Novos começos e uma chance a mais para fazer valer as oportunidades que nos são dadas diariamente. Um novo semestre letivo se inicia e com ele o momento de tentar fazer diferente, isto é, melhorar aquilo que, na maioria das vezes, nos incomoda ou causa medo. A tecnologia e a dispersão dos alunos em sala têm sido queixas frequentes de educadores de diferentes níveis de ensino. Ah, o celular… Na mão do aluno pode ser motivo de guerra constante em sala, o que representa perda de tempo com longas discussões sem resultados concretos.
Não adianta querer fugir. Estamos numa era de revolução tecnológica vinda com a comunicação e acesso à internet. Essa transformação ajuda a nos tornarmos mais próximos das coisas e das pessoas. A vida digital está muito presente em nosso cotidiano. Por que ficaria longe da sala de aula?
Enganam-se os que acreditam ser a tecnologia inimiga do aprendizado, pode ser do tradicional e conservador, mas estimula em grande parte a participação dos estudantes, tornando-os mais ativos no processo ensino-aprendizado. Talvez, o maior problema esteja em saber usar esses recursos para trazer vantagens na assimilação dos conteúdos.
Iniciativas simples como, em aulas de português, trabalhar a escrita de e-mails e o intercâmbio digital – regional entre os alunos ou, até mesmo, criar um blog ou canal de vídeo com dicas relacionadas à disciplina. Os vídeos e as imagens possuem infinitos recursos para as disciplinas com o celular.
Tecnologia a favor do aprendizado
Que tal uma aula de história externa, sobre a cidade onde mora? Sair fotografando os principais pontos históricos, descobrir a arquitetura, os patrimônios culturais escondidos sobre o concreto? E uma entrevista ao vivo, via celular, com aquele autor famoso entre a garotada, sem precisar sair do lugar? Basta correr atrás.
Escrevendo assim, parece fácil colocar em prática essas ações. Sabemos que a maioria dos docentes esbarra em normas rígidas do sistema de ensino, em que qualquer mudança à estrutura convencional pode representar impossibilidade de execução. Uma dica seria planejar essas novidades dentro de uma estrutura possível, saber vender sua ideia às lideranças das escolas. Ideia essa respaldada em argumentos, dados, mostrando onde se pretende chegar com essas atitudes inovadoras. Não apenas falar sem sustentação.
Inove! Os resultados serão positivos
Um dos vencedores do prêmio Educador Nota 10 de 2016, que premia professores de todo o país, foi um professor de matemática do Estado de Goiás, com um projeto de ensinar números por meio dos games, com alunos do 6º ano de uma escola pública. Aproveitou-se o interesse dos alunos nos jogos digitais para estimular o raciocínio, mostrando onde podem chegar utilizando os cálculos.
De tudo isso, podemos concluir que: basta o uso da criatividade e o querer fazer para ter sucesso em novas formas de utilizar a tecnologia em sala de aula. Em vez de ficar reclamando, inove! Os resultados serão surpreendentes!
Ioná Piva
Atualmente é professora da Faculdade Canção Nova (Jornalismo e Rádio e Televisão). Mestre em Comunicação Social pela linha de pesquisa Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea
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