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30 de março de 2011

Eucaristia e confissão, armas contra a tentação

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Uma grande tentação é não fazer a vontade de Deus
Tua Palavra, Senhor, é mais penetrante que uma espada de dois gumes. Toca-nos, agora, Senhor, para que Tua Palavra possa trazer a vitória sobre qualquer espírito mau que queira nos enganar.


Eu acho que todos devem saber o que os romanos faziam quando derrotavam um império ou um general. O vencedor entrava de forma triunfante em Roma. E em meio àquela entrada triunfal, o general era aplaudido e louvado. E o general derrotado era amarrado à carruagem do vencedor. E isso era o máximo de humilhação para quem que havia sido derrotado.

Se olharmos Colossenses, veremos que São Paulo usa esse mesmo fato para falar da derrota do inimigo de Deus. Já foi dito várias vezes que o demônio já foi derrotado. Não precisamos temer nada. É verdade que o maligno é como um leão que ruge à nossa volta, tentando achar uma brecha e nos devorar. Mas por que ele continua a entrar nesse campo de batalha, uma vez que já foi derrotado? A intenção dele é diminuir a força do reinado de Jesus. Satanás continua a tentar enfraquecer aqueles filhos e filhas de Deus que fazem parte do Reino de Deus. E a experiência de muitos é esta: "Por que depois que comecei a seguir Jesus tenho mais tentações, me sinto mais oprimido que antes e tenho mais crises?"

Muitas pessoas, muitos cristãos, uma vez que tomam a decisão de seguir ao Senhor pensam que vão ter uma vida mais tranquila. Mas a verdade é o contrário, pois o demônio não tem interesse em atacar os que não são seguidores de Jesus. O interesse dele é colocar obstáculos na vida daqueles que decidiram seguir o Senhor. Os cristãos são as pessoas mais atacadas. Até os santos foram perseguidos.

Seguir Jesus, num momento de entusiasmo, é fácil, mas continuar O seguindo nos momentos de sofrimento é difícil. Mas existe uma coisa, uma técnica que frequentemente o demônio usa para nos atacar: o desânimo, o desencorajamento. O inimigo de Deus virá tentá-lo quando você estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com raiva, ansioso e triste. Ele é como um rato dentro em um duto. Você não o vê. Ele age durante à noite, esconde-se sem que ninguém o veja. Mas se você derramar uma chaleira de água quente lá onde ele está, ele vai ter de sair do buraco. Quanto mais louvamos a Deus, tanto mais o maligno não consegue suportar isso e foge.

O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir de seguir em frente.

Não temos por que temer o diabo, pois ele já foi derrotado. Ele é que tem de ter medo de você e de mim! A razão para isso é simples: nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino de Altíssimo. O maligno tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado para nós. Ele tem raiva e ódio de nós por causa disso. Ele odeia a cada um de nós. E faz tudo para nos enganar, para que voltemos desencorajados e desanimados. Ele tenta nos enganar de várias maneiras.

É nosso papel lutar contra essas táticas que inimigo de Deus utiliza para nos desanimar. Outra tática usada por ele é nos apresentar meias verdades, porque o demônio é um mentiroso, enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que parece muito bom, quando, na verdade, é muito ruim.

O maligno diz que, por causa dos seus pecados, você não consegue fazer nenhuma tentativa para ser mais santo. E faz de tudo para que nós saiamos do caminho da vontade do Senhor. Muitas vezes, nós pensamos que tentações são apenas relacionadas ao sexo, à raiva, a sentimentos de ódio e vingança. Essas são grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação que é não fazer a vontade de Deus. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O levou ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo-Lhe que elas pertenciam a Ele.

Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as armas certas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia. O inimigo treme diante do Corpo de Cristo, porque é sinal de humildade, enquanto ele luta para ter poder. Jesus Cristo quis, por um momento, aniquilar a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar perto de nós. Uma outra arma forte contra o maligno é o sacramento da confissão, que é mais poderoso do que a própria oração do exorcismo.

Frei Elias Vella

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