A gestação é um momento precioso que as mulheres vivem, é um verdadeiro milagre e dom de Deus. Seu corpo sofre alterações hormonais, fisiológicas e físicas para adaptar-se e gerar a nova vida que trará ao mundo. Acontecem também algumas mudanças nas necessidades alimentares da mamãe, já que ela terá de consumir alguns nutrientes em maior quantidade para o desenvolvimento saudável do neném.
É importante lembrar também que, quando a mulher descobre a gravidez, muitas perguntas surgem, por isso vamos conversar um pouco sobre aquelas dúvidas mais comuns. Vejamos:
A gestante não deve comer por dois, mas sim consumir pelos dois os nutrientes essenciais para a saúde da mamãe e do bebê. A palavra-chave é qualidade, e não quantidade. É natural que o apetite da mãe aumente, mas os acréscimos de calorias nas refeições só começam a ser feitos no segundo trimestre.
Consumo de cafeína
A cafeína é encontrada em alimentos a base de café, nos refrigerantes de Cola, em alguns chás e medicamentos. Estudos mostram que o alto consumo de cafeína pela mulher, durante a gestação, pode aumentar as chances de o bebê nascer antes do tempo, com baixo peso e maior risco de aborto. Porém, não há necessidade de cortá-lo da alimentação, mas apenas controlar seu consumo, já que a digestão da cafeína se faz um pouco mais lenta no organismo da mulher grávida.
Quanto posso consumir?
A grávida pode consumir até 300mg de cafeína por dia, o equivalente a quatro xícaras de café solúvel.
Chocolate
Ele não é um vilão das mamães como muitas imaginam, mesmo possuindo cafeína na composição, pois a porção é aceitável. O cuidado que se deve ter com seu consumo em excesso é que ele pode prejudicar a mulher com um ganho de peso excessivo e também provocar azia. O ideal é consumi-lo com equilíbrio e preferir as versões meio-amargas. De acordo com alguns estudos, esse tipo de chocolate [meio-amargo] pode prevenir complicações na gravidez como a pré-eclâmpsia (pressão elevada durante a gestação).
Carnes malpassadas / Vegetais crus
As carnes bovinas ou suínas consumidas de forma malpassadas devem ser evitadas para prevenir o que chamamos de contaminação cruzada, ou seja, que a mamãe se contamine com alguma bactéria, fungo ou até mesmo uma verminose, trazendo doenças para ela e para o bebê. Essa orientação vale também para os vegetais e ovos consumidos na sua forma crua. É necessário evitar esses hábitos no período de gestação.
Castanhas, nozes e amendoim
Um estudo nos mostra que mulheres que consumiram amendoim durante a gravidez favoreceram seus filhos a não desenvolverem asma. As contraindicações quanto a esses alimentos se voltam, no entanto, para as mulheres que tenham, na família, pessoas alérgicas a esses produtos. Nestes casos, estes alimentos devem ser evitados, para não produzir processos alérgicos e afetar o sistema imunológico da mãe e do bebê.
Cerveja aumenta a produção de leite
Posso dizer que o consumo da cevada é mais um mito que ronda as gestantes. Não existe comprovação científica que indique qualquer alimento que aumente a produção de leite materno. Pelo contrário, o consumo de álcool durante a gestação e durante o aleitamento materno é prejudicial tanto para mãe quanto para o bebê, já que o álcool atravessa a placenta e é metabolizada também por ela.
A grande dica, diante de tudo o que vimos, é ter uma alimentação equilibrada e específica para as gestantes, a fim de evitar excessos e carências tanto para ela quanto para seu filho. Incentivo as futuras mamães a procurarem um nutricionista ou profissionais da área para ter um acompanhamento específico que vá garantir sua saúde e de seu bebê.
Cristiane Zandim
Cristiane Pereira Zandim nasceu em Brasília / DF. É missionária na comunidade Canção Nova desde 2011. Cursou Nutrição na Universidade Universidade Federal Dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
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