Homens e mulheres são chamados à salvação pela fé em Jesus Cristo, que é "a luz verdadeira" e "a todos ilumina" (Jo 1,9). Àquele que responde ao chamado se torna "luz no Senhor" (Ef 5,8) e "filhos da luz" (Ef 5,9). A fraqueza da carne nos leva a pecar contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos. Daí surge o arrependimento e o pesar da alma. Perde-se a inocência e a pureza; e se "não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus" (Mt 18,3). Um exame de consciência sincero e profundo é essencial para uma boa confissão.
O roteiro a seguir servirá de orientação no momento de confessar os pecados. É preciso observar, em especial, os pecados cometidos contra Deus, contra o próximo e contra si mesmo.
Antes de se confessar, faça um exame de consciência
Pecados contra Deus: Disse o nome de Deus em vão? Desrespeitei algum santo, bispo ou sacerdote? Recusei-me a defender os ensinamos do Cristo? Pratiquei algum ato de superstição? Faltei com respeito com lugares ou coisas santas? Afastei alguém da Igreja por palavras ou exemplo? Faltei com respeito com o Espírito Santo?
Pecados contra o próximo: Fui impaciente? Agi com raiva? Tive inveja? Desencorajei a fé ou a caridade do outro? Proferi ou compartilhei discurso de ódio? Neguei ajuda voluntariamente? Desprezei o mais necessitado? Fui egoísta? Menti? Roubei ou furtei?
Pecados contra mim: Neguei minha fé? Faltei à Santa Missa por preguiça? Recebi a comunhão com pensamentos fúteis? Abusei de bebidas alcoólicas? Usei drogas? Vi vídeos ou sites pornográficos? Faltei com amor para minha família (pais, esposa, marido ou filhos)? Gastei dinheiro com luxo excessivo e esqueci do próximo necessitado? Fui negligente no meu trabalho ou estudos?
No momento da confissão, essa tripartição (contra Deus, contra o próximo e contra mim), além de trazer à memória os pecados que se deseja confessar, ainda facilita que outros surjam pela espontaneidade da alma. Em verdade, o cristão traído pelo pecado percebe a santidade fugir-lhe como água entre os dedos. Perde também a alegria, como um sorriso que se desfaz no rosto. Com efeito, é a partir desse sentimento que se busca a confissão.
Que todos possamos realizar uma confissão autêntica e sincera para regressar ao caminho da salvação. Que assim seja!
Referências:
BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB, 18 ed. Editora Canção Nova.
JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Veritatis Splendor. Roma, 6 ago. 1993.
Luis Gustavo Conde
Advogado com atuação na área de Direito de Família e Direito Bancário. Tecnólogo em Gestão Empresarial. Professor de cursos técnicos-profissionalizantes. Catequista atuante na evangelização de jovens e adultos. Palestrante focado na doutrina cristã. Contato: lg.conde@icloud.com Twitter: @luisguconde
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