No universo delas, a felicidade está em pequenos gestos
O ser humano é, no reino da vida, o único ser dotado de pensamento (razão). Ele é o único capaz de não se permitir determinar pelo meio em que vive e pelos seus instintos. Assim, pode construir uma realidade nova e melhor, que mais eficazmente corresponda à sua autêntica realização.
O homem não é uma massa de manobra que será sempre escrava do tempo e de suas frágeis tendências. Não. Ele é muito mais e foi criado para ir mais longe, pois possui a "dinâmica força da vida" dentro de si.
Não será possível uma vida sem tensões e sofrimentos, e sobre isso já falamos. Mas como gerir esses sofrimentos e tensões tão comuns em nossa vida?
Aqui, não me sinto autorizado a despejar sobre você receitas (ou frases) prontas. Ao contrário, desejo apenas propor caminhos que o possibilitem pensar e, posteriormente, encontrar ferramentas que o auxiliem neste processo.
Gosto de contemplar o jeito como as crianças percebem a vida e as dificuldades nela presentes. Para elas, as coisas são simples e descomplicadas, e quase sempre elas acabam encontrando soluções fáceis e bem humoradas para cada tensão que encontram. Elas não possuem a pretensão de querer reter, instantaneamente, a felicidade debaixo dos braços, mas a buscam experimentar em pequenas porções, a partir de cada pequena coisa que a existência lhes proporciona.
No universo delas, a felicidade está em pequenos gestos: em uma partida de futebol com os amigos, em uma brincadeira na rua ou em uma refeição cheia de comidas gostosas etc. Enfim, elas conseguem viver bem cada momento, sendo inteiras (e felizes) em cada fragmento.
Com elas podemos aprender algo?
Acredito que aprender a viver com simplicidade sem complicar os fatos, lutando para separar cada coisa e as experienciando uma de cada vez é um concreto caminho para uma boa gerência de tensões (um caminho para a maturidade).
Percebo que uma boa e diária dose de paciência revestida de otimismo, diante de nossa vida e de seus muitos desafios, também nos possibilita bem lidar com nossas frustrações, ensinando-nos a não nos desesperarmos diante das momentâneas derrotas que o dia a dia nos apresentará.
(Extraído do livro "Construindo a felicidade")
Padre Adriano Zandoná
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