Momentos de namoro entre os casados não podem acontecer apenas nas ocasiões de celebração do casal
Dentre as muitas definições que arriscamos fazer sobre o significado da palavra "amor", nenhuma delas poderá ser eficaz se não houver o comprometimento das pessoas, naquilo que traz a realização mútua.
Algumas pessoas vivem seu relacionamento conjugal de maneira bastante turbulenta, com abusos, violência ou em situações de egoísmo que jamais poderiam ser estabelecidas num convívio, que tem como princípio o crescimento comum. Tal relacionamento, se assim permanecer, alcançará uma condição insustentável, fazendo com que um dos cônjuges opte pela separação, ainda que tivesse se casado por amor.
Todavia, muitos casos de separação não acontecem somente pelas agressões sofridas por um dos cônjuges. Outras situações podem fazer com que os casais vivam a separação silenciosa, a qual facilmente poderá resultar no rompimento do compromisso conjugal ou permitir a abertura para relacionamentos paralelos, alegando que o amor e o encantamento dos inícios tenham desaparecido entre eles.
Em outros temas já apresentados, foi comentado da necessidade do casal fazer o resgate do romantismo, mesmo tendo acumulado algumas dezenas de anos de vida conjugal. Mas o que eu tenho recebido como resposta é sobre a dificuldade em recuperar tal sentimento, por motivo das muitas "cinzas" surgidas sobre "as brasas" daquele amor que originou o casamento. Isso porque a falta de comprometimento e atenção às outras queixas – inclusive no que diz respeito a vida sexual do casal – esvaziou-se ao longo do tempo.
Conhecemos as responsabilidades e compromissos que envolvem a vida conjugal, naquilo que é o prático para a manutenção do lar e da família. Dessas atividades, parece ser prioritário tanto para as esposas quanto aos maridos o cumprimento de seus afazeres estabelecidos como metas do dia; mesmo que para isso, eles tenham que aplicar todo seu esforço físico. Dentro dessa dinâmica própria da vida conjugal, os casais podem deixar-se envolver pelas muitas atividades que compreendem o seu dia a dia.
Contudo, é importante para eles se lembrarem de, também, valorizar outras atitudes que alimentam e fazem a manutenção do amor que desejam nutrir na relação entre homem e mulher. Pois se quando eles eram apenas namorados, foram capazes de fazer todas outras coisas e ainda disponibilizar um tempo para se prepararem para a (o) namorada (o); hoje, as manifestações de carinhos para com o cônjuge precisará ter o mesmo grau de importância.
Os momentos de namoro entre os casados não podem acontecer ou ser esperado apenas nas ocasiões de celebração do casal como aniversários de casamento, na ocasião de uma viagem, etc. Tampouco podem ficar presos a dias específicos da semana.
Se as inúmeras tarefas domésticas tanto para o marido quanto para a esposa roubam esses momentos, talvez, fosse interessante para os cônjuges incluírem naquilo que é de suas ocupações, também a vivência da intimidade como parte integrante do relacionamento.
A falta de atitude para uma mudança desgasta qualquer relacionamento e no caso do casamento poderá minar até mesmo o desejo em trocar beijos mais calorosos ou criar outros momentos de sedução, os quais poderiam propiciar a intimidade.
Construir as bases para esses momentos, acontecem quando lembramos que o nosso cônjuge também tem desejos íntimos que espera vivê-los com quem se casou. Vale notar que tal momento, mais que extravasar a libido, deverá ser resultado de outros gestos que ratificam uma união, na qual, seus efeitos extrapolam no tempo e no contato físico. Tudo ganha um novo significado.
Assim, para evitar as famosas escapulidas ou justificativas como o cansaço, a falta de disposição, sono, preguiça e a mais conhecida de todas as desculpas – a dor de cabeça – para se esquivarem da intimidade conjugal, o casal optaria por aplicar também para a vida sexual, o mesmo grau de interesse com que valorizam suas outras obrigações.
É certo que o trabalho , as obrigações com a família e o lazer são importantes, contudo há uma maneira própria de cada um, fazer o cônjuge se sentir, sempre, o "número 1″ como foi em tempos de namoro.
Um abraço
Dado Moura