Como sobreviver à crise econômica?
Vivemos um momento de instabilidade política em nosso país; como efeito, a crise econômica talvez seja um dos primeiros reflexos que a população sente das fragilidades da nação nesse momento.
Devido às incertezas governamentais, ocorre então, a retração de investidores e a alta de índices econômicos, consequentemente, menos empregos e a elevação de preços ao consumidor. Impostos são aumentados, empresas são afetadas e repassam tudo isso nos custos de seus produtos e serviços. Sendo assim, não tem jeito! Nós, que estamos na linha final de todo esse processo, pagamos a conta de tudo isso.
Para muitos de nós, crise significa cortes, readaptação dos planos e das despesas pessoais. Então, o que devemos cortar em tempos de crise? E o que mais podemos fazer? Vamos começar pelos cortes:
Revisão no planejamento financeiro
É interessante colocar todo orçamento e gastos no papel, numa planilha, para visualizar melhor. Se havia planejamento para esse ano, quem sabe seja hora de deixarmos mais para frente, como aquela viagem nas férias ou a troca de carro.
Repensemos os custos e renegociemos. Um exemplo é recontratarmos os planos de telefonia, de TV a cabo e internet, pedindo condições mais baratas. Depois, é só adequar o consumo à nova realidade. Diminuamos demandas como a da energia elétrica. Estabeleçamos o horário de funcionamento de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos. Liguemos o ar-condicionado e as lâmpadas só quando realmente for necessário. Reaproveitemos roupas e materiais (que possam estar em desuso) em vez de comprar novos. Se possível, uma boa tingida naquele jeans surrado, já traz uma aparência nova para ele.
Cortar o supérfluo
Os tantos doces e biscoitos que trazemos na compra mensal do supermercado, as idas a bares e restaurantes, as revistas que, por ventura, assinamos, nada disso é essencial. Portanto, dá para viver sem, ao menos neste tempo.
Ter atitudes como: sair de carro só mesmo quando necessário; viabilizar seu trajeto, sequenciar sua rota segundo suas obrigações – uma única saída para cumprir muitas tarefas, nos ajudam a reduzir gastos com o veículo. Quando formos fazer as compras, façamos antes uma lista (se for ao supermercado, alimentemo-nos antes de ir) e sigamos à risca o que está na lista.
Enfim, tudo aquilo que não é gênero de primeira necessidade, tem como ser excluído ou, pelo menos, alternado nos meses seguintes.
Preferência por marcas
Será que não existem produtos similares aos de sua preferência, que podem ser substituídos por opções mais baratas? No caso de marcas mais famosas, nós pagamos também pelo status do produto e seu projeto de marketing, ou seja, pagamos mais do que a utilidade do produto, mas outros artigos cumprem muito bem a função.
Agora, além dos cortes, o que mais podemos fazer em prol do orçamento mensal?
Alternativas de passeio e lazer
Já que vamos sair menos para barzinhos e restaurantes, podemos reunir os amigos em casa ou na casa deles. Um filminho com pipoca vai muito bem! Em vez da viagem, podemos ir a lugares mais próximos, que estão em nossa cidade mesmo. Provavelmente, há locais bem perto de nós, que não conhecemos ainda.
Faça você mesmo
A crise é uma ótima oportunidade para colocarmos a "mão na massa" e aprendermos a fazer algo novo. Aprendermos receitas novas ou, se for o caso, tentarmos aprender a cozinhar. Muitos têm descoberto uma versão caseira daquele produto, antes achavam que só era possível produzi-lo numa fábrica. Faça mais em casa e compre menos produtos prontos.
Podemos consertar coisas, desde que tenhamos conhecimento para tal. Construamos itens e objetos que vamos precisar. Quando mudei-em para meu endereço atual, eu mesmo fiz as telas de mosquiteiro lá para casa.
Renda extra
Busquemos um dinheirinho a mais. Se tivermos a oportunidade de fazer hora extra no trabalho ou prestar um serviço fora do horário de expediente em outro lugar, como aceitar encomenda de algo que saibamos cozinhar ou até mesmo ter um outro emprego, com certeza vai ajudar no orçamento.
Enfim, o que realmente é essencial para tudo isso, na hora do "aperto", é a disciplina para criar o novo hábito. O grande desafio está em mudar a nossa mentalidade. Às vezes, o que parece ser simples para a maioria das pessoas, como cortar algo bem supérfluo, para alguém é quase impossível. Como já vi pessoas que não querem se desfazer de uma compra de roupas ou da assinatura de uma revista.
Tudo depende da força de vontade em mudar hábitos. E não se esqueça: nos momentos de crises, a humanidade descobriu grandes soluções e inventos que temos hoje.
Deus abençoe!