Escrito por JCS |
" ... O Senhor me desperta todas as manhãs; desperta meu ouvido para que eu o ouça como discípulo" (Is 50, 4-5) A confiança, o compromisso, a coragem e a entrega dos profetas do Antigo Testamento, estavam fundamentadas em sua vocação. Por isso anunciavam e denunciavam sem cessar, dia e noite, com entusiasmo e com alegria na alma. Assim, o compromisso, a responsabilidade e a confiança dos confrades e consócias deverão estar fundamentos na vocação vicentina, no carisma de São Vicente de Paulo Mas somos de fato vocacionados? Ou somos voluntários? O voluntário é aquele que faz, quando quer, se der e quando der pra fazer. Faz quando sentir vontade e não quando houver necessidade de fazer. O voluntariado tem seu valor , mas não é a característica essencial para a SSVP. O vicentino vocacionado vai além disso. Ele segue Jesus Cristo, através do serviço aos Pobres. Ele dá testemunha do amor a Deus , através da entrega e da doação de si mesmo. Ele é um missionário: evangeliza e resgata os Pobres e oprimidos, vê o outro como Jesus via, ama como Jesus amava, vive como Jesus vivia. A SSVP, precisa de confrades e consócias vocacionados, pois nós não somos seguidores de uma idéia, de uma lenda, de um mito histórico... somos seguidores de "uma pessoa situada na história, viva e presente, somos seguidores de Jesus Cristo!" E o vocacionado é aquele que consegue enxergar a verdade evangélica: amar e seguir Jesus no Pobre. E como diz São Vicente de Paulo: " Deus ama os Pobres e por conseguinte, ama quem ama os Pobres" E Santa Luiza de Marillac, nos diz: "... Servir os Pobres doentes, em espírito de mansidão e grande compaixão à imitação de Nosso Senhor que assim tratava os mais desagradáveis. E só o vicentino vocacionado é capaz de enxergar esta verdade." "…. Quando a caridade mora em uma alma toma posse de todas as suas potências; não lhe dá descanso; é um fogo que está constantemente ativo; mantém sempre em ação a pessoa que está por ela inflamada." (SVP). É desta forma que o vocacionado vive sua missão.! A caridade toma posse do vocacionado e ele toma posse da caridade; o vocacionado sente prazer, sente alegria quando serve, quando visita o Pobre em sua residência e muitas vezes chora com o Pobre, toma para si sua dor, sua tristeza, suas mazelas. Nós confrades e consócias, temos em nossos sangue os genes de Luiza e de Vicente de Paulo; somos o coração e o espírito destes dois Profetas da Caridade; somos o legado de seu amor. E ainda, somos o sonho de Ozanam: numa grande rede de caridade. E cada dia temos que nos perguntar: O que fazer para alimentar nossa vocação? O que fazer para que nosso trabalho não caia no voluntariado? O povo de Israel releu sua Aliança com Deus, quando estava desolado, perdido e oprimido, e descobriu sua identidade como Povo Escolhido ; São Vicente releu o Evangelho e descobriu sua Vocação; Ozanam releu sua fé e deu origem a um sonho que marcou seu tempo e fez História! E nós, o que precisamos reler para que a nossa vocação perdure? Para que o legado de nossos fundadores continue vivo? O que precisamos reler para que a chama da caridade não se apague? Precisamos alimentar nossa vocação precisamos ser "profetas da caridade", como o foram, nossos fundadores! E para isso precisamos, como o profeta Isaías, estar com os ouvidos bem abertos para ouvir, a cada manhã a voz de Deus que clama no Pobre sofredor. Vera Lúcia dos Santos e Santos Coordenadora da ECAFO do CMPA |
"Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade." 1Cor 13,13. Idealizado e Criado em 13/05/2006.
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