A catequese não é algo que podemos mensurar de forma matemática. Não dá para dizer "este ano ela não deu resultados por causa disso, disso e disso". Não dá para medir o que é êxito ou fracasso quando o assunto analisado é a catequese. Ela não tem medida concreta para uma análise deste tipo.
A matemática do êxito do trabalho de um catequista está na medida exata da sua motivação. O coração do catequista é o melhor parâmetro de análise e resultados. A fórmula é simples: catequista desmotivado, catequese com problemas. Catequista motivado, catequese com resultados positivos.
Nem todos os catequistas são "preparadíssimos" ou "afinados" para esta missão com conteúdos, técnicas e dinâmicas das mais diversas. Nem sempre possuem respostas para as inúmeras indagações que são apresentadas durante o período de catequese. Mas motivação é algo que jamais não pode faltar. A catequese não pode abrir mão de catequistas motivados e motivação não é algo que se aprende em algum curso de formação, retiros ou em algum curso de especialização em teologia. Motivação está na essência e no encantamento por Jesus, algo que todo o catequista precisa ter quando aceita o desafio da catequese.
Não tem como falhar uma missão que tem nela um catequista motivado.
Não tem como não dar certo algo que um catequista faz com alegria.
Não tem como não ter efeito uma tarefa em que o catequista acredita, crê, se empenha, luta e demonstra o encantamento pelo projeto de Jesus.
Motivação é fundamental na catequese. Sem ela, nada flui, as coisas não andam como deveriam andar e os problemas se tornam fardos, barreiras intransponíveis.
O documento de Aparecida pede entre tantas coisas, espírito e impulso missionário e diz: "Não podemos ser acomodados, omissos, negligentes. É hora de converter-nos do comodismo, apatia, sacramentalização e burocracia. A igreja precisa de uma comoção missionária, uma mexida forte". E como fazer uma mexida forte, deixando o comodismo de lado, se o que existe é desânimo?
Não espere pelo padre. Não espere que o seu coordenador lhe dê a fórmula ou quem algum "teólogo" especialista nisso ou naquilo lhe entregue de "mão beijada" a indicação do caminho exato que deve ser seguido. Não existem fórmulas mágicas para uma catequese ter êxito. O resultado do que plantamos nas nossas ações como catequistas está diretamente ligado a nossa motivação. Se acreditarmos que o projeto de Cristo é o melhor, não tem alternativa a não ser dividir esta descoberta. Se não dividirmos, que sentido isso têm? Uma fé egoísta, individual, guardada a sete chaves, não tem efeito. E se dividimos e nos propomos a fazer com que mais pessoas sintam os efeitos desta descoberta, é preciso fazer isso com motivação!
Não se mede o sucesso da catequese pela quantidade de vezes que os catequizandos freqüentam a missa ou pelo que eles sabem ou não dos conteúdos passados ao longo de muitos anos. Isso não significa, necessariamente, êxito nem fracasso.
Terrível, neste contexto, não é ver pais desinteressados ou jovens e crianças querendo ir embora antes do tempo dos encontros de catequese. Horrível e lamentável é enxergar um catequista sem motivação, que só reclama, lamenta, vive aborrecido, triste, sente-se incapaz e não consegue visualizar na sua missão uma luz para os outros.
Sem motivação, o catequista é nada e a catequese é nula.
"Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade." 1Cor 13,13. Idealizado e Criado em 13/05/2006.
29 de março de 2008
Sem motivação, o catequista é nada!
26 de março de 2008
Jesus não se impõe; ao contrário, respeita a nossa liberdade
De fato, nosso coração, nosso semblante e o nosso caminho mudam quando nos encontramos com Jesus ressuscitado.
E talvez você pergunte: Onde posso encontrá-Lo hoje? É muito simples, porque Ele está batendo insistentemente na porta do nosso coração, basta abrirmos e convidá-Lo: pode entrar na minha vida, hoje, Jesus; eu O acolho.
O Senhor sempre respeita a nossa liberdade, Ele não se impõe a nós, mas quando o convidamos, imediamente, dispõe-se a ser o nosso amigo e companheiro, permanecendo conosco.
"Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus dizendo: Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando! Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus" (Lc 24,28-31).
Peçamos hoje a Jesus que fique conosco ao longo de todo este dia e em todos os momentos da nosa vida.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago |
19 de março de 2008
O Poder da Fé
A fé é uma dádiva dos céus, que adquirimos pela certeza firmada na palavra de Deus contida na Escritura. É um dom que provém do Espírito Santo e que constitui, juntamente com a diversidade de todos os outros dons, a própria alma e vida da igreja. São os carismas, meios pelos quais, através do Espírito Santo, Deus pode chegar até nos derramando o seu Espírito.
"A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outra uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças no mesmo espírito". (I Coríntios 12,7-9)
Jesus ensinava que acreditássemos na palavra de Deus para que a sua benevolência, a sua graça santificante atuasse dentro de nós. É pela força da fé que recebemos Deus dentro de nos e nos tornamos seus filhos.
"Mas a todos os que receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus; aos que crêem em seu nome". (João 1,12)
É crendo em Deus e na sua presença pessoal e sensível entre nós, após o seu virginal nascimento, que recebemos de Cristo, como homem, a sua palavra. Pela sua paixão e morte de cruz, fomos redimidos, pelo seu sangue e pela ressurreição fomos marcados com a permanência do seu espírito em nós e, fomos remidos em seu amor para que possamos ser contados agora e para toda a eternidade como seus e juntos proclamarmos a glória de seu nome, porque esta é à vontade do pai.
O poder da fé não tem limites: aquele que crê, cumpre a palavra de Deus conforme a Escritura e aceita o convite para seguir o seu caminho, os seus passos, "do seu seio jorrarão rios de água viva".
"Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Aquele que crê em mim conforme a palavra da Escritura: de seu jorrarão rios de água viva". (João 7,37-38)
Há sinal evidente no poder da fé desde o Antigo Testamento, quando Moisés, atendendo ao mandado do Senhor, levantou no deserto a serpente de bronze para proteger e curar do veneno mortífero da serpente abrasadora. Todos aqueles que fossem picados por cobra, contemplando a serpente hasteada viviam, ficavam curados de suas feridas. Esse acontecimento faz alusão à crucificação de Jesus, que no madeiro da cruz foi sacrificado e morto para que fôssemos redimidos pelo seu sangue: e vencendo a morte pela ressurreição foi levado para a glória do Pai.
Com derramamento do seu sangue e pelo perdão de nossos pecados, e pela sua ressurreição. Jesus comprova a sua deidade e o seu grande amor por nós.
"Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer, tenha nele vida eterna. A fé é ação de Deus em nossa vida". (João 3, 14-15). Somente buscando a proteção do criador é que encontramos a paz e a salvação.
Não há aflição que o poder da fé em Deus não vença. Cristo nos deixa a sua paz para que, unidos sob as vistas e as bênçãos do Pai, encontremos a comunhão fraterna, a verdadeira razão do nosso viver.
É preciso no entanto termos uma fé perseverante, para que possamos cumprir a vontade de Deus, pois fiquem certos de que todo aquele que nascer de Deus vence o mundo. É essa a vitória do poder da fé.
Adailton Coelho Costa
João Pessoa – PB
Fonte: cancaonova.com
SEMANA SANTA - O Mistério Litúrgico.
O espírito do Tríduo pascal tem sua origem nas linhas mestras da liturgia primitiva. A primeira linha fundamental é a exigência de ligação entre a lembrança da Paixão e da Ressurreição. A morte de Cristo já é sua entrada numa vida nova: a vida do Ressuscitado permanece a vida em que ele entrou superando a morte. Esta unidade dos dois elementos do Mistério pascal indica ao cristão que não pode haver para ele uma vida de união com Cristo, sem morrer primeiramente a tudo o que constitui o velho mundo.
A segunda linha essencial da liturgia pascal se percebe através do exuberante simbolismo das celebrações litúrgicas características do Tríduo sacro.
A morte e a vida do Senhor se realiza novamente no mistério litúrgico. E na nossa participação nesse mistério; participação no mistério que implica em mais profunda morte ao pecado, renovação da nossa ressurreição para a vida da graça , nosso empenho mais firme na realização da nova criação que se vai efetuando, e emprego maior da liberdade espiritual que se torna privilégio nosso.
Uma terceira linha provém das próprias origens da festa pascal. A Páscoa era a festa nacional do povo eleito, lembrança da sua libertação e sua constituição .
Páscoa permanece a festa do povo cristão; festa da sua constituição em povo santo, em sacerdócio real. Não se pode celebrá-la sem tomar mais consciência das características essenciais próprias de um povo de "redimidos": toda a sua vida de caridade e obediência a Deus constitui o culto em espírito e verdade que o Calvário inaugurou.
Para a celebração
O Tríduo pascal segundo os novos livros litúrgicos, começa na tarde da Quinta-feira santa com a Missa na Ceia do Senhor e termina na tarde de Páscoa com as vésperas solenes.
A Sexta-feira santa, em que se celebra a morte do Senhor, e o Sábado santo em que se recorda o repouso de Cristo no sepulcro, são dias "alitúrgicos".
O DOMINGO DE PÁSCOA tem início com a solene Vigília que se desenrola durante a noite: constitui o cume do Tríduo pascal e celebra festivamente, no mistério, a gloriosa Ressurreição do Senhor.
(No Tríduo pascal não são permitidas outras celebrações. Com o Domingo de Páscoa tem início o Tempo pascal).
Na QUINTA-feira santa, além da Eucaristia do Crisma, em que são abençoados "os santos Óleos": dos Catecúmenos, e da Unção dos Enfermos e consagrado o da Crisma (em geral no Brasil, rezada por motivo pastorais, na Quarta-feira santa) é celebrada a qualquer hora da tarde, a Missa na CEIA DO SENHOR que lembra a Instituição da Eucaristia, a primeira Missa da história.
(Na solene Missa canta-se o hino do Glória, durante o qual tocam-se os sinos que, depois permaneceram em silêncio até a Vigília pascal. Não se diz o Creio. Após a Homilia, o celebrante procede ao "Lava-pés", para lembrar o que Jesus fez na última Ceia, num ato de amor e de serviço para com os apóstolos. A Missa termina com a oração da comunhão, à qual segue imediatamente a procissão para a "Transladação do SSmo. Sacramento à uma capela ou altar devidamente preparados).
A solene Liturgia da SEXTA-feira santa é celebrada à tarde, pelas três horas, a não ser que razões pastorais aconselhem horas mais tarde.
Comemoramos os dois aspectos do mistério da cruz, o sofrimento que prepara para a glória da Páscoa e a humilhação e opróbrio de Jesus dos quais promana sua glorificação.
Hoje já é a Páscoa : Cristo que morre na cruz, passa deste mundo ao Pai; do seu lado brota, para nós, a vida divina, passamos da morte do pecado à vida de Deus. Tudo isso o revivemos liturgicamente em três momentos: Liturgia da Palavra com leitura da Paixão, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.
(Na sexta feira santa "na paixão do Senhor" e, conforme a oportunidade também no Sábado santo até a Vigília pascal, celebra-se a jejum pascal (cf. Const. Apost. Paenitemini,17 de fevereiro de 1966, II,3)).
VIGILIA PASCAL NA NOITE SANTA. Por antiqüíssima tradição, esta é "a noite de vigília em honra do Senhor". A noite pascal é grande sacramento da vida do cristão.Não é vigília mas já é FESTA.
Desenrola-se deste modo: depois de uma breve Liturgia da Luz (primeira parte), a santa Igreja medita as "maravilhas" que o Senhor fez por seu povo desde o princípio, e confia na sua palavra e na sua promessa (Liturgia da Palavra) até o momento em que, aproximando-se o dia da ressurreição, com só seus membros regenerados no batismo (terceira parte ou Liturgia Batismal), é convidada à mesa que o Senhor preparou para seu povo por meio de sua morte e ressurreição (quarta parte Liturgia Eucarística).
A Missa da noite, mesmo que celebrada antes da meia noite, é a Missa Pascal do domingo da Ressurreição.
No DOMINGO DE PÁSCOA há duas Missas: a primeira "na noite santa", e constitui o ápice da solene Vigília Pascal, a segunda "no dia" do Domingo da Ressurreição.(Com o canto do Glória na noite de Páscoa, os sinos retomam seu som festivo; volta também o alegre canto do Aleluia).
NB. A cor das vestes litúrgicas é o Branco na liturgia da Quinta-feira santa, da Vigília Pascal e do Domingo de Páscoa; o Vermelho, na liturgia da Sexta-feira santa e no Domingo de Ramos e da Paixão.
Padre Gian Luigi Morgano13 de março de 2008
Namoro e noivado: um tempo quente?
Os meios de comunicação abriram um leque de possibilidades de informação, mas colocaram também suas idéias secularizadas, seus valores sem consideração pela dignidade da pessoa humana e pelo Evangelho. Chamam a atenção sobre o prazer, sobre uma liberdade que não se compromete, sem nenhuma escala de valores, sem ética, misturando o transitório com os valores perenes. Assim joga a juventude em loucas aventuras pelas quais ninguém se responsabiliza depois.
O desejo de realização pessoal ao lado de alguém deveria levar a pessoa à procura de quem mais se adaptasse a si em seu gênio, em seu modo de pensar, de querer, em seus projetos, trabalhos, cultura, religião etc. E tudo se deve ver e perceber durante o namoro.
Namoro é tempo de mútuo conhecimento e adaptação em que se investe quanto tempo for preciso. Daí nasce à capacidade de comunhão de vida, de ideais e projetos: desenho de uma vida feliz.
Queimada essa etapa, tudo se precipita e dá origem a casamentos malfeitos e sem fundamento. Surgem as inevitáveis divergências que acabam na desculpa mais sem-vergonha que existe: incompatibilidade de gênio.
Essa pressa em fazer tudo antes de ver, analisar, sob a desculpa de que "ninguém agüenta e precisamos saber se nos amamos", apressa e queima qualquer processo de amadurecimento no amor.
E quando já há uma certeza maior do que se quer e de quem ama, vem então o compromisso do noivado, tempo de planejar a vida nos detalhes, nas práticas do dia-a-dia. Aí aprende-se a viver em comunidade e educar-se para essa convivência.
Se dependesse de nós, gostaríamos de dizer aos jovens para não brincarem com os sentimentos dos outros e com seu próprio futuro, que aprendessem a se controlar e não se deixassem dominar pelo que os outros fazem e dizem. Não compensa uma pressa em troca de um casamento com conseqüências para a vida toda.
Amor é gesto de comunhão de vida e ação, em que um se faz presente no outro. Amor é esquecer-se de si e viver para fazer o outro feliz. Amar é olhar juntos na mesma direção.
Texto extraído do Livro: Religião também se aprende - Padre Hélio Libardi (editora Santuário).
10 de março de 2008
A força da oração
Contudo, para reverter essa situação, tudo vai depender somente de você. Se os outros não querem rezar, disponha-se a fazê-lo e reze você! Nade contra a maré! A Palavra de Deus nos diz que, além dos Anjos de Deus, existe uma multidão de espíritos malignos, de anjos decaídos – que por serem desobedientes e rebeldes – estão também ao nosso derredor. Por isso, irmãos, esta [Palavra de Deus] nos ensina: ''Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos'' (Efésios 6,18).
Não podemos continuar inertes e passivos diante das situações. Isso quer dizer que devemos orar se estivermos alegres ou tristes, com dívidas ou não, desempregados ou bem empregados, chateados ou felizes por causa dos filhos, maridos, chefes; enfim, seja como for, a única coisa que devemos fazer é rezar em todas as circunstâncias. E ''perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos'', nestes dias de forma especial.
"De fato, é preciso que perseveres para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que Ele prometeu" (Hebreus 10, 36).
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib
Mulher, Deus precisa de você!
Você não pode dar "bobeira", não pode "cair na cantadinha" do mundo. Deus precisa de você. Seus filhos, seu marido, sua família precisam de você. Fixe o seu coração em Deus, ponha a sua meta em Jesus. E você, mais do que ninguém, precisa dizer "Por hoje não vou mais pecar" e também "Ou santa ou nada", porque a sua família precisa da sua santidade.
Eu posso dizer, sem receio, que, tanto quanto este mundo necessita, Deus também precisa da sua santidade. Você é muito mais do que o sal, a luz e o fermento, dos quais falou Jesus. Por isso, não perca a sua qualidade de "sal", "fermento" e, principalmente, de "luz" para este mundo.
Deus a abençoe, mulher! Não só no dia de hoje, que é o Dia Internacional da Mulher, mas que todos os dias sejam o seu dia de ser mulher.
"Ou santas ou nada"!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Seu irmão,
Monsenhor Jonas Abib