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29 de setembro de 2017

As novas regras de tradução dos textos e ritos litúrgicos

Reflita sobre as alterações dos textos e ritos litúrgicos no Direito Canônico

O mês de setembro de 2017 começou com uma importante alteração nas normas de Direito Canônico. No primeiro domingo do mês, o Vaticano publicou a Carta Apostólica Magnum Principium em forma de Motu Proprio, que modifica o cânone 838 do Código de Direito Canônico. A norma alterada diz respeito às regras para tradução dos textos litúrgicos, que, atualmente, determinam que pertence à Sé Apostólica ordenar a liturgia sagrada da Igreja, editar os livros litúrgicos e rever as versões nas línguas vernáculas, e vigiar para que se observem, fielmente, as normas litúrgicas. A preocupação do Sumo Pontífice é de que os textos litúrgicos possam se afastar dos profundos significados quando traduzidos, porque traduzir um texto não é simplesmente a substituição de palavras, mas requer uma cuidadosa adaptação ao contexto social do idioma para o qual se faz a tradução.

Se você tem preferência por assistir a filmes no idioma original, acompanhando as legendas ou se preocupa em encontrar expressões populares dentre os textos traduzidos, já percebeu que, muitas vezes, as dublagens ou mesmo as legendas não refletem exatamente a ideia do idioma original. E isso não representa uma falha da tradução, mas, simplesmente, uma manifestação das diferenças culturais entre o idioma de origem e o para o qual se faz a tradução. Caso essas curiosidades sejam do seu interesse, então você, facilmente, pode entender a preocupação do Papa Francisco.

As novas regras de tradução dos textos e ritos litúrgicosFoto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Na versão italiana do Código de Direito Canônico, o verbo "recognoscere" é traduzido comumente como "autorizar", mas a nota explicativa do Pontifício Conselho para a Interpretação de Textos Legislativos explica que o termo não é uma mera "autorização", mas quer expressar uma análise cuidadosa e detalhada ou revisão. Com a nova redação do cânone 838, essa imprecisão foi solucionada, e fica claro que a responsabilidade da Sé Apostólica é de rever as adaptações, cabendo às Conferências Episcopais preparar, fielmente, as versões dos livros litúrgicos nas línguas vernáculas para as regiões de sua relevância, após a confirmação da Sé Apostólica.

O que diz o Papa?

As traduções dos textos litúrgicos e dos textos bíblicos, para a Liturgia da Palavra, tem o objetivo de anunciar ao fiel a Palavra da Salvação em obediência à fé e expressar o culto da Igreja ao Senhor. Para que isso possa acontecer, é preciso comunicar-se, fielmente, com o povo, por meio de sua própria linguagem. Considerando isso, disse o Santo Papa: "Embora a fidelidade nem sempre possa ser julgada por palavras similares, deve ser no contexto de todo o ato de comunicação e, de acordo com seu gênero literário, no entanto, alguns termos peculiares também devem ser considerados no contexto da fé católica, uma vez que cada tradução dos textos litúrgicos deve ser equivalente com a boa doutrina".

Como explica o jornal vaticano L'Osservatore Romano, "a oração litúrgica deve adaptar-se à compreensão do povo, para ser plenamente vivida, com um estilo expressivo, fiel aos textos originários, mas capaz de comunicar o anúncio de salvação em qualquer contexto linguístico e cultural". Para tornar a colaboração entre a Sé Apostólica e as Conferências Episcopais mais fáceis e mais frutuosas neste serviço para os fiéis, o Papa Francisco criou a Comissão dos Bispos e Fundadores, fazendo a alteração de acordo com o que consta na Constituição Sacrosanctum Concilium, na Carta Apostólica Sacram Liturgiam, todos sobre o tema de traduções dos textos bíblicos e litúrgicos.


Na divulgação do Motu Proprio, o Sumo Pontífice autorizou a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos a modificarem suas próprias regras de acordo com a nova disciplina do Código de Direito Canônico e ajudar as Conferências Episcopais a realizar sua tarefa e trabalhar para promover, cada vez mais, a vida litúrgica da Igreja. Comumente, o Papa Francisco pede a oração dos fiéis ao fim de suas palavras. Atentos a isso, oremos para que a nova diretriz da norma da Igreja leve os textos sagrados ao povo de Deus com maior clareza, para que a Palavra encontre todos os corações.

REFERÊNCIAS

CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO. Promulgado por João Paulo II, Papa. Conferência Episcopal Portuguesa. 4. ed. Editorial Apostolado da Oração – BRAGA, 2007.

PAPA FRANCISCO. Carta Apostólica em forma de motu próprio "Magnum Principium". Roma 3. set. 2017.

27 de setembro de 2017

Eficácia do Método de Ovulação Billings

Por falta de conhecimento, muitos acreditam que o Método de Ovulação Billings é ineficaz

Estou aqui de volta para falar um pouco mais sobre o Método de Ovulação Billings. Desta vez, pediram que eu falasse sobre sua eficácia.


Foto: SIphotography by Getty Images

Permiti-me pensar na palavra eficácia e no que ela significa. Algo eficaz nos remete àquilo que promete ou que se espera que cause o resultado inicialmente pretendido. Nesses quase 20 anos como conhecedora do Método de Ovulação Billings, ouvindo as pessoas que me procuram para um atendimento, a pergunta que faço, já na entrevista inicial, é essa: "Qual é a sua motivação para aprender e utilizar o Método de Ovulação Billings, ou seja, quais são as suas pretensões, o que você espera?

Como protocolo de atendimento, essas motivações são divididas da seguinte forma

CF (Conhecimento da Fertilidade), ou seja, adolescentes e jovens que decidem reconhecer e ler os sinais do seu corpo para conhecer a sua fertilidade;

EG (Espaçar a Gravidez), ou seja, casais que, por motivos pessoais, no momento, querem espaçar os nascimentos e, geralmente, estão em algumas dessas situações: amamentando, querem interromper o uso do anticoncepcional ou ainda as que estão se aproximando da menopausa;

PG (engravidar), ou seja, casais que buscam, a partir do reconhecimento de sua fertilidade, obter uma gravidez.

Em todos os casos, o uso do Método ajuda essas pessoas ainda a monitorarem sua saúde reprodutiva. Realizamos, no Centro de Formação Famílias Novas, especializado no ensino do Método de Ovulação Billings, um relatório anual dos atendimentos realizados.


Eficácia do Método

Além da minha experiência pessoal e profissional, em que constato a eficácia do Método, segundo a Organização Mundial da Saúde, ele apresenta 98% de eficácia na maioria dos casos.

Comumente, escuta-se que o Método é ineficaz, mas isso se deve à falta de conhecimento sobre ele. Poucos profissionais de saúde possuem conhecimento profundo, apreciação e compreensão, e, geralmente, não prescrevem para seus pacientes.

Um dos motivos é que, nas Escolas de Enfermagem ou Medicina, a informação é escassa ou nula. No entanto, a natureza holística informativa e integrativa do Método de Ovulação Billings se ajusta bem à prática profissional da enfermagem e da medicina.

A maioria dos usuários estão altamente satisfeitos com o uso, sendo as razões principais de satisfação comuns o autoconhecimento, o não uso de medicamentos, a naturalidade e a efetividade.

O Método de Ovulação Billings cumpre aquilo que se espera dele

O Método de Ovulação Billings se baseia no reconhecimento da fertilidade mediante a percepção da sensação de umidade ou secura vulvar.

Pode ser utilizado em caso de ciclos regulares e irregulares. Requer do casal um período de aprendizagem com instrutores capacitados.

O autorreconhecimento da fertilidade e da infertilidade possibilita à mulher conhecer seus próprios padrões, sendo capaz de detectar uma gama de desordens ginecológicas.

Concluo dizendo aquilo que comprometeria a eficácia do Método de Ovulação Billings: a primeira coisa é a ausência do registro diário no gráfico; costumo dizer que quem não faz o gráfico a cada ciclo não pode se denominar usuária do Método de Ovulação Billings.

A segunda é a ausência de um instrutor qualificado para o acompanhamento, pois o Método NÃO é o da tabelinha, mas o que acompanha o Continuum Ovárico de cada mulher, e cada ciclo conta uma história diferente.

25 de setembro de 2017

O que fazer quando os filhos começam a sair de casa?

Os filhos crescem, fazem suas escolhas e começam a sair de casa

As mães, que tanto reclamam da correria com fraldas, mamadeiras, brinquedos e noites sem dormir por causa de doenças, criam, dentro de si, um desejo de que os filhos cresçam, para que possam ter tempo para si.


Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Quando crescem, as preocupações aumentam

Eles crescem e crescem rápido! Vem, então, a adolescência, e os pais se deparam com os problemas de escola, amigos e festas. Logo, descobrem que, quanto mais os filhos crescem, mais as preocupações aumentam. Vem o sentimento de impotência diante dos conflitos de um mundo que ensina tantas coisas aos filhos, mas que muito pouco tem a ver com os valores familiares.

Com os filhos adultos, as preocupações passam a ser com a escolha da profissão, das festas, bebidas, formaturas e casamentos. Os sentimentos dos pais para com os filhos vão muito além do cansaço, vivem também muitos momentos de alegria. Chega o dia, porém, em que os filhos crescem, fazem as suas escolhas e começam a sair de casa. É um momento importante e, às vezes, crucial na vida familiar. Pode ser uma mudança positiva, desde que considerada como uma oportunidade para dedicar mais tempo ao cônjuge, cuidar de si e da relação.


Difícil e doloroso

Dependendo, no entanto, de como é sentida a saída dos filhos, este momento pode, realmente, tornar-se difícil e doloroso, principalmente se o casal descobrir que construiu toda uma relação em função da vida deles. Nesse caso, a saída destes para construir a própria família ou por outras razões, deixa um grande vazio, e os pais se deparam com uma imensa solidão.

É um momento de reflexão, e não vale olhar no retrovisor do passado e pensar no "se tivesse", pois pensar que poderia ter agido diferente não vai mudar a situação; sentir-se culpada, porque não estudou ou não trabalhou, não vai ajudar em nada. É momento de olhar para o futuro e decidir o que fazer, o que não fez até hoje e recriar-se.
Como toda mudança, as pessoas são afetadas de forma diferente, dependendo das expectativas, dos projetos e do modo de ver essa transformação na vida delas. O ideal é aproveitar para redescobrir seu relacionamento conjugal e social. É hora de melhorar a qualidade de vida.

Realização dos novos projetos

Independente de ser fácil ou difícil, é necessário que os pais continuem a sua vida e, dentro do possível, realizem novos projetos. Lembrem que os filhos não abandonaram os pais, apenas estão seguindo o curso da vida. Isso vai ajudá-los a iniciar essa nova etapa de vida profissional, matrimonial ou missionária longe deles, de forma independente.
A distância se torna menor à medida que os filhos sentem vontade de estar com os pais não mais pela sobrevivência, mas pela alegria de estarem juntos. De modo geral, querem estar perto de pessoas felizes e realizadas.


Ângela Abdo

Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.

Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/o-que-fazer-quando-os-filhos-comecam-a-sair-de-casa/

22 de setembro de 2017

Nesta primavera, abra-se ao amor e seu seu jardim florirá

Primavera é tempo de doar-se

Na natureza, a vida renasce enquanto se doa, e conosco não é diferente. A primavera está batendo à sua porta, deixe-a entrar e viva-a concretamente, doando o que você tem de melhor sem reter para si as flores que foram geradas no inverno da vida.

-Nesta-primavera,-abra-se-ao-amor-e-seu-seu-jardim-florirá-Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Tenho pensado em viver a primavera de um jeito diferente este ano. Ao contemplar a natureza, percebo que preciso dedicar mais tempo ao cultivo das "flores" que um dia eu recebi. Os amigos, a família, e todas as pessoas que povoam minha vida são, na verdade, o maior tesouro que tenho. Elas são como as flores da primavera, demonstram sinais de etapas superadas, ciclos que se completam e, ao mesmo tempo, começam no eterno movimento, que é a vida! Quem já plantou uma semente e esperou os dias passarem para vê-la germinar, nascer e crescer, com certeza, sabe dar mais valor a um campo florido. E quem teve a coragem de passar pelo verão, outono e também pelo inverno, nos relacionamentos, sabe dar muito mais valor à primavera que o amor proporciona na alma!

O que a Palavra de Deus nos ensina?

A Palavra de Deus diz em Eclesiastes 3: "Há um tempo para cada coisa debaixo do céu… Tempo para plantar e tempo para colher o que se plantou". O problema é que temos tido muita pressa para colher, dedicado pouco tempo para plantar e menos ainda para cultivar o que um dia plantamos. Isso, em todos os sentidos, principalmente quando o assunto é amar. Sofremos as consequências do individualismo, onde a solidão lidera como uma das maiores chagas da humanidade. Falta afeto, respeito, companhia e dedicação, ou seja, falta amor! E onde falta amor, tudo perde o sentido. Só que o amor é exigente, e é por isso que poucos estão dispostos a amar de verdade!

A exemplo de um jardim, o amor carece de dedicação e cultivo constante para desabrochar em plenitude. E como temos andado com pressa para fazer mais, ganhar mais e mandar mais, mesmo sem perceber, estamos amando menos e vivendo menos também, porque amar é viver! Todo mundo sabe que jardim sem cultivo não oferece flores. E relacionamentos superficiais também não preenchem o coração.


Coragem de abrir-se ao amor

É preciso seguir o exemplo da natureza e, nesta primavera, abrir-se ao amor com coragem e disposição, sabendo que, nesta "aventura", não estamos sozinhos. Jesus, o Mestre do amor, veio até nós para nos ajudar a superar o medo de amar e nos encorajar a dar a vida se preciso for, mas, jamais, deixar de amar. Então, coragem! Deixe-se embalar pela beleza da primavera e abra-se ao amor! Sua vida é única e preciosa demais para passar despercebida por este mundo.

Aproveite todas as ocasiões para realizar ações ordinárias de modo extraordinário. Partilhe seu melhor sorriso, suas palavras, seu abraço e, principalmente, seu coração, sem perder um segundo sequer. Sendo assim, cada gesto seu, por mais simples que seja, será carregado de sentido e, cada instante, alegre ou não, será o momento mais importante, porque a vida acontece aqui e agora. Não tenha tanta pressa para colher os frutos do amor, pois o cultivo esconde uma grande satisfação. Semeei, cultive e espere. Em breve, seu jardim irá florir!

Tenha uma ótima Primavera!

20 de setembro de 2017

Como lidar com o ciúme entre os filhos

Qual família não vivenciou ou vivencia o ciúme do irmãozinho com os pais?

Nas conversas sociais, nos consultórios médicos ou psicológicos, os pais procuram saber como lidar com a situação do ciúme entre os irmãos. A resposta é que não existe receita pronta; no entanto, algumas dicas podem ajudar.


Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O perigo da comparação

O comportamento dos pais pode acirrar o ciúme dos filhos à medida em que os comparam, mostrando os pontos fortes em relação aos fracos, porque eles são diferentes e possuem habilidades diferentes.

No lugar de comparar, mostre os pontos fortes de cada um, para que nasça uma admiração entre eles, reforçando a importância de um irmão na vida do outro, principalmente quando, além do parentesco, desenvolvem uma relação de amizade.

Quando nasce um irmão mais novo, o mais velho pode começar a ter comportamentos inadequados. Tenha cuidado para não exceder nos castigos, pois o que ele quer é chamar à atenção; e se ele não conseguir isso pelo lado positivo, o lado negativo passa a ser uma alternativa viável.

Atenção para aquele que é quieto, porque ele também precisa de atenção, apesar de não demonstrar. Sentimentos não trabalhados podem extrapolar em algum momento e de forma inadequada.

Uma das coisas que o mais velho quer é ter de volta a atenção que a chegada do outro tirou, por isso, reserve parte do seu tempo para curtir com ele o irmão caçula.

Outra dica é fazer com que ele participe do processo e se torne parceiro nos cuidados com o irmão mais novo, sem sobrecarregá-lo ou torná-lo responsável para uma tarefa da qual não se sente capaz.


Muita calma nessa hora

Muitos pais se desesperam com a briga entre irmãos. Muita calma nessa hora! É o tempo que eles têm para marcar seus espaços; porém, fique atenta às causas do ciúme. Se for preciso, intervenha, lembrando que a maioria dos atritos eles resolvem entre eles.

No momento que as brigas se tornam muito frequentes e acaloradas, canalizem as energias para o esporte, para atividades artísticas ou brincadeiras que reforcem o trabalho em equipe.

A maioria dos pais já escutou o filho perguntar se ele é adotivo, porque acha que o irmão é mais amado do que ele.

Não se culpe se tiver mais afinidade com um do que com o outro, mas isso não significa que ama mais ou menos. Os pais amam os filhos de forma diferente, respeitando a individualidade de cada um; contudo, é necessário o diálogo com eles, para que possa ser conversado o assunto e levantado os sentimentos.

Se eles apontarem a sua preferência por algum deles, observe seu comportamento para ver se procede, pois isso não pode acontecer.

A Bíblia nos mostra que, desde o início da humanidade, existia o ciúme entre os irmãos, pois Caim matou Abel, porque Deus "preferiu" as oferendas de um em detrimento do outro. O ciúme entre irmão, portanto, precisa ser trabalhado desde cedo, para que não vire inimizade.


Ângela Abdo

Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.

Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-lidar-com-o-ciume-entre-os-filhos/

18 de setembro de 2017

Evangelização self-service, o que isso quer dizer?

O que você entende por evangelização?

Em muitos cursos bíblicos, neste mundo de meu Deus, costumo fazer uma pergunta, a qual estendo a você: "Quem aqui promove a evangelização?". Muitos, senão quase todos, levantam a mão. Então, vem a segunda pergunta: "Quando evangelizamos, pregamos a história de quem?". A resposta chega em forma de coro: "De Jesus!". A terceira pergunta é fácil: "E onde está escrita a história de Jesus?". "Na Bíííbliaaa", respondem.

-Evangelização-self-service,-o-que-isso-quer-dizer?-Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A última pergunta é mais dura: "E quem aqui lê a Bíblia?". Geralmente, o pessoal cai na risada, mas a realidade é dura! Hoje, nossos cristãos estão perdendo o costume de orar com a Sagrada Escritura, e a verdade é que não há como evangelizar se não conhecermos a Palavra de Deus e nos relacionarmos com ela. Dedicar-se pela metade é morte certa!

Deus castiga?

Os Atos dos Apóstolos (At 4,36-5,11) contam uma história forte e muito catequética, por assim dizer. O texto apresenta Barnabé, um dos cristãos da primeira hora, originário de Chipre, que mostra seu apoio à Igreja, a qual nascia vendendo um campo e oferecendo o dinheiro aos apóstolos para dar sustento à evangelização. Sinal de verdadeiro amor! Então, aparece um casal daqueles bem complicados: Ananias e Safira. Eles também vendem uma propriedade, mas, na hora de oferecer o dinheiro aos apóstolos, dizem que oferecem tudo, mas o "colchão de casa" guardava uma parte do dinheiro. O filme não tem final feliz: os dois morrem por tentar enganar os apóstolos.

A narrativa é cheia de significados, mas, por favor, não pense que ela quer ensinar que Deus castiga, porque Ele é Pai de amor. A mensagem é mais profunda: quando nossa experiência com Ele abraça só uma parte de nosso coração, a morte é certa. Em termos bíblicos, se só conhecermos de Jesus umas poucas histórias e, nem sequer, lermos os quatro Evangelhos, acredite: chegará uma hora em que a espiritualidade começará a desfalecer.

O evangelizador self-service

É comum que, quando nos dedicamos pouco à leitura da Palavra, por preguiça, por falta de formadores ou tantas outras desculpas que possamos pensar, nossa evangelização fica um pouco "manca". Sabe por quê? Por que só sabemos falar de um par de passagens bíblicas que conhecemos: a parábola do filho pródigo, do semeador, as bem-aventuranças… É o evangelizador self-service, que escolhe só batata frita para comer, mas se esquece de alimentar a alma com o banquete completo do Reino! Na hora da dificuldade, a alma pede mais e, se a fé não tem sustento, começa a morrer.

Fica aqui um convite: Jesus falou do Reino de Deus com a vida e com Seus discursos. Para evangelizar, deixe-se alcançar por essa pregação do Senhor, alimente-se da Palavra de Deus, que faz com que nasça um encanto profundo com esse projeto do Reino. Disso, vem a conversão, que chega na alma e toca o coração com profundidade. Vai brotando, aos poucos, como boa semente, e cria raízes ao caminhar com Cristo pelas estradas do Evangelho e aprender com Ele como viver e ser feliz.

A cada página da Escritura, com amor ou correção, carinho ou exortação, vamos perdendo a imagem cinematográfica de Jesus e ganhando a imagem bíblica do Mestre, que ensina como ser cristão de verdade. Coisa que só quem perde a preguiça de doar-se pela metade para a evangelização consegue.

Fabrizio Zandonadi Catenassi
Mestre e doutorando em Teologia (PUCPR); professor de Sagrada Escritura (Católica SC); membro da diretoria da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica; assessora cursos bíblicos e retiros no Brasil e na América Latina.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/biblia/estudo-biblico/evangelizacao-self-service-o-que-isso-quer-dizer/

15 de setembro de 2017

Por que celebrar a Missa de sétimo dia?

Celebrar a missa de sétimo dia significa que fazemos parte do Corpo de Cristo

No santo sacrifício da Missa, sempre rezamos pelos defuntos. Geralmente, nas nossas paróquias, capelas e celebrações pelos meios de comunicação, já ouvimos, num comentário inicial, na oração da coleta e, principalmente na oração eucarística, alguém rezar pelos que morreram. Sempre rezamos pelos mortos e, de maneira especial, na Santa Missa.

Por que celebrar a missa de sétimo dia
Foto: Arquivo CN

O Catecismo da Igreja Católica, baseada em sua Tradição e na Bíblia, ensina a comunhão com os defuntos. "Reconhecendo claramente essa comunicação de todo o Corpo místico de Cristo, a Igreja dos que ainda peregrinam venerou, com muita piedade, desde os primeiros tempos do cristianismo, a memória dos defuntos; e, 'porque é um pensamento santo e salutar rezar pelos mortos, para que sejam livres de seus pecados' (2 Mac 12, 46), por eles ofereceu também sufrágios". A nossa oração por eles pode não só os ajudar, mas também tornar mais eficaz a sua intercessão em nosso favor.

«Todos os que somos filhos de Deus e formamos em Cristo uma família, ao comunicarmos uns com os outros na caridade mútua e no comum louvor da Santíssima Trindade, correspondemos à íntima vocação da Igreja (CIC 958-959)."


Reza-se pelos mortos, porque é bom e salutar, ou seja, é saudável não só pela ligação afetiva com aquela pessoa que partiu, mas é saudável porque cremos que fomos batizados em nome da Santíssima Trindade, portanto, fazemos parte do Corpo de Cristo. Por isso, rezamos por aqueles que partiram, para que, não tendo morrido totalmente santo, possa alcançar por nossas preces e pela misericórdia de Deus a vida eterna (CIC 1031-1032).

Reza-se pelo defunto, oferece-se algum sacrifício para que a alma alcance a purificação, e pela fé na ressurreição. Deus, em sua imensa misericórdia, purifica as almas, toma-as para o seu Reino. Por que, então, rezar por sete dias? Ou por que uma Missa de sétimo dia?

O número sete na bíblia

O número sete na Bíblia indica perfeição. Em sete dias, Deus criou o mundo (Gn 2,2). Na história de Noé, choveu por sete dias e, depois de sete dias, Noé soltou a pomba, e a ave trouxe um ramo de oliveira que indicava o fim do dilúvio (Gn 8,10). Em relação à morte, quando Jacó morreu, José fez luto de sete dias (Gn 50,10). Em relação a um sacrifício purificador, durante sete dias deveria se oferecer um sacrifício expiatório (Êx 29,36-37). A mulher grávida que tivesse o bebê, apenas no sétimo dia estaria purificada (Lv 12,2). O leproso, para ser considerado limpo, precisaria de sete banhos de purificação (Lv 14,7).

Nos Evangelhos, Jesus fez a multiplicação dos pães com sete (Mt 15,36). Ele disse a Pedro que se deveria perdoar setenta vezes sete (Mt 18,22). No episódio com a samaritana, ela havia tido cinco maridos e o sexto não era dela, mas ela encontrou o Sétimo, Jesus, que lhe deu água viva para beber (Jo 4,1-26). Sete indica perfeição, indica um percurso, perseverança; na oração por um falecido, também se reza pelo significado do sete, reza-se para que a alma seja purificada.

Histórico da Missa de sétmo dia no Brasil

Na realidade brasileira, reza-se ainda uma Missa de sétimo dia por causa da extensão territorial. Os parentes que não podiam chegar a tempo para velar o morto vinham depois de alguns dias; assim, a Missa de sétimo dia permitia que o parente distante pudesse estar com a família e rezar pelo defunto.

Por fim, reza-se a Missa de sétimo dia, porque desde o Gênesis havia o costume fazer luto pelos mortos, por outras passagens que falam dessa realidade de purificação da alma do falecido, reza-se devido à fé católica na ressurreição dos mortos, reza-se pela oportunidade de um parente distante estar com a família do falecido e rezar com a família. Reza-se uma Missa de sétimo dia para fazer alusão ao dia que o Senhor descansou. Rezar é ainda uma oportunidade para aqueles que ficaram, louvar a Deus pelo dom da vida daquele que partiu, rezar uma Missa de sétimo dia, para aqueles que ficaram, é uma oportunidade de pensar como está a própria vida.

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Padre Marcio

Padre Márcio do Prado, natural de São José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é "Fazei-o vós a eles" (Mt 7,12), padre Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/por-que-celebrar-missa-de-setimo-dia/

13 de setembro de 2017

Oração pela cura dos traumas da gestação

Ironi Spuldaro rezou por todas os filhos que sofreram traumas na gestação

Rezemos pelos filhos que ainda estão no ventre materno e por aqueles que, durante a gestação, sofreram algum trauma.

"Vinde, Espírito Santo, sob a nossa alma e toda nossa história, desde a nossa concepção, gestação e nascimento, libertando todos aqueles que sofrem as feridas do ventre materno.

Que Jesus Cristo, neste momento, toque com Suas mãos benditas, os Seus filhos e filhas que sofreram traumas na gestação e que, muitas vezes, não foram desejados. Quebrai, em nome de Jesus, pela potência do Espírito Santo, toda essa negatividade que causa opressão, falta de sentido de vida, depressão, medo, pânico, espírito de morte. Afastai, eliminai todos esses males da mente e da alma desses filhos e filhas."

Oração pela cura dos traumas da gestacaoFoto: Arquivo CN

Pelas mães solteiras

Nós queremos orar pelas mães solteiras, as quais, muitas vezes, se sentiram sozinhas e abandonadas na difícil missão de criar seus filhos.

Aborto

Oremos para aquelas mães que tentaram abortar e por aquelas crianças que sofreram traumas na tentativa do aborto, e pelos filhos que foram rejeitados; agora, muitas coisas têm dado errado na vida deles.

Rejeição

"Cura, Senhor, todos esses traumas de rejeição. Pelo poder do Teu Sangue, fonte natural de cura e libertação, cura e liberta esses filhos de todas as feridas interiores, porque muitos filhos foram gerados sem que seus pais estivessem esperando aquela gravidez.

Cura, Jesus, todos os traumas desses filhos que não foram programados e, por isso, hoje, sofrem doenças espirituais, traumas e bloqueios; muitas vezes, eles não conhecem nem sua própria origem.

Cura, Jesus, todas as feridas de captação, porque muitos filhos e filhas nasceram com o sexo diferente daquilo que os seus pais pensavam. Cura, Senhor, todos os traumas que, hoje, bloqueiam e trazem feridas profundas na alma, na afetividade e sexualidade de um filho que nasceu com uma natureza diferente.


Cura dos sentimentos

Cura, Senhor, todas as feridas de morte. Quantos filhos e filhas se sentem vazios e trazem complexos de inferioridade, traumas, medos, fobia, ansiedades e neuroses em suas vidas, porque nasceram depois de um aborto, seja ele provocado ou natural por problemas de saúde. No entanto, ali ficaram os resíduos de morte. Elimina, Senhor, todas essas feridas de morte que estão sob esses filhos e filhas.

Senhor, nós Te pedimos para quebrar toda ferida de rejeição do ventre materno e curar esses filhos e filhas. Pelo derramamento do Teu Espírito, que esses filhos e filhas, que traziam esses traumas do ventre materno, sejam, agora, libertados e curados, e passem a ter vida nova e possam nascer de novo não mais da carne, mas agora do Teu Espírito.

Pai, restaura a mente, o coração e a vida desses filhos e filhas, para que, por Suas chagas e feridas, sejam curados de todas as heranças negativas do ventre materno, da rejeição, do desejo de abortar e daquelas situações financeiras que muitos pais enfrentam."

Liberte-se dos traumas

Eu, em nome de Jesus, levanto sobre você o estandarte sangrento do madeiro da cruz e ordeno que sejam desfeitas, agora, todas as feridas de programação, captação, de resíduo de morte que estavam sob o seu consciente e inconsciente, a fim de que você receba a cura. Que o batismo no Espírito Santo avive essa alma e restaure esse ser.

Que o Senhor o abençoe, hoje e sempre, em todos os teus caminhos, e, com o manto da Virgem Maria, guarde-te de todo mal.

Ouça a oração:

Ironi Spuldaro
Exerce o ministério de pregação em todo o Brasil e em outros países


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/oracao-pela-cura-dos-traumas-da-gestacao/

11 de setembro de 2017

Controle de natalidade, o que há por trás dele?

O controle de natalidade é direcionado aos países subdesenvolvidos

O controle de natalidade é uma questão bastante discutida em vários setores como sociedade como política, economia, antropologia, religião etc., e é um assunto um tanto polêmico. Essa polêmica está em torno do aumento populacional dos países pobres e a diminuição da população nos países ricos.

O que há por tras do controle de natalidade
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Pesquisadores, estudiosos e cientistas do social apresentam relatórios que induzem o controle de natalidade. No entanto, esse controle é direcionado aos países subdesenvolvidos e não aos países desenvolvidos. Esses especialistas incentivam [o controle de natalidade], mas a prática é outra, ou seja, nesses países desenvolvidos ocorrem incentivos para que as famílias tenham mais filhos. Por isso, promovem uma guerra silenciosa especialmente direcionada aos países em desenvolvimento, com vistas a frear seu crescimento demográfico. Para isso, usam do eufemismo "desenvolvimento sustentável", que compreende políticas que terão como contrapartida toda e qualquer técnica contraceptiva e abortiva para frear o crescimento populacional.

Os "profetas" do "The Population Bomb" (A bomba populacional) e da "destruição" do mundo usam de um bombardeio de propagandas de que existe gente demais para o planeta e que essa "superpopulação" é a responsável pelo desequilíbrio ecológico e futura destruição da própria humanidade. Porém, sabe-se que as maiores violências contra o meio ambiente têm sua origem nas indústrias dos países desenvolvidos e a população consumista desses mesmos países.

Benefícios do aumento populacional

É verdade que, após 200 anos de desenvolvimento econômico, propiciado pela Revolução Industrial, a população mundial ganhou com a redução das taxas de mortalidade e o crescimento da esperança de vida. Porém, o crescimento da riqueza se deu à custa da pauperização do planeta e do aumento do abismo entre ricos e pobres. Pesquisas populacionais revelam que houve um aumento populacional, que começou no século dezoito e aumentou seis vezes nos 200 anos seguintes. Contudo, isso é um aumento, não uma explosão, porque, com esse aumento populacional, também houve aumento de produtividade, de recursos de comida, informação, comunicação e tecnologia.

Interesse por parte da sociedade em reduzir a natalidade dos mais pobres

Considerando que nos países subdesenvolvidos a taxa de natalidade aumenta a cada instante e que, nos países desenvolvidos, esse número reduz, a distribuição de renda fica mais concentrada, nos países subdesenvolvidos, nas mãos das pessoas com renda mais alta, enquanto os mais pobres quase não participam dessas conquistas, provocando uma elevada desigualdade da distribuição da renda. Por isso, existe o interesse de alguns setores da sociedade reduzir a taxa de natalidade dos mais pobres em vez de reduzirem os seus consumos por meio da partilha.


Acredito que a melhor análise já nos foi apresentada pelo Papa Francisco: "Em vez de resolver os problemas dos pobres e pensar num mundo diferente, alguns limitam-se a propor uma redução da natalidade. Não faltam pressões internacionais sobre os países em vias de desenvolvimento, que condicionam as ajudas econômicas a determinadas políticas de 'saúde reprodutiva'. Mas 'se é verdade que a desigual distribuição da população e dos recursos disponíveis cria obstáculos ao desenvolvimento e ao uso sustentável do ambiente, deve-se reconhecer que o crescimento demográfico é plenamente compatível com um desenvolvimento integral e solidário'.

Uma forma de não enfrentar os problemas

Culpar o incremento demográfico, em vez do consumismo exacerbado e seletivo de alguns, é uma forma de não enfrentar os problemas. Pretende-se, assim, legitimar o modelo distributivo atual, no qual uma minoria se julga com o direito de consumir numa proporção que seria impossível generalizar, porque o planeta não poderia sequer conter os resíduos de tal consumo. Além disso, sabemos que se desperdiça aproximadamente um terço dos alimentos produzidos, e 'a comida que se desperdiça é como se fosse roubada da mesa do pobre'" (Papa Francisco, Laudato sì, n.50).


Padre Mário Marcelo

Mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), padre Mário é também licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque (SC) e bacharel em Teologia pela PUC-RJ. Mestre em Teologia Prática pelo Centro Universitário Assunção (SP). Doutor em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana de Roma/Itália. O sacerdote é autor e assessor na área de Bioética e Teologia Moral; além de professor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP). Membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral e da Sociedade Brasileira de Bioética.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/bioetica/defesa-da-vida/controle-de-natalidade-o-que-ha-por-tras-dele/

8 de setembro de 2017

Masturbação: como enfrentar esse problema?

É grande a luta do jovem cristão contra o problema da masturbação!

A prática da masturbação é um problema bastante comum entre rapazes e moças; aliás, é um dos principais problemas enfrentados pelos jovens cristãos. Saiba, antes de tudo, que esse hábito não é um indício de distúrbio de personalidade ou de problema mental, mas um problema muito antigo na humanidade.

Livro dos Mortos, dos egípcios, por volta do ano 1550 a.C, já condenava a masturbação. Pelo código moral dos antigos judeus, era considerada pecado grave.

Foto: Wesley Almeida / cancaonova.com

Uma educação sexual prejudicial

Encontrei homens casados que continuavam a se masturbar, embora tivessem uma vida sexual regular com a esposa. Isso mostra que o vício da juventude continuou e prejudica o casamento.

Embora as aulas de "educação sexual", muitas vezes, ensinem que essa prática é normal, e até necessária, na verdade, é contra a natureza e contra a lei de Deus.

Infelizmente, nessas aulas e cartilhas sobre o assunto, os alunos são aconselhados a não terem sentimentos de culpa, angústia ou ansiedade ao fazê-lo, e ensinam que não é prejudicial à saúde. Isso não é verdade! Muitos médicos afirmam que ela é prejudicial ao jovem tanto física quanto psicologicamente.

A Igreja ensina que é um ato desordenado. Embora defendida por muitos como algo normal, a Igreja ensina que não. "Na linha de uma tradição constante, tanto o Magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmam, sem hesitação, que a masturbação é um ato intrínseco e gravemente desordenado. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade" (Catecismo da Igreja Católica §2352). Então, os jovens cristãos devem lutar contra a masturbação, com calma, sem desespero e sem desânimo, sabendo que vão vencer essa luta com Deus na hora certa.


 Para isso, algumas atitudes são importantes:

1 – Tenha calma diante do problema

Você não é nenhum desequilibrado sexual, nem impuro. Você não é uma aberração, porque se masturba. Enfrente o problema com calma e com fé.

2 – Corte todos os estimulantes do vício

Jogue fora todas as revistas pornográficas, livros e filmes eróticos que você costumava ver. Não fique olhando para o corpo das moças ou dos rapazes alimentando a sua mente com desejos eróticos. Deixe de assistir aqueles programas de TV, os quais, cada vez mais, jogam pólvora no seu sangue. A TV é, hoje, um dos piores venenos para o jovem que luta contra a masturbação. Fuja dos sites eróticos da Internet.

3 – Faça um bom uso de suas horas de folga

Aproveite o tempo para ler um bom livro, praticar esportes, sair com os amigos, caminhar etc. Não fique sem fazer nada, especialmente na cama, pois mente vazia é oficina do diabo.

4 – Não desanime nem se desespere

Lute diariamente contra a masturbação, mas se você cair, levante-se imediatamente, peça perdão a Deus de imediato e retome o propósito de não pecar. Não fique pisando na sua alma e se condenando.

Diga: Está bem, eu errei, eu caí, aceito a minha queda humildemente, porque sou fraco; vou conseguir, com a ajuda de Deus, superar isso. Vou continuar lutando até me libertar definitivamente, mesmo que eu caia um milhão de vezes; não desistirei e não me desesperarei.

Deus ama nossa luta contra o pecado. Nossa vitória diante dele é mais a nossa perseverança na luta do que propriamente a vitória completa.

Confesse-se com o sacerdote sempre que cair. Não tenha receio, pois ele o compreenderá, porque está cansado de ouvir isso!

5 – Alimente a sua alma com a oração, a Palavra de Deus e os sacramentos da Igreja

Há um ditado que diz: "Mosca não se assenta em prato quente". Se você mantiver a sua alma aquecida com o calor do Espírito Santo, as moscas da tentação não o perturbarão. Mas se o prato esfriar… Após uma queda no campo do sexo, sempre fica claro que faltou vigilância e oração para não pecar. Muitas vezes, abusamos da nossa fraqueza e nos expomos diante do perigo; então, caímos. Há um outro provérbio que diz: "A ocasião faz o ladrão" ou ainda "Quem ama o perigo nele perecerá".

Na verdade, teremos de pedir mais perdão a Deus porque não vigiamos nem oramos, do que por termos caído no pecado propriamente. Lembremo-nos de que a luta é mais importante do que a vitória. Sobretudo, lute contra esse pecado por amor a Jesus, que morreu por nós na cruz. Ofereça a Ele essa luta dura, peça Sua graça e não deixe de se consagrar, todos os dias, a Nossa Senhora.

5 de setembro de 2017

O mal dos eletrônicos no desenvolvimento dos filhos

O uso dos eletrônicos precisa ser administrado

Sabemos o quanto a tecnologia nos beneficia. Hoje, no entanto, preciso falar sobre questões alarmantes. O uso excessivo dos eletrônicos pode viciar as pessoas, causando danos ao cérebro, similares aos de drogas como cocaína e álcool.

Como identificar os sintomas da dependência?

Se o seu filho prefere ficar no tablet em uma festa, reuniões com amigos ou familiares, sinal vermelho! Uma das consequências da dependência é a diminuição ou piora do contato social com amigos e familiares. Costumam dizer que todos são chatos, ou melhor, que tudo é chato; mal cumprimentam as pessoas, demonstrando descaso, irritação e mal humor.

Outro sintoma é a falta de interesse em outras atividades. Conheço um casal que levou os filhos para a Disney e só lá perceberam o quanto eles estavam viciados! Não havia neles alegria ou entusiasmo. Tudo, como eles diziam, era "normal". E a ansiedade de voltarem para o hotel ficou evidente. Para quê? Para continuarem jogando. Os jogos eletrônicos fazem uma "cócega" no cérebro, e nada, além disso, causa o mesmo prazer.

-O-mal-dos-eletrônicos-na-vida-e-desenvolvimento-dos-filhos-Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Ficou inconformado com isso? É assim com os outros vícios também. Como entender, por exemplo, alguém trocar a família para estar no bar? Ou trocar uma cama quentinha para estar na cracolândia? A dependência acarreta mudanças no cérebro, elevando a dopamina (neurotransmissor associado à experiência de prazer), fazendo com que o dependente queira sentir essa sensação o tempo todo.

Assim como as outras drogas, quando o dependente fica abstinente, manifesta sintomas muito desagradáveis como irritabilidade, ansiedade, alterações de humor e alterações de comportamento, podendo tornar-se manipulador, com o intuito de estar próximo de seu objeto de dependência novamente. Em casos extremos, podem chegar a fortes explosões, agredindo quem lhe impeça de usar o eletrônico, por exemplo.

Cortar o mal pela raiz

Quanto à manipulação, tenho o exemplo de uma mãe e seu filho de quatro anos, muito inteligente, sensível e amoroso: "Meu filho baixou um joguinho no celular e voltava da escola jogando. Percebi que bastaram 15 dias para ele estar viciado naquele jogo. Meu marido fez uma pequena viagem e levou com ele o celular. Ao entrar no carro, depois da escola, a primeira pergunta que ele fazia era: 'Quando o papai vai voltar?'. Era uma ansiedade sem tamanho! Só quando o pai chegou, vi que o desespero era para pegar o celular dele, e o abraço foi apenas educado. Dando-me conta disto, proibi-o imediatamente de jogar. Dois dias se passaram e, enquanto voltávamos da escola, meu filho disse inusitadamente: 'Mamãe, eu te amo tanto!'. Respondi, mas a intuição de mãe fez com que eu olhasse pelo retrovisor mais atentamente. Ele pegou o celular escondido de mim, e estava apenas tentando me enganar".

Sabiamente, essa mãe percebeu o problema e cortou o mal pela raiz. Seu filho pode jogar de vez em quando, uma ou duas vezes na semana, por uns quarenta minutos apenas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta que o tempo máximo em eletrônicos deve ser de duas horas por dia. Eu, como psicóloga e mãe, oriento que as crianças não podem jogar todos os dias, mesmo que seja por meia hora. Radicalismo de minha parte? Ora, os estudos científicos constataram que o vício em eletrônicos é similar ao alcoolismo. Como você julgaria uma pessoa que, depois do trabalho, todos os dias passasse no bar e ficasse bebendo por meia hora? Não diríamos que ele é alcoólatra? Entenderam a gravidade?

Algumas crianças e adolescentes têm usado os eletrônicos para fugir de problemas (muitas vezes, familiares) ou aliviar sentimentos de culpa, impotência, depressão e ansiedade. O desempenho escolar também cai, mas não a ponto de reprovação na maioria dos casos, pois eles sabem que, se ficarem em recuperação ou reprovarem, provavelmente, serão punidos com o risco de ficarem sem o eletrônico. Mentir fará parte do jogo, escondendo dos pais o tempo que ficam nos eletrônicos versus o tempo que ficam estudando.

Na Inglaterra, o medo de ficar sem celular já tem nome: "nomofobia" (no + mobile + fobia). Um estudo científico comprovou que a nomofobia gera angústia, falta de interesse em outras coisas, mudanças comportamentais, isolamento entre outros.

Tecnologia como babá

Os pais são financiadores da dependência, com tablets, celulares e jogos de última geração. Há pais que usam a tecnologia como uma babá. Outro dia, nas férias, eu estava na sala de espera da pediatra de meu filho, onde havia um menino muito pequeno, acompanhado de sua mãe, totalmente vidrado no tablet. Sem me identificar como psicóloga, mas apenas como mãe, puxei assunto (como quem não quer nada) sobre o perigo desses jogos para os nossos filhos. Ela perecia estar muito atenta à tudo o que eu lhe dizia, parecendo estar conscientizando-se da gravidade, o que me deixou feliz. Mas, no final, vejam o que ela disse: "Se eu tirar os jogos, não sei o que vou fazer com ele nas férias".

Infelizmente, ela não sabe ser mãe. Seu filho é dependente da "droga", e eu ousaria dizer que a mãe é codependente. É assim com o álcool também. Essa mãe precisa ser ajudada da mesma forma que familiares de viciados em outras drogas. Mal sabe ela que esse vício está interferindo diretamente no desenvolvimento emocional, podendo causar sérios transtornos na fase adulta de seu filho.

O Hospital das Clínicas de São Paulo tem tratado a dependência em tecnologia de forma similar ao tratamento de outros vícios, dando suporte emocional para os familiares, com reuniões semanais em grupo, tratamento psiquiátrico, sendo que, nos casos mais graves, é necessário também medicação.


Dependência de eletrônicos

Na Espanha, as autoridades já estão introduzindo programas para evitar e tratar a dependência dos eletrônicos. A Alemanha já incluiu em seu Programa de Educação este tema. Na China, Coréia e Singapura já tratam a questão como uma ameaça à saúde pública, devido aos níveis epidêmicos observados. Segundo pesquisas, 6% da população usa os eletrônicos de forma compulsiva. Na França, nos processos de divórcios, observou-se que muitas provas envolviam alguma questão de mídia digital ou internet, em 50% dos casos.

A dependência de eletrônicos vem cobrir um vazio que já existia (aliás, todas as drogas camuflam um vazio). Não se engane, não são só as novas tecnologias que fazem isso! A TV ligada, quando todos chegam em casa à noite, disfarça um silêncio. Não há conexão entre as pessoas, conexão de afeto, de partilha, alegria, olhar, carinho. São apenas pessoas, lado a lado, numa "sala de espera", esperando o dia seguinte chegar.

Para mim, o maior prejuízo que a dependência de eletrônicos causa é o vazio da alma. Todos sentem, dentro de si, em algum momento, um vazio existencial. À princípio, esse vazio pode assustar, mas é nele que nos questionamos a respeito do sentido de tudo, e vemos que muitas "coisas" do mundo não têm grande significado. É nesse momento, onde parece faltar sentido, que se encontra o sentido maior, que transcende tudo.

Por onde começar?

Talvez, seja mais simples do que você pensa. Os eletrônicos roubam de nossos filhos a sensibilidade, a empatia, a criatividade, a capacidade de amar, enfim, a alma. Precisamos resgatar tudo isso nas pequenas coisas. Há alguns dias, fui ao Mercado Municipal de Curitiba (SC) com meu filho. Ele estava encantado, mexendo nos sacos de grãos, cheirando frutas desconhecidas, experimentando novos sabores e novos sons. Havia professores de tango dançando e convidando pessoas a dançar. Meu filho me obrigou a experimentar! Fiz por ele. Rimos muito disso. Computador não tem cheiro nem gosto, nem toque, não tem vida, não tem risada verdadeira, não tem afeto. Em resumo, é trocar o virtual pela realidade da vida. Boa troca, não é? É só viver.

4 de setembro de 2017

Quando o assunto é Ideologia de Gênero, qual deve ser o papel dos pais?



Ideologia de Gênero: os pais precisam ficam atentos na educação dos filhos e fortificar o valor da família

Em seu livro sobre a Ideologia de Gênero (Ed. Canção Nova), Padre José Rafael Solano Durán, Doutor em Teologia Moral, especialista em Bioética e Assessor de Bioética do Regional Sul II da CNBB, mostra, com clareza, os perigos dessa teoria que o Papa Francisco chama de "colonização ideológica". Em sua visita a Nápoles, ele a comparou "à máquina de propaganda nazista". Disse: "Existem 'Herodes' modernos, que destroem e tramam projetos de morte, que desfiguram a face do homem e da mulher, destruindo a criação".
O objetivo da ID é eliminar o valor da família como estrutura privada e capaz de formar a consciência da pessoa, de modo que a família não tenha nenhum tipo de relação, eliminando-se, assim, o conceito de pessoa. O caminho para isso é criar um sistema educativo pedagógico, de modo que, com o passar do tempo, a pessoa possa "decidir" se é homem ou mulher. Essa suposta decisão gera um aniquilamento da pessoa; substituindo-a por alguém sem identidade.
Quando o assunto é Ideologia de Gênero qual deve ser o papel dos paisFoto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Valor da família

Como mostra padre Solano, a desconstrução do significado do termo pessoa e indivíduo, da origem ao chamado "poliamor", onde as pessoas podem estabelecer matrimônios ou uniões de fato, mas sempre abertas a outros tipos de relações. E, por fim, eliminar todo tipo de relação com a religião e com Deus, o que equivale a implantar o ateísmo.
A fase atual da implantação da IG no mundo todo visa exatamente as escolas, de modo a criar uma geração que assimile esta ideologia. A criança não tem defesa, seu senso crítico ainda não é desenvolvido, então é fácil manipulá-la e aliciá-la.
A CNBB se pronunciou com firmeza contra a ID: "Com a ideologia de gênero, deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27). "A introdução dessa ideologia, na prática pedagógica das escolas, trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias. O mais grave é que se quer introduzir esta proposta de forma silenciosa nos Planos Municipais de Educação, sem que os maiores interessados, que são os pais e educadores, tenham sido chamados para discuti-la".
Dom Rifan, bispo de Campos (RJ), também colocou o perigo da ID: "Na verdade, os que adotam o termo gênero não estão querendo combater a discriminação, mas sim "desconstruir" a família, o matrimônio e a maternidade; desse modo, fomentam um "estilo de vida" que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade".

Que tipo de formação seus filhos estão recebendo?

Reiteradamente condenada pelo Papa e pelos bispos, os pais cristãos precisam, então, acompanhar o que seus filhos estão recebendo de formação sobre este assunto; pois, em algumas escolas, há cartilhas e professores que a ensinam.
Os pais devem saber que o Congresso Nacional não permitiu a Ideologia de Gênero no Plano Nacional de Educação, e a esmagadora maioria das Câmaras de Vereadores das cidades brasileiras impediu que a IG entrasse no Plano Municipal de Educação do município. No entanto, por meios disfarçados, há escolas e professores que infiltram o ensino desta ideologia de maneira ilegal.
Esse perigo, que se apresenta, hoje, para as crianças, exige que os pais cristãos ensinem para seus filhos que Deus criou apenas dois sexos, e que cada um deve se aceitar como o seu sexo. O Catecismo da Igreja ensina que: "Cabe a cada um, homem e mulher, reconhecer e aceitar a sua identidade sexual, reconhecendo sua importância para a pessoa toda, a especificidade e a complementaridade" (n. 2333).
Cabe aos pais cristãos, portanto, acompanhar com atenção tudo o que seus filhos aprendem na escola sobre este tema. O papel da escola é de ensinar, e não de colocar na cabeça da criança, que não tem senso crítico, uma ideologia que não se coaduna com a Lei de Deus. Se notarem que a Ideologia de Gênero é ensinada a seus filhos, devem procurar a direção da escola e solicitar que seus filhos não assistam essas aulas, uma vez que não é legal.

1 de setembro de 2017

TPM sim, e daí?

Identificar os sintomas da TPM é o primeiro passo para driblar os inconvenientes desse período

Um dia, você está feliz da vida, mas, de repente, uma besteirinha a leva a um colapso de nervos. Em seguida, uma fúria intensa, que só passa quando alguém conta um caso bobinho e, sem mais nem menos, você se desmancha em lágrimas, dignas do Oscar. Sinal de alerta: você está na TPM.


Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

O cabelo está terrível, parecendo palha, indomável! A pele, então, fica como a de uma adolescente, com várias espinhas, ou dá aquela manchadinha básica. Sem contar que a calça que você vestia ontem parece que encolheu e custa para ser abotoada.

Modificações e transtornos

Essa é a realidade mensal de boa parte das mulheres que sofrem de tensão pré-menstrual, mais conhecida como TPM, que provoca variadas modificações no organismo feminino e pode causar muitos transtornos, se não tomarmos os devidos cuidados.

Muita gente acha que isso é manha de mulher, que é fingimento, porém, a literatura científica já comprovou que é fato: antes da menstruação, há alterações físicas, psíquicas e sociais, que comprometem os relacionamentos e afetam a produtividade da mulher em sua família, escola e trabalho.


Sem sentimento de culpa

Você pode estar se perguntando o que esse tema está fazendo nessa coluna da Canção Nova. Bem, eu respondo: muitas mulheres se martirizam e culpam-se por sentirem os sintomas da TPM, e não se permitem ser humanas, ou então, ignoram os sintomas como se eles não existissem – e muitas vezes, não compreendem por que tomaram essa ou aquela decisão com tanta raiva, ou por que gritaram com aquela pessoa; ou ainda, por que estão chorando em pleno horário de trabalho.

Admitamos: somos mulheres, temos a nossa biologia, e não adianta fingir que nada está acontecendo. É preciso monitorar o nosso ciclo menstrual para estarmos atentas a esses sintomas e minimizá-los. Afinal, "como é bom, como é agradável para os irmãos viverem juntos" (Sal 132, 1).

Uma alteração biológica natural não deve ter o poder de desarmonizar nossa convivência com os outros.

Ninguém fale comigo

A tensão pré-menstrual aparece uma semana antes da menstruação, mas o ápice dela acontece um ou dois dias antes do primeiro dia do ciclo. Os sintomas nem sempre são os mesmos, e a intensidade deles também varia, por isso toda mulher deve conhecer seu ciclo e marcar os prováveis dias de TPM no calendário.

Assim, você tenta driblar as situações de estresse nesses dias, bem como se programa para tomar decisões fora desse período. E não é vergonha nenhuma você avisar às pessoas que não está no seu melhor dia.

Afinal, ninguém é obrigado a adivinhar que não poderá brincar com você nesse período, porque estará uma pilha de nervos; e no seu trabalho, por exemplo, ficar chorando pelos cantos pode danificar a sua imagem; além do mais, uma decisão impensada pode render muita confusão depois.

Lembre-se: não é possível que o mundo pare até que a sua TPM passe.

Boa convivência

Nossos companheiros na criação de Deus, os homens, precisam ser alertados sobre isso também.

A rapaziada precisa ter paciência redobrada com suas esposas, noivas, namoradas, mães, filhas, irmãs e amigas nesse período. Deus nos fez como uma "ajuda adequada" a eles; então, será bem bacana se compreenderem que, em alguns momentos, precisam se adequar às nossas limitações para uma boa convivência (cf. Gn 2,7-18ss).

Cabe lembrar que algumas mulheres não têm TPM , pois esse período traz novidades bacanas, como ideias mais criativas, melhor desempenho no trabalho, mais sensação de bem-estar.

Enfim, independentemente dos sintomas, é importante que você conheça seu corpo para não ficar refém de suas alterações, vivendo em sociedade de forma sadia e feliz.