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8 de dezembro de 2015

Imaculada Conceição







Quem a proclamou?

No convento dos frades franciscanos, um jovem religioso com grande recolhimento se dirige para a mais famosa escola daquele tempo, a Universidade de Sorbonne. Pensa na Imaculada e a chama com pequenas jaculatórias para que Ela o ajude a defender o seu privilégio de Imaculada Conceição.

Naquele mesmo dia, na verdade, por ordem do Papa e na frente de seus confrades, deve-se realizar uma disputa geral entre os defensores da Imaculada e seus opositores. Publicamente e com verdadeiro entusiasmo, ele se dirige à Virgem como "sem pecado concebida".

Em 18 de novembro de 1304 o jovem franciscano, cujo nome é João Duns Scoto, assumiu o cargo de titular em teologia em Paris, depois de ter deixado Oxford. Todavia o Papa Clemente V, em Avignon, se opõe a ele pelo fato de que ele apoia publicamente o privilégio da Imaculada Conceição, como se ele ensinasse uma doutrina contrária à fé, por uma devoção exagerada à Santíssima Virgem. Agora ele tem que se justificar na presença de todos os professores e até mesmo na presença dos delegados do Papa.

Poderia ter feito diferente? Ele, franciscano, filho espiritual do Santo Patriarca de Assis? Ele sabia muito bem que São Francisco tinha enviado os primeiros irmãos para conquistar almas, ensinando-lhes uma oração à Virgem Maria: "Salve, Senhora... eleita pelo santíssimo Pai do céu, que te consagrou com o santo e amado Filho, e com o Espírito Santo Paráclito. Em Ti há toda a plenitude da graça e todo o bem".

Ele tinha conhecimento que Santo Antônio, também franciscano,  em seus sermões chamava Maria com o doce nome de "Virgem Imaculada".

Frei João Duns Scoto espera humildemente ser autorizado a falar. Entraram também três enviados do Papa e se colocaram no meio da sala de aula e se apresentaram por primeiro os adversários. Com várias argumentações, eles confrontaram as do pobre franciscano.

Finalmente, acabadas as acusações, houve silêncio. O legado do Papa concedeu a palavra a Scoto. Este enumerou todas as objeções na ordem em que foram submetidas, refutou com grande decisão e justificou com ilustrações notáveis a doutrina da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem. Seus argumentos eram tão convincentes que os professores e estudiosos atribuíram-lhe, de acordo com o costume da época, o título de "Doutor Sutil", por causa de suas habilidades.

Os professores de Paris afirmam que é uma nova doutrina. É verdade que o nome pode soar novo, mas realmente não foi professada pelos fiéis desde o início da Igreja? Não é professada em toda parte quando se anuncia que Ela é cheia de graça?

Uma nova doutrina?... Os padres da Igreja não proclamam claramente a sua fé na Imaculada Conceição de Maria, mas quando afirmam que ela é pura em todos os aspectos e totalmente imaculada, a única sem mácula, a impecável, a totalmente santa, a enxergam como Imaculada.

Deus teve a oportunidade de preservar a sua mãe também da mancha do pecado original. Não há dúvida de que Ele o quis fazer para que Maria fosse a digna Mãe de Deus (Theotokos).

O Papa Sisto IV, em 27 de fevereiro de 1477, confirmou o ofício e a Missa da Imaculada Conceição

A fé na Imaculada Conceição da Virgem Maria foi se tornando mais e mais viva ao longo da história.

Veio o momento em que o Papa Pio IX, o sucessor 256 de São Pedro, cercado por 53 cardeais, 42 arcebispos, 92 bispos e uma multidão incalculável de fiéis, na sua qualidade de Supremo Pastor de toda a Igreja, declarou solenemente que a doutrina – que afirmava que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção foi preservada de toda a mancha do pecado original, por uma graça especial e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, o Salvador da raça humana – havia sido revelado por Deus. Era o ano de 1854.

Nesta ocasião, o Papa coroou uma imagem da Imaculada Conceição, que tinha sido colocada pelo Papa Sisto IV, um franciscano, sobre o altar da capela dedicada a este privilégio mariano.

Quatro anos depois, em 11 de fevereiro de 1858, a mesma Virgem Imaculada, para confirmar o dogma definido, declarou em Lourdes: "Eu sou a Imaculada Conceição" quando apareceu à jovem Bernadete.

 

Por Padre Eugenio Maria La Barbera, fundador da Fraternidade Monástica dos Discípulos de Jesus (FMDJ) e colaborador no Programa Encontro com Maria na Rádio Imaculada Conceição 1490 AM


Fonte: http://www.miliciadaimaculada.org.br/ver3/default.asp?pag_ID=2510

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