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31 de outubro de 2018

Como lidar com o sentimento de luto?

O luto é um processo relacionado a todas as perdas significativas que sofremos

Perdi meu padrinho no ano retrasado, vítima de um assaltado em minha cidade natal. Ele foi sequestrado, teve seu carro roubado, foi enforcado e morto pelos assaltantes que queriam apenas seu carro. Ele saiu de sua casa, como fazia quase todos os dias, e foi para o ponto de táxi onde trabalhava há muitos anos, em frente à Catedral de Santo Antônio, em Guaratinguetá (SP), terra de Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, onde grande parte da minha família ainda reside.

Como lidar com o sentimento de luto?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

O telefone do ponto de táxi tocou, e era uma chamada para uma corrida em um bairro afastado do centro da cidade. Foi a vez do meu padrinho Zé atender. Esse era o seu trabalho, o sustento de sua casa; e com o suor de seu trabalho, ele pode formar suas duas filhas. Dessa viagem, meu padrinho voltou sem vida. Por poucos trocados, por um carro, ele foi enforcado, jogado em um buraco, em lugar de difícil acesso. Foram dias procurando por ele! Que triste ver morrer assim alguém que amamos!

Como superar essa ausência? Como suportar uma perda assim?

O luto, em situações como essas, é muito importante. O luto, ao contrário do que se imagina, não faz referência apenas à reação que se tem diante da morte de alguém querido; ele é um processo relacionado a todas as perdas significativas que sofremos. De fato, cada pessoa pode reagir de uma maneira a uma perda, que para ela tenha um valor importante. Na década de 1960, no entanto, uma psicóloga suíça chamada Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004) descreveu cinco fases que, de maneira geral, compõem o processo do luto:

Negação: a pessoa tenta negar a existência do problema ou situação; e, às vezes, evita até falar sobre o assunto. "Isso não pode ser verdade!", pensa.

Raiva: é comum aparecer revolta e ressentimento quando a pessoa se dá conta da perda. "Por que eu?" é o pensamento recorrente.

Negociação: quando a hipótese da perda começa a se concretizar, é comum que a pessoa tente reverter a situação, fazendo um acordo consigo, com outra pessoa ou com a divindade.

Depressão: ocorre quando a pessoa toma consciência de que a perda é inevitável. Tristeza, desolação, apatia e medo são sentimentos comuns nessa fase. Não deve ser confundida com a doença diagnosticada como depressão, que envolve um desequilíbrio químico e tratamento específico.

Aceitação: é a fase em que a pessoa aprende a viver sem aquilo que perdeu. Não significa esquecer ou não sentir mais tristeza ao se lembrar do fato. Por exemplo, um pai nunca vai aceitar a morte de um filho.


Intimidade com Deus

Essas fases não devem ser vistas como obrigatórias e também não seguem, necessariamente, uma sequência. Podem, inclusive, sobrepor-se umas às outras. O mais importante é enfrentar, viver esse momento, permitir-se chorar e sentir o que for preciso, mas jamais estacionar, desistir ou entrar em desespero.

Baseando-me na minha experiência com Deus, digo mais: a intimidade e a confiança em Deus, nessas horas, é a única capaz de nos tirar completamente desse buraco.

Existe um Salmo lindo, e acredito que ele lhe fará bem. É o Salmo 18, que, em algumas traduções, pode ser o Salmo 19: "Em minha angústia, chamei o Senhor, bradei o meu Deus. De Seu templo, Ele ouviu a minha voz; o brado a Ele lançado chegou a Seus ouvidos".


Paula Guimarães

Paula Guimarães é missionária da Comunidade Canção Nova, administradora, jornalista, apresentadora da TV Canção Nova e mestre em Comunicação
e Semiótica pela PUC-SP. Ela é autora dos livros "Como ser feliz em família – 15 passos para encontrar felicidade em seu lar", "Esperança, cadê você? O que fazer para não entrar em desespero" e "TV Canção Nova – A vida por trás das câmeras" pela Editora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/como-lidar-com-o-sentimento-de-luto/

29 de outubro de 2018

Rotina é coisa de criança?

Os pais precisam educar a criança com atividades que exijam rotina

"Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira… e não tem hora para parar!" Mas é preciso parar. Como estariam nossas crianças se elas não tivessem uma rotina? Como seria uma família sem hábitos cotidianos ou um local de trabalho sem regras? Mas a que rotina estamos nos referindo? Àquela que norteia, gera vida e saúde!

A rotina é muito importante na vida de todos, é graças a ela que podemos planejar os nossos afazeres, enfrentar as demandas diárias com organização, precisão e autonomia. Ela é importante na vida de todos, em especial para as crianças. Para tanto, é necessário que todos os adultos que fazem parte do ambiente em que uma criança está inserida também vivam uma vida equilibrada, possível de promover a convivência, o lazer, o estudo, o trabalho e o descanso para os pequenos. Os filhos, quando têm uma rotina organizada em sua casa, são beneficiados em sua estrutura psíquica e física.

Rotina é coisa de criança?

Foto ilustrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

Organização e segurança

A elaboração do tempo para uma criança entre a primeira e segunda infância (3 a 7 anos) é uma aprendizagem um tanto quanto complexa. A criança se encontra em um período do desenvolvimento no qual as experiências físicas, que envolvem as percepções, se tornam muito mais reais e interessantes. Assim, compreender o tempo em que tudo acontece se torna, para elas, um grande desafio, mas com a colaboração e a mediação dos pais e dos cuidadores, esse instrumento terá uma função importantíssima no dia a dia das crianças.

Por intermédio de seus hábitos, as crianças antecipam o que vai acontecer e ajustam o seu comportamento à tarefa que vem pela frente. Elas, que já estão habituadas a seguir uma rotina, conseguem viver em paz, com segurança e organização. Consequentemente, também estão preparadas para atividades que exijam concentração e atenção.

Desse modo, às crianças são oferecidas oportunidades para que saibam sobre seus afazeres, deixando de se sentirem ansiosas e sempre à espera do outro para dirigir os seus passos. É comum, quando as crianças têm muito clara a sua rotina, que elas saibam, por exemplo, que, ao fim do seu turno da escola, o responsável irá buscá-las ou que, depois do jantar, deverão escovar os dentes para dormir, pedir a bênção aos pais e arrumar a mochila para o dia seguinte.

Atividades e responsabilidades

Existem algumas rotinas que todas as crianças deveriam ter a oportunidade de aprender e praticar: hora da refeição, hora de deitar, de estudar, hora de brincar e períodos em família. Uma rotina desorganizada acaba por afetar o ambiente do qual elas fazem parte; consequentemente, a vida escolar delas poderá ser atingida também.

Outro aspecto que precisará receber mais atenção é quanto ao número de atividades complementares à escola, pois, muitas vezes, as crianças são submetidas ao ballet, às aulas de inglês, à pratica de Jiu Jitsu, ao futsal, ao apoio pedagógico e a outras tarefas que ocupam dois ou três turnos da semana delas, além da escola. Tudo isso acaba perdendo a graça, pois tira delas o descanso e o tempo de brincar livremente, como criar e recriar suas brincadeiras, jogar bola com os amigos, andar de bicicleta, brincar de panelinha, bater papo, assistir à TV e conviver com os demais.

São momentos que se tornam inesquecíveis na vida dos pequeninos. Portanto, não podemos transformar uma criança em um adulto infantil, com tantas responsabilidades! Da mesma forma, será em vão deixá-las em casa, sem nenhuma atividade extra, com a tarde ou a manhã diante dos desenhos animados, sem se relacionar com irmãozinhos e cuidadores.

Flexibilidade e paz interior

Ufa! Quanta responsabilidade quando o assunto é a rotina infantil! Sugiro que os pequenos ouçam explicações sobre a importância das atividades diárias, que os pais planejem o dia a dia dos filhos, permitindo que, em algumas atividades, eles possam opinar quando e como; e reservem, em meio a tanto corre-corre, tempo para falar de sua vida, contar casos e gargalhar.


Pelo fato de ser importante a criança ter acesso à sua rotina e opinar sobre os horários, os pais e os cuidadores devem escrevê-la para os filhos e colocá-la em um lugar que o olhar da criança o alcance ou que, diariamente, os pais conversem sobre esse assunto. Lembrando que toda rotina deverá ser flexível. Portanto, fiquem atentos aos horários para alimentação, estudo, descanso, convivência, para ir à igreja e tantas outras necessárias. Mas que nenhuma dessas tarefas tire a paz interior das crianças.


Judinara Braz

Administradora de Empresa com Habilitação em Marketing.
Psicóloga especializada em Análise do Comportamento.
Autora do Livro "Sala de Aula, a vida como ela é."
Diretora Pedagógica da Escola João Paulo I – Feira de Santana (BA).


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/rotina-e-coisa-de-crianca/

24 de outubro de 2018

Luz da Fé: O mundo foi criado para a glória de Deus

Todos nós, sem exceção, fomos criados para a glória de Deus

O Catecismo da Igreja Católica, no número 293, traz-nos o seguinte ensinamento: Eis uma verdade fundamental que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: "O mundo foi criado para a glória de Deus".

Em nossa página na Internet, conhecida como cancaonova.com, temos o Canal Formação, com um conteúdo formativo muito vasto e enriquecedor para a alma. Nesse canal, temos vários colunistas que escrevem seus artigos formativos para esse meio de evangelização. Dentre esses colunistas, temos Paulo Victor e Letícia Dias, um casal pelo qual tenho um carinho e enorme admiração.

Foto ilustrativa: Arquivo CN

Certa vez, tive a oportunidade de ler um artigo escrito por eles, cujo título era: "Deus está atento as nossas palavras e atitudes". Nesse artigo, há um subtítulo que me chamou muito a atenção: "Vislumbres de um Deus sábio e amoroso". Peço licença a você para compartilhar um trecho desse artigo, pois ele tem tudo a ver com o que nos ensina, hoje, o Catecismo da Igreja:

Vislumbres de um Deus sábio e amoroso

"O elefante é o único animal cujas pernas dianteiras se dobram à frente. Por quê? Porque, de outra forma, seria difícil para ele levantar-se, por causa do seu peso. Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras; e as vacas, as traseiras? Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira? Deus.

Esse mesmo Deus que coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do solo e, mediante a combinação do fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos!

Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e outro é sempre de sete dias? Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete engano.

Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta. A sabedoria divina revela-se, ainda, nas coisas que poucos notam: a laranja possui número par de gomos; a espiga de milho tem número par de fileiras de grãos; a cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas, e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior. Desse modo, se uma fileira tem número par, a seguinte terá número ímpar. A ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par.

Outro mistério que a ciência ainda não descobriu: enormes árvores, pesando milhares de quilos, apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu descobrir esse princípio de sustentação, a fim de aplicá-lo em edifícios e pontes. Não é maravilhoso?


Mas há uma maravilha ainda maior! O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto. O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar."

Fiz questão de compartilhar com você um bom trecho desse artigo, para que possamos compreender que essas curiosidades da natureza, esses detalhes da obra da criação existem com um objetivo fundamental: para a glória de Deus. Todas essas coisas revelam o quanto Deus é glorioso, amoroso e perfeito em tudo aquilo que faz. Em tudo isso, podemos experimentar a beleza da sabedoria divina.

O convite do Espírito Santo para cada um de nós é que, ao longo desta semana, possamos louvar e bendizer a Deus por essas maravilhas da Sua criação, maravilhas essas que manifestam a Sua glória.

O bambu e o carvalho

Diante disso, aproveito para contar a você essa historinha do bambu e do carvalho:

Próximo de um córrego, havia um grande carvalho. Era uma árvore forte, com o tronco grosso e maciço. Do outro lado do riacho, crescia um bambu delicado e frágil. Um dia, o carvalho começou a se exibir para o bambu:

– Morro de pena de você, coitadinho! É tão fraco que não aguenta nem o peso de um passarinho. Qualquer brisa o faz abaixar até o chão! Comigo é o contrário: Nos meus galhos, há ninhos em quantidade e ouço o canto dos pássaros o dia todo, a mais forte tempestade nunca me tirou do lugar.

O bambu só escutava, quietinho, sem nada responder. E o carvalho continuava se gabando, todo exibido:

– Se ao menos tivesse nascido ao meu lado, eu o abrigaria e protegeria com minha copa. Mas está aí na outra margem. Tão desprotegido, pobrezinho!

– Suas palavras são ditas pelo seu bom coração e eu agradeço, mas a natureza não foi tão cruel comigo – rebateu, finalmente, o bambu. O vento me maltrata, mas não me quebra, quando passa, levanto-me de novo.

– Você é que pensa! – debochou o carvalho arrogante, sacudindo sua folhagem verde como se fosse um manto. Nessa hora, o céu escureceu e começou um forte temporal. Os relâmpagos e as rajadas de vento eram violentíssimos. Atingido em cheio por um raio, o carvalho se estatelou no chão. Suas raízes foram arrancadas e sua copa voou longe. O humilde bambu se curvou às forças da natureza e resistiu. Quando tudo se acalmou, ele se ergueu uma vez mais para o céu azul.

Nessa simples historinha, aprendemos sobre a importância da humildade, de reconhecer que o mundo e todos nós, sem exceção, fomos criados para a glória de Deus. Não há razão para nos gabarmos! Tudo na nossa vida deve ser somente para a honra e a glória do Senhor.

Concluo essa reflexão com a seguinte frase do sábio da antiguidade chamado Sêneca: "Aquele que vê o amanhecer orgulhoso verá o anoitecer prostrado". Pensemos nisso!

Um forte abraço!

Assista ao programa:


Alexandre Oliveira

Membro da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Alexandre é natural da cidade de Santos (SP). Casado, ele é pai de dois filhos. O missionário também é pregador, apresentador e produtor de conteúdo no canal 'Formação' do Portal Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/series/luz-da-fe/luz-da-fe-o-mundo-foi-criado-para-gloria-de-deus/

22 de outubro de 2018

Como fazer um retiro espiritual?

O retiro espiritual é uma força que encontramos para viver bem a nossa caminhada

A vida espiritual em nosso tempo é muito necessária, porque é a partir dela que conseguimos encarar a vida com mais leveza, como ela realmente deve ser vivida. O grande risco é (e pode ser que muitos ao lerem este artigo percebam isto) notar que a vida está passando sem que tenhamos feito algo dela. O que apreciamos da vida? Que laços temos criado com as pessoas? Não sabemos o dia de amanhã, então, como viver o hoje? Um bom retiro espiritual ajuda-nos na caminhada com Deus.

É por isso que, a vida espiritual, a vida em Deus, ilumina-nos em como viver, como caminhar e dar os passos na vida comum.

Como-fazer-um-retiro-espiritual

Foto Ilustrativa: fizkes by Getty Images

Vale dizer que, a vida no Senhor não está desconcertada da vida comum, onde todos precisam trabalhar e estudar, onde todos choram e riem. Mas, pode-se reforçar que, aqueles que levam uma vida espiritual, conseguem dar sentido a tudo. Sejam nas situações que deram certo ou naquelas que deram errado.



Para a vida espiritual a comunhão com Deus nos ajuda. Por isso, muitas vezes, precisamos nos retirar; parar um pouco para escutar os "ruídos interiores"; apresentá-los a Deus e, assim, escutá-Lo e saber como lidar com essas inquietações. Claro que, o retiro é valido não só quando estamos inquietos ou com alguma dificuldade; ele também serve quando estamos bem. Dizem: "Em time que está ganhando não se mexe". Bom, na verdade, pode-se melhorá-lo. Então, um bom retiro espiritual nos tira de uma crise e, também, reforça aquela caminhada que já está boa.

Mas como fazer um retiro espiritual? Cito alguns itens básicos:

1) Ter ou buscar um local de silêncio. Você precisa se concentrar, examinar seu interior; não dá para fazer isso com eficiência se está no barulho, na agitação do dia a dia. Para que haja um bom retiro, "cala-te", permita-se perceber a si mesmo, permita-se escutar a Deus.

2) Ter um texto para meditação. Se você tem um(a) acompanhador(a) espiritual, diante daquilo que ele(a) conversou com você, pode lhe dar um texto bíblico ou um escrito de um santo para você meditar – normalmente, o texto possui algumas perguntas que vão ajudá-lo a viver o retiro. Caso você não tenha um(a) acompanhador(a) espiritual, não tem problema, pense em qual é, hoje, a sua principal necessidade. Por exemplo: "Hoje, tenho medo do futuro, de faltar-me emprego e, consequentemente, faltar dinheiro e passar por necessidades". Talvez, seja interessante ler o Evangelho de Mateus capítulo 6 de 25 até 34, onde Jesus fala sobre o abandono à providência. Dentro dessa temática é possível ler o Salmo 22(23), "O Senhor é o meu Pastor".

3) Olhar para dentro de si. A meditação, seu contato com Jesus após a leitura, deve ajudá-lo a olhar para dentro de si, fazer uma leitura de sua caminhada e identificar os pontos que precisam ser melhorados, onde a cura de Deus precisa chegar.

4) Rezar. Retirou-se, meditou, olhou para dentro de si? Agora reze. Fale com Deus sobre as descobertas que fez, peça a cura, a direção, peça a força do Alto para não desanimar.

5) Comprometer-se e criar metas. Ainda na oração, finalize-a agradecendo a Deus pelo tempo de silêncio, de contato com Ele, agradeça as descobertas feitas e faça um compromisso de melhorar. Se for o caso, e isso ajuda, anote quais serão suas metas dali em diante.

Parar, olhar, refletir, decidir e agir

Você percebeu como é simples? Existem outras formas de retiro, esses tópicos não são únicos e nem exclusivos, mas ajudam você a pensar a vida e vivê-la. Parar, olhar, refletir, decidir e agir.

Bom retiro!

 


Padre Marcio

Padre Márcio do Prado, natural de São José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é "Fazei-o vós a eles" (Mt 7,12), padre Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/como-fazer-um-retiro-espiritual/

17 de outubro de 2018

Quantas vezes você já contou até 10 no seu relacionamento familiar?

A importância de contar até 10 quando algo der errado no relacionamento familiar

No seu relacionamento familiar, você já deve ter contado até 10 muitas vezes! E há famílias que precisam aumentar essa contagem em algumas situações para permanecerem juntas.

Somos seres únicos, cada um foi criado em uma casa, com uma cultura, com pensamentos e julgamentos diferentes. Como fazer, então, para um relacionamento durar sem grandes sofrimentos?

É preciso que uma das partes comece a olhar o outro com muito mais amor e respeito. E depois de cada atrito, não deixe guardado por muito tempo o que o está sufocando.

Diálogo e paciência

Diálogo, respeito pelo tempo do outro e misericórdia são valores que terão que ser exercitados, diariamente, durante toda a vida de um casal.

Papa Francisco também nos ensina: "Mas ouvi este conselho: não acabeis o dia sem fazer as pazes. A paz faz-se de novo cada dia em família!".

Talvez, eu esteja falando com você, que já não está mais casado e, por causa dessas situações, não conseguiu vencer ou até mesmo seu cônjuge desistiu da família. Mas quem disse que tudo está perdido?

Passo a passo para contar até dez

Recebo muitas mensagens em minhas redes sociais de várias famílias que, com muita resiliência e esforço diário, conseguiram vencer os desafios do dia a dia e passaram a respeitar as diferenças na personalidade de cada membro da família.

Primeiro: a contagem até 10 será interior e é com você mesmo.

Segundo: reflita, olhe para dentro: o que o tira do sério? Quais suas atitudes têm atrapalhado sua família, seus filhos?


Testemunho

Vou dar um exemplo: desde o ventre materno, as minhas três filhas (Pâmella, 16 anos; Paôlla, 15 anos; Polliana, 9 anos) vão à Missa comigo, pois meu marido Filipe e eu assumimos o carisma Canção Nova, e para nós a Missa é diária. Quando eram pequenas, nós as levávamos todos os dias, mas elas foram crescendo, e o combinado é que sempre que puderem vão conosco. Mas o domingo, em casa, é sagrado. Não "negociamos" Missa! Todos vão.

Monsenhor Jonas Abib sempre ensina aos casais, na Canção Nova, que os filhos, quando chegam à adolescência, jogam para cima todos os valores que os pais passam durante a infância. Como cubos, os valores serão jogados para cima, mas, na hora de remontar suas escolhas, eles terão quais cubos para usar? Os cubos dos valores que receberam dos pais. Ele ainda diz para os pais não se preocuparem, pois seus filhos nunca esquecerão o que viram e aprenderam dentro de casa quando criança.

Ele tem razão! E vamos contar até mil se for preciso para salvar os nossos relacionamentos familiares!

Eu tenho certeza que nossa família será a nossa melhor escolha!


Paula Guimarães

Paula Guimarães é missionária da Comunidade Canção Nova, administradora, jornalista, apresentadora da TV Canção Nova e mestre em Comunicação
e Semiótica pela PUC-SP. Ela é autora dos livros "Como ser feliz em família – 15 passos para encontrar felicidade em seu lar", "Esperança, cadê você? O que fazer para não entrar em desespero" e "TV Canção Nova – A vida por trás das câmeras" pela Editora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/quantas-vezes-voce-ja-contou-ate-dez-no-seu-relacionamento-familiar/

15 de outubro de 2018

A influência da sexualidade entre homem e mulher

A sexualidade é algo que deve ser integrado na dinâmica geral da pessoa

Biologicamente, não existe um ser humano assexuado, mas sim homem e mulher, cada um com características sexuais próprias. Porém, a sexualidade não envolve somente a dimensão corporal e biológica.

Sabendo que a sexualidade atinge também a dimensão da subjetividade humana, verifica-se que existe uma maneira masculina e feminina de pensar, imaginar, amar, agir e reagir; é o que se pode chamar de desejo sexual.

A menina sente desejo pelo menino e vice-versa; é o desejo heterossexual. Nesse nível, a sexualidade torna-se comportamento, sentimento. Ao tornar-se vivência, a sexualidade humana configura o comportamento pessoal, revelado no modo de se vestir, na maneira como a pessoa age diante do sexo oposto entre outros. A sexualidade é algo que deve ser integrado na dinâmica geral da pessoa.

A influência da sexualidade entre homem e mulher

Foto ilustrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

Dimensão psicológica

A dimensão psicológica, o eros, a esfera do erótico é entendida como a área da atração, do desejo. É por meio dessa dimensão que entramos no âmbito dos sentimentos. É o campo da sensualidade, entendida em seu aspecto positivo. É algo como a irradiação da emoção sexual sobre todo o corpo.

Dimensão erótica

Na dimensão erótica, a linguagem mais comum é a da ternura, que se manifesta na vontade e na necessidade de dar e receber carinho. A sexualidade não permanece localizada exclusivamente nas zonas erógenas, encontra-se no todo do sujeito, como ser corpóreo.


Relação heterossexual

A relação heterossexual (entre homem e mulher) deve ser uma linguagem de amor. Não deve se guiar unicamente pela força do impulso biológico, mas deve ser assumida pela capacidade de amar e doar-se plenamente. Toda relação heterossexual que não consegue alcançar a linguagem humana do amor como expressão e, ao mesmo tempo, realização, acha-se distorcida e, portanto, é descartável do ponto de vista cristão.

Uma sexualidade que não apresenta a linguagem do amor é falha e compromete a realização do amor. É um comportamento sexual não condizente com a autêntica noção da sexualidade humana. A sexualidade precisa expressar-se pela linguagem do amor, do respeito, do compromisso, da fidelidade e da comunhão plena.

Linguagem de amor mútuo

O amor conjugal refere-se a algo já preestabelecido, pois, fundamentalmente, o homem está destinado à mulher e a mulher ao homem. São seres que se complementam. A sexualidade é a inscrição, na própria carne e em todo ser, de que os indivíduos não foram feitos para viver isolados. É a expressão da linguagem de amor mútuo, por isso mesmo, não pode ser considerada simplesmente um instinto fisiológico.

A pessoa se realiza no relacionamento responsável e de amor. Por ser um modo de aproximação do outro, ela pode ajudar a promover o desenvolvimento da personalidade ou bloqueá-lo. Pode, portanto, em alguns casos, criar conflitos em vez de aproximação.

A felicidade é um objeto constantemente buscado pelo homem. Não importa o que ele faça, todas as suas ações estão destinadas ao encontro da felicidade. Para que isso se realize, de fato, o homem precisa enfrentar o desafio de educar a sua sexualidade, encontrar um modo de domínio sobre ela.

Plenitude da sexualidade

A plenitude pessoal alcançada pela sexualidade só pode acontecer na vida matrimonial, pois a sexualidade é a expressão do nosso modo de amar. Por ser algo de tão grande valor e dignidade, a sua desintegração (voltada para a prostituição, estupro, pedofilia) pode ser destruidora.


Padre Mário Marcelo

Mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), padre Mário é também licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque (SC) e bacharel em Teologia pela PUC-RJ. Mestre em Teologia Prática pelo Centro Universitário Assunção (SP). Doutor em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana de Roma/Itália. O sacerdote é autor e assessor na área de Bioética e Teologia Moral; além de professor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP). Membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral e da Sociedade Brasileira de Bioética.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/castidade/a-influencia-da-sexualidade-entre-homem-e-mulher/

10 de outubro de 2018

Quais são os traços que a santidade dos nossos dias nos trazem?

Precisamos atualizar a santidade

Neste artigo, vamos continuar nosso caminho rumo à santidade proposto pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate. Percebemos, nos artigos anteriores, que o caminho de santidade consiste no mandamento do amor. Nas Sagradas Escrituras, o próprio Senhor deixou claro ser este o maior mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e teu próximo como a ti mesmo." (Lc 10,27).

É mais do que importante sabermos as características ou os traços que podem fazer de nós santos nos tempos atuais. Bem sabemos que o contexto sociocultural no qual estamos vivendo não é nada fácil. Atualmente, temos desafios próprios, relacionados à maneira de pensar, às ideologias que surgem e um contexto humano específico dos nossos dias.

Quais são os traços que a santidade dos nossos dias trazem?

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

O Papa nos alerta dos riscos

Talvez, a sua vida seja tão corrida devido aos afazeres de casa, do trabalho, dos estudos, filhos e compromissos sociais, que você tenha certas atitudes que não fazem bem para você e muito menos para os outros que convivem com você. Às vezes, você nem percebe tais atitudes. Contudo, o Papa Francisco nos lembra atitudes que são comuns a nós, mas precisamos evitar "a ansiedade nervosa e violenta que nos dispersa e enfraquece; o negativismo e a tristeza; a acídia (preguiça) cômoda, consumista e egoísta; o individualismo e tantas formas de falsa espiritualidade sem encontro com Deus que reinam no mercado religioso atual". (n. 111).

O Papa nos alerta sobre uma espiritualidade sem Deus. Parece algo paradoxal e até estranho aos nossos ouvidos, "como podemos ter uma espiritualidade cristã sem Deus?". Podemos comparar com uma festa de casamento sem os noivos. É absurdo! Mas Francisco deixa claro que acontece. Como características contrárias a essas atitudes, o Papa nos deixa cinco formas de manifestarmos o amor a Deus e ao próximo.


Cinco manifestações do amor

O primeiro ato de amor é: "permanecer centrado, firme em Deus que ama e sustenta". Essa primeira característica nos permite suportar as dificuldades e até mesmo as agressões que se apresentam a nós, afirma Francisco. (Cf. n. 112). Permanecer centrado e firme em Deus, que nos ama, será o motivo da nossa paz, e fará de nós testemunhas de uma santidade possível. Lutar contra as nossas inclinações agressivas e egocêntricas, combatendo-as com a firmeza interior que procede de Deus, eis o segredo para conservar-nos centrados na busca pela santidade. Peçamos a Deus o dom da firmeza interior.

O segundo ato consiste em "viver com alegria e sentido de humor". A santidade não consiste em ser triste ou amarga, desanimada, mas a nossa alegria contagiará os outros e atrairá a esperança. O Papa, no n. 122, utiliza de São Tomás de Aquino na Suma Teológica e nos diz: "do amor de caridade, segue-se necessariamente a alegria. Pois quem ama sempre se alegra na união com o amado". Meus irmãos, o amor é o fundamento da alegria. Se amamos a Deus, não podemos ser tristes. Ainda temos a possibilidade de amar fraternalmente e assim nos alegrar, ou seja, a alegria do outro alegra-me também. "Alegrai-vos com os que se alegram". (Rm 12,15).

Como terceiro ato, Papa Francisco traz a parresia, que significa ousadia e ardor, como impulsos do evangelizar cristão. É próprio de quem experimenta o sabor da santidade, mesmo que de forma limitada a desejar que outros também experimentem essa graça, e esse desejo é evangelização com parresia. E quem nos dá a parresia? Ela é própria do Espírito Santo, por isso peçamos o Espírito, a fim de que nos dê ousadia e ardor na evangelização.

Corremos o risco de cairmos em um comodismo, procurando as nossas próprias seguranças, afirma o Papa. Porém, Deus se faz novidade e a seu exemplo nos quer tirar da vida cômoda: "Ele próprio se fez periferia. Por isso, se ousarmos ir às periferias, lá o encontraremos […]" (n. 135). Jesus está naqueles irmãos que estão feridos e excluídos da sociedade. (Cf. n. 135).

O quarto ato de amor que nos leva à santificação é a vida em comunidade. É fato que, quando estamos sozinhos, corremos mais riscos de cairmos e sucumbirmos à tentação. Além disso, a vida comunitária também proporciona o crescimento espiritual, pois é a oportunidade de exercitarmos as virtudes. Francisco nos diz: "A comunidade é chamada a criar aquele espaço teologal onde se pode experimentar a presença mística do Senhor ressuscitado. Assim como viver os sacramentos. A comunidade é guardiã do amor.

Por fim, o quinto e último ato de amor é o que o nosso Papa chama de oração constante. Não podemos ser santos sem ter um espírito orante. Gosto da definição de oração de Santa Teresa quando ela diz: "oração é um trato de amizade, estando muitas vezes a sós com quem amamos." O santo tem necessidade de estar nessa relação com Deus. Mas para isso precisa que nós tiremos um tempo do nosso dia para estarmos com o Amado de nossas almas. Procuremos ocasiões e momentos para estar a sós com Ele, o silêncio é o nosso amigo para que esse diálogo aconteça.

Espero que, com a ajuda do nosso amado Papa Francisco, seguindo os passos indicados nesta exortação apostólica, cheguemos à santidade tão desejada por Deus para as nossas vidas. Que encarnemos essas características e busquemos a vontade de Deus no nosso dia a dia.



Fábio Nunes

Francisco Fábio Nunes
Natural de Fortaleza (CE), é missionário da Comunidade Canção Nova e candidato às Ordens Sacras. Licenciado em Filosofia pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP), Fábio Nunes é também Bacharelando em Teologia pela Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP) . Atua no Departamento de Internet da Canção Nova, no Santuário do Pai das Misericórdias e nos Confessionários.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/quais-sao-os-tracos-que-santidade-dos-nossos-dias-nos-trazem/

8 de outubro de 2018

Como controlar a internet para as crianças como uma forma de diversão?

As crianças precisam assistir a conteúdos educativos na internet e TV

Pequenas ou grandes, as crianças estão ali. Vídeos infantis, coloridos, músicas de todos os tipos, animadas por desenhos ou fotos e pronto, ali já ficam vidradas. Os olhinhos brilham, o dedinho já rola pra lá e pra cá. Nesse momento, o silêncio alivia pais e responsáveis.

É uma distração. É até um alívio mesmo às vezes. Mas até aí o cuidado precisa ser constante e monitorado.

Como controlar a internet para as crianças como uma forma de diversão

Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Testemunho

Em nosso trabalho, no setor infanto-juvenil na Canção Nova, temos contato com muitas mães e suas experiências. Veja este testemunho que ainda é do tempo da TV ou DVD, mas sua atitude serve para os tempos de hoje:

" Nossos filhos pequenos, ficavam na parte da manhã em casa com uma babá e a tarde iam para a escolinha. Deixávamos um roteiro da manhã e de como deveriam ser as atividades. A sequência era, tomar café, fazer a tarefa da escola (caso não tivesse feito), sair para brincar no pátio do prédio onde morávamos e, depois, poderiam ficar por uma hora vendo TV ou DVD. Os programas e vídeos eram escolhidos por nós. Quando a TV não atendia nossas necessidades, já deixávamos os DVDs próprios com conteúdos educativos e religiosos, porém infantis e alegres, para que eles tivessem este momento. O mesmo acontecia quando nós, eu e meu esposo, estávamos em casa com eles. Eram brincadeiras, leitura de histórias, muitas vezes bíblicas, tarefas e um tempo de TV ou vídeo, já selecionados por nós. Penso que isso fez uma grande diferença na vida deles. Ainda há pouco tempo, ouvi minha filha, já adolescente, testemunhar entre amigos que, desde pequena, cresceu envolvida com produtos de evangelização. Por outro lado, já ouvi reclamações do meu filho, também adolescente, em tom de brincadeira, dizendo: "Não entendo por que vocês não deixavam a gente ver esse desenho ou aquele, e esperou nós crescermos para ver alguns deles?". Respondi: "Porque, quando você cresceu mais, eu pude lhe explicar o que ensinava aquele desenho e qual era o objetivo dele. Então, você já não assistia de maneira passiva, assumindo tudo para si, mas sim com um olhar mais esperto, para não cair nas armadilhas embutidas ali". Bom, não costumamos impedi-los de ver tudo, mas, o que conseguimos retardar para explicar ajudou muito. Em alguns casos, a explicação do que era, já fazia com que eles mesmos não quisessem ver."

O que fazer na era virtual?

Hoje, ainda temos a TV e os DVDs, mas também temos os vídeos na internet com acesso rápido e fácil para todas as idades. O que fazer, então? Penso que a mesma tática que essa mãe usou pode ser usada também agora. Selecione os vídeos que podem fazer bem para seus filhos pequenos, dê a eles acesso a esses vídeos, alimente a parte educacional sadia e a parte religiosa, semeando ali o que realmente pode produzir frutos bons. Mas, mesmo assim, organize tempo para brincadeiras, para ler histórias para eles, para tarefas e trabalhos escolares, hora com a babá e hora com você pai e mãe, pois isso fará a diferença.

Dicas

Crianças na internet é um dos desafios de hoje, mas quando é que não teremos desafios, não é mesmo?

Deixamos aqui para você, sugestões que podem lhe ajudar na hora de selecionar os conteúdos de vídeo. Nosso mais novo vídeo – 'Cai, cai sementinha' – fala que o coração das crianças é uma terra boa e bem fofinha, é preciso plantar ali a sementinha da Palavra de Deus. Lembrando que os bem pequenos estão na idade da repetição, então, vão querer ver e ouvir os mesmos vídeos inúmeras vezes; sendo assim, é melhor que sejam vídeos saudáveis, não é mesmo?


Deus nos abençoe!

Roseni Valdez Oliveira
Missionária da Comunidade Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-controlar-a-internet-para-as-criancas-como-uma-forma-de-diversao/

3 de outubro de 2018

Como eu posso fazer para ter uma vida unida a Deus?

Reflita, passo a passo, como unir-se a Deus pelo sacramento da confissão

"Eu quero ter uma vida unida a Deus, mas  como faço isso?" É exatamente isso que vínhamos tratando, há duas semanas, nessa série de textos voltados para a meditação sobre o sacramento da confissão. Inclusive, nós não concluímos o assunto dos elementos da confissão. Escrevemos que há um modo de se libertar, de uma vez por todas, do pecado grave. Tem jeito! Só que existem alguns pontos cruciais que devem ser vividos com intensidade e sinceridade para dar certo. No texto anterior, nós já demos algumas chaves para isso, os "pulos do gato". Precisamos terminar esse assunto para seguir adiante.

Nós já tratamos, rapidamente, do exame de consciência, do arrependimento e do propósito para fazer uma boa confissão. Vale a pena dar uma olhada lá, porque colocamos alguns detalhes sobre essas ações cruciais para libertar-se do pecado grave gradativamente e em definitivo. São esclarecedores!!

Como eu posso fazer para ter uma vida unida a Deus

Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Acusação

Agora vamos ao quarto passo: a acusação.

Contar os pecados ao sacerdote. É preciso ser específico na acusação das faltas e colocar, ao máximo, a quantidade de vezes que as cometeu. Não precisa contar a história nem os detalhes, basta dizer qual foi a falta e a quantidade de vezes. Se você não se confessa há muito tempo, precisa dar, pelo menos, uma ideia da quantidade de vezes que foi cometido o pecado. Por exemplo: "Passei tantos anos sem ir à missa dominical". Com relação à gravidade do pecado, isso sim é importante especificar ao máximo. Por exemplo: "Cometi adultério uma vez com uma mulher casada". Nesse caso, foram dois adultérios, o próprio e o que foi induzido à mulher casada. Outro exemplo: "Cometi um roubo, e nele houve assassinato ou violência".

Lembrando que você se encontra em um tribunal, onde o réu confessa os pecados; no entanto, será perdoado pelo juiz, na pessoa do sacerdote. Falamos disso no primeiro texto.

"Ah, mais vou me sentir envergonhado, constrangido…" Quando erramos com alguém, e pedimos perdão, o fazemos por quê? Justamente por ser uma pessoa cara a nós, e não quereríamos a ter ofendido. Essa humilhação é já parte do remédio contra o mal, pois é uma pedagogia de autocorreção nossa frente Àquele que deve ser o mais importante em nossa vida, e do qual não queremos nos afastar.

"Deus é misericórdia. Ele não precisa de nos humilhar assim". De fato, ele não precisa mesmo, somos nós que precisamos reconhecer que não somos iguais a Ele, mas sim criaturas limitadas e dependentes da Sua ajuda. Isso só se faz assumindo a humildade como virtude.


Penitência

O quinto passo trata-se da penitência: "A penitência que o confessor impõe deve ter em conta a situação pessoal do penitente e procurar o seu bem espiritual. Deve corresponder, quando possível, à gravidade e natureza dos pecados cometidos. Pode consistir na oração, num donativo, nas obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, sacrifícios e, sobretudo, na aceitação paciente da cruz que temos de levar. Tais penitências ajudam-nos a configurar-nos com Cristo, que, por Si só, expiou os nossos pecados uma vez por todas. Tais penitências fazem com que nos tornemos co-herdeiros de Cristo Ressuscitado, «uma vez que também sofremos com Ele» (Rm 8, 17)" (CIC 1460).

Por obrigação moral, é bom reparar o que for possível da falta cometida: devolver o que foi roubado, desfazer a calúnia proferida, indenizar por ferimentos etc.

A penitência, às vezes, pode parecer leve demais. Ela existe para nos fazer meditar no mal cometido, e nas suas consequências morais. No entanto, quem pagou o preço foi Cristo, com Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Não somos capazes de expiar nenhum pecado, nem mesmo o mais leve.

Absolvição

Por fim, a absolvição: Trata-se da oração, feita pelo sacerdote, de absolvição dos pecados confessados e dos esquecidos; não dos omitidos. Lembrando: se houver omissão de pecados, a confissão torna-se inválida. O nível da graça dada por Deus, no ato da absolvição, varia de pessoa para pessoa, pois depende do grau de devoção do penitente. A devoção não produz a graça, mas é como que o caminho para ela. Logo, a pessoa perceberá o seu efeito suavemente: firmeza de propósito, aumento da fé, força gradativa contra o pecado, aumento do horror pelo mal cometido. Vamos ficando mais fortes na luta contra o pecado.

Permanecendo em estado de graça, é possível, por meio da oração, e principalmente da Eucaristia, receber de Deus as virtudes infusas que nos ajudam a permanecer firmes na luta contra o pecado. Também vamos nos tornando pessoas melhores, realizadas, voltadas para as realidades mais essenciais que nos levam a uma união com Deus.

Temos de Deus a ajuda necessária para permanecer perto d'Ele.

Semana que vem, vamos tratar, brevemente, sobre o pecado, justamente para nos ajudar no exame de consciência.



Roger de Carvalho

Roger de Carvalho, natural de Brasília – DF, é membro da Comunidade Canção Nova desde o ano 2000. Casado com Elisangela Brene e pai de dois filhos. É estudante de Teologia e Filosofia.
Autor do blog "Ad Veritaten".


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/series/confissao/como-eu-posso-fazer-para-ter-uma-vida-unida-deus/

1 de outubro de 2018

Relacionamento saudável: 10 dicas para um bom namoro

Aprenda 10 dicas para um bom namoro

1 – Só comece a namorar quando tiver a convicção de que quer, um dia, se casar. Sem um objetivo na vida, tudo o que fazemos fica vazio; o namoro também, se não tem uma meta, não tem sentido.

2 – Antes de começar a namorar alguém, conheça-o bem por meio de uma boa amizade. É na amizade que surge o namoro, e ela serve também como um pré-namoro. Não seja afoito, não comece a namorar só porque o outro tocou seu coração. Conheça-o primeiro.

3 – Faça do seu namoro um tempo de conhecimento do outro e um meio de ele conhecer você. Sem isso, não será possível saber se o namoro deve continuar ou não. Não se ama quem não se conhece. Então, cada um se revele ao outro com sinceridade.

Relacionamento saudável: 10 dicas para um bom namoro

Foto ilustrativa: skynesher by Getty Images

4 – Não tenha medo de mostrar ao outro a sua realidade e a de sua família. Se ele não o aceitar como você é, e também sua família, com todas as qualidades e defeitos, é porque não o ama de verdade.

5 – Faça o outro crescer. Namoro é tempo de crescer a dois, pelo fermento do amor, da renúncia e do sacrifício pelo outro. Um relacionamento, no qual ambos não crescem humana e espiritualmente, por estarem juntos, é vazio e deve acabar.

6 – Não deixe o egoísmo tomar conta do relacionamento, pois um casal egoísta é como duas bolas de bilhar, que só se encontram para se chocarem e se separarem. O egoísmo mata o amor e destrói o relacionamento.

7 –
Não faça do seu namoro uma vida de casado, com vida sexual e intimidades conjugais. Amanhã, o namoro pode terminar e a marca ficará em você, sobretudo, na mulher. Só tem sentido entregar-se a alguém que, antes, colocou uma aliança em sua mão esquerda e lhe jurou amor e fidelidade até o último dia de sua vida. Não desvalorize suas decisões, seu corpo e sua vida.


8 – Não prenda seu namorado pelo sexo, não faça dele uma "arma", porque a "vítima" pode ser você. Quantas ganharam uma barriga antes da hora, sem ter um berço e um teto para seu filho! Ele merece mais do que isso.

9 –
Não tenha medo de terminar um namoro, no qual só existe briga e reclamação; não empurre o problema com a barriga. Namoro é tempo de conhecer e escolher sem pressa e sem paixão que cega a razão. É melhor chorar uma separação, hoje, do que depois de casados.

10 – Não deixe Deus fora do seu namoro, pois foi Ele quem nos criou, foi Ele quem instituiu o casamento entre um homem e uma mulher, e será Ele quem os unirá para sempre. Deixe que a mão forte de Cristo esteja entre as suas mãos fracas.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/namoro/relacionamento-saudavel-10-dicas-para-um-bom-namoro/