Nasceu em, 6 de julho de 1594, (conforme a Certidão de Batismo), em Surresne-França, filha de Leufroy e Denise Glória, sendo Batizada pelo Padre Guilherme Glória, irmão de sua mãe Denise.
Margarida pertencia a uma família de camponeses profundamente cristã. Eram felizes e tiravam o seu sustento das culturas de sua terra e a criação de gado. Compunha-se a família de seis filhos sendo Margarida a mais velha.
Margarida perdeu a mãe muito cedo e foi encarregada de cuidar dos seus irmãos menores, tendo para com eles, afeição e cuidados matemos. Seu pai faleceu em 1629. Nesta época, tomava conta da casa, costurava, trabalhava na lavoura, pastoreava o gado e era exímia em manejar a roca e o fuso. Fazia parte também de suas especialidades o serviço de enfermagem aos doente e acidentados.
Ela era piedosa, trabalhadora, organizada, de muito bom senso, mas não tinha instrução. Queria muito aprender ler e escrever, para melhor conhecer a Doutrina cristã e poder ensinar aos outros. Para isso comprou uma Cartilha e nas horas vagas estudava, perguntando para as pessoas que sabiam o nome das letras e assim aprendeu a ler e escrever sozinha.
Quando sentiu-se preparada para ensinar aos outros, partiu de Surresne e foi para Willepreux para ser professora rural, onde procurou a alfabetizar e evangelizar. Quando conseguiu alfabetizar um pequeno grupo de jovens, ia com esse grupo de aldeia em aldeia levando a instrução básica e a Doutrina Cristã.
Certa vez, em 1630 estando o Padre Vicente de Paulo, pregando as Missões em Saint-Claud, Margarida ouviu dizer que em Paris, havia jovens que serviam os pobres. Teve o desejo de também servir os pobres e manifestou esse desejo ao Padre Vicente e este a enviou para Paris. Lá dedicou-se com muito amor a esse serviço. Dava assistência aos doentes, ensinava as moças. Trabalhando para os pobres com o Padre Vicente e Luisa de Marillac aprendeu os segredos da verdadeira caridade. Enviada pelo Padre Vicente para a Paróquia de São Nicolau du Chardonet, em Paris, atendia os doentes, onde recolheu uma mulher atacada da peste e instalou-a em sua própria cama. Ela própria foi contagiada, sendo levada para o Hospital de São Luiz, onde veio a falecer, com 39 anos de idade, em 24 de fevereiro de 1633, vitima de seu amor aos pobres doentes.
Após a sua morte São Vicente de Paulo teceu-lhe os maiores elogios dizendo: "Todos a amavam porque nela tudo era amável".
Apesar de Margarida nunca ter pertencido oficialmente à Companhia das Filhas da Caridade, pois esta só foi instituída em 29 de novembro de 1633, assim mesmo São Vicente disse ter sido ela a primeira Filha da Caridade e de ter mostrado o caminho ás outras.
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