gastamos para Deus, servindo-O.

18 de dezembro de 2017

Como se livrar dos vícios trazidos pelo uso de drogas?

Se livre das drogas e tenha um a vida livre dos vícios

Droga é tudo aquilo que priva da vida. As drogas não trazem a morte. Elas são a morte. Uma vez ouvi alguém dizer que, "o pior não é a morte, mas sim a morte que experimentamos em vida". É isso que fazem a maconha, cocaína, cigarro, álcool e afins, e mesmo outras coisas, como a sexualidade desregrada, a novela, remédios, anabolizantes, etc.. Vende-se um ideal de falsa alegria ou falsa paz, que bem devagar vão desgastando o sujeito, impedindo-o de se conhecer, de desfrutar as possibilidades que a vida oferece, enfim, vai se matando a esperança. E há tanto a esperar da vida! Mas usamos as dificuldades, os conflitos como desculpas por um modo de vida "mais fácil".

Trocamos nossa liberdade por comodidades. Pior ainda é quando se abre mão dessa liberdade apenas por uma mera curiosidade.

Como se livrar dos vícios trazidos pelo uso de drogas-

Foto Ilustrativa: Paula Dizaró

Mas como se perde essa liberdade?

Quantas vezes usando drogas, você perdeu a oportunidade de descobrir aquilo que realmente te faria escolher seu caminho: sua força, sua capacidade, seu potencial; quantas vezes você deixou sua vida ser decidida por aqueles que alimentam os seus vícios? Quantas vezes mudamos nossa rotina, ou prejudicamos nossos contatos afetivos por causa do horário de uma novela, ou da necessidade de fumar um cigarro? Quem está decidindo a sua vida? As coisas que você faz são dirigidas para uma meta, a de se tornar uma pessoa melhor a cada dia, ou você se deixa levar pela "fissura", pelo efeito que a droga produz?

A incapacidade de fazer escolhas, e consequentemente de controlar o que se faz, te torna uma pessoa compulsiva. Você não consegue mais ficar sem um "trago", não consegue perder o capítulo da novela, não consegue decidir o que é melhor na sua vida afetiva por causa de uma dependência sexual. Já parece não haver mais esperança de vida sem aquele vício. E o pior é que, tudo aquilo que você faz, você se justifica por aquilo que sente; só consegue se relacionar com as pessoas a partir da "segurança" que a droga oferece; diz que ninguém tem nada a ver com sua vida, e começa a experimentar o pior prejuízo que a droga traz: a solidão.


Como sair dessa?

Em primeiro lugar, é preciso uma decisão radical de romper com o vício, com a escravidão. Para isso, é preciso mudança de vida. É preciso quebrar a autossuficiência, arrepender-se, ter humildade, submissão, disciplina, entrega, e principalmente, acreditar em Deus. O trabalho feito a partir da tradição dos grupos de "Anônimos" (AA, Fazenda do Senhor Jesus, etc.) indica algumas medidas importantes, estruturando esses passos através da promoção de uma reconciliação com Deus, consigo mesmo e com os outros. A decisão, no entanto, precisa ser radical. A recompensa? A esperança, a vida, a liberdade. A certeza de que o melhor da vida ainda está por vir.

Que tal agora pensarmos nos vícios que fazem parte da sua vida? Cocaína? Maconha? Álcool? Cigarro? Remédios? E se você acha que não é viciado, apenas usuário, vale a pena lembrar que a atitude de autoengano é muitas vezes justificada e contida na frase "quando quiser, eu paro", usada por tantos que, hoje, precisam da nossa ajuda e nossas orações. Pelo que você acha mais importante viver: pelos enganos oferecidos por esses meios de entorpecimento da vida, ou pela esperança de viver a vida que Deus sonhou para você? Lembre-se: Jesus quer te dar a vida, e vida em abundância.

Claudia May Philippi e Kleuton Izidio


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/series/dependencia-quimica/como-se-livrar-dos-vicios-trazidos-pelo-uso-de-drogas/

13 de dezembro de 2017

Conheça as três fases para formação de uma boa amizade

A amizade é um processo contínuo e dividido em fases

Reflita sobre as fases da amizade e quais nos ajudarão a compreender melhor esse relacionamento. A amizade é uma construção, por isso, existem três fases para sua formação:

1. Primeira fase: Iniciação;
2. Segunda fase: Manutenção;
3. Em alguns casos, há uma terceira fase: Dissolução.

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Foto Ilustrativa: Paula Dizaró/cancaonova.com

A amizade tem um início que corresponde aos primeiros encontros, os quais são entendidos como um tempo para o conhecimento do outro. Esse período inicial é de suma importância, pois, é aqui que a confiança se inicia e, aos poucos, o envolvimento se torna mais profundo. Muitas pessoas não conseguem se aproximar de uma outra por dificuldades pessoais, como uma introversão excessiva ou mesmo uma baixa autoestima, que o faz acreditar que nenhuma outra pessoa poderia o escolher como amigo.



Esses comportamentos podem dificultar a fase inicial, uma vez que, a pessoa não se aproxima de outra para estabelecer os primeiros laços. Nessa fase, é importante permitir que o outro nos conheça para, então, o relacionamento amadurecer e avançar para a manutenção da amizade, que é a próxima fase.

Cultivar a amizade diariamente

Para manter uma amizade, é preciso cultivá-la, cuidar dela diariamente. Esse período é chamado de manutenção. Nessa fase, é importante disponibilizar o mínimo de tempo para conversas, diálogos, trocas de experiências, partilhas, carinhos, demonstrações de amor, ajuda concreta etc., porque, quem ama oferece tempo. É fundamental empenho contínuo e cuidados que amadureçam o relacionamento. Esse tempo pode ser muito longo, como anos, décadas ou mesmo toda a vida. Os níveis de atenção ou negligência para o relacionamento, são fatores que determinam se a relação se aprofundará ou caminhará em direção à fase de dissolução, ou seja, o fim da amizade.

Existem amizades que duram uma vida inteira, como dissemos anteriormente. Nesses relacionamentos, os amigos são verdadeiros, demonstram afeto e respeito, estão sempre atentos às necessidades do outro e dispostos a ajudá-los, consideram o amigo como alguém importante em sua vida.

Existe ainda a dissolução. Essa fase pode ser o resultado da falta de atenção para com o outro, falta de interesse pela vida do amigo, falta de respeito com as diferenças, quando os amigos traem um acordo de sigilo ou mesmo quando um dos membros morre. No entanto, a morte não tem significado de término da amizade; na maioria dos casos, um amigo normalmente não morre para o outro, pois ele passa a existir vividamente na memória.

A amizade, portanto, é um processo contínuo que depende dos envolvidos para crescer, amadurecer, durar a vida toda ou diminuir até a extinção.