Educar crianças como crianças e não lotar a agenda delas com muitos afazeres
A infância é uma época de formação da criança com forte impacto na vida futura. É natural que os pais se perguntem o que podem fazer para que os filhos aproveitem essa fase de forma sadia. Para isso, eles precisam incentivar os pequenos a brincar, porque a brincadeira é fonte de aprendizado e descoberta do mundo. Naturalmente, a criança gosta e procura brincar, mas, no mundo atual, pode não encontrar condições ideais.
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O que fazer quando se tem pouco espaço
Hoje, a falta de segurança e os apartamentos menores acabam restringindo as brincadeiras de rua, ao ar livre, que permitem maior liberdade e exigem criatividade. Os pais podem resolver isso levando os filhos aos parquinhos e piqueniques, à praia em tempo de sol; e, em dias chuvosos, brincar de fazer arte plástica, contar histórias e assistir a filmes com pipoca.
Outro pronto é deixar a criança aproveitar a infância sem lotar sua agenda com muitos afazeres e pouco tempo para o ócio criativo. As atividades pedagógicas e físicas, com orientação de professores, aumentam o conhecimento, mas as brincadeiras livres contribuem para o bom humor.
Criar vínculo afetivo
Crianças e bichos de estimação podem ser uma combinação importante, pois elas gostam de ter alguém para chamar de seu, amar e ser amado, criar vínculo afetivo e aprender a cuidar de outro ser.
Arte para trabalhar as emoções
Arte é fonte de desenvolvimento, principalmente a música. Desde cedo, as crianças são atraídas pelo canto ou barulho de um instrumento. Motivá-las a aprender a cantar ou tocar um instrumento pode ajudá-los a trabalhar suas emoções.
Vocês já viram a cara de uma criança diante de massinha, tinta, colagem, recorte e pintura? A alegria e a tranquilidade são as consequências após brincarem com esses itens, que marcam o compasso da vida. A bagunça os pais arrumam depois, mas os sentimentos de alegria ficam para vida toda.
Combate à solidão
A maioria das pessoas gosta de companhia; portanto, as crianças precisam de amigos para dividir as brincadeiras, os aprendizados e sentimentos. São vínculos que ajudam no desenvolvimento afetivo e no combate à solidão.
A presença dos familiares
A família, estendida para além do lar, ajuda a criança a escrever no livro da vida as lembranças que o acompanharão na vida adulta. Quantas lembranças dos avós, que são pais com açúcar; de tios e primos que tiveram contribuição importante e marcaram a infância! Hoje, os pais enfrentam o vício das crianças com os joguinhos eletrônicos. Esses jogos ajudam no desenvolvimento motor e mental, mas podem levá-las a viverem num mundo virtual e não real. O limite de tempo desses jogos é importante, pois evita o sedentarismo, a obesidade e o isolamento infantil.
Criança é criança quando brinca para valer e com prazer. O segredo é buscar a simplicidade das brincadeiras e investir tempo para ensinar de uma forma lúdica.
Ângela Abdo
Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.
Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.
Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/como-educar-criancas-como-criancas/