Não há como separarmos o amor a Deus do amor ao próximo
"A pessoa humana tem necessidade de vida social, ou seja, de relacionar-se, e isso é uma exigência de sua natureza" (Cat. 1879). Todos nós fomos chamados para um único fim, que é Deus. Há uma certa semelhança entre a união da Trindade e a fraternidade que nós homens devemos estabelecer entre nós, na verdade e no amor. Não há como separarmos o amor a Deus do amor ao próximo. Se caso pudéssemos fazer isso, estaríamos indo completamente contra o que está na Palavra de Deus. Quando dialogamos com os irmãos, desenvolvemos as virtudes em nós. Fomos criados por Deus para nos relacionarmos.
O eu jamais saberá quem é sem a presença de um tu. Você sabia que somente podemos nos descobrir como únicos, porque existem os outros? Vivemos convivendo, ou seja, relacionando-nos com os outros. É exatamente aqui que se encontra todo segredo de sermos felizes ou infelizes. De nos realizarmos como pessoas ou não.
Você é capaz de viver sozinho?
Nosso maior desafio, hoje, como cristãos, é construirmos vínculos que sejam resistentes e duradouros. Você sabe por quê? Infelizmente, o amor não encontra condições para desenvolver-se. Por isso, afastamo-nos uns dos outros, não permitindo, de forma nenhuma que as pessoas entrem em nossa vida. Não damos a menor possibilidade de aproximação. Criamos entre nós e os outros um imenso abismo, e não estamos nem um pouco interessados em construir uma ponte. Permitimos que a palavra ódio faça parte do nosso vocabulário. Todos os dias, milhares de pessoas morrem por causa do ódio; e, aqui, podemos listar uma série de coisas como violência, guerra, fome.
A sociedade em que vivemos é extremamente competitiva e negociante, o outro é uma grande ameaça para nós. Tornamo-nos escravos do medo e do ódio, da solidão, da desconfiança e ganância; enfim, transformamo-nos numa ilha. Não entramos na vida de ninguém e, consequentemente, ninguém entra na nossa. Pare um pouco e responda: você é capaz de viver sozinho?
Necessitamos construir uma ponte, pois não somos uma ilha. Precisamos reencontrar o que nos faz felizes. É nosso dever resgatar o outro como imagem e semelhança de Deus, como pessoa digna. Resgatar o amor, valorizando a diversidade que somos.
Comunidade Shalom
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